Parkinson-2-1-1024x683

Exame de sangue pode detectar Parkinson antes dos primeiros sintomas surgirem

A prevalência de Parkinson na população mundial pode aumentar consideravelmente nos próximos anos, chegando a 267 casos por 100 mil pessoas até 2050. Isso significa que os casos praticamente dobrariam no período.

A principal dificuldade é identificar a condição com antecedência. Um cenário que pode mudar a partir do desenvolvimento de um novo exame de sangue que promete detectar a doença antes dos primeiros sintomas surgirem.

Exame analisa padrões no sangue

O trabalho foi realizado por cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, e do Imperial College London, no Reino Unido. Os pesquisadores identificaram padrões específicos de fragmentos de RNA no sangue que indicam a presença do Parkinson antes mesmo do seu avanço.

A pesquisa analisou amostras de sangue, fluido espinhal e tecidos cerebrais de pacientes diagnosticados com a condição. Após, comparou estes resultados com amostras de pessoas saudáveis e pacientes com Alzheimer.

Doença está afetando cada vez mais pessoas (Imagem: Daisy Daisy/Shutterstock)

A conclusão foi que aqueles indivíduos com Parkinson apresentavam níveis elevados de um tipo de RNA chamado RGTTCRA-tRFs, e níveis reduzidos de um outro tipo, os MT-tRFs. Essa diferença estava presente também em pessoas com predisposição genética para a doença, mesmo antes dos sintomas surgirem.

De acordo com a equipe, isso indica que o exame poderia identificar o Parkinson antes dos tremores, da rigidez e de outros sintomas motores aparecerem.

Esta descoberta pode revolucionar o diagnóstico da doença, permitindo que tratamentos aumentassem a qualidade de vida.

Leia mais

Descoberta pode melhorar detecção da doença (Imagem: SpeedKingz/Shutterstock)

Novo método pode simplificar identificação da doença

  • Os cientistas explicam que o teste é simples, menos invasivo e mais acessível do que os exames de fluido espinhal e ressonâncias magnéticas.
  • Além disso, o exame de sangue seria mais preciso do que outras técnicas disponíveis atualmente.
  • Em resumo, ele mede a proporção entre os dois tipos de RNA (RGTTCRA-tRFs e MT-tRFs) no sangue do paciente.
  • Se ela estiver alterada, isso pode indicar a presença da doença em estágios iniciais.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado pela revista Nature Aging.

O post Exame de sangue pode detectar Parkinson antes dos primeiros sintomas surgirem apareceu primeiro em Olhar Digital.

Captura-de-tela-2025-04-10-121123-1024x480

Mapa 3D inédito pode revolucionar a compreensão do cérebro

Cientistas dos Estados Unidos criaram um mapa cerebral 3D com detalhes nunca vistos antes de um mamífero. Na imagem, é possível observar cerca de 75.000 neurônios identificados a partir do córtex de um camundongo.

O diagrama faz parte do programa MICrONS, coordenado por laboratórios do Instituto Allen de Ciência do Cérebro, da Universidade de Princeton e da Faculdade de Medicina Baylor. 

A iniciativa busca “revolucionar o aprendizado de máquina por meio da engenharia reversa dos algoritmos do cérebro”. Assim, os dados podem fornecer novos insights sobre como funciona o órgão do sistema nervoso central que controla a maioria das atividades do corpo.

Pesquisadores tiraram fotos em alta resolução de cada fatia usando microscópios eletrônicos (Imagem: MICrONS/Reprodução)

Como foi feito o mapa?

O tecido analisado é menor que um grão de areia e foi reconstruído para melhorar a compreensão da inteligência, da consciência e de condições neuronais como Alzheimer, Parkinson, autismo e esquizofrenia.

A equipe usou microscópios especializados para registrar a atividade cerebral na região-alvo enquanto o animal assistia a vários filmes e clipes do YouTube. Depois, o milímetro cúbico do cérebro foi fatiado em 25.000 camadas, cada uma com 1/400 da largura de um fio de cabelo humano.

A partir daí, os pesquisadores tiraram fotos em alta resolução de cada fatia usando microscópios eletrônicos. Por fim, a reconstrução das células foi possível a partir do uso de inteligência artificial e aprendizado de máquina.

