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Há um tipo poluição “escondendo” a gravidade do aquecimento global

Uma nova pesquisa liderada pela Universidade da Finlândia Oriental e pelo Instituto Meteorológico Finlandês revela que a poluição atmosférica causada por aerossóis tem um impacto maior do que se pensava na regulação do clima.

Segundo o estudo, publicado na Nature Geoscience, essas partículas finas – oriundas tanto de fontes naturais quanto de atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis – estão resfriando o planeta ao modificar as propriedades das nuvens, especialmente as de baixa altitude.

Descobertas do estudo

  • O efeito de resfriamento causado por aerossóis teria “neutralizado parcialmente” o aquecimento provocado pelos gases de efeito estufa, como explica a professora Annele Virtanen, uma das autoras do estudo.
  • A influência dessas partículas sobre as nuvens é mais intensa do que estimativas anteriores sugeriam, estando no limite superior do que os modelos baseados em satélite previam.
  • Os dados foram coletados por longos períodos em estações da rede ACTRIS localizadas em Svalbard e na Finlândia, permitindo uma análise mais precisa da relação entre a presença de aerossóis e a formação de nuvens.
Partículas poluentes resfriam o clima ao alterar nuvens e podem estar mascarando parte do aquecimento global – Imagem: Vadim Sadovski/Shutterstock

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Modelos climáticos precisam ser mais precisos

O estudo também revelou falhas nos modelos climáticos atuais em representar corretamente essas interações, além de mostrar grande variação entre diferentes simulações.

De acordo com o pesquisador Sami Romakkaniemi, os resultados vão contribuir para o desenvolvimento de modelos climáticos mais precisos, que são essenciais para prever cenários futuros de mudança climática e avaliar o impacto de políticas de redução de emissões.

Estudo sobre os aerossóis vai ajudar a desenvolver modelos climáticos mais precisos para prever causas do aquecimento global – Imagem: nito/Shutterstock

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Quase toda a Europa tem ar “impróprio”, mostra estudo

Os níveis de poluição atmosférica ainda representam riscos para a grande maioria da população urbana da União Europeia, apesar de a qualidade do ar ter melhorado em todo o continente, segundo relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA).

De acordo com o documento, 94% dos habitantes de cidades no bloco europeu “ainda permanecem expostos a concentrações de PM2.5 acima dos valores recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS)”.

As PM2,5 são partículas em suspensão com um diâmetro inferior a 2,5 micrômetros que entram nos pulmões e causam problemas de saúde.

Países europeus estão reduzindo exposição a poluentes PM2,5 (Imagem: Carlos Cairo/iStock)

Qualidade do ar melhorou

Ao mesmo tempo, todos os países europeus vêm reduzindo a exposição dos que vivem nas cidades aos poluentes PM2,5, o “mais prejudicial do ponto de vista da saúde”, desde 2011, segundo a entidade.

Além disso, a maioria das estações de monitorização da poluição atmosférica respeita os limites estabelecidos pela UE em relação a “alguns dos poluentes atmosféricos mais nocivos”, de acordo com o comunicado.

“Os dados recolhidos mais recentemente (…) mostraram especificamente que os padrões da UE foram amplamente cumpridos para as partículas finas (PM2,5) (…) e para o dióxido de azoto (NO²)”, em “99% e 98%” das estações respectivamente, “dois poluentes atmosféricos significativamente nocivos”, diz a AEA.

O NO², por exemplo, pode causar irritação dos olhos e garganta, dores no peito, problemas respiratórios, diminuir a capacidade respiratória, além de gerar danos no sistema nervoso central e nos tecidos, a depender do tempo de exposição.

NO² é considerado um dos piores poluentes (Imagem: DutchScenery/iStock)

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Monitoramento

A AEA defendeu medidas mais enérgicas das cidades para cumprir os padrões da União Europeia estabelecidos até 2030, reduzindo os efeitos na saúde e melhorando a qualidade do ar de acordo com as metas da OMS.

Este foi o primeiro relatório da entidade dentro de um pacote de dados sobre a “Qualidade do ar na Europa 2025”, que vai analisar emissões de poluentes atmosféricos e impactos nos seres humanos.

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