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Perplexity zoa Google em novo anúncio sobre IA; assista

O mecanismo de busca de IA Perplexity não parece se intimidar pelo Google. A plataforma acaba de estrear um novo anúncio que tem como alvo uma gafe cometida por um dos sistemas de inteligência artificial da gigante americana no ano passado.

No comercial, a estrela de Round 6, da Netflix, Lee Jung-jae aparece preso em uma sala e precisa responder a uma série de perguntas para escapar. Ele, então, usa o Perplexity para questionar: “Como faço para que o queijo grude em uma pizza?”.

Personagem se mostra decepcionado com resultados no “Poogle”, referência ao Google (Imagem: Perplexity/Reprodução)

Foi justamente a pergunta que evidenciou falhas nas “Visões Gerais de IA” no Google Search. Usuários encontraram uma resposta específica que dizia “Misture cerca de 1/8 de xícara de cola Elmer no molho” para fazer o queijo grudar na pizza.

O anúncio mostra Lee decepcionado com os resultados do “Poogle” (uma clara referência ao Google) antes de recorrer ao Perplexity. “Use mussarela fresca e com pouca umidade. Não use cola”, diz o assistente de IA.

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Queijo na cola do Google

Esse não foi o único caso em que o assunto “queijo” deu dor de cabeça para o Google. No início do ano, um dos anúncios do Gemini no Super Bowl sobre como pequenas empresas usam a IA da empresa mostrou que uma informação que foi apontada como “imprecisa”.

Um dos textos dizia que o Gouda é responsável por “50 a 60% do consumo mundial de queijo” — mas não é bem assim. “Embora o Gouda seja provavelmente a variedade única mais comum no comércio mundial, é quase certo que não é o mais amplamente consumido”, disse Andrew Novakovic, professor emérito de Economia Agrícola da EV Baker na Universidade Cornell, ao site The Verge.

Estrela de Round 6, da Netflix, Lee Jung-jae precisa responder perguntas para sair da sala em novo comercial (Imagem: Perplexity/Reprodução)

À época, o Google indicou à reportagem uma resposta do presidente de aplicativos do Google Cloud, Jerry Dischler, sobre o assunto. “Não é uma alucinação. O Gemini é baseado na Web — e os usuários sempre podem verificar os resultados e referências. Neste caso, vários sites na web incluem a estatística de 50-60%”, disse Dischler.

Apesar disso, a big tech silenciosamente apagou o trecho polêmico do vídeo postado no YouTube, de acordo com o site Ars. A nova versão do anúncio simplesmente mostra Gemini chamando o Gouda de “um dos queijos mais populares do mundo”, sem entrar em números específicos.

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Conheça a ‘planta alienígena’ que pode viver por mais de mil anos

No deserto do Namibe, entre a Angola e a Namíbia, vive uma misteriosa “planta alienígena” cuja vida pode se estender por mais de um milênio. Na verdade, estimativas apontam que a idade máxima da chamada Welwitschia mirabilis pode chegar a até 3.000 anos – o que explica seu apelido de “fóssil vivo”. E ela realmente parece de outro planeta!

Entenda:

  • Uma “planta alienígena” do deserto do Namibe pode viver por mais de mil anos;
  • Chamada de Welwitschia mirabilis, a planta passou por um evento de duplicação genética há milhões de anos, adquirindo uma combinação de genes que a mantém protegida nas condições extremas do deserto;
  • Além de raízes, a planta ainda possui duas folhas extremamente longas que capturam umidade;
  • Ainda, capaz de capturar matéria orgânica carregada do vento no deserto, a impressionante planta alienígena evita que o solo se torne infértil.
‘Planta alienígena’ vive no deserto e pode chegar a mais de mil anos. (Imagem: Pavaphon Supanantananont/Shutterstock)

A W. mirabilis é, na verdade, o único gênero vivo da família Welwitschiaceae, e sua longevidade impressionante está relacionada a um evento de duplicação genética que aconteceu há 86 milhões de anos. De acordo com um estudo publicado na Nature Communications, uma combinação de genes ajudou a planta a se adaptar e se manter protegida nas condições extremamente secas e quentes do deserto. 