“Há todos os tipos de regras de conexão que conhecíamos de várias áreas da neurociência e, dentro da reconstrução em si, podemos testar as teorias antigas e esperar encontrar coisas novas que ninguém jamais viu antes”, disse o Dr. Clay Reid, pesquisador sênior e neurobiólogo do Instituto Allen, ao jornal The Guardian.

Milímetro cúbico do cérebro foi fatiado em 25.000 camadas (Imagem: MICrONS/Reprodução)

Leia Mais:

Novas descobertas

Os cientistas descobriram que as células inibitórias – aquelas que suprimem a atividade neural – são altamente seletivas, criando uma espécie de cooperação, e não funcionam como uma simples força que amortece a ação de outras células.

“Estamos descrevendo uma espécie de mapa do Google ou planta baixa desse grão de areia. No futuro, poderemos usar isso para comparar a fiação cerebral de um camundongo saudável com a fiação cerebral de um modelo de doença”, afirmou o Dr. Nuno da Costa, pesquisador associado do Instituto Allen, ao jornal.

O post Mapa 3D inédito pode revolucionar a compreensão do cérebro apareceu primeiro em Olhar Digital.

parkinson-1024x683

IA permite tratamento revolucionário para a doença de Parkinson

Um dos recentes avanços medicinais mais promissores usando IA ocorreu para tratar o Parkinson, melhorando a qualidade de vida de dois homens que convivem com a condição, conforme mostra uma matéria do Washington Post.

Aos 40 anos, Keith Krehbiel, um cientista político renomado, foi diagnosticado com Parkinson. Embora os medicamentos controlassem seus sintomas, causavam efeitos colaterais debilitantes.

Da mesma forma, James McElroy, diagnosticado aos 47 anos, tomou até 17 comprimidos por dia, lidando com efeitos colaterais graves.

Ambos participaram de um tratamento inovador: estimulação cerebral profunda adaptativa (DBS), que usa inteligência artificial para ajustar a estimulação cerebral em tempo real, oferecendo um controle mais eficaz dos sintomas e reduzindo a necessidade de medicamentos.

Leia mais

Abordagem com IA oferece uma nova esperança para pacientes com Parkinson (Imagem: Creative Cat Studio/Shutterstock)

Estimulação cerebral profunda adaptativa: o que é

  • O DBS, uma técnica cirúrgica usada desde 1997, tradicionalmente fornece estímulos constantes ao cérebro, mas pode causar subestimulação ou superestimulação.
  • A versão adaptativa ajusta a estimulação conforme as necessidades do paciente, otimizando os resultados e minimizando efeitos adversos.
  • Em testes, como o estudo piloto de 2024, a tecnologia mostrou grande potencial na melhora dos sintomas motores e na qualidade de vida dos pacientes.

A Food and Drug Administration (FDA) aprovou o primeiro sistema DBS adaptativo para Parkinson em fevereiro. Os resultados preliminares de estudos clínicos mostram alta satisfação dos pacientes, com 98% optando por continuar com a terapia a longo prazo.

No entanto, a técnica não é indicada para todos os pacientes e ainda existem desafios, como a personalização dos algoritmos e a busca por melhorar a eficácia do tratamento. Para Krehbiel e McElroy, a tecnologia tem sido transformadora, permitindo-lhes levar uma vida mais normal.

Mal de Parkinson
A estimulação cerebral profunda adaptativa pode ser a solução para uma tratamento do Parkinson com menos medicamentos e seus efeitos colaterais – Imagem: Jne Valokuvaus/Shutterstock

O post IA permite tratamento revolucionário para a doença de Parkinson apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_1466692250-e1738764241711

Casos de Parkinson podem dobrar até 2050, diz estudo

Pesquisadores da Capital Medical University em Pequim, na China, alertam que a prevalência de Parkinson na população mundial pode aumentar consideravelmente nos próximos anos. O estudo aponta que serão 267 casos por 100 mil pessoas até 2050.

Se confirmada, esta projeção representa um aumento de 76% em relação ao ano de 2021. Isso significa que cerca de 25 milhões de indivíduos em todo o mundo apresentarão sinais da doença neurodegenerativa.

