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Olhar Espacial recebe brasileiro que ajudou a descobrir nova galáxia satélite da Via Láctea

Uma galáxia minúscula e ultrafria foi detectada orbitando a Via Láctea pelo DELVE Survey, uma colaboração internacional para observar o Universo

Batizada de Aquarius III, essa nova vizinha cósmica pode conter apenas algumas centenas ou milhares de estrelas – um número modesto se comparado às grandes galáxias. A nossa Via Láctea, por exemplo, tem de 100 bilhões a 400 bilhões de estrelas, e a Grande Nuvem de Magalhães, algo entre 10 bilhões e 30 bilhões.

A pesquisa foi conduzida em duas etapas. Primeiro, os cientistas usaram imagens públicas capturadas pelo Telescópio Victor M. Blanco, no Chile. Graças ao longo tempo de exposição das fotos, o equipamento registrou áreas com alta densidade de luz, indicando aglomerados de estrelas que poderiam ser galáxias candidatas. Na segunda fase, técnicas de espectroscopia confirmaram que Aquarius III é, de fato, uma galáxia satélite ultrafria com baixa metalicidade, ou seja, poucos elementos químicos além de hidrogênio e hélio – características típicas de objetos antigos no Universo.

Essa descoberta, conforme noticiado pelo Olhar Digital, contou com a participação do astrônomo brasileiro Guilherme Limberg, graduado e doutorado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), que atualmente é pesquisador de pós-doutorado no Instituto de Cosmologia Física da Universidade de Chicago, nos EUA.

O astrônomo Guilherme Limberg é o convidado desta sexta-feira (25) do Programa Olhar Espacial. Crédito: Arquivo Pessoal

Limberg é o convidado do Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (25), para contar tudo sobre essa fascinante descoberta. 

Leia mais:

Como assistir ao Programa Olhar Espacial

Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – BRAMON e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTubeFacebookInstagramX (antigo Twitter)LinkedIn e TikTok.

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Enxame de estrelas e Nebulosa da Águia nas imagens astronômicas da semana

Toda semana, no Programa Olhar Espacial, exibimos duas imagens astronômicas que se destacaram na semana que passou. E na última semana, apresentamos mais duas imagens publicadas no site APOD Brasil. Confiram:

Enxame de Estrelas

[ Créditos: Carlos César ]

A primeira imagem retrata o belíssimo Ômega Centauri ou NGC 5139, um dos maiores e mais massivos aglomerados globulares da Via Láctea.  Localizado a cerca de 16 mil anos-luz de distância na direção da Constelação do Centauro, este aglomerado contém milhões de estrelas densamente agrupadas.  A imagem mostra um brilhante núcleo central rodeado por enxame de estrelas que se estende por aproximadamente de 170 anos-luz, criando um cenário deslumbrante. A massa e as características incomuns de Ômega Centauri sugerem que ele pode ter uma origem diferente da maioria dos outros aglomerados globulares, possivelmente sendo o remanescente do núcleo de uma antiga galáxia anã canibalizada pela Via Láctea.

Original em: https://www.apodbrazil.com/gallery/298 

Nebulosa da Águia

[ Créditos: Fernando Magalhães ]

Já a segunda imagem é um fantástico registro da Nebulosa da Águia, também chamada de Messier 16, uma região de formação estelar ativa a 7 mil anos-luz de distância, na Constelação da Serpente.  A imagem captura a beleza da nebulosa, com suas nuvens de gás e poeira iluminadas pela luz das estrelas recém-formadas.  É famosa pela icônica estrutura conhecida como “Os Pilares da Criação”, registrada pelo Telescópio Espacial Hubble.  Os Pilares são colunas densas de gás e poeira que estão sendo esculpidas pela radiação e ventos estelares, e onde uma grande quantidade de novas estrelas são gestadas em seu interior.

