O aumento de ataques de peixes a banhistas provocou a interdição de um balneário em Bonito, no Mato Grosso do Sul. Desde o início deste ano, foram registrados 30 casos no local. Isso é quase metade das 64 ocorrências durante todo 2024.
Os casos ocorreram em uma lagoa artificial na Praia do Figueira onde vivem espécies como o tambaqui (Colossoma macropomum).
O animal consome alimentos mais duros, o que faz com que a mordida dele possa causar ferimentos graves em humanos.
Local precisou ser interditado
De acordo com o G1, entre as vítimas está um homem que pediu para não ser identificado.
Ele foi atacado em 2023 e levou oito pontos em um dedo da mão.
Em função das ocorrências, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) decidiu suspender a visitação ao local em 26 de março.
Algumas partes do balneário chegaram a ser liberadas alguns dias depois.
No entanto, a lagoa onde ocorreram os ataques segue fechada por tempo indeterminado.
Tambaqui foi o responsável pelos ataques (Imagem: Diego Grandi/Shutterstock)
Introdução dos peixes na lagoa artificial foi um erro
De acordo com o biólogo e professor visitante da Universidade de Campinas (Unicamp), José Sabino, que atua na região de Bonito, o problema decorre da introdução de espécies exóticas em ecossistemas diferentes dos naturais. Isso, inclusive, é considerado um crime ambiental no Brasil.
O especialista explica que o tambaqui é encontrado normalmente em áreas de planície da bacia Amazônica, não estando presente de forma natural na bacia do Alto Paraguai, que abrange os rios da região de Bonito.
Local foi fechado em razão da falta de segurança (Imagem: Franco Cesar Buttafuoco/Shutterstock)
Dessa forma, Sabino acredita que houve despreparo ao se introduzir esta espécie na lagoa artificial. Ele defende que é preciso fazer um diagnóstico do problema para mitigar o impacto. Uma das sugestões é fazer o recolhimento destes animais do local, evitando novos acidentes.
Pode parecer estranho, mas existe uma competição que define o animal mais feio do mundo. Assim como há torneios para saber quais foram os seres que mais se destacaram no ano. E o mais impressionante é que o mesmo peixe ganhou essas duas premiações.
A estrela dessa história leva o nome científico de Psychrolutes marcidus, e é popularmente chamado de peixe-bolha. Em setembro de 2013, a espécie venceu uma votação popular e se tornou o mascote oficial da Sociedade para a Preservação dos Animais Feios, da Inglaterra.
Algumas pessoas podem estar torcendo o nariz para um título desses, mas a intenção desse entidade é completamente louvável: a ideia é chamar a atenção das pessoas e das autoridades para todos os animais que correm risco de extinção, não apenas os fofos.
À época, o biólogo e presidente da Sociedade, Simon Watt, deu uma explicação bem razoável sobre o trabalho que desenvolvem:
“Nossa abordagem convencional à conservação é egoísta. Nós só protegemos animais com os quais nos identificamos porque eles são fofinhos, como os pandas. Se as ameaças de extinção são tão ruins quanto parecem, focar somente na fauna carismática não faz sentido”, disse o especialista.
“Não tenho nada contra pandas, mas eles têm quem os ajude. Já esses animais (os ‘feios’) precisam da nossa ajuda”, concluiu.
O peixe-bolha (Psychrolutes marcidus) fica com esse aspecto quando sobe para a superfície – Imagem: Kerryn Parkinson (NORFANZ Founding Parties) / Divulgação
O peixe do ano
Pois bem, se em 2013 o peixe-bolha foi considerado o animal mais feio do mundo, ele agora encontrou sua redenção.
A disputa tem como objetivo promover a conscientização sobre a vida aquática da região.
A espécie era um azarão na disputa – e acabou ganhando graças a uma campanha local.
O Psychrolutes marcidus vive no fundo do mar, em profundidades que variam entre 600 e 1,2 mil metros.
Ele é encontrado em regiões como a costa sudeste da Austrália e o litoral da Tasmânia.
A espécie pode crescer até cerca de 30 cm de comprimento e se alimenta de caranguejos, lagostas e moluscos.
Ele ganhou o apelido de peixe-bolha, pois seu corpo fica todo deformado quando sobe para a superfície.
No fundo do mar, ele se parece com um peixe normal, só que o seu corpo é gelatinoso.
Quando ele sobe para a superfície, a diferença de pressão faz que ele quase “derreta”, já que não possui um esqueleto completo.
E são essas fotos “derretidas” que deram a ele o título de animal mais feio do mundo.
No fundo do mar, ele tem a aparência de um peixe normal – Imagem: UW/NSF-OOI/CSSF Dive R1470; V11)
Risco de extinção?
Não existem muitos estudos sobre o peixe-bolha e, portanto, os cientistas não têm uma conclusão sobre o status de risco de extinção da espécie.
