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ChatGPT: OpenAI decreta o fim do GPT-4

A OpenAI anunciou nesta semana que vai substituir o GPT-4 pelo GPT-4o, atual sistema padrão do ChatGPT. Com isso, o modelo de linguagem será oficialmente aposentado.

A mudança foi anunciada no site da OpenAI e acontecerá a partir de 30 de abril. Apesar dos usuários comuns perderem acesso ao modelo, a desenvolvedora informou que o GPT-4 seguirá disponível através da API da empresa (para desenvolvedores).

GPT-4 é o atual modelo padrão do ChatGPT (Imagem: Gargantiopa/ Shutterstock)

GPT-4o é “sucessor natural” do GPT-4

O GPT-4 foi lançado em março de 2023. Ele estava disponível no ChatGPT e no Copilot, chatbot da Microsoft. Algumas das versões do modelo de linguagem tinham recursos multimodais, ou seja, também processavam imagens e texto, algo até então inédito nos modelos da OpenAI.

Na publicação, a desenvolvedora destacou que o GPT-4o superou o GPT-4 em “escrita, codificação, STEM e muito mais”, o tornando um “sucessor natural”.

Atualizações recentes aprimoraram ainda mais o acompanhamento de instruções, a resolução de problemas e o fluxo de conversação do GPT-4o, tornando-o um sucessor natural do GPT-4.

OpenAI, em publicação no site

De acordo com o TechCrunch, a aposentadoria do modelo acontece após o lançamento de várias novidades no ChatGPT. Já segundo o engenheiro reverso Tibor Blaho, que monitora os códigos das empresas, a OpenAI estaria preparando uma nova família de modelos chamada GPT-4.1.

A desenvolvedora também se prepara para lançar os modelos de raciocínio o3 e o o4-mini.

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Logo da OpenAI em um smartphone na horizontal
OpenAI estaria preparando o lançamento de mais modelos de IA (Imagem: jackpress / Shutterstock.com)

Modelo se envolveu em polêmicas

A trajetória do GPT-4 foi marcada por polêmicas:

  • Segundo o CEO da OpenAI, Sam Altman, ele teria custado mais de US$ 100 milhões para ser treinado. Mas, no final daquele mesmo ano, foi substituído pelo GPT-4 Turbo, mais rápido e mais barato;
  • O GPT-4 motivou um problema que até hoje perturba a desenvolvedora: editoras e jornais, como o The New York Times, a acusam de treinar o modelo usando dados protegidos por direitos autorais sem consentimento;
  • Até hoje, a OpenAI se defende dizendo que a “doutrina do uso justo” a isenta de responsabilidade. Essa “doutrina” estabelece que o material protegido pode ser usado sem autorização em situações específicas, como comentários, reportagens ou para fins de pesquisa, ensino e estudo.

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Meta: julgamento pode tirar WhatsApp da empresa; entenda

A Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos iniciará na próxima segunda-feira, 14 de abril, um julgamento antitruste que pode dissolver a Meta. A big tech é acusada de monopolizar ilegalmente o mercado de redes sociais ao comprar o Instagram e o WhatsApp.

A ação não é nova e começou no primeiro governo de Donald Trump. Agora, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, tenta se aproximar da gestão do republicano e dissuadi-lo do julgamento – algo que, até agora, não aconteceu.

Além de Zuckerberg, outros líderes da big tech, do Instagram e WhatsApp devem depor.

Meta enfrentará julgamento antitruste por aquisição do WhatsApp e Instagram

O processo está marcado para começar na segunda-feira (14), com expectativa de durar alguns meses. O governo dos Estados Unidos argumenta que as aquisições do Instagram, em 2012 (por US$ 1 bilhão), e do WhatsApp, em 2014 (por US$ 19,3 bilhões), eliminaram possíveis ameaças ao domínio da Meta no mercado.

Ação começou no primeiro governo Trump (Imagem: JarTee / Shutterstock)

A ação foi movida na primeira gestão de Trump e continuou no governo Biden, como parte de um quadro maior de como as leis antitruste devem ser aplicadas. Essa onda de processos também atingiu o Google (relembre aqui).

O julgamento deve contar com depoimentos de Zuckerberg e outros líderes seniores da empresa, como a ex-COO Sheryl Sandberg, o CTO Andrew Bosworth, o CMO Alex Schultz e o CPO Chris Cox. Empresas de mídia social rivais, como Snap, Pinterest e TikTok, também participarão.

Zuckerberg tenta convencer Trump a desistir da ação

A Meta se defende da acusação de monopólio argumentando que foi ela quem ajudou as empresas a se tornarem grandes nomes do setor. E nesse caminho, enfrentou muita concorrência.

