Com estrutura fluida e moldável, a bateria pode ser usada em impressoras 3D para assumir qualquer forma desejada, como explicou o professor Aiman Rahmanudin, um dos líderes do estudo. Isso abre portas para um novo tipo de eletrônica completamente integrada aos dispositivos.
Estima-se que mais de um trilhão de dispositivos estarão online nos próximos dez anos. Além dos celulares e computadores, teremos sensores médicos, implantes nervosos, roupas inteligentes e até robótica leve. E para todos esses gadgets funcionarem sem atrapalhar nossa vida cotidiana, precisamos de baterias que se adaptem – exatamente como essa nova criação.
Repare nas imagens em “M”, representando as diferentes topologias de fluidos sob diferentes deformações mecânicas. Da esquerda para a direita: 0% de deformação, 100% de deformação de tração, torcida. Barras de escala, 10 mm. | (Rahmanudin A. et al, 2025)
Uma bateria fluida e sustentável
A chave está na mudança dos eletrodos. Em vez de serem sólidos e rígidos, eles são fluidos, feitos a partir de plásticos condutores e lignina, um subproduto da produção de papel. Isso torna a bateria não apenas flexível, mas também sustentável, já que reaproveita materiais abundantes e baratos.
Ela pode ser esticada até dobrar de tamanho e ainda assim continuar funcionando perfeitamente. Além disso, suporta mais de 500 ciclos de recarga sem perder desempenho. Porém, a tensão atual da bateria é de apenas 0,9 volt. Então, os pesquisadores estão explorando novos compostos químicos, como zinco ou manganês, para melhorar sua eficiência.
Praticamente todo mundo já usou o Google. Você deve se lembrar que, até pouco tempo atrás, uma pesquisa simples resultava nos principais links aparecendo logo na primeira página. Isso está mudando, com o buscador passando a apostar nos resultados gerados pela inteligência artificial, através do Gemini.
Pode fazer o teste. Agora, ao realizar uma mesma pesquisa simples, o primeiro item da tela será um resultado gerado por IA.
Mas isso não é necessariamente ruim. Um novo levantamento da Adobe revelou que a pesquisa por IA está aumentando – e melhorando – o tráfego de sites varejistas, sendo um importante canal de acessos. Os consumidores também estão aproveitando o recurso, com resultados mais personalizados e sem anúncios para atrapalhar.
Agora, pesquisas do Google contam com resultado de IA logo no topo da página (Imagens: Nwz/Shutterstock)
Resultados de pesquisa gerados por IA são positivos para empresas e consumidores
O levantamento da Adobe analisou “mais de um trilhão de visitas a sites de varejo dos Estados Unidos” através de uma plataforma própria de análise. Além disso, entrevistou mais de 5 mil pessoas no país, para entender como elas usam IA.
Veja os resultados do relatório:
Os acessos através das referências de IA (quando a própria pesquisa de IA do Google apresenta o site de referência) aumentou em 1.300% durante as férias de 2024 em comparação com 2023. Só durante a Cyber Monday (em dezembro), o salto foi de 1.950%;
Os usuários que chegam a um site a partir da pesquisa de IA (seja do Google ou Bing) permanecem 8% mais tempo no site, navegam 12% mais em páginas diferentes e têm 23% menos probabilidade de clicar no link e fechar logo em seguida;
Já as entrevistas com consumidores revelaram que 39% das pessoas usa a pesquisa de IA para fazer compras online, 55% usa para fazer pesquisas gerais e 47% usa para encontrar recomendações de compra.
Como lembrou o The Verge, o aumento expressivo nos resultados da inteligência artificial tem a ver com a implementação recente, já que, no ano passado, as ferramentas ainda estavam em estágios iniciais. Já o aumento na retenção de usuários mostra que a IA está direcionando pessoas para páginas mais relevantes do que a antiga pesquisa tradicional do Google (aquela dos links na primeira tela).
Google não é o unico: OpenAI lançou um recurso de pesquisas dentro do ChatGPT (Imagem: Divulgação/OpenAI)
Qual o futuro da pesquisa no Google?
As ferramentas de pesquisa de IA não são exatamente novas, mas tiveram avanços recentes. No caso do Google, o recurso funciona através do Gemini, logo na primeira página do buscador, e teve que superar alguns erros bizarros antes de operar adequadamente. A expectativa é que isso se torne um mecanismo de pesquisa real daqui para frente.
O Google não é o único investindo nisso. A startup de IA Perplexity aposta em um chatbot focado em pesquisa, mas com publicidade. No entanto, os primeiros casos de uso apontaram erros e relatos de plágio, inclusive por parte de um editor da Forbes acusando a empresa de copiar reportagens. Na época, o CEO Araving Srinivas respondeu que o produto “será aprimorado” ao longo do tempo.
A OpenAI é outra. A desenvolvedora lançou o Deep Research, capaz de realizar pesquisas aprofundadas. Para diminuir os relatos de erros, a empresa deixou claro se tratar de um protótipo e que os próprios donos de uma conteúdo poderiam controlar como eles eram apresentados nos resultados do ChatGPT.
Por ora, a OpenAI não conta com anúncios, mas esse já foi um assunto debatido. O CEO Sam Altman afirmou que a implementação de anúncios no ChatGPT seria um “último recurso”, para não atrapalhar a experiência dos usuários.
As empresas devem continuar investindo nas pesquisas. Mas e os consumidores? O levantamento da Adobe mostrou que eles também estão se beneficiando da IA, possivelmente com melhoras na busca do Google, com menos anúncios e spams, e mais sugestões mais personalizadas.