Original em: https://www.apodbrazil.com/gallery/294 

APOD Brasil

As escolhas das Imagens Astronômicas desta Semana foram feitas a partir do site APOD Brasil (https://www.apodbrazil.com/), um portal mantido por astrônomos e entusiastas da fotografia, dedicado à divulgação das belezas do Cosmos. O APOD Brasil tem o  objetivo de publicar uma fotografia astronômica a cada dia, divulgando o trabalho de brasileiros, e de outras nacionalidades, empenhados em revelar as maravilhas do nosso Universo. Os interessados em contribuir com o portal APOD Brasil, e também com as Imagens Astronômicas da Semana do Olhar Espacial, podem fazer isso através do formulário disponibilizado no site: https://www.apodbrazil.com/form 

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O que preciso saber antes de comprar um telescópio?

Todas as sextas-feiras, ao vivo, a partir das 21h (pelo horário de Brasília), vai ao ar o Programa Olhar Espacial, no canal do Olhar Digital no YouTube. O episódio da última sexta-feira (11) (que você confere aqui) tratou sobre a história dos telescópios, como eles são produzidos e qual os detalhes que os amantes da astronomia têm que ficar de olho na hora de escolher o melhor instrumento de observação.

A última edição do programa contou com a presença do produtor de telescópios Sandro Coletti. Em entrevista ao apresentador Marcelo Zurita, o artesão contou como essas ferramentas astronômicas surgiram e qual a importância de Galileu e Newton em sua evolução. Além disso, explicou como é sua oficina de produção e quais detalhes fazem um bom telescópio.

“Há mais de quatro séculos, a invenção do telescópio revolucionou a nossa visão do universo, abrindo uma janela para o cosmos e revelando os seus segredos mais profundos”, comentou Zurita.

Marcelo Zurita e Sandro Coletti no Olhar Espacial. (Imagem: Olhar Digital)

Telescópios: um acidente revolucionou a ciência

A origem dos telescópios foi acidental, segundo explicou Coletti. No começo do século XVII, o ótico holandês Hans Lippershey observava seu filho brincando com algumas peças de vidro. De repente, o garoto alinhou uma lente de distância focal comprida com outra mais curta, que colocou perto do olho. Assim, ele percebeu que poderia ampliar objetos distantes.

Logo, Lippershey começou a produzir e vender um objeto que juntava as duas lentes. Inicialmente, os compradores o usavam para observações terrestres, colaborando para o avistamento de pedaços de terra em meio ao oceano, durante as navegações.

Tudo mudou quando o astrônomo Galileu Galilei soube dessa nova invenção. O cientista logo fez questão de criar sua própria versão, o “galileoscópio”, e mirou o instrumento para o céu noturno. Suas descobertas foram tão grandes que houve conflito entre os novos conhecimentos e os pensadores da época, levando Galilei a se retratar.

Pintura em que Galileu Galilei mostra seu telescópio para figuras do clero
Galileu sofreu resistência às suas ideias. (Imagem: Henry-Julien Detouche)

Mesmo com tamanho progresso, o astrônomo ainda usava uma lente de baixa qualidade. Segundo Coletti, o pouco refinamento da produção limitava a observação espacial a objetos muito brilhantes, fazendo com que alguns astros fossem difíceis de se estudar.

Anos depois, o matemático Johannes Kepler trouxe modificações para a ferramenta. Ele trocou a lente ocular de Galilei por uma biconvexa convergente, o que aumentou o campo de observação, mas deixou a imagem de ponta cabeça.

“Os instrumentos melhoraram de forma muito lenta nessas primeiras décadas do telescópio como instrumento cientifico”, comentou Coletti.

Foi no século XVIII que pesquisadores começaram a testar novas combinações de lentes. Porém, uma falha atrapalhava suas observações: a aberração cromática. Ela acontece quando a luz atravessa a lente de vidro e as ondas se dispersam de tal forma que as bordas da imagem ficam com uma “sombra” colorida, geralmente vermelha e roxa.

Newton mudou tudo

O físico Isaac Newton trocou as lentes por espelhos em seus testes, o que abriu um novo caminho para a construção de telescópios. Essa alteração resolveu a aberração cromática porque a luz não atravessa o espelho e assim não se decompõe.

Ele conseguiu chegar em imagens nítidas principalmente por poder calcular a medida das peças e ser especialista em óptica. O aprimoramento foi tão grande que reflete na técnica de produção de telescópios até hoje.

“Não consigo conceber uma solução mais extraordinária que o telescópio de Newton”, constatou o entrevistado.