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Planta alienígena tem folhas que nunca param de crescer

Foram necessárias duas décadas de pesquisas para confirmar a hipótese, mas, em 2005, um estudo determinou que a W. mirabilis desenvolveu algo chamado de metabolismo ácido das crassuláceas (MAC). O processo permite que a planta absorva dióxido de carbono na forma de ácido málico durante a noite, e o transforme em glicose durante o dia, através da fotossíntese.

Comprimento das folhas de ‘planta alienígena’ impressiona. (Imagem: Boonthasak1995/Shutterstock)

Além de raízes longas para encontrar água no subsolo, a planta alienígena também pode contar com um impressionante e igualmente extenso par de folhas que servem como uma “armadilha” de água, capturando a umidade na neblina. Para se ter ideia, suas folhas nunca param de crescer, podendo alcançar mais de 10 metros de circunferência.

E como se tudo isso já não fosse impressionante o suficiente, a W. mirabilis ainda consegue evitar que o solo se torne infértil apesar das condições extremas, enriquecendo-o com a matéria orgânica carregada pelo vento no deserto.

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Conheça o túnel submerso que vai mudar o mapa da Europa

A Europa está prestes a ganhar um dos maiores túneis submersos do mundo. O Cinturão de Fehmarn terá 18 quilômetros e ligará Dinamarca e Alemanha. Não chega perto do tamanho do Túnel do Canal da Mancha, de 50 quilômetros, entre França e Inglaterra — mas não deixa de ser um projeto grandioso.

A obra usa blocos de concreto pré-fabricadas, colocados em uma vala cavada no fundo do mar, conectadas entre si, seguindo estratégia que também será adotada no túnel que ligará Santos (SP) e Guarujá (SP), no litoral de São Paulo, como explicou o Olhar Digital.

As estruturas medem 217 metros de comprimento, 42 metros de largura e nove metros de profundidade, pesando 73 mil toneladas — o equivalente a dez Torres Eiffel. No total, serão instalados 79 blocos entre Rødbyhavn, no lado dinamarquês da Ilha Lolland, e Puttgarden, na ilha alemã de Fehmarn, a 40 metros de profundidade no Mar Báltico.

Uma fábrica foi construída em Rødbyhavn em área de 220 hectares para atender exclusivamente as demandas do projeto. A data para a imersão da primeira estrutura ainda não foi definida, mas a previsão é que essa etapa seja concluída até 2029.

 

Blocos de concreto estão sendo pré-fabricados e serão imersos neste ano (Imagem: Divulgação/Femern)

“Este é um processo muito complexo e também muito dependente do clima. Atualmente, estamos testando as embarcações altamente complexas que foram especialmente construídas para nosso projeto”, explicou Denise Juchem, porta-voz da Femern A/S, a empresa estatal dinamarquesa responsável pelo projeto, à CNN.

O trabalho no mar começou em junho de 2020. Cerca de duas milhões de toneladas de granito norueguês foram usadas para a criação do novo litoral. Já a dragagem da vala do túnel, concluída em 2024, resultou em quase 15 milhões de m³ de solo, pedra e areia, que serão reutilizados em áreas naturais.

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Túnel terá menor tempo de deslocamento

  • O túnel vai reduzir a viagem atual de 45 minutos de balsa para dez minutos de carro e sete minutos de trem;
  • O trajeto de cinco horas entre Hamburgo (Alemanha) e Copenhague (Dinamarca) por trilhos será reduzido pela metade;
  • “Isso tornará nosso país mais acessível do que nunca para visitantes da Europa Central. Esperamos ver aumento no turismo de autocondução, escapadas de fim de semana na cidade e opções de viagens sustentáveis, como turismo de trem e ciclismo”, disse Mads Schreiner, diretor de mercado internacional da VisitDenmark, à CNN.
Túnel terá rodovias de duas pistas em ambas as direções (Imagem: Divulgação/Femern)

Em ambos os lados dinamarquês e alemão, a primeira parte do túnel em terra já foi concluída, com a extremidade voltada para o Fehmarnbelt agora coberta com água. É aqui que o primeiro bloco será conectado.

