A empresa chinesa de táxi aéreo EHang anunciouparceria estratégica com a JAC Motors e a Guoxian Holdings para construção da primeira fábrica de sua aeronave eVTOL. O veículo passou por teste de voo urbano não tripulado bem-sucedido na Espanha — o primeiro do tipo na Europa.
A joint venture vai integrar as cadeias de fornecimento de produção existentes em Hefei, capital de Anhui (China). A cidade foi escolhida para receber o novo complexo, que vai padronizar componentes-chave de táxi aéreo.
“Esta iniciativa visa promover o desenvolvimento da economia de baixa altitude e novo ecossistema de transporte multidimensional”, diz o comunicado. O objetivo é cultivar “cluster industrial abrangente”.
Objetivo é cultivar “cluster industrial abrangente “(Imagem: Reprodução/Ehang)
Em outubro de 2023, a EHang assinou acordo de cooperação estratégica com o governo municipal de Hefei, que elevou o status da cidade como um polo de eVTOL, com a criação de dois “vertiportos” no Luogang Central Park.
No ano seguinte, a empresa recebeu licença de voo para operação comercial de seus táxis aéreos não tripulados de passageiros da Administração de Aviação Civil da China (CAAC, na sigla em inglês).
“Ao alavancar os recursos de alta qualidade de Hefei, esta colaboração visa impulsionar o crescimento de alta qualidade de indústrias emergentes”, afirmou Xingchu Xiang, presidente e gerente geral da JAC Motors.
Joint venture vai integrar as cadeias de fornecimento de produção existentes em Hefei (Imagem: Reprodução/Ehang)
Teste do eVTOL na Europa
O primeiro voo eVTOL não tripulado em ambiente urbano da EHang foi realizado com sucesso na cidade de Benidorm (Espanha);
A empresa usou o modelo EH216-S, acompanhado de 12 drones para destacar a eficácia da operação;
O teste foi conduzido pela empresa espanhola de navegação aérea, Enaire, de acordo com os regulamentos da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA, na sigla em inglês).
A EHang diz que está colaborando com mais governos locais para as próximas operações comerciais da economia de baixa altitude, incluindo construção de infraestrutura, treinamento de pessoal e expansão da capacidade de produção.
O Nubank, um dos vários bancos digitais do Brasil, visando manter bom padrão de serviço e impulsionar a produtividade interna, passou a apostar em soluções de inteligência artificial (IA) desenvolvidas em parceria com a OpenAI. A seguir, confira quais são esses recursos.
Nubank e OpenAI: o que a parceria trouxe?
Busca interna
Uma das primeiras iniciativas adotadas pela fintech foi a criação de uma solução de busca corporativa customizada, integrada ao ambiente de trabalho dos funcionários.
Utilizando os modelos GPT‑4o e GPT‑4o mini e técnicas de Retrieval-Augmented Generation (RAG), o sistema permite o acesso instantâneo a informações essenciais, como FAQs, diretrizes de marca e políticas internas.
Essa ferramenta foi refinada com modelos treinados especificamente com conteúdo da área de atuação do Nubank, garantindo respostas precisas e contextualizadas, aponta a OpenAI.
Com interface de chat intuitiva, mais de cinco mil colaboradores já utilizam a ferramenta mensalmente. O sistema acelera o processo de integração de novos funcionários e auxilia os agentes de atendimento e desenvolvedores, “proporcionando decisões mais rápidas e informadas“.
Segundo a empresa de Sam Altman, essa abordagem elimina a necessidade de navegar por repositórios fragmentados e desatualizados, otimizando o fluxo de trabalho e elevando a eficiência operacional.
Startup de Sam Altman reforça parcerias com importantes empresas do mundo (Imagem: jackpress/Shutterstock)
Atendimento ao cliente com soluções de IA
A base sólida construída com a busca interna permitiu ao Nubank expandir o uso da IA para um dos maiores desafios enfrentados por empresas em crescimento: manter um bom atendimento ao cliente.