Um telescópio de madeira com uma esfera em baixo. Uma réplica do projeto original de Newton
Réplica em madeira do Telescópio de Newton. (Imagem: Andrew Dunn / Wikimedia Commons)

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Como reconhecer um telescópio de qualidade?

Coletti comenta que, para além das lentes, a parte mecânica é fundamental.”95% de um telescópio é mecânico”, disse ele.

Em sua oficina, a maioria das ferramentas é voltada para o desenvolvimento de uma boa estrutura de metal para o instrumento. “Não basta ter apenas um espelho de qualidade, você tem que ter uma mecânica muito forte, estável e precisa”, explicou o produtor.

O entrevistado e Zurita observaram algumas falhas que telescópios à venda têm apresentado. Segundo eles, é importante ficar atento ao espelho secundário, que é plano e reflete a imagem do espelho curvado maior, que fica voltado para o céu.

Coletti mostrou alguns testes que fez com uma luz monocromática sobre os espelhos. Assim, ele conseguiu demonstrar as falhas da peça com uma técnica inventada por Newton. “Deve ser a segunda pior superfície óptica de ser feita. Plano não tem tolerância, ou ele é plano, ou não é”, disse o produtor.

Outro problema dos telescópios de produção industrial é a falta de estabilidade. Segundo Coletti, não é normal o instrumento tremer muito, o que prejudica a observação e pode acabar afastando as pessoas da prática.

Vale a pena fazer telescópios?

Coletti comentou que fica horas se dedicando a produção de peças e agora está produzindo um focalizador novo. Para a comunidade de produtores e interessados, ele posta vídeos ensinando a resolver problemas recorrentes na fabricação e dá dicas.

“Você aprende tanta coisa fabricando telescópios: mecânica, óptica, materiais… Tudo é muito legal”, disse o entrevistado.

Sandro Coletti divulga seu trabalho pelo Instagram: @sandrocoletti. Por lá também é possível entrar em contato com o produtor e adquirir seus telescópios.

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Descubra a arte de construir telescópios no Olhar Espacial

Desde a invenção do telescópio, há mais de quatro séculos, a humanidade tem se maravilhado com as descobertas e as imagens deslumbrantes do Universo reveladas por essas “janelas para o cosmos”. 

Mas como esses instrumentos ópticos tão poderosos são construídos? Quais são os segredos por trás da sua fabricação e como eles evoluíram ao longo da história para nos proporcionar uma visão cada vez mais nítida e profunda do espaço?

No Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (11), vamos mergulhar na arte da construção de telescópios e explorar os desafios e as inovações que impulsionaram o desenvolvimento desses instrumentos fascinantes. 

Também vamos conhecer o processo de fabricação de um dos telescópios mais recomendados do Brasil e que vem auxiliando astrônomos amadores de todo o país a dar seus primeiros passos na astronomia.  

Para nos guiar nessa jornada pelo mundo dos telescópios, o Olhar Espacial recebe Sandro Coletti, um apaixonado construtor desse tipo de equipamento com quase 40 anos de experiência na área. 

O Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (11) recebe Sandro Coletti, construtor de telescópios. Crédito: Arquivo Pessoal

Desde muito jovem, ele se dedicou ao estudo das ciências, óptica e telescópios, desenvolvendo uma profunda compreensão e amor por esses instrumentos que permitem a exploração do cosmos.

Como fundador de uma empresa especializada na construção de telescópios para astrônomos amadores, Coletti tem como principal objetivo garantir que iniciantes tenham acesso ao melhor equipamento para começar sua jornada na astronomia. Seu compromisso com a qualidade e a acessibilidade reflete sua paixão em compartilhar o Universo com outros entusiastas.

Além de sua carreira na construção de telescópios, ele também é um filatelista dedicado, orquidófilo entusiasmado e amante de minerais e fósseis. Também é marceneiro amador, utilizando suas habilidades manuais para criar peças rústicas únicas que refletem seu amor pela natureza e pela ciência.

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Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – BRAMON e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTubeFacebookInstagramX (antigo Twitter)LinkedIn e TikTok.

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Saiba tudo sobre buracos negros supermassivos no Programa Olhar Espacial

No coração da maioria das galáxias, incluindo a nossa Via Láctea, residem monstros cósmicos com milhões ou até bilhões de vezes a massa do Sol: os buracos negros supermassivos. 

Esses objetos fascinantes, com uma força gravitacional tão intensa que nem a luz consegue escapar, exercem uma influência profunda na evolução das galáxias que os hospedam.

Mas, como esses titãs se formam e crescem? Como interagem com o gás, as estrelas e a poeira ao seu redor? E qual o seu papel na formação e na evolução das estruturas galácticas que observamos no Universo?

Buracos negros supermassivos habitam o centro da maioria das galáxias. Crédito:
Tranding art – Shutterstock

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No Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (4), vamos mergulhar no universo extremo dos buracos negros supermassivos e explorar os segredos desses objetos enigmáticos. Vamos descobrir como a ciência tem desvendado a natureza e a influência dos buracos negros supermassivos nas galáxias, desde os jatos de matéria e energia que eles emitem até os processos de acreção que alimentam seu crescimento descomunal.

E esta edição conta com duas convidadas muito especiais. A renomada astrofísica Thaisa Storchi Bergmann, professora do Departamento de Astronomia do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é Pesquisadora 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), membro da Academia Brasileira de Ciências desde 2009 e presidente da Comissão X1 da União Astronômica Internacional. 

Ela também presta assessoria científica ao Laboratório Nacional de Astrofísica e agências internacionais e brasileiras de fomento à pesquisa científica, bem como a diversas publicações científicas internacionais na área de astrofísica. Tem sido membro de comitês de alocação de tempo em telescópios ópticos como os do Observatório Gemini, Observatório Europeu do SUL (ESO), Space Telescope Science Institute (STScI) e Atacama Large Millimeter Array (ALMA).

As convidadas desta noite são a astrofísica Thaisa Storchi Bergmann e a estudante Sara Gabriele. Créditos: Arquivo Pessoal

O programa também recebe a jovem astrônoma amadora Sara Gabriele, que, com apenas 14 anos, é cientista cidadã da Colaboração Internacional de Pesquisa Astronômica (IASC), da NASA e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Ela é membro dos clubes de astronomia InSpace Group e Nicolinha Kids.

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Planeta Vermelho e encontro celestial nas Imagens Astronômicas da Semana

Toda semana, no Programa Olhar Espacial, exibimos duas imagens astronômicas que se destacaram na semana que passou. E na última semana, apresentamos duas belas imagens do planeta vermelho e do desfile planetário do início do ano. Confira:

Planeta Vermelho em Oposição

[ Créditos: Victor Tellez Garza ]

A primeira imagem é uma foto magnífica de Marte tirada três semanas após sua última oposição ocorrida no dia 16 de janeiro. Durante a oposição, os planetas em órbitas externas à da Terra, ficam mais próximos do nosso planeta, o que nos permite visualizá-los melhor e durante quase toda a noite. A imagem mostra o planeta como um disco avermelhado, com algumas feições da superfície destacadas. As manchas escuras indicam dunas que se deslocam com as tempestades de areia. Do lado esquerdo, vê-se a calota de gelo que encobre o pólo norte marciano. A oposição de Marte ocorre a cada 26 meses terrestres e, além de facilitar sua observação, é o melhor momento para enviarmos as missões espaciais para o Planeta Vermelho.

Original em: https://www.apodbrazil.com/gallery/287 

Encontro Celestial

[ Créditos: B.Haeussler / ESO ]

A segunda imagem é um impressionante registro do desfile planetário feito no início de fevereiro a partir do Observatório de Paranal, no Chile. A imagem é uma panorâmica de 360 graus do céu noturno, mostrando a Via Láctea arqueada acima da paisagem desértica do observatório. Além da Lua, vários planetas do Sistema Solar são visíveis e claramente identificados na imagem: Saturno, Vênus, Netuno, Urano, Júpiter e Marte, todos alinhados em uma linha relativamente reta. Do lado esquerdo, o cometa C/2024 G3 (ATLAS) também é visto com sua cauda brilhante embelezando o horizonte oeste. A imagem é um registro único e belíssimo de um raro encontro celestial.

Original em: https://cdn.eso.org/images/screen/potw2510a.jpg 

Sem anotações: https://cdn.eso.org/images/screen/potw2510b.jpg

APOD Brasil

As escolhas das Imagens Astronômicas desta Semana foram feitas a partir do site APOD Brasil (https://www.apodbrazil.com/), um portal mantido por astrônomos e entusiastas da fotografia, dedicado à divulgação das belezas do Cosmos. O APOD Brasil tem o  objetivo de publicar uma fotografia astronômica a cada dia, divulgando o trabalho de brasileiros, e de outras nacionalidades, empenhados em revelar as maravilhas do nosso Universo. Os interessados em contribuir com o portal APOD Brasil, e também com as Imagens Astronômicas da Semana do Olhar Espacial, podem fazer isso através do formulário disponibilizado no site: https://www.apodbrazil.com/form 

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Universo em Crise? Olhar Espacial discute a “revolução cosmológica” do James Webb

O Universo está se expandindo aceleradamente, e a explicação mais aceita para esse fenômeno misterioso é a energia escura, uma força repulsiva que compõe cerca de 70% do cosmos. Mas o que é, de fato, a energia escura? E qual é exatamente o seu papel na evolução do Universo?

Ainda não temos respostas precisas para essas perguntas, mas observações recentes do Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, têm levantado dúvidas em questões que acreditávamos estar resolvidas. Suas imagens sem precedentes vêm desafiando o nosso modelo cosmológico padrão, o ΛCDM, que inclui a energia escura como uma constante cosmológica. Galáxias massivas e complexas foram encontradas em épocas muito antigas do Universo, o que contraria as previsões do modelo atual e levanta questionamentos sobre a nossa compreensão da formação e evolução das galáxias e a própria natureza da energia escura.

O Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (28) vai mergulhar nos mistérios da energia escura e explorar as teorias alternativas que buscam explicar as observações intrigantes do James Webb. Será que precisamos rever o nosso modelo cosmológico? Existem outras explicações para a expansão acelerada do Universo? E como essas novas teorias podem impactar a nossa compreensão do passado e do futuro do cosmos?

Roberto ‘Pena’ Spinelli é o convidado desta sexta-feira (28) do Programa Olhar Espacial. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O convidado desta noite é Roberto ‘Pena’ Spinelli, físico graduado pela Universidade de São Paulo (USP), com especialidade em Machine Learning pela Universidade de Stanford, nos EUA, pesquisador na área de Inteligência Artificial e colunista do Olhar Digital News.

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Eta Carinae e pôr do Sol lunar nas Imagens Astronômicas da Semana

Toda semana, no Programa Olhar Espacial, exibimos duas imagens astronômicas que se destacaram na semana que passou. E na última semana, apresentamos duas imagens fantásticas de uma bela nebulosa e de um pôr do Sol inédito. Confiram:

Nebulosa de Eta Carinae

[ Créditos: Fernando Magalhães ]

A primeira imagem mostra um fantástico registro da Nebulosa de Eta Carinae, também chamada de NGC 3372. Trata-se de uma região de formação estelar localizada a cerca de 7.500 anos-luz de distância na direção da Constelação de Carina. É uma das nebulosas mais brilhantes e massivas da Via Láctea, que abriga Eta Carinae, um sistema estelar duplo, mais de 5 milhões de vezes mais luminoso que o Sol e extremamente instável, que já passou por eventos eruptivos gigantescos no passado.  A nebulosa é composta por nuvens de gás e poeira iluminadas pela intensa radiação estelar, criando um cenário visualmente deslumbrante e que revelam a energia e a complexidade dos processos que ocorrem naquele canto da galáxia.

Original em: https://www.apodbrazil.com/gallery/271 

Pôr do Sol Lunar

[ Créditos: Firefly Aerospace ]

Já a segunda imagem, enviada pela sonda Blue Ghost da Firefly Aerospace, retrata um pôr do sol visto da superfície da Lua.  A imagem mostra a linha do horizonte lunar, com o Sol aparentemente se pondo ao centro. Acima do Sol e ligeiramente à direita, percebe-se o brilho de Vênus e, um pouco mais acima e bem mais brilhante, está a Terra, destacando a perspectiva única e a magnitude do evento cósmico observado a partir da Lua. Além de uma visão inédita, este registro também é importante para a ciência. Os cientistas estão analisando essas imagens para determinar se o brilho visto no horizonte pode ser atribuído ao espalhamento frontal da luz solar nas partículas de poeira em suspensão próximo à superfície da Lua. 

Original em: https://x.com/Firefly_Space/status/1902073355290771708/photo/4 

APOD Brasil

As escolhas das Imagens Astronômicas desta Semana foram feitas a partir do site APOD Brasil (https://www.apodbrazil.com/), um portal mantido por astrônomos e entusiastas da fotografia, dedicado à divulgação das belezas do Cosmos. O APOD Brasil tem o objetivo de publicar uma fotografia astronômica a cada dia, divulgando o trabalho de brasileiros, e de outras nacionalidades, empenhados em revelar as maravilhas do nosso Universo. Os interessados em contribuir com o portal APOD Brasil, e também com as Imagens Astronômicas da Semana do Olhar Espacial, podem fazer isso através do formulário disponibilizado no site: https://www.apodbrazil.com/form 

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Equinócio: Olhar Espacial aborda a importância desse evento astronômico ao longo da história

Em todos os anos, existem dois momentos em que o dia e a noite têm quase a mesma duração: um em março e outro em setembro. Esse fenômeno é chamado de equinócio, termo que vem das palavras latinas aequus (igual) e nox (noite). 

Durante os equinócios, a Terra fica alinhada de maneira que os hemisférios Norte e Sul recebem a mesma quantidade de luz solar, o que resulta em dias e noites praticamente iguais.

Movimentos de rotação e translação da Terra ocasionam os equinócios e solstícios. Crédito: Sakurra – Shutterstock

O primeiro equinócio do ano ocorre entre 20 e 21 de março, e o segundo, entre 21 e 23 de setembro. Em 2025, o equinócio de março aconteceu na quarta-feira (20), marcando o início da primavera no Hemisfério Norte e o começo do outono no Hemisfério Sul.

Stonehenge foi construído em alinhamento com o equinócio

Desde a Antiguidade, diversas culturas celebram os equinócios com festivais e rituais. Muitas civilizações antigas construíram estruturas monumentais para observar esses momentos e marcar a passagem do tempo, além de identificar os melhores períodos para plantar e colher. Um exemplo famoso é o Stonehenge, na Inglaterra, que foi projetado para alinhar-se com os equinócios.

Mas, como nossos ancestrais percebiam esses eventos? Como podiam construir monumentos tão precisos e quais os reais objetivos? Para conversar sobre essas questões, o Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (21) recebe Caio Montenegro de Capua, especialista em culturas ancestrais. 

O especialista em culturas ancestrais Caio Montenegro de Capua é o convidado desta sexta-feira (21) do Programa Olhar Espacial. Crédito: Arquivo Pessoal

Caio é professor de artes ancestrais, educador museal e criador do CosMuseu (Museu de Cosmovisão Ancestral), em São José, Santa Catarina. Ele tem formação em Astrofísica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e em Arqueoastronomia pela Universidade de Milão, na Itália. Além disso, participou do programa de formação de professores da NASA e tem vasta experiência com povos indígenas, incluindo estudos e vivências com o povo Guarani e outros grupos em diversos países.

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Efeito fotoelétrico e o Nobel de Einstein

No dia 14 de março comemoramos o aniversário de um grande físico: Albert Einstein, um dos cientistas mais icônicos e populares da história. Sinônimo de genialidade, ele revolucionou nossa compreensão do Universo com a Teoria da Relatividade, mostrando que o espaço e o tempo são relativos, que a gravidade é uma curvatura do espaço-tempo e que E=mc². Entretanto, curiosamente, não foi por isso que ele recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1921. O reconhecimento veio por um trabalho menos famoso que a Relatividade e que sua língua – mas igualmente revolucionário: a explicação do Efeito Fotoelétrico. Mas afinal, o que é esse efeito? E por que ele foi tão importante para a ciência?

