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Alta das tarifas dos Estados Unidos faz Nasdaq desabar

O índice Nasdaq sofreu uma queda expressiva nesta quinta-feira (10), recuando 4% após uma das maiores altas da sua história no dia anterior. A reversão acontece após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a suspensão temporária de algumas tarifas, medida que inicialmente animou os mercados, mas que teve efeito de curta duração.

O movimento de alta de quarta-feira foi impulsionado pela notícia de uma pausa de 90 dias em tarifas específicas, além da redução da alíquota para 10% em vários países, com o objetivo de abrir espaço para negociações. No entanto, a confirmação da Casa Branca à CNBC de que a tarifa acumulada sobre produtos chineses atingirá 145% acabou por reacender preocupações sobre os impactos econômicos dessas medidas.

Governo Trump confirmou tarifa de 145% sobre produtos chineses (Imagem: Chip Somodevilla / Shutterstock.com)

O que é o Nasdaq?

O Nasdaq é um dos principais índices do mercado financeiro dos Estados Unidos e representa o desempenho de empresas listadas na bolsa eletrônica Nasdaq. Diferentemente de outros índices como o Dow Jones, o Nasdaq tem um forte peso de companhias do setor de tecnologia, como Apple, Microsoft, Amazon, Alphabet (Google), Nvidia, entre outras.

É um indicador amplamente acompanhado por investidores no mundo todo, pois reflete as oscilações nas ações de gigantes do setor tecnológico e empresas de inovação. A volatilidade observada nessa quinta-feira reforça a sensibilidade do índice a decisões políticas e comerciais com repercussão global.

Ações de tecnologia lideram quedas

Entre os papéis que mais caíram no dia estão Apple, que recuou 4% após ter registrado alta de 15% na véspera — sua melhor performance diária desde janeiro de 1998. Outras gigantes como Tesla e Meta Platforms recuaram cerca de 7%, enquanto Amazon e Nvidia sofreram perdas superiores a 5%. Microsoft e Alphabet tiveram quedas mais moderadas, de 2% e 4%, respectivamente.

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Big techs tiveram dia de queda, mais forte para uns do que para outros (Imagem: gguy / Shutterstock.com)

O setor de semicondutores também foi fortemente impactado. Mesmo excluídos da nova rodada de tarifas, os papéis de fabricantes de chips sofreram com a expectativa de que a demanda global possa ser comprometida, afetando diretamente o desempenho financeiro dessas companhias. O ETF VanEck Semiconductor, que representa o setor, caiu 7% depois de ter registrado sua melhor sessão histórica.

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Fabricantes de chips têm perdas acima de 10%

Entre os maiores recuos estão On Semiconductor, Marvell Technology e fornecedores da Apple como Qorvo e Skyworks Solutions, todos com quedas superiores a 11%. Já Advanced Micro Devices (AMD) e Intel recuaram cerca de 8% cada, enquanto Micron Technology perdeu 10%.

Apesar das perdas expressivas, o Nasdaq ainda caminha para fechar a semana com desempenho positivo, o melhor desde setembro. No entanto, o forte recuo desta quinta-feira expõe a fragilidade do otimismo do mercado frente a incertezas geopolíticas e comerciais.

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Ações da Tesla despencam e registram pior dia desde 2020

As ações da Tesla despencaram 15% nesta segunda-feira (10), registrando o pior dia da fabricante de veículos elétricos na Nasdaq desde setembro de 2020. Na última sexta-feira (7), a empresa tinha encerrado a sétima semana consecutiva de perdas, a maior sequência de prejuízos desde sua estreia na bolsa americana, em 2010, aponta a CNBC.

O desempenho da companhia vem se deteriorando dia após dia desde a chegada do CEO Elon Musk a Washington, DC, para assumir o comando do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), posto criado neste segundo mandato de Donald Trump.

As ações da Tesla perderam mais de 50% de seu valor em quatro meses, eliminando mais de US$ 800 bilhões (R$ 4,6 trilhões) em capitalização de mercado, de acordo com a reportagem. Em 17 de dezembro, a empresa atingiu a máxima histórica de US$ 1,5 trilhão (R$ 8,7 trilhões).