A big tech também mexe as peças ‘fora de campo’. Zuckerberg tem tentado se aproximar do atual governo de Trump. Primeiro, a empresa anunciou o fim do programa de verificação de fatos dizendo que “trabalharia com o presidente Trump para pressionar os governos de todo o mundo” contra censura nas redes sociais. Depois, compareceu à posse do republicano, ao lado de outros executivos do setor da tecnologia.

Segundo o The Verge, nos últimos dias Zuckerberg tentou fazer com que Trump desistisse do processo pessoalmente. O presidente da FTC, Andrew Ferguson, indicou que obedeceria uma ordem vinda de cima… mas, até agora, o julgamento está mantido para segunda-feira.

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Empresa nega as acusações (Imagem: mundissima/Shutterstock)
  • Na primeira etapa do processo, o juiz responsável pelo caso vai determinar se a Meta violou a lei antitruste ao comprar o Instagram e o WhatsApp;
  • As alegações partem do pressuposto que, na época das compras, o Instagram tinha apenas 30 milhões de usuários e o WhatsApp tinha 450 milhões;
  • Hoje, as duas acumulam bilhões de usuários e são algumas das principais receitas da big tech;
  • O Instagram mais ainda, devido à receita de anúncios que chega a US$ 10 bilhões, em conjunto com o Facebook.

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Julgamento é forte

Rebecca Haw Allensworth, professora de antitruste da Faculdade de Direito de Vanderbilt, disse ao The Verge que a FTC tem um “dos mais fortes casos de tecnologia apresentados nos últimos cinco anos”. Essa força vem da evidência de uma suposta intenção anticompetitiva da Meta ao comprar o Instagram e WhatsApp.

Isso porque, em 2012, Zuckerberg teria mandado uma mensagem para o então diretor financeiro da Meta dizendo que “as redes são estabelecidas e, se cresceram em grande escala, poderão nos causar muitos transtornos”. A mensagem poderia indicar que ele já estava ciente da posição competitiva.

No entanto, a real intenção do executivo para a compra não é o único fator a ser levado em conta para declarar a Meta culpada ou não, o que dificulta o julgamento.

O que sabemos é que a big tech deve se defender, já que o Instagram é uma importante fonte de receita. Além disso, Instagram e WhatsApp são importantes na implementação do sistema de inteligência artificial Meta AI, que a big tech considera como um importante passo na corrida de IA.

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Siri continua a dar dor de cabeça para jurídico da Apple

Ações judiciais apresentadas no Canadá e nos Estados Unidos acusam a Apple de enganar consumidores ao divulgar atualizações da Siri que ainda não estão disponíveis. Não são as primeiras ações a alegarem isso. E provavelmente não serão as últimas.

Segundo um dos processos, protocolado num tribunal federal da Califórnia, a empresa teria violado leis de propaganda enganosa e concorrência desleal.

Quem comprou iPhone 16 esperando Siri turbinada com IA alega se sentir enganado pela Apple

Os autores da ação alegam que não teriam comprado um iPhone 16 (ou que não teriam aceitado pagar tanto) se soubessem que os recursos prometidos em 2024 não estariam prontos até agora.

Apple anunciou atualizações na Siri durante a WWDC 2024, em junho de 2024 (Imagem: Apple/YouTube)

Uma queixa parecida foi apresentada recentemente na província canadense de Colúmbia Britânica, segundo o Vancouver Sun.

Esta não é a primeira vez que a empresa é processada pelo mesmo motivo. Em março, uma ação semelhante foi registrada na Califórnia. As ações coletivas podem ser unificadas, caso avancem na Justiça.

No geral, as ações pedem que a Apple indenize compradores do iPhone 16 que se sentiram enganados. Os valores ainda serão definidos em julgamento. Até agora, os advogados da Apple não se pronunciaram sobre os processos, segundo o MacRumors.

Propaganda da Siri turbinada com IA

A Apple promoveu as futuras novidades da Siri em eventos, em seu site, na TV — com comercial estrelado pela atriz Bella Ramsey (Game of Thrones, Last of Us), inclusive — e em outras mídias.

Imagem de anúncio da Apple sobre atualização da Siri com a atriz Bella Ramsey sorrindo e segurando um iPhone
Parte da campanha da Apple sobre atualizações na Siri foi um comercial com a atriz Bella Ramsey (Imagem: Apple)

Os recursos da Siri turbinada foram apresentados pela primeira vez na conferência WWDC 2024, em junho de 2024, como parte do pacote de novidades da Apple Intelligence (relembre aqui). Na época, a empresa prometeu que as funcionalidades seriam lançadas até junho de 2025.