Pessoas com 80 anos ou mais serão as mais impactadas

  • De acordo com a equipe responsável pelo trabalho, o aumento mais significativo aconteceria entre pessoas com 80 anos ou mais.
  • Dentro deste público, o crescimento dos diagnósticos poderiam chegar a 196% até 2050.
  • Espera-se que os homens sejam mais afetados do que as mulheres, com a proporção de prevalência padronizada por idade entre homens e mulheres aumentando de 1,46 em 2021 para 1,64 em 2050.
  • O maior número de casos de Parkinson deve ficar concentrado no Leste Asiático (10,9 milhões), seguido pelo Sul da Ásia (6,8 milhões).
  • As menores incidências estão previstas para a Oceania (11 mil).
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista The BMJ.
Incidência de Parkinson na população global irá aumentar (Imagem: Kotcha K/Shutterstock)

Leia mais

Doenças neurodegenerativas se tornarão a segunda principal causa de morte

Para chegar a estes resultados, os pesquisadores examinaram dados do Global Burden of Disease 2021, um estudo que quantifica sistematicamente as consequências causadas pelo Parkinson na saúde das pessoas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que as doenças neurodegenerativas, incluindo Parkinson e Alzheimer, ultrapassarão o câncer como a segunda principal causa de morte em todo o mundo até 2040.

Mal de Parkinson
Mal de Parkinson causa tremores involuntários e outros efeitos no corpo (Imagem: Jne Valokuvaus/Shutterstock)

O principal fator de risco é o envelhecimento populacional. De acordo com os pesquisadores, isso deve levar a um aumento expressivo de 89% nos casos da doença em todo o mundo até 2050. Esta projeção indica a necessidade de encontrar formas de controlar o avanço da condição entre os mais velhos.

O post Casos de Parkinson podem dobrar até 2050, diz estudo apareceu primeiro em Olhar Digital.

iStock-846236786-1024x804

Estudo resolve mistério de décadas sobre o Parkinson

Pesquisadores do Walter and Eliza Hall Institute of Medical Research (WEHl), na Austrália, resolveram um mistério de décadas sobre o Parkinson. A descoberta pode abrir caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos para tratar a doença.

Identificado pela primeira vez há mais de 20 anos, o PINK1 é uma proteína diretamente ligada à condição neurodegenerativa que mais cresce no mundo. O problema é que, até agora, ninguém sabia ao certo como ela atuava no organismo.

Pesquisadores revelaram como PINK1 atua

  • Os pesquisadores explicam que as mitocôndrias produzem energia em nível celular em todos os seres vivos.
  • Em uma pessoa saudável, quando as mitocôndrias são danificadas, o PINK1 se acumula nas membranas mitocondriais e sinaliza através de uma pequena proteína chamada ubiquitina, que as mitocôndrias quebradas precisam ser removidas.
  • Já quando o PINK1 sofre mutação, esta atuação é prejudicada e as mitocôndrias quebradas se acumulam nas células.
  • Embora tenha sido associado ao Parkinson e, em particular, nos casos envolvendo pacientes mais jovens, o grande mistério era saber como a substância atuava.
  • No novo estudo, os cientistas descobriram como o PINK1 se liga nas mitocôndrias.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Science.
Equipe descobriu como PINK1 se liga nas mitocôndrias (Imagem: 846236786/istockphoto)

Leia mais

Falhas geram acúmulo de toxinas nas células

Segundo o trabalho, o PINK1 funciona em quatro etapas distintas. Primeiro, ele detecta danos mitocondriais, para, em seguida, se ligar às mitocôndrias danificadas. Após, marca a ubiquitina, que então se une a uma proteína chamada Parkin para que as mitocôndrias danificadas possam ser recicladas.

Quando as mitocôndrias são danificadas, elas param de produzir energia e liberam toxinas na célula. Em uma pessoa com Parkinson e uma mutação PINK1, estas toxinas se acumulam na célula, eventualmente matando-a.

Pessoa segurando seu pulso direito com a mão esquerda; na mão direita, há um copo quase cheio de água
Descoberta pode ajudar no tratamento do Parkinson (Imagem: Creative Cat Studio/Shutterstock)

A equipe agora espera usar este conhecimento para desenvolver medicamentos que possam retardar ou até mesmo parar o desenvolvimento do Parkinson em pessoas com a mutação.

O post Estudo resolve mistério de décadas sobre o Parkinson apareceu primeiro em Olhar Digital.