A famosa foto de Albert Einstein feita em 1951 – Créditos: Arthur Sasse

O Efeito Fotoelétrico, em termos simples, ocorre quando a luz incide sobre um material e “arranca” elétrons dele. Podemos ver esse efeito em ação nas células de um painel solar, que transformam a luz do Sol em eletricidade. “Quando a luz incide sobre as células solares, ela arranca elétrons e gera uma corrente elétrica. Simples, não é? Só que esse fenômeno, observado pela primeira vez em 1887 pelo físico alemão Heinrich Hertz, escondia um mistério. Por décadas, os cientistas tentaram entender como ele funcionava, mas até o final do século XIX, ninguém conseguiu explicar.

O problema é que naquela época, a luz era entendida apenas como uma onda eletromagnética, e as teorias da física clássica não conseguiam explicar o Efeito Fotoelétrico. Os cientistas esperavam que, quanto mais intensa fosse a luz (mais energia), mais elétrons seriam arrancados e com maior velocidade. Mas os experimentos mostravam o contrário! Apenas algumas cores específicas, ou seja, certas frequências do espectro, conseguiam arrancar elétrons, independentemente da intensidade da luz. E esse comportamento, a física clássica não explicava.

Representação esquemática do efeito fotoelétrico: fótons arrancando elétrons de uma chapa metálica – Créditos: Ponor / wikimedia.org

O enigma só foi resolvido em 1905, por um jovem físico de 26 anos que, longe dos grandes laboratórios e universidades, trabalhava como escriturário em um escritório de patentes na Suíça. Seu nome? Albert Einstein! Em seu artigo, Einstein propôs uma ideia revolucionária: a luz não era apenas uma onda, mas também se comportava como se fosse composta por pequenos “pacotes” de energia, chamados de quanta (ou fótons, como seriam chamados mais tarde).

Cada fóton carrega uma quantidade específica de energia, que é proporcional à sua frequência (cor). Se essa energia for suficiente, o elétron é ejetado. Mas se não for, aumentar a intensidade da luz não faz diferença alguma — uma descoberta que contrariava tudo o que se esperava da física clássica! O efeito fotoelétrico é como uma festa, onde o que faz as pessoas levantarem e dançarem não é o volume da música, e sim o ritmo em que ela toca! 

E Einstein descreveu de forma brilhante essa relação com uma equação simples e elegante:

E = hf − ɸ

Onde E representa a energia do fotoelétron, h é a constante de Planck, f é a frequência da luz e ɸ é a energia mínima necessária para arrancar um elétron do material.

Era a prova definitiva da dupla natureza da luz: às vezes, ela se comporta como uma onda; outras vezes, como uma partícula!

A descoberta de Einstein foi um marco na história da física. Ela não apenas explicou o Efeito Fotoelétrico, mas também lançou as bases da física quântica, revolucionando nossa compreensão da luz e da matéria. A ideia de que a luz pode se comportar tanto como partícula quanto como onda — a chamada dualidade onda-partícula — tornou-se um dos pilares da física moderna.

Einstein em 1904, no escritório de patentes suíco que trabalhou – Créditos: Lucien Chavan

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Além de sua importância teórica, o Efeito Fotoelétrico impulsionou avanços tecnológicos que fazem parte do nosso cotidiano. As células fotovoltaicas, que convertem a luz solar em eletricidade, são baseadas nesse fenômeno. Sensores de câmeras de celulares e telescópios espaciais, fotocélulas usadas em portas automáticas, leitores de código de barras e muitos outros dispositivos também operam sob esse princípio.

Embora Einstein seja mais lembrado por sua Teoria da Relatividade, foi sua explicação do Efeito Fotoelétrico que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Física em 1921. Essa descoberta — que em 2025 completa 120 anos — nos lembra que a ciência está em constante evolução e que até as descobertas mais inesperadas podem abrir caminho para verdadeiras revoluções científicas e tecnológicas.

Então, no aniversário de Einstein, celebremos não apenas sua genialidade, mas também o poder da ciência de desvendar os mistérios do universo e transformar nossa visão do cosmos. Graças ao Efeito Fotoelétrico, podemos enxergar a luz das estrelas como um fluxo de partículas cruzando a vastidão do espaço até alcançar a Terra, energizando sensores e revelando a beleza e a grandiosidade do universo. O legado de Albert Einstein, assim como a luz, continua a iluminar os caminhos da ciência e da humanidade.

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