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Laser militar do Reino Unido será colocado em navios de guerra

Após o sucesso dos testes realizados com a Dragonfire, arma a laser desenvolvida pelo Reino Unido, os britânicos parecem estar prontos para dar um passo adiante. A Marinha do país pretende equipar quatro navios de guerra com o novo armamento até 2027.

O projeto foi anunciado em 2017 e a previsão inicial era contar com os equipamentos em 2032. No entanto, o aumento das tensões na Europa, em função da guerra entre Rússia e Ucrânia, pode ter acelerado os planos de Londres.

Laser militar extremamente preciso e mais barato

As informações foram divulgadas pelo portal Interesting Engineering. Segundo a ministra de Aquisições da Defesa do Reino Unido, Maria Eagle, a tecnologia laser será disponibilizada cerca de cinco anos mais rápido do que o planejado anteriormente.

A representante do governo britânico ainda destacou que a nova arma “protegerá nossas Forças Armadas e nos permitirá aprender fazendo”. Já o secretário de Defesa, Grant Shapp, disse que “esse tipo de armamento de ponta tem o potencial de revolucionar o espaço de batalha, reduzindo a dependência de munições caras e, ao mesmo tempo, diminuindo o risco de danos colaterais”.

Arma fará parte do arsenal da Marinha britânica (Imagem: AlejandroCarnicero/Shutterstock)

Ainda de acordo com as autoridades do Reino Unido, a DragonFire pode atingir um drone a um quilômetro de distância. Além disso, esta é uma arma considerada extremamente barata. Um disparo do laser custa menos de 10 euros (cerca de R$ 62). Já dez segundos de disparos têm o mesmo custo que utilizar um aquecedor por uma hora.

Em janeiro de 2024, a DragonFire destruiu um alvo aéreo pela primeira vez usando um tiro de teste de alta potência. O projeto, liderado pelo Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa (Dstl) para o Ministério da Defesa, teve um custo total de 100 milhões de libras, aproximadamente R$ 632 milhões.

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Sistema da DragonFire, arma a laser do Reino Unido
Arma começou a ser desenvolvida em 2017 (Imagem: Ministério da Defesa do Reino Unido)

Com a Dragonfire funciona?

  • O sistema utiliza feixes de luz intensos para atingir alvos.
  • As autoridades britânicas afirmam que o disparo pode atingir a velocidade da luz.
  • Essa é uma arma de estado sólido na faixa de 50 kW, baseada em feixes de fibra de vidro.
  • Durante os testes, ela foi montada em uma torre e incluiu uma câmera eletro-óptica e um laser secundário para aquisição e focalização de alvos.
  • Os britânicos ainda ressaltam que ela é altamente precisa, podendo acertar uma moeda a 1 km de distância, além de ser mais barata do que outros armamentos.
  • Maiores detalhes técnicos do laser, no entanto, são mantidos em sigilo.

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O futuro da guerra: conheça o navio sem tripulantes dos EUA

A humanidade luta no mar há muito tempo. Os primeiros registros de navios de guerra datam de 480 a.C., quando as galés gregas derrotaram a armada persa em Salamina. Eram grandes embarcações com cerca de 40 metros e 200 remadores. E muitos soldados com arco e flecha.

Depois vieram os quadrirremes, as caravelas, fragatas, couraçados, contratorpedeiros, submarinos e porta-aviões. O poder de fogo aumentou muito com o passar dos anos. O que não mudou é que todas essas embarcações precisam de tripulação para funcionar. Pelo menos até agora.

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A DARPA, sigla em Inglês para Defense Advanced Research Projects Agency, acaba de apresentar um novo protótipo de navio de guerra para a Marinha dos EUA. E o grande diferencial do lançamento é que ele não precisa de marinheiros. Mais do que isso: ele não tem nem sequer espaço para abrigar pessoas.

A embarcação, que recebeu o nome de USX-1 Defiant, faz parte do projeto NOMARS – No Manning Required Ship. A agência americana desenvolveu o navio ao lado da empresa Serco North America.

O que sabemos sobre o USX-1 Defiant

Imagem: Divulgação/Serco North America
  • Trata-se de uma embarcação menor do que os navios de guerra tradicionais dos EUA, com 55 metros e 240 toneladas.
  • Autoridades americanas, porém, garantem que o USX-1 Defiant é tão poderoso quanto os outros.
  • Isso graças ao seu desenho, que não dedica espaço interno para uma tripulação.
  • O navio não possui alojamentos, corredores, ventiladores, escadas, vias de acesso ou espaços de trabalho.
  • No lugar disso, os engenheiros colocaram apenas estruturas que garantem o funcionamento da embarcação, além de câmeras, sensores e equipamento militar.
  • A DARPA não informa quais armas estão contidas dentro do USX-1 Defiant.
  • O navio, aliás, ainda não está em operação.
  • Os primeiros testes devem começar dentro de duas semanas.

Aplicações táticas

Apesar de a DARPA não ter dado muitos detalhes, especialistas acreditam que o USX-1 Defiant deve atuar em missões de rotina, não em combate direto.

Isso inclui patrulhas marítimas, serviço de guarda e reconhecimento, varreduras antissubmarino, implantações de navios de arsenal e escoltas de grupos de porta-aviões. Vale destacar que ele poderá, sim, entrar em conflitos, mas deve atuar mais como um multiplicador de força de combate.

A Marinha dos Estados Unidos é uma das mais poderosas do mundo – Imagem: Marc Sitkin/Shutterstock

Entre as vantagens da embarcação sem marinheiros o custo menor, a navegação autônoma e a longevidade das missões – ele pode operar no mar por meses sem supervisão humana. Além disso, você não coloca pessoas em situações de risco.

Você pode ler mais sobre o USX-1 Defiant no site da própria DARPA.

As informações são do New Atlas.

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