No entanto, a Apple declarou, em março de 2025, que precisaria de mais tempo. Agora, a previsão é que os recursos sejam lançados apenas “no decorrer do próximo ano”. Ou seja, recursos anunciados em 2024 que eram para 2025 agora ficaram para 2026.

Tela de um iPhone com um texto explicativo sobre a integração da Siri com o Apple Intelligence
Tudo indica que Siri turbinada com IA vai ficar disponível apenas no iOS 19 (Imagem: PixieMe/Shutterstock)

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Inicialmente, os recursos eram esperados com a chegada do iOS 18.4, lançado na semana passada. Agora, tudo indica que só ficarão disponíveis no ciclo do iOS 19.

As melhorias prometidas incluem uma Siri mais inteligente, capaz de entender o contexto pessoal do usuário, identificar o que está na tela e controlar aplicativos de forma mais precisa. A ver quando esses recursos vão sair das páginas de roteiro para anúncios.

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Conta de luz: 60 milhões de brasileiros podem ter isenção das tarifas

O Ministério de Minas e Energia está finalizando um projeto de lei que prevê reformas no setor elétrico brasileiro. Entre as propostas discutidas, está a ampliação da isenção do pagamento das contas de luz para cidadãos de baixa renda.

A chamada tarifa social oferece descontos no pagamento das tarifas para indígenas, quilombolas, idosos que recebem Benefício de Prestação Continuada (BPC) e famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal com renda até meio salário único.

Objetivo é ampliar a isenção de tarifa já existente

A ideia do governo federal é que haja uma isenção de pagamento de tarifa de energia elétrica para essas populações caso elas consumam até 80 kWh por mês. Isso poderia beneficiar até 60 milhões de pessoas no país.

Atualmente, a isenção completa do pagamento ocorre em caso de consumo de até 50 kWh e vale para indígenas e quilombolas. Já os idosos com BPC e as famílias do CadÚnico têm direito a descontos escalonados de até 65%, caso o consumo seja menor que 220kWh.

Contas de luz colocadas uma sobre a outra, na diagonal
Número de pessoas beneficiadas pela isenção pode aumentar significativamente (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Mais de 60 milhões de brasileiras e brasileiros serão beneficiados com a gratuidade de energia do consumo até 80 gigawatt por mês. Isso representa o consumo de uma família que tem uma geladeira, um chuveiro elétrico, ferro de passar, carregador de celular, televisão, lâmpadas para seis cômodos.

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia

O ministro não explicou sobre o que será feito em relação aos descontos escalonados que hoje são aplicados para consumos até 220 kWh. Segundo ele, a ideia é subsidiar a política através da correção de “distorções internas do setor”.

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Ideia é expandir a tarifa social de energia elétrica (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Outras propostas apresentadas pelo governo

  • O Ministério de Minas e Energia observa que uma das distorções que será combatida com a nova proposta é o pagamento sobre a segurança energética.
  • A pasta diz que o pobre paga mais que o rico neste cenário.
  • E que boa parte do mercado livre não paga pela manutenção de Angra 1 e 2, por exemplo.
  • Outra proposta prevê dar mais liberdade de escolha para o consumidor, inclusive residencial, em relação à origem da energia que ele irá consumir.
  • O projeto de lei deverá ser encaminhada à Casa Civil ainda neste mês.

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Anatel: existe interesse comercial na venda de celulares irregulares

As autoridades brasileiras têm adotado uma série de medidas para tentar combater o furto e roubo de aparelhos celulares. A ideia é incentivar as pessoas não adquirem dispositivos com procedência duvidosa, mas há um enorme desafio pela frente.

Segundo o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), muitas empresas tentam se eximir de qualquer responsabilidade nestes casos. Carlos Baigorri afirma que há interesse em continuar vendendo estes produtos.

Celulares não são homologados

  • De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), aproximadamente 25% dos celulares comercializados no ano passado no Brasil eram irregulares.
  • O presidente da Anatel diz que este percentual caiu para 13% após uma série de operações da agência.
  • Carlos Baigorri diz que a entidade encontra problemas com sites que intermedeiam compras e vendas de outros vendedores.
  • As dificuldades dizem respeito aos equipamentos sem homologação da agência, processo que garantiria a adequação a regras de segurança, por exemplo.
Anatel busca combater venda de celulares irregulares (Imagem: rafastockbr/Shutterstock)

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Brecha na legislação causa problemas

Em junho do ano passado, a Anatel publicou uma medida para coibir a oferta de celulares sem homologação em grandes plataformas de comércio eletrônico. Alguns dias depois, Amazon e Mercado Livre acionaram a Justiça para manter o direto de vender os chamados “celulares globais”.