O custo do projeto foi orçado em € 7,4 bilhões de euros (R$ 46,5 bilhões, na conversão direta) considerando a construção de rodovias de duas pistas submersas em ambas as direções, além de duas linhas ferroviárias eletrificadas.

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Agricultores dos EUA estão usando xixi em suas plantações; saiba o motivo

O nosso organismo produz diversos nutrientes que podem ser utilizados em plantações. E isso não é diferente com a urina. Existe até mesmo um projeto que utiliza o xixi humano como fertilizante nos Estados Unidos.

O Programa de Recuperação de Nutrientes da Urina é administrado pelo Instituto Terra Rica, uma organização sem fins lucrativos com sede no estado de Vermont. Há 12 anos, a iniciativa coleta urina de moradores e doa para agricultores da região.

Aumento da produtividade agrícola

Ao todo, mais de 250 moradores do condado de Windham doam 45,4 mil litros de urina para o programa todos os anos. As doações são recolhidas por um caminhão e levadas para um grande tanque. Nele, o xixi é pasteurizado por aquecimento a 80°C por 90 segundos. O líquido é então armazenado em um tanque pasteurizado, onde fica pronto para ser pulverizado sobre a terra agrícola local, no momento certo para fertilizar a produção.

Existe relatos de que a urina humana era usada para auxiliar em cultivos agrícolas na China e na Roma antiga. Estudos recentes descobriram que ela pode mais do que dobrar a produção de alimentos em comparação com o cultivo sem fertilizante.

Urina humana conta com os mesmos nutrientes que são adicionados aos fertilizantes sintéticos (Imagem: Krakenimages.com/Shutterstock)

Segundo os cientistas, a urina pode aumentar a produção agrícola até mesmo em solos com baixa fertilidade. Isso se deve ao seu teor de nitrogênio e fósforo, os mesmos nutrientes que são adicionados aos fertilizantes sintéticos empregados em muitas fazendas convencionais.

O grande diferencial é que o xixi é gratuito e não cria quantidades nocivas de resíduos tóxicos, como a mineração de fósforo, por exemplo. Além disso, a urina reduz as emissões de gases do efeito estufa e exige aproximadamente a metade da quantidade normal de água empregada nos fertilizantes sintéticos.

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Uso do xixi como fertilizante pode aumentar produção agrícola (Imagem: KarlosWest/Shutterstock)

Existe uma ciência por trás do uso da urina como fertilizante

  • Os responsáveis pelo Programa de Recuperação de Nutrientes da Urina destacam que os nutrientes do xixi normalmente têm como destino os cursos d’água.
  • O nitrogênio e o fósforo da urina não são totalmente retirados do esgoto durante o tratamento.
  • Por isso, quando esses nutrientes chegam aos rios e lagos, eles são consumidos pelas algas.
  • O resultado pode ser a proliferação destas criaturas, o que causa um desequilíbrio no ecossistema.
  • Dessa forma, retirar a urina rica em nutrientes dos cursos d’água e levá-la para a terra pode evitar a proliferação de algas prejudiciais e ajudar os agricultores a cultivar alimentos.
  • No entanto, é importante destacar que o uso do xixi como fertilizante é cuidadosamente programado e só acontece quando a planta apresenta maior capacidade de absorver os nutrientes, especialmente durante o estágio de crescimento mais ativo da planta, quando ela é maior do que uma muda, mas ainda não está frutificando.
  • A umidade do solo também é avaliada como forma de garantir a absorção da urina líquida.
  • Em outras palavras, existe toda uma ciência por trás deste processo.