Em parceria com a OpenAI, a fintech desenvolveu o Call Center Copilot, ferramenta que integra a base de conhecimento e o histórico de conversas do banco para oferecer suporte, em tempo real, aos agentes de atendimento.
Desenvolvido com o GPT‑4o, o copiloto utiliza recursos multimodais – combinando texto e voz – para fornecer respostas rápidas e contextualizadas. Entre suas funcionalidades, destacam-se:
Sugestões de respostas: recomenda as melhores respostas para que os agentes possam fornecer atendimento preciso e empático;
Resumo de conversas: gera resumos de diálogos em andamento ou já finalizados, facilitando a compreensão do contexto;
Orientação passo a passo: auxilia na resolução de questões técnicas ou consultas complexas, reduzindo o esforço cognitivo dos atendentes.
Além disso, a própria ferramenta de chat alimentada por IA lida com mais de duas milhões de interações mensais, conseguindo resolver até 50% das dúvidas de primeiro nível sem necessidade de intervenção humana. Segundo a startup, essa automatização reduziu o tempo de resposta em cerca de 70%, proporcionando “experiência de atendimento mais ágil e satisfatória para os clientes”.
Assistente de IA para interações diretas com clientes
Paralelamente ao copiloto para os agentes, o Nubank implementou um assistente de IA, também alimentado pelo GPT‑4o, para interagir diretamente com os clientes.
Esse assistente é capaz de gerenciar até cinco interações automáticas antes de encaminhar o atendimento para um humano, permitindo que questões mais simples sejam resolvidas de forma rápida e eficiente.
Com média de mais de dois milhões de chats mensais, a ferramenta não só alivia a demanda sobre os atendentes, mas, também, eleva a precisão e a velocidade na resolução de problemas.
Graças a essas inovações, o Nubank conseguiu reduzir o tempo de resolução de consultas em até 2,3 vezes, mantendo índices elevados de satisfação, medidos pelo Transactional Net Promoter Score (tNPS). Segundo a OpenAI, “essa estratégia não só preserva o alto padrão de atendimento da empresa, como, também, sustenta seu crescimento em um mercado cada vez mais competitivo”.
Combate à fraude: visão computacional para análise de transações e documentos
O banco digital de origem brasileira está também testando uma solução que utiliza visão computacional aliada à IA para detectar fraudes.
A tecnologia GPT‑4o vision combina processamento de linguagem natural com reconhecimento de imagens, possibilitando análise conjunta de dados textuais e visuais.
Essa inovação é aplicada na verificação de registros de transações, comunicações com clientes e documentos enviados, identificando padrões e anomalias que possam sinalizar tentativas de fraude.
O uso dessa tecnologia “segue rigorosamente as políticas internas de prevenção, além de atender às exigências regulatórias e contar com a supervisão de equipes especializadas”, descreve a startup estadunidense. Ao integrar essa camada extra de segurança, o Nubank visa garantir serviço mais seguro e confiável para seus usuários.
Soluções servem para clientes e funcionários da fintech (Imagem: Divulgação/OpenAI)
Nova era no setor financeiro com parceria de fintech com OpenAI
Com a implementação dessas soluções de IA, o Nubank otimiza processos internos e redefine o padrão de atendimento ao cliente no mercado financeiro.
A parceria com a OpenAI demonstra como a tecnologia pode ser utilizada para criar sistemas mais inteligentes, eficientes e seguros, que atendem tanto às necessidades dos colaboradores quanto às expectativas dos clientes.
Resta esperarmos para ver se as demais fintechs e bancos disponíveis no mercado seguirão a nova onda inaugurada pelas empresas e passarão a criar soluções de IA para seus colaboradores e clientes.
O que diz o Nubank
O Olhar Digital pediu, ao Nubank, um posicionamento oficial sobre a parceria com a empresa de Sam Altman e aguarda retorno.