Elas citam o artigo 19 do Marco Civil da Internet. Esse trecho da legislação diz que há obrigatoriedade de ordem judicial prévia e específica de exclusão de conteúdo para a responsabilização civil de provedores, websites e gestores de redes sociais por danos decorrentes de atos ilícitos praticados por terceiros.

Estátua na frente do STF
STF avalia artigo 19 do Marco Civil da Internet (Imagem: Diego Grandi/Shutterstock)

A constitucionalidade desse artigo está sob avaliação do Supremo Tribunal Federal. A situação indefinida mantém um “regime de irresponsabilidade”, na avaliação de Baigorri. As informações são da Folha de São Paulo.

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Tarifas de Trump: o que já está valendo?

As tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afetam todos os países do mundo. No entanto, os números são diferentes para cada nação e há também taxações específicas para alguns produtos.

Como se já não fosse um assunto confuso o suficiente, a Casa Branca decidiu adiar a aplicação de cobranças acima de 10%, exceto para a China. Mas, de fato, quais as tarifas que estão em vigor neste momento?

Idas e vindas do presidente norte-americano

  • Trump impôs um imposto mínimo de 10% sobre produtos de quase todos os países do planeta, além de tarifas ainda mais altas, chegando a quase 50%, para alguns parceiros comerciais.
  • A cobrança entrou em vigor no fim de semana passado, mas muitas nações buscaram os EUA para negociar.
  • Isso fez com que a Casa Branca adiasse em 90 dias todas as taxações acima de 10%.
  • A China, no entanto, se posicionou de forma diferente e retaliou os EUA.
  • A reação de Trump foi aumentar ainda mais as tarifas para importações chinesas, que hoje estão em 145%.
  • Mas parece claro que este braço de ferro está longe de terminar.
Principal alvo das tarifas de Trump é a China (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

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Outras tarifas também foram anunciadas

Há também outras tarifas em vigor. São taxas de 25% sobre todas as importações de aço, alumínio que entraram em vigor ainda em fevereiro. Neste cenário, o Brasil é bastante afetado, uma vez que é um dos maiores exportadores destes produtos para os EUA.

As tarifas também se aplicam para importações de carros, caminhões e peças de automóveis. Neste último caso, as cobranças devem começar no dia 3 de maio. Já os veículos já estão sendo tarifadas desde o dia 3 de abril.

Indústria automotiva é uma das afetadas pelo tarifaço (Imagem: Jenson/Shutterstock)

Essas cobranças adicionais valem para o mundo todo, exceto para países têm acordos comerciais específicos em vigor. É o caso do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA). Mesmo assim, os vizinhos dos EUA estão sofrendo com a medida.

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China na frente: fabricantes de chips poderão driblar tarifas de Trump

Fabricantes chinesas de chips que terceirizam a produção em outros países conseguirão escapar das tarifas de 145% impostas por Donald Trump para produtos importados. Esse foi o aviso da principal associação de semicondutores da China nesta sexta-feira (11).

Grandes empresas do setor de chips, como a TSMC, produzem seus materiais em outros países e poderão se beneficiar da medida. Isso também traz vantagens para companhias americanas que compram os produtos chineses. Do lado contrário, traz desvantagens para companhias que produzem em solo americano.

O anúncio veio em meio a uma disputa comercial entre Estados Unidos e China por causa das tarifas retaliatórias. Atualmente, os EUA cobram taxas de 145% para a China; e a China passou a cobrar 125% para os EUA.

EUA e China protagonizam uma disputa comercial (Imagem: Chip Somodevilla e Kaliva – Shutterstock)

China pode escapar de taxação nos chips

O anúncio foi feito pela Associação da Indústria de Semicondutores da China (CSIA), organização apoiada pelo governo chinês e que representa as maiores empresas de chips nacionais, em um “aviso urgente” na rede social WeChat.

A CSIA explicou que as fabricantes que terceirizam a produção em outros países estarão isentos da tarifa retaliatória dos EUA para a China.

Para todos os circuitos integrados, embalados ou não, o país de origem declarado para compras alfandegárias de importação é o local da fábrica de fabricação de wafers.

Associação da Indústria de Semicondutores da China

Por exemplo, a TSMC, uma das maiores empresas de chips do mundo e que fornece insumos para companhias estadunