A OpenAI está finalizando uma rodada de financiamento de US$ 40 bilhões, uma das maiores da história de startups, conforme revela uma matéria exclusiva do Wall Street Journal.
No entanto, a empresa pode perder metade desse valor caso não se reestruture como uma companhia com fins lucrativos até o final do ano.
Se isso não acontecer, o SoftBank, seu principal investidor, reduzirá a rodada para US$ 20 bilhões.
Para que a reestruturação seja concluída, é necessária a aprovação da Microsoft, maior acionista da OpenAI, além de uma revisão legal na Califórnia.
Rodada de financiamento adiciona pressão aos esforços da OpenAI para se converter em uma empresa com fins lucrativos – Imagem: Vitor Miranda / Shutterstock
Valores envolvidos na rodada de financiamento
A rodada de financiamento inclui até US$ 30 bilhões do SoftBank e o restante será distribuído entre outros investidores, incluindo a Microsoft.
A OpenAI pode receber inicialmente US$ 10 bilhões, com a possibilidade de até US$ 30 bilhões adicionais caso complete a transição para fins lucrativos.
Se não o fizer, o valor da segunda parcela será reduzido para US$ 10 bilhões.
A pressão para a mudança aumentou após a breve demissão de Sam Altman em 2023, o que gerou exigências de investidores para que a empresa se tornasse lucrativa.
Se a reestruturação falhar, a OpenAI terá dificuldades financeiras, já que depende de novos investimentos para cobrir seus custos operacionais. Além disso, a empresa tem compromissos financeiros significativos, como US$ 18 bilhões para o projeto Stargate.
OpenAI depende de várias aprovações e condições para concluir sua reestruturação para uma empresa com fins lucrativos – Imagem: xlaura / Shutterstock
O ChatGPT enfrenta instabilidade e interrupções nesta segunda-feira (31). Usuários ao redor do mundo relatam dificuldades de acesso, lentidão no serviço e mensagens de erro, tanto na versão web quanto nos aplicativos móveis.
O site Downdetector, que monitora interrupções em serviços online, registrou um pico significativo de relatos de problemas na manhã de hoje:
Nos Estados Unidos, já são mais de 1160 reclamações envolvendo o ChatGPT. (Imagem: Reprodução/Downdetector)
No Brasil, o pico de reclamações foi menos expressivo. (Imagem: Downdetector/Reprodução)
O que aconteceu com o ChatGPT hoje?
Os usuários relatam mensagens de erro como “algo deu errado” na versão para desktop e “erro de conexão upstream” nos aplicativos móveis. Há também relatos de lentidão no serviço, mesmo quando o acesso é possível.
Vale mencionar que a OpenAI reconheceu publicamente os problemas através de sua página de status, indicando um aumento nas taxas de erro do ChatGPT. A empresa informou que está investigando o problema, que já dura cerca de duas horas, mas não forneceu detalhes sobre a causa da instabilidade.
As interrupções afetam tanto usuários da versão gratuita quanto assinantes do ChatGPT Plus, que pagam por acesso prioritário e recursos adicionais. (Imagem: Reprodução/Downdetector)
O CEO da OpenAI, Sam Altman, fez publicações recentes em suas redes sociais pedindo para os usuários diminuírem a quantidade de solicitações de imagens, trazendo assim mais força para a tese de sobrecarga por requisição de imagens.
Imagens geradas pelo ChatGPT no estilo das animações do Studio Ghibli, co-fundado por Hayao Miyazaki, tomaram conta das redes sociais nesta semana. Tanta gente gerou imagens que “nossas GPUs estão derretendo“, postou o CEO da OpenAI, Sam Altman, no X. E a trend despertou polêmicas.
São camadas e camadas de polêmicas. Pipocaram discussões sobre como o uso da IA para imitar o estilo Ghibli viola direitos autorais e desvaloriza o trabalho humano, por exemplo. Até aí, tudo certo.
Geração de imagens estilo Ghibli no ChatGPT e postura do governo Trump compartilham mentalidade, diz repórter
Primeiro, a página postou fotos de uma detenta chorando. Segundo a postagem, ela era traficante de fentanil e imigrante legal. Depois, acrescentou uma imagem no estilo Ghibli – muito provavelmente gerada no ChatGPT – na qual um policial carrancudo algemava a mulher aos prantos.
Postagem da página da Casa Branca aproveitando a trend da geração de imagens no estilo do Studio Ghibli no ChatGPT (Imagem: Reprodução/Redes sociais)
“Ambos [filtro Ghibli e postura da Casa Branca nas redes] são, por mais contraintuitivo que pareça, produto de uma mentalidade que trata decência básica como fraqueza e a insensibilidade como a prerrogativa do poder“, argumenta a repórter do Verge.
Para ela, “IA Ghibli e Trump se encaixam de maneira bizarra”. No geral, mídia gerada por IA é a estética principal do movimento Maga (sigla em inglês de “Make America Great Again“), capitaneado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Questões culturais à parte, essa estética é produto dos vínculos entre Trump e a indústria de IA, segundo Robertson. Por exemplo, o bilionário Elon Musk, grande conselheiro de Trump, tem uma empresa de IA (a xAI). Além disso, o presidente nomeou David Sacks como “czar da IA” e canetou um projetaço para o setor (o Stargate, do qual a OpenAI faz parte).
Filtro Ghibli e a indiferença da era Trump
Trend das imagens estilo Studio Ghibli geradas pelo ChatGPT é fofa, mas tem camadas sombrias (Imagem: Reprodução/Redes sociais)
A repórter aponta algo mais sombrio. “Em sua essência, [o filtro Ghibli] é um eco menor da total indiferença da era Trump para com os outros seres humanos.”
Usar o trabalho do Studio Ghibli para publicidade é um movimento de poder, explica Brian Merchant em sua newsletter Blood in the Machine. Isso diz aos artistas cujas criações fazem o ChatGPT funcionar: “Nós pegamos o que queremos, e vamos contar a todos que estamos fazendo isso. Você consente? Não nos importamos.”
A OpenAI anunciou em seu site um aumento significativo nas recompensas para pesquisadores que identificarem vulnerabilidades críticas de segurança, elevando o valor máximo de US$ 20.000 (aproximadamente R$ 115 mil) para US$ 100.000 (cerca de R$ 575 mil ) para descobertas excepcionais.
A empresa, que atende 400 milhões de usuários semanalmente em empresas, governos e outras entidades, afirmou que esse aumento reflete seu compromisso em proteger seus sistemas e manter a confiança dos usuários.
Além disso, a OpenAI introduziu bônus adicionais durante promoções temporárias para relatórios qualificados em áreas específicas. Por exemplo, até 30 de abril, pesquisadores que relatarem vulnerabilidades de Insecure Direct Object Reference (IDOR) receberão até US$ 13.000 (aproximadamente R$ 74 mil).
Recompensas da OpenAI para quem descobrir bugs podem passar de R$ 500 mil – Imagem: QubixStudio/Shutterstock
Programa de recompensas já existe há dois anos
O programa de recompensas por bugs foi lançado em abril de 2023, inicialmente oferecendo até US$ 20.000 para vulnerabilidades reportadas.
A empresa também especificou que problemas relacionados ao modelo, como jailbreaks do ChatGPT, estão fora do escopo da recompensa.
Esse anúncio ocorreu após um vazamento de dados do ChatGPT, onde um bug na plataforma Redis expôs dados pessoais de 1,2% dos usuários do ChatGPT Plus, o que motivou a criação do programa de recompensas para reforçar a segurança.
Enquanto lida com os bugs sem seus sistemas, o CEO da startup, Sam Altman, anunciou que os servidores do ChatGPT estão ficando sobrecarregados devido à demanda massiva da nova versão do gerador de imagens do chatbot. Leia mais aqui.
OpenAI aumenta esforços para manter a segurança de seus sistemas e servidores (Imagem: Svet foto/Shutterstock)
A arte de Hayao Miyazaki, co-fundador do Studio Ghibli, leva tempo para vir ao mundo. São anos de trabalho para suas animações chegarem às telas. Já o estilo do artista… bom, isso você emula em segundos no ChatGPT. Milhares de pessoas tentaram. E os resultados são assustadoramente coerentes.
Como costuma acontecer em redes sociais, muitas discussões começaram a pipocar. Enquanto uns se divertiam ao criar versões Ghibli de fotos (pessoais, históricas), outros apontavam questões preocupantes (violação de direitos autorais, desrespeito ao trabalho artesanal humano, “lixo de IA” etc).
Trend do Studio Ghibli-verso criado pelo ChatGPT começou fofa, aí ficou sombria
Na parte “do bem” da trend, imagens geradas pelo ChatGPT no estilo Ghibli eram memes, selfies e fotos de família, de pets. Confira abaixo alguns exemplos:
(Imagem: Reprodução/Redes sociais)
(Imagem: Reprodução/Redes sociais)
(Imagem: Reprodução/Redes sociais)
Até o CEO da OpenAI, Sam Altman, entrou na brincadeira. Após trocar sua foto de perfil no X para uma imagem no estilo Miyazaki de desenhar, Altman postou: “mudei minha foto de perfil mas talvez alguém faça uma melhor para mim” (em tradução livre e respeitando o jeito como ele escreveu).
(Imagem: Reprodução/Redes sociais)
Então, a brincadeira ficou sombria. Começaram a circular imagens geradas pelo ChatGPT no estilo Studio Ghibli das Torres Gêmeas no 11 de setembro, do assassinato de JFK, do testemunho de Altman no Congresso. Até o perfil da Casa Branca no X entrou na trend.
(Imagem: Reprodução/Redes sociais)
Questões por trás do Studio Ghibli-verso criado pelo ChatGPT
Conforme plataformas de IA evoluem, cada vez mais pessoas de áreas criativas expressam frustrações e preocupações. Entram aqui, por exemplo: escritores, atores, músicos, artistas visuais.
Pessoas que trabalham com criatividade se preocupam com avanço de IAs que geram imagens (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)
Um grupo com mais de 10 mil atores e músicos assinou uma carta aberta, em 2024, na qual criticava o “uso não licenciado de obras criativas” para treinar modelos de IA, como o ChatGPT. Entre os membros deste grupo, estão incluindo o músico Thom Yorke (Radiohead), a atriz Julianne Moore (Hannibal) e escritor Kazuo Ishiguro.
O que a OpenAI disse
“Nossa meta é oferecer aos usuários a maior liberdade criativa possível”, disse Taya Christianson, porta-voz da OpenAI, em declaração enviada à imprensa (via The Verge).
“Continuamos a impedir gerações [de imagens] no estilo de artistas individuais vivos, mas permitimos estilos de estúdios mais amplos — que as pessoas usaram para gerar e compartilhar algumas criações originais de fãs verdadeiramente encantadoras e inspiradas.”
Estou completamente enojado. Se você realmente quer criar coisas assustadoras, pode fazer isso. Mas eu nunca desejaria incorporar essa tecnologia ao meu trabalho. Sinto fortemente que isso é um insulto à própria vida.
Hayao Miyazaki, artista, cineasta e co-fundador do Studio Ghibli, em documentário de 2016
Seria a trend do Studio Ghibli no ChatGPT um insulto ao trabalho de Miyazaki? As discussões continuam. Talvez, para sempre.
A OpenAI está perto de finalizar rodada de financiamento de US$ 40 bilhões (R$ 229 bilhões, na conversão direta) liderada pelo Softbank. Outros grupos de private equity também participam das negociações; são elas: Magnetar Capital, Coatue Management e Alitmeter Capital, segundo a Bloomberg.
Inicialmente, o grupo japonês investiria US$ 25 bilhões (R$ 143 bilhões) na startup, tornando-se a maior apoiadora da controladora do ChatGPT depois da Microsoft. O CEO, da instituição, Masayoshi Son, já vinha sinalizando estratégias agressivas para impulsionar o setor de inteligência artificial (IA).
Financiamento será pago em até 24 meses (Imagem: Sundry Photography/iStock)
A nova injeção de capital vai elevar o valor da OpenAI para US$ 300 bilhões (R$ 1,7 trilhões), como informou a CNBC no mês passado. Naquele momento, a companhia japonesa informou que pagaria o financiamento ao longo dos próximos 12 a 24 meses.
Em outubro do ano passado, a empresa liderada por Sam Altman foi avaliada em US$ 157 bilhões (R$ 900 bilhões) por investidores privados.
A expectativa é que parte do dinheiro seja usada para os planos da startup com o Projeto Stargate, joint venture entre SoftBank, OpenAI e Oracle anunciada pelo presidente Donald Trump no início do ano;
A iniciativa vai movimentar US$ 500 bilhões (R$ 2,8 trilhões) para construir infraestrutura de inteligência artificial nos Estados Unidos;
Na prática, serão mais data centers para aumentar o acesso da OpenAI ao poder de computação, melhorando o desempenho de grandes modelos de linguagem (LLMs).
Nesta semana, a startup atualizou seu modelo GPT-4o para adicionar geração de imagem. “Esses recursos facilitam a criação exata da imagem que você imagina, ajudando você a se comunicar de forma mais eficaz por meio de recursos visuais”, explicou a empresa.
Parte do montante será usado para infraestrutura de IA (Imagem: Mamun sheikh K/Shutterstock)
O CEO da OpenAI, Sam Altman, anunciou nesta quinta-feira (27), que o uso incessante da nova geração de imagens do ChatGPT, introduzida no início desta semana, está sobrecarregando os servidores da empresa.
Embora seja “superdivertido ver as pessoas amarem imagens” no ChatGPT, “nossas GPUs estão derretendo”, Altman postou em seu perfil do X (Twitter), acrescentando que a empresa limitará temporariamente o uso do recurso, pois trabalha para torná-lo mais eficiente.
Altman, contudo, não deixou claro qual é exatamente o limite temporário que será imposto.
O ChatGPT está com problemas para atender a demanda alta do recurso de geração de imagens (Imagem: QubixStudio/Shutterstock)
Recurso chegou ao ChatGPT nesta semana
O recurso de geração de imagens começou a ser implementado para usuários do ChatGPT Plus, Pro e Team na última terça-feira, bem como usuários do nível gratuito do chatbot quando usam o modelo 4o da OpenAI.
Usuários do ChatGPT Enterprise e Edu receberão acesso na próxima semana, de acordo com a OpenAI.
Imagens de renderizações ao estilo de animes de fotos enviadas por usuários têm se tornado virais no X e em outros aplicativos de mídia social desde o lançamento do recurso.
Altman, por exemplo, mudou sua foto de perfil do X para uma imagem gerada pela nova ferramenta.
Um dos primeiros produtos de sucesso da empresa foi o modelo Dall-E lançado em 2021. Esse foi um dos primeiros geradores de imagens de inteligência artificial e foi integrado ao ChatGPT em 2023.
Usuários do nível gratuito do ChatGPT em breve também poderão usar o recurso, com capacidade de gerar três imagens por dia, afirmou Altman.
Recurso para gerar imagens foi lançado apenas aos assinantes das versões pagas do chatbot; função ainda será lançada na versão gratuita (Imagem: mundissima/Shutterstock)
AOpenAI vai adiar a chegada do gerador de imagens integrado ao ChatGPT para usuários da versão gratuita. A notícia foi divulgada pelo próprio CEO da empresa, Sam Altman, e reverberou na comunidade online, ecoando a frustração daqueles que aguardavam para experimentar a nova ferramenta.
A demanda acabou superando as expectativas da OpenAI e resultou em um acúmulo de requisições que sobrecarregou o sistema. Altman, em postagem publicada no X, expressou surpresa diante da adesão em massa, admitindo o “atraso temporário” no lançamento para a camada gratuita.
Criação de imagens direto no ChatGPT
A nova ferramenta permite a criação de imagens diretamente no ChatGPT impulsionada pelo modelo de raciocínio GPT-4o e conquistou os holofotes desde seu lançamento exclusivo para assinantes dos planos Plus, Pro e Team.
O GPT-4o, com suas melhorias na renderização de texto e a adoção de uma “abordagem autorregressiva” para a geração de imagens, demonstra um avanço significativo.
A capacidade de construir imagens da esquerda para a direita e de cima para baixo, em vez de simultaneamente, por exemplo, representa um marco na precisão e detalhamento.
A possibilidade de gerar imagens no estilo do Studio Ghibli também gerou uma onda de compartilhamentos nas redes sociais, com o próprio Altman participando da tendência.
Demanda superou as expectativas da OpenAI e resultou em um acúmulo de requisições que sobrecarregou o sistema. (Imagem: One Artist/Shutterstock)
Apesar do entusiasmo inicial, a infraestrutura da OpenAI, sobrecarregada pela demanda, não suportou a promessa de acesso gratuito imediato. A empresa, agora, se dedica a expandir sua capacidade, buscando uma solução para cumprir sua promessa de democratizar a criação de imagens por IA.
O adiamento, embora frustrante, sinaliza o potencial da ferramenta. A capacidade de gerar imagens complexas e estilizadas agora se aproxima do alcance do público. A expectativa, agora, reside na capacidade da OpenAI em superar os desafios técnicos e honrar seu compromisso.
A OpenAI espera que sua receita triplique e atinja US$ 12,7 bilhões (cerca de R$ 72 bilhões) em 2025. A projeção de crescimento ocorre em um momento de expansão acelerada do setor de inteligência artificial generativa. A Microsoft, principal investidora e parceira estratégica da OpenAI, registrou US$ 13 bilhões em receita recorrente anual no quarto trimestre, um aumento de 175% em relação ao ano anterior.
O dado foi inicialmente reportado pela Bloomberg e depois validado por uma fonte familiarizada com o assunto da CNBC, que pediu anonimato por se tratar de informação privada.
OpenAI espera triplicar receita e atingir US$ 12,7 bilhões em 2025 (Imagem: jackpress / Shutterstock.com)
Mudanças na liderança da OpenAI e novidades no ChatGPT
Nesta semana, a OpenAI anunciou alterações importantes em sua liderança.
A funcionalidade já está sendo disponibilizada para assinantes dos planos ChatGPT PLUS, Pro e Team, bem como para usuários da versão gratuita do ChatGPT que utilizam o modelo 4o.
A empresa também confirmou que os clientes do ChatGPT Enterprise e Edu receberão acesso em breve.
Sam Altman delegou funções e ficará mais focado em desenvolvimento de IA (Imagem: QubixStudio/Shutterstock)
Concorrência crescente no setor de IA e investimento da SoftBank
A OpenAI enfrenta uma concorrência cada vez mais acirrada no setor de IA generativa. Startups como Anthropic e Perplexity, além de gigantes da tecnologia como Google e Microsoft, também estão investindo fortemente na área. Esse cenário pressiona a OpenAI a acelerar o desenvolvimento de novos produtos e funcionalidades para manter sua posição de destaque.
No mês passado, foi reportado que a SoftBank planeja investir US$ 40 bilhões na OpenAI, avaliando a empresa em US$ 260 bilhões. Parte desse capital deve ser direcionado para o compromisso da OpenAI com o Stargate, uma joint venture entre SoftBank, OpenAI e Oracle, anunciada durante o governo do ex-presidente Donald Trump.
A OpenAI anunciou nesta terça-feira (25) a integração do Sora ao ChatGPT, permitindo que os usuários gerem imagens diretamente na plataforma. Antes, o acesso ao Sora era limitado a um site separado, mas agora essa funcionalidade passa a estar disponível dentro do ChatGPT sob o nome de “Imagens no ChatGPT”.
O Sora foi inicialmente apresentado como um gerador de vídeos por inteligência artificial, mas, nesta primeira fase de integração, estará focado apenas na criação de imagens. A funcionalidade será acessível para usuários dos planos ChatGPT Plus, Pro, Team e Free.