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Robôs, agora, pensam como humanos; entenda como

Robôs, agora, vão ter a capacidade de pensar como seres humanos. O método, desenvolvido pela Universidade de Columbia (EUA) e divulgado na Nature, permite que os autômatos desenvolvam raciocínio e adaptação em tempo real.

Os cientistas desenvolveram máquinas com autoconsciência que não dependem de pré-programação para tomar ações. Elas apenas precisam assistir aos próprios movimentos para entender a estrutura e replicá-los.

Robô desenvolvido pela Universidade de Colúmbia (Imagem: Reprodução/YouTube/Columbia Engeneering)

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Como funciona o robô autoconsciente

  • Esse novo estudo aumenta a capacidade de robôs funcionarem de forma independente, reduzindo a necessidade de intervenção humana;
  • Essas novas inteligências artificiais (IAs) utilizam de informação visual para construir um modelo interno de seu corpo e funcionamento;
  • A IA observa os movimentos realizados e os armazena por meio de uma câmera;
  • O método foi desenvolvido se baseando na habilidade humana de assistir aos próprios movimentos para melhorar em determinadas habilidades.

Os pesquisadores desenvolveram algorítimo que utiliza redes neurais para analisar a movimentação dos robôs. Além disso, permite as máquinas detectarem e corrigir falhas em seu funcionamento, tudo isso sem auxílio de humanos.

Essa nova tecnologia promete se tornar essencial para uma nova geração de robôs industriais que vão operar em fábricas e outros ambientes de trabalho. A autoconsciência vai ajudar os autômatos a operar, de maneira eficiente, sem a necessidade de intervenção humana.

Essas máquinas podem reparar os próprios erros e evoluir com base na própria experiência, assim como um ser humano. Até este momento os robôs industriais necessitavam de monitoramento. Agora, com a tecnologia desenvolvida pela Columbia, a interação com pessoas reais será reduzida a quase zero.

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Robôs autoconscientes estarão em fábricas em breve. (Imagem: Figure / Divulgação)

Futuro dessa tecnologia

Além da indústria, essa tecnologia pode impactar diversas áreas, como a medicina e a exploração espacial. Robôs cirúrgicos mais autônomos poderiam tornar procedimentos mais precisos, enquanto robôs enviados ao Espaço poderiam se adaptar a ambientes desconhecidos sem depender de controle humano constante.

No entanto, o avanço levanta questões sobre o futuro do trabalho e a segurança desses sistemas. Com máquinas cada vez mais independentes, especialistas debatem os desafios éticos e os limites dessa tecnologia para garantir que ela beneficie a sociedade sem riscos inesperados.

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Novo estádio do Manchester United terá energia solar; conheça o projeto

Novas imagens do futuro estádio do Manchester United foram reveladas nesta terça-feira (11) pelo escritório de arquitetura Foster + Partners. A obra ainda depende de um plano diretor para trabalhos mais detalhados de viabilidade, consultoria, design e planejamento.

O estádio será coberto por uma estrutura semelhante a um guarda-chuva, que será usada para coletar água e produzir energia solar, reduzindo custos operacionais. A tenda vai cobrir uma grande praça pública, duas vezes maior que a Trafalgar Square.

Praça pública será duas vezes maior do que a Trafalgar Square (Imagem: Foster + Partners/Divulgação)

O novo estádio terá capacidade para receber 100.000 espectadores, o que é um aumento significativo do espaço atual, construído em 1910, que comporta até 74.000 pessoas. As obras devem ser concluídas até 2031.

“Ao construir próximo ao local existente, seremos capazes de preservar a essência do Old Trafford, ao mesmo tempo em que criamos um estádio verdadeiramente de última geração que transforma a experiência do torcedor, a poucos passos de nossa casa histórica”, disse Sir Jim Ratcliffe, coproprietário do Manchester United.

Estádio terá capacidade para receber até 100 mil pessoas (Imagem: Foster + Partners/Divulgação)

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Projeto ambicioso

A expansão do estádio faz parte de um plano maior para revitalizar o distrito onde está localizado o Old Trafford. O projeto pretende melhorar as conexões de transporte na região, além de criar até 17.000 novas residências.

Revitalização do distrito pode incluir 17 mil novas residências (Imagem: Foster + Partners/Divulgação)

Segundo o presidente-executivo do Manchester United, Omar Berrada, o clube considerou “cuidadosamente as opiniões de milhares de fãs e moradores locais” e decidiu que o novo estádio é o “caminho certo para o Manchester United e a comunidade”.

A reforma pode gerar £ 7,3 bilhões adicionais por ano para a economia do Reino Unido e atrair mais 1,8 milhão de visitantes anualmente. “Nosso objetivo de longo prazo como clube é ter o melhor time de futebol do mundo jogando no melhor estádio do mundo”, disse Berrada.

Projeto pretende atrair mais 1,8 milhão de visitantes por ano (Imagem: Foster + Partners/Divulgação)

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Onfim: a criança do autorretrato de 1260 que sobreviveu na Rússia

Onfim deixou um presente para o futuro sem saber que o faria. Esse é o nome da criança de sete anos que desenhou um autorretrato em um trabalho escolar que sobreviveu às intempéries dos últimos 800 anos.

Na fina casca de bétula, a representação em figuras de espetos de um cavaleiro matando um inimigo a cavalo, segurando uma arma. Logo acima, é possível ver o exercício do alfabeto cirílico, com as letras A B B G D E E Z, além da assinatura ОНѲИМЄ.

O rabisco foi encontrado na cidade de Novgorod, um estado medieval eslavo oriental que mais tarde se tornou parte da Rússia, como explica reportagem do Live Science. O sítio fica 160 quilômetros ao sul de São Petersburgo, onde funcionava um grande centro comercial e, por consequência, tinha altas taxas de alfabetização.

Vista aérea de fortaleza na cidade russa de Novgorod (Imagem: SimoneN/iStock)

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Coleção preciosa sobre o passado

Conhecida como Gramota No. 200, a descoberta faz parte de uma série de desenhos encontrados em cascas de bétula, antecessor do papel e que era arranhado com instrumentos de metal ou ossos. Os primeiros textos nesse tipo de material foram identificados por arqueólogos em 1951 — até hoje, mais de 1,2 mil deles foram escavados.

A maioria tem o tamanho de um cartão-postal e, segundo o historiador russo Valentin Yanin, mais de 20 mil deles escondem histórias nos solos úmidos e argilosos de Novgorod. O baixo teor de oxigênio, aliás, é o que favorece a boa preservação dos materiais.

Ilustração Gramota No. 203 atribuída a Onfim (Imagem: Reprodução)

O autorretrato foi catalogado em um projetado da organização russa sem fins lucrativos Rukopisnye Pamiatniki Drevneï Rusi (Monumentos de manuscritos da antiga Rússia), intitulado Drevnerusskie Berestianye Gramoty (Gramoty de casca de bétula, em russo antigo), como informou uma reportagem da revista Cabinet.

Outros dois desenhos foram atribuídos a Onfim: Gramota No. 199 e Gramota No. 203. Em um deles, é retratada uma cena aparentemente fantasiosa, com as palavras espaçadas: ГИ ПОМОЗИ РАБУ СВОЄМУ ОНѲИМУ (“Senhor, ajuda teu servo Onfim!”, na tradução).

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Primeira máquina de escrever comercial do mundo vai a leilão

A primeira máquina de escrever produzida comercialmente no mundo vai a leilão em 22 de março pela Auction Team Breker, em Colônia (Alemanha). O lance inicial é de € 50 mil (R$ 313 mil, na conversão direta), mas o objeto pode ser arrematado por valores entre € 65 mil (R$ 408 mil) e € 100 mil (R$ 627 mil).

A máquina de escrever histórica foi projetado pelo reverendo Rasmus Malling-Hansen, diretor do Royal Institute for the Deaf and Dumb, em Copenhague (Dinamarca), em 1865. O pedido de patente foi realizado em 25 de janeiro de 1870.

De um total de 180 máquinas de escrever produzidas, acredita-se que apenas 35 sobreviveram: 30 em coleções de museus e outra parte em posse de colecionadores, incluindo a peça aqui em questão.

Máquina de escrever tem 21,5 centímetros de altura (Imagem: Divulgação/Auction Team Breker)

O item leiloado tem como base um hemisfério de 54 barras de tipos alfanuméricos gravadas e carregadas por mola, em “excelente estado geral, fontes em boas condições e nítidas”. A altura é de aproximadamente 21,5 centímetros e, o diâmetro, 13,5 centímetros.

O design da Writing Ball foi pensado por Malling-Hansen para facilitar a “escrita rápida”, com as vogais sendo operadas pelos dedos da mão esquerda e as consoantes pelos dedos da direita. Cada uma das 54 barras de tipos é alinhada em um ângulo diferente, mas todas convergem no papel em um ponto comum.

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Apenas 35 máquinas do tipo sobreviveram ao longo do tempo (Imagem: Divulgação/Auction Team Breker)

Friedrich Nietzsche usou a máquina de escrever histórica

  • O usuário mais celebrado da máquina dinamarquesa foi o filósofo alemão Friedrich Nietzsche;
  • Em carta enviada à irmã em 11 de fevereiro de 1882, ele celebrou: “Viva! A máquina chegou na minha casa!”;
  • Mas, segundo a casa de leilão, Nietzsche desistiu da novidade depois que a máquina foi danificada em viagem à Gênova (Itália);
  • “A bola de escrever é uma coisa como eu:/Feita de ferro, mas facilmente torcida em viagens/Paciência e tato são necessários em abundância/Assim como dedos finos para nos usar”, escreveu, em versos.

A Writing Ball já era equipada com ferramentas que seriam introduzidas em máquinas populares dali a 40 anos, incluindo retorno automático de carro e espaçamento entre linhas, uma barra de espaço, um sino para sinalizar o fim da linha, provisão para cópias em papel carbono, um reverso de fita e escrita visível ao levantar o mecanismo de digitação.

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Crustáceo gigante recém-descoberto ganha nome de vilão de “Star Wars”

Cientistas do Vietnã adquiriram um crustáceo gigante de pescadores e se surpreenderam quando notaram que se trata de uma espécie desconhecida. Os pesquisadores compraram os animais visando estudar o aumento da popularidade deles no país como alimento popular.

A nova espécie, que pertence a águas profundas, foi batizada de Bathynomus vaderi. A ideia do nome veio da semelhança da cabeça do bicho com o capacete do vilão Darth Vader, da franquia de filmes “Star Wars“.

Animal é gigante e pesado! (Imagem: Reprodução/ZooKeys)

Características do crustáceo “Darth Vader”

  • O B. vaderi chega a incríveis 32,5 cm de comprimento e pesa um quilo;
  • Ele é um dos maiores isópodes conhecidos;
  • Se diferencia por ter 11 espinhos curvados para cima no pleotelso;
  • É a segunda espécie supergigante registrada no Mar do Sul da China;
  • O habitat exato da criatura é incerto, já que os pescadores disseram que capturaram os animais em águas profundas próximo às Ilhas Spratly, segundo o g1.

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Consumo do animal está em alta no país asiático

Em sete anos, o crustáceo, chamado de bo biên ou “insetos marinhos” pelos vietnamitas, virou moda no Vietnã, se tornando verdadeira iguaria culinária. O animal chegou a ser comparado com a lagosta, dada a qualidade de sua carne.

Com o crescimento na busca pelo B. vaderi, sua pesca também aumentou. Eles são vendidos vivos em mercados e restaurantes, podendo ser mantidos em tanques de água fria.

Na capital do Vietnã, Hanói, em 2017, o crustáceo chegou a valer US$ 80 (R$ 461,45, na conversão direta) por quilo. Atualmente, a depender do tamanho, varia entre US$ 27 e US$ 40 (R$ 155,74 e 230,72).

