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Fluxo de pedestres em grandes cidades pode ser melhorado com… matemática

Em ruas ou calçadas, praças ou saguões de aeroportos, as pessoas podem transitar organizadamente ou formar pequeno caos. Pesquisadores do MIT, liderados por Karol Bacik, estudaram esse fluxo de pedestres e desenvolveram abordagem matemática para prever quando esse fluxo se torna desordenado.

Eles identificaram um parâmetro, chamado “dispersão angular“, que mede a variação nas direções dos pedestres. O estudo foi publicado no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences.

Quando essa dispersão ultrapassa 13 graus, o fluxo tende a se tornar desorganizado, dificultando a movimentação eficiente e aumentando o risco de colisões.

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Cientistas puderam identificar o momento em que o fluxo de pedestres se torna desorganizado (Imagem: Karol Bacik/MIT)

Detalhes do estudo sobre o fluxo de pedestres

  • O estudo foi baseado em equações de fluxo de fluidos, geralmente usadas para descrever o movimento de moléculas, e foi aplicado ao comportamento dos pedestres;
  • A equipe realizou experimentos controlados, em que pedestres foram instruídos a caminhar em faixa simulada sem colidir com os outros e os movimentos foram monitorados com câmera aérea;
  • Quando os participantes caminhavam em linha reta, o fluxo se manteve organizado e eficiente, mas, à medida que as pessoas desviavam em ângulos maiores, o tráfego se tornava mais desordenado.

Essas descobertas podem ser úteis no design de espaços públicos, ajudando a criar ambientes mais seguros e eficientes. O estudo sugere que, para promover o fluxo ordenado, é importante que as pessoas andem em direções opostas e com pouca variação em seus caminhos.

Com essa nova teoria, os pesquisadores esperam aplicar suas previsões em situações do mundo real, como praças e aeroportos, para melhorar a mobilidade em locais movimentados.

Além disso, a pesquisa destaca a importância de entender como os pedestres interagem em diferentes contextos e oferece insights valiosos para os profissionais que projetam espaços urbanos, visando otimizar o fluxo de pessoas e evitar congestionamentos e desordem.

Pessoas atravessando a rua na faixa de pedestres
Descoberta do MIT pode ajudar no design de espaços públicos mais eficientes e seguros (Imagem: Conrad Alexander/Unsplash)

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Paris dá mais um passo para se tornar uma cidade ‘sem carros’

Paris aprovou mais uma medida para reduzir o uso de carros na cidade, com o objetivo de melhorar a qualidade do ar e tornar as ruas mais seguras e agradáveis para pedestres. As informações são da Reuters.

Em referendo, a população aprovou a criação de zonas pedonais em 500 ruas, o que representa 10% das vias da cidade. A medida faz parte de um plano maior da prefeitura, que já proibiu patinetes elétricos, triplicou a cobrança de estacionamento para SUVs e implementou outras restrições ao uso de veículos.

Política acessível para pedestres em Paris

  • Com o apoio da população, a prefeitura pretende transformar cerca de 25 ruas em cada um dos 20 distritos de Paris em zonas exclusivas para pedestres.
  • A medida acarretará a eliminação de até 10 mil vagas de estacionamento adicionais, além das 10 mil já removidas desde 2020.
  • A cidade já viu uma redução significativa no trânsito desde a ascensão do partido socialista, liderado pela prefeita Anne Hidalgo, que assumiu em 2014 com a promessa de transformar Paris para adaptá-la às mudanças climáticas e reduzir o número de carros.
Plano da prefeitura parisiense buscar criar cada vez mais zonas com ciclovias e ruas exclusivas para pedrestres – Imagem: Delpixel/Shutterstock

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Entre as iniciativas de Hidalgo estão a criação de zonas de tráfego limitado, como as margens do rio Sena, a limitação de velocidade para 30 km/h em toda a cidade, a expansão de ciclovias e a criação de mais espaços verdes.

Embora Paris tenha avançado, ainda está atrás de outras capitais europeias em infraestrutura verde. Apesar do apoio popular, a participação no referendo foi baixa, com apenas 4% dos eleitores votando. Medidas semelhantes em 2023 e 2024 também registraram baixa participação.

Paris vai ampliando políticas para se tornar uma cidade mais agradável para pedestres – Imagem: maziarz / Shutterstock

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