No caso dos assinantes do plano gratuito, o limite de uso será o mesmo do DALL-E, embora a OpenAI não tenha divulgado um número exato. A porta-voz da empresa, Taya Christianson, afirmou ao The Verge que esse limite pode mudar ao longo do tempo conforme a demanda.
OpenAI integra seu gerador de imagens Sora a seu chatbot, o ChatGPT (Imagem: jackpress / Shutterstock.com)
Avanços técnicos na geração de imagens no ChatGPT
De acordo com Gabriel Goh, líder de pesquisa da OpenAI, o novo sistema utiliza o modelo GPT-4o como base.
Ele destaca avanços significativos na precisão dos detalhes das imagens, especialmente na capacidade de manter relações corretas entre atributos e objetos.
Esse conceito, chamado de “binding”, permite ao modelo gerar imagens com mais precisão quando solicitados múltiplos elementos, como cores e formas diferentes, sem erros.
Outro aprimoramento é a renderização de textos dentro das imagens. Ferramentas de IA frequentemente apresentam erros ao tentar inserir palavras legíveis nas criações visuais, mas a OpenAI aprimorou essa capacidade para tornar os textos gerados mais coerentes e utilizáveis.
Segundo Goh, essa melhoria exigiu meses de refinamento, mas a qualidade agora é consistente, com falhas ocorrendo apenas em textos muito pequenos.
A abordagem adotada pela OpenAI para a geração de imagens também difere dos modelos tradicionais.
Enquanto o DALL-E e outras ferramentas usam um método baseado em difusão, o Sora emprega um processo autoregressivo, criando a imagem sequencialmente, da esquerda para a direita e de cima para baixo.
Esse método pode ser responsável pelos avanços na precisão dos elementos visuais e textuais.
Aplicações e demonstrações
Antes do lançamento da nova funcionalidade, a OpenAI realizou demonstrações para mostrar o potencial do Sora. Entre os exemplos apresentados, estavam diagramas científicos como o experimento do prisma de Newton, histórias em quadrinhos com personagens e balões de diálogo consistentes, além de pôsteres informativos com textos precisos. A ferramenta também se mostrou útil na criação de imagens com fundo transparente para adesivos, cardápios de restaurantes e logotipos.
Para Jackie Shannon, líder de produto multimodal da OpenAI, a IA por trás do ChatGPT traz consigo um diferencial: o conhecimento de mundo. Isso significa que um usuário não precisa fornecer detalhes extensivos sobre um conceito científico, por exemplo, para obter uma imagem precisa.
Apesar dos avanços, a nova tecnologia leva mais tempo para gerar imagens em comparação com versões anteriores. No entanto, a OpenAI considera essa troca vantajosa. Segundo Shannon, a qualidade e a capacidade de geração de imagens com alto nível de detalhe compensam os segundos adicionais de espera.
Apesar de ser mais conhecido por criar vídeos a partir de texto, o Sora chega ao ChatGPT inicialmente apenas como criador de imagens (Imagem: FilipArtLab/Shutterstock)
Diante de preocupações com o uso indevido de imagens geradas por IA, como deepfakes e remoção de marcas d’água, a OpenAI reforçou seus mecanismos de segurança com a chegada do Sora ao ChatGPT. Shannon afirmou que o sistema bloqueia a geração de deepfakes sexuais e a remoção de marcas d’água e impede a criação de conteúdo ilegal.
Embora as imagens geradas pelo Sora não possuam marcas visíveis indicando sua origem, todas incluirão metadados C2PA, um padrão adotado para identificar imagens criadas por IA. A OpenAI também desenvolverá ferramentas internas para rastrear a proveniência das imagens.
A empresa enfatiza que os usuários têm a propriedade das imagens geradas e podem utilizá-las conforme as políticas da OpenAI permitem. “Nenhum sistema é perfeito, mas estamos constantemente aprimorando nossas salvaguardas”, concluiu Shannon.