Os especialistas, porém, costumam alertar para eventuais perigos, uma vez que esses animais ficam muito próximos de caranguejos e lagostas e, com isso, acabam sendo vítimas de pesca de arrasto no fundo do mar.
Vale destacar que o peixe-bolha não faz parte do cardápio de nenhuma cultura no mundo, ou seja, ele não é nem sequer aproveitado como alimento depois de ser pego por esses pescadores.
Ao receber o título de Peixe do Ano, os organizadores da competição esperam que o peixe-bolha volte a chamar a atenção do mundo para os animais com risco de extinção. E ele parece ser o “garoto propaganda” perfeito para isso: se tem uma coisa que essa espécie faz é chamar a atenção das pessoas.
Pesquisadores da Woods Hole Oceanographic Institution desenvolveram um inovador sistema de inteligência artificial (IA) capaz de identificar rapidamente os chamados específicos de peixes dentro do ruído geral dos recifes de corais, uma tarefa que tradicionalmente exigia meses de pesquisa manual.
O sistema utiliza uma rede neural treinada para reconhecer os sons característicos de diferentes espécies de peixes, permitindo que ele realize essa tarefa 25 vezes mais rápido do que seria possível para um ser humano.
Essa tecnologia não só melhora a eficiência na detecção de chamados de peixes conhecidos, mas também é capaz de identificar sons de espécies não catalogadas previamente.
O robô subaquático CUREE consegue percorrer recifes para registrar sons dos peixes em tempo real – Imagem: Woods Hole Oceanographic Institution
Quando um som desconhecido é detectado, uma câmera subaquática acoplada ao sistema pode ser acionada para capturar uma imagem do peixe responsável pelo chamado, enriquecendo bancos de dados com novos dados acústicos.
Veículo autônomo percorre os recifes de corais
O sistema está sendo integrado a um veículo subaquático autônomo, o CUREE, que pode percorrer recifes de corais, registrando e identificando os sons dos peixes em tempo real.
A ideia é que esse veículo, equipado com IA, consiga mapear os recifes de forma contínua, catalogando sons conhecidos e descobrindo novos, o que pode fornecer informações cruciais sobre a biodiversidade e as populações de peixes locais.
O objetivo final dos cientistas é atingir uma detecção em tempo real, permitindo a construção de dispositivos que possam identificar com precisão os chamados de peixes e associá-los a espécies específicas, um avanço significativo na pesquisa e monitoramento da vida marinha.
IA revoluciona monitoramento de recifes de corais e cataloga sons dos peixes – Imagem: Wonderful Nature/Shutterstock
Não há nenhum registro oficial de contato de humanos com seres de outros planetas. Não sabemos nem se eles existem. O cinema e a literatura, no entanto, já povoaram nosso imaginário sobre como seria um alien. E, para a maioria das pessoas, ele não fugiria muito dessa imagem acima.
Essa cabeça esquisita foi encontrada pelo pescador e fotógrafo russo Roman Fedortsov. Ele se apresenta nas redes sociais como uma espécie de “caçador de monstros marinhos“. E é bastante famoso no Instagram, onde já tem mais de 600 mil seguidores.
O vídeo da “cabeça de alien” (veja mais abaixo) é do mês passado, mas começou a viralizar mesmo somente agora. A primeira reação das pessoas foi de medo e espanto. Segundo o Daily Mail, os biólogos, então, entraram em cena e explicaram que não estamos diante nem de um monstro, nem de um alienígena.
Trata-se, na verdade, de um peixe. Um animal que infla em determinadas condições. E foi isso que aconteceu no episódio sobre o qual estamos falando.
Cabeça acima parece ter saído de algum filme da franquia “Alien”, mas não: é só a natureza agindo (Imagem: Divulgação/20th Century)
Outros “monstros” do russo
Se você jogar Aptocyclus ventricosus no Google, verá que o peixe não tem nada de mais, é normal. Os cientistas acreditam que ele teria inchado nesse tamanho devido à pressão e à aproximação rápida que teve até a superfície.
Uma outra pesquisa válida é uma visita ao perfil de Fedortsov no Instagram. Ele mostra todo tipo de criatura que já encontrou em águas profundas. Aí não estamos falando apenas de “aliens”, mas, também, de “dragões“, “fantasmas” e até da água-viva com cara de cachorro logo abaixo:
Essas descobertas excêntricas comprovam algo sobre o qual já falamos aqui no Olhar Digital: o ser humano conhece pouco sobre os oceanos. De acordo com especialistas, a humanidade conhece apenas 5% do fundo do mar. E o “peixe-alien” acaba de engrossar essa estatística.
Se você gosta de pescar, mas não está conseguindo realizar essa atividade na vida real, uma excelente opção de diversão é fazer isso virtualmente. Há vários jogos de pesca disponíveis em diferentes plataformas, como Xbox One, Xbox Series S, Xbox Series X, Nintendo Switch, PlayStation 4 (PS4), PlayStation 5 (PS5) e PC, além de smartphones.
Confira 8 games de pesca para baixar no PC, celular e consoles
Para ajudar você a encontrar o jogo de pesca ideal para se divertir, separamos 8 opções excelentes disponíveis em variadas plataformas. Conheça os títulos!
1 – Dredge
Captura de tela do game Dredge – Imagem: Reprodução/Steam
Neste jogo, você comanda o seu barco de pesca em busca de explorar diversas ilhas remotas e as profundezas delas. Nele, venda seu pescado para os moradores da região e complete missões incríveis. No entanto, cuidado com a pescaria à noite, pois há grandes possibilidades de encontrar monstros marinhos que podem afundar o seu barco.
“Dredge” é pago e pode ser adquirido em diferentes plataformas, como a Steam, Epic e Play Store. Além disso, ele está disponível para PS5, PS4, Xbox Series X/S, Nintendo Switch e PC.
“Dave the Diver” é um jogo de pesca solo de RPG com bastante aventura e exploração de grandes oceanos. Nele, o jogador precisa pescar durante o dia e administrar um restaurante de sushi à noite.
O game está disponível para PC com o sistema operacional Windows 7 67 bit e Windows 10 64 bit, além de rodar em computadores macOS no sistema operacional Catalina 10.15. Ele também pode ser encontrado para PS4 e PS5, além do Nintendo Switch. Todos são pagos.
3 – Fishing Hook
Captura de tela do jogo Anzol de pesca – Imagem: Reprodução/Play Store
“Fishing Hook (Anzol de pesca)” é uma excelente opção para celulares Android e iOS. Ele tem gráficos extremamente realistas e fácil jogabilidade. Nele, o usuário consegue pescar em vários lugares do mundo utilizando táticas diferentes para pegar os peixes e ganhar dinheiro.
O jogo é gratuito e pode ser baixado por meio da Play Store e Apple Store. Além disso, é possível jogá-lo sem utilizar dados móveis ou conexão de rede.
4 – Fishing: North Atlantic
Que tal explorar o oceano na Nova Escócia, no Canadá? Em “Fishing: North Atlantic” é exatamente isso que você faz. Esse é um jogo de pesca comercial no Atlântico Norte onde você captura várias espécies como atum, lagostas e espadarte. O game também se destaca pelo seu gráfico realista e mecânica detalhada.
Captura de tela do jogo Professional Fishing – Imagem: Reprodução/Steam
“Professional Fishing” trata-se de um jogo de pesca gratuito que simula um sistema multiplayer expansivo. Os gamers podem explorar diversos mapas, usar barcos e personalizar os equipamentos para pescar. Nele, você ainda consegue participar de competições e torneios incríveis, explorando suas habilidades contra outros pescadores.
Para jogá-lo, você pode baixá-lo via Steam no PC ou na Play Store para celulares Android.
6 – The Catch: Carp & Coarse
Quer fisgar peixes de grande porte? Em “The Catch: Carp & Coarse” você pode conseguir isso, aproveitando uma experiência muito realista e emocionante. Ao todo, o game conta com 35 espécies disponíveis para a pescaria. Para pegá-las, é necessário conhecer o comportamento de cada uma e suas preferências de iscas. O jogo exige paciência e muita técnica para capturar os melhores peixes.
“The Catch: Carp & Coarse” pode ser jogado no PC, disponível no Steam. Também é possível divertir-se com ele no PS4 e PS5, Xbox One e Xbox Series X/S. Todos são pagos.
7 – Fishing Sim World
Captura de tela do jogo Fishing Sim World – Imagem: Reprodução/Steam
“Fishing Sim World” é uma opção maravilhosa de simulador para colocar você como um pescador profissional. Ele tem um modo carreira incrível que proporciona grandes competições contra outros pescadores renomados.
Além disso, é possível conquistar patrocínios e ganhar seguidores. O game ainda conta com o modo multiplayer, que permite a criação de partidas online com regras definidas pelo jogador.
Ao todo são 10 lugares para pesca. Alguns estão nos Estados Unidos e outros na Europa. O jogo é pago e está disponível para PC no Steam, PS4 e PS5, além de Xbox One e Xbox Series X/S.
8 – Ultimate Fishing Simulator 2
Para fechar esta lista com chave de ouro, há o “Ultimate Fishing Simulator 2”, uma sequência do primeiro título do game, a qual trouxe uma experiência mais aprimorada, novos recursos e ambientes muito detalhados. Ao todo são mais de 60 espécies de peixes em vários lugares de pesca no mundo.
No game, o jogador pode explorar três técnicas diferentes: pesca flutuante, giratória e de fundo. Ele ainda conta com uma câmera subaquática para conferir a interação dos peixes com as iscas em tempo real. Está disponível para PC no Steam.