Nas redes sociais, existem vários anúncios de venda do animal criados por lojas de frutos-do-mar. Quando o cliente compra, recebe o B. vaderi vivo e em uma caixa de gelo.

B. vaderi é iguaria culinária no Vietnã (Imagem: Reprodução/ZooKeys)

Por enquanto, foram detectadas 11 espécies “supergigantes” e nove “gigantes” do Bathynomus. Contudo, existem várias outras que ainda dependem de análise para serem divulgadas.

Quando falamos do sexo desse crustáceo, a espécie B. jamesi tem o macho mais comprido e mais pesado: 41 cm e mais de 2,6 kg, respectivamente, fazendo dela a maior supergigante e maior isópode conhecidos no Indo-Pacífico Ocidental.

A nova espécie foi descrita em artigo publicada em 14 de janeiro na revista científica ZooKeys.

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Quadro feito com IA é leiloado por mais de R$ 1 milhão

A obra “Machine Hallucinations – ISS Dreams – A“, de Refik Anadol, foi vendida por US$ 227,2 mil (aproximadamente R$ 1,3 milhão) num leilão on-line da Christie’s encerrado na quarta-feira (05). Este foi o primeiro inteiramente dedicado a obras de arte criadas com inteligência artificial (IA).

O quadro de Anadol foi o que arrematou o maior valor no leilão, realizado entre 20 de fevereiro e 5 de março. O valor ficou acima das expectativas da casa de leilões, mas foi um ponto fora da curva. “Emerging Faces”, de Pindar Van Arman, era outra obra de destaque do leilão. E esta não recebeu um lance sequer.

Leilão de obras feitas com IA angaria mais de US$ 700 mil – e gera polêmica

No total, o leilão angariou aproximadamente US$ 729 mil (R$ 4,2 milhões), segundo a página dedicada a ele no site da Christie’s. O valor ficou acima da expectativa (US$ 600 mil). Mas 14 dos 34 lotes não receberam lances suficientes ou foram vendidos por valores abaixo das estimativas da Christie’s.

14 dos 34 lotes com obras feitas com IA não receberam lances suficientes ou foram leiloados por valores abaixo das estimativas (Imagem: Reprodução/Christie’s)

“Com este projeto, nosso objetivo era destacar as brilhantes vozes criativas que estão empurrando os limites da tecnologia e da arte“, disse Nicole Sales Giles, uma das responsáveis pelas vendas, em comunicado (via The Art Newspaper).

“Também esperávamos que os colecionadores e a comunidade em geral reconhecessem sua influência e importância no cenário artístico atual”, acrescentou. “Os resultados deste leilão confirmaram que isso ocorreu.”

Leilão polêmico

O leilão de obras feitas com IA foi polêmico. Uma carta aberta publicada online em 8 de fevereiro, que obteve quase 6.500 assinaturas, pediu que a Christie’s cancelasse o leilão – o que não ocorreu.

Captura de tela de quadros feitos com IA vendidos em leilão
Obras feitas com IA angariaram mais dinheiro do que as expectativas da casa de leilões (Imagem: Reprodução/Christie’s)

Muitas das obras de arte que vocês planejam leiloar foram criadas com modelos de IA que são conhecidos por serem treinados com obras protegidas por direitos autorais sem licença“, afirma a carta, endereçada a Nicole e Sebastian Sanchez, outro responsável pelas vendas.

“Esses modelos e as empresas por trás deles exploram artistas humanos, usando seus trabalhos sem permissão ou pagamento para criar produtos comerciais de IA que competem com eles”, acrescenta a carta.

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Um porta-voz da casa de leilões disse o seguinte ao The Art Newspaper: “Os artistas representados neste leilão têm práticas artísticas multidisciplinares fortes e estabelecidas, algumas reconhecidas nas principais coleções de museus. As obras deste leilão utilizam inteligência artificial para aprimorar seus corpos de trabalho.”

Aparentemente, há quem pague alguns milhares de dólares para ter esse tipo de trabalho exposto (ou guardado) por aí.

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