Telsa ainda vale mais do que as nove principais montadoras nos EUA juntas (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Ainda assim, o valor total da Tesla supera as nove principais montadoras mais valiosas juntas, que venderam, coletivamente, cerca de 44 milhões de carros no ano passado, em comparação com 1,8 milhão da Tesla, como destaca a Reuters.

No fechamento mais recente, a Nasdaq caiu quase 4%, seu declínio mais acentuado desde 2022, sendo influenciada principalmente pelas perdas da montadora nos Estados Unidos. Já o S&P 500 caiu 2,7%.

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Ritmo de vendas da Tesla caiu nos EUA, Europa e China (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)

O que explica o resultado da Tesla?

  • Na avaliação da CNBC, a queda nas ações está ligada à incerteza em torno dos planos do presidente Donald Trump sobre tarifas contra Canadá e México, mercados-chave para fornecedores automotivos;
  • Já a Reuters cita relatório da consultoria financeira UBS que ajustou o valor dos papéis para US$ 225 (R$ 1,3 mil), ante US$ 259 (R$ 1,5 mil), mantendo a recomendação de venda para a empresa com base nas possíveis tarifas e temores de recessão.

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Tombo na Nasdaq: big techs têm desvalorização de R$ 4,3 trilhões

A semana não começou bem para investidores em tecnologia. As sete maiores empresas do setor perderam mais de US$ 750 bilhões (R$ 4,3 trilhões, na conversão direta) em valor de mercado nesta segunda-feira (10), fazendo a Nasdaq sofrer sua queda mais acentuada desde 2022, de quase 4%.

A Apple liderou as perdas, com seu valor despencando em cerca de US$ 174 bilhões (RS 1,01 trilhão). Já a Nvidia perdeu quase US$ 140 bilhões (R$ 819 bilhões), com as ações fechando em queda de 5% — um baque para a fabricante de chips de inteligência artificial (IA) que atingiu a máxima histórica em janeiro, a US$ 153 (R$ 895) por papel.

A Tesla, por sua vez, teve a maior perda percentual, com as ações caindo a 15% no pior dia da empresa desde setembro de 2020. Desde dezembro, a companhia liderada por Elon Musk viu seu valor de mercado cair pela metade, acompanhada por quedas consecutivas desde a estreia na Nasdaq, em 2010.

Nasdaq teve a queda mais acentuada desde 2022 (Imagem: JHVEPhoto/iStock)

Ainda segundo a CNBC, Alphabet (controladora do Google) e Meta (dona do Instagram, Threads, Facebook e WhatsApp) caíram mais de 4%, enquanto Microsoft e Amazon registram retração de pelo menos 2% cada.

Em valores absolutos, a Tesla perdeu US$ 130 bilhões (R$ 753,01 bilhões) em valor de mercado, enquanto Microsoft e Alphabet retraíram US$ 98 bilhões (R$ 567,65 bilhões) e US$ 95 bilhões (R$ 550,27 bilhões), respectivamente. A Amazon teve perdas de US$ 50 bilhões (R$ 289,62 bilhões) e a Meta, US$ 70 bilhões (R$ 405,46 bilhões).

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Qual é o receio das big techs? E a Nasdaq?

As novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump contra mercados que fornecem peças-chave para empresas de tecnologia e outros setores aumentaram o receio de uma recessão nos Estados Unidos, segundo a reportagem.

Trump não afastou possibilidade de recessão nos EUA (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Em entrevista ao canal Fox News no fim de semana, o republicano se recusou a responder uma pergunta sobre o assunto — abrindo margem para interpretações e reação em cadeia no mercado financeiro.

Investidores têm retirado as aplicações de bolsas internacionais e migrado para o dólar, segundo reportagem do UOL. A moeda estadunidense é considerada investimento seguro para momentos de crise, como o que pode estar por vir.

Aqui no Brasil, o Ibovespa fechou em queda de 0,41%, para 124.519 pontos, enquanto o dólar comercial subiu 1,06%, cotado a R$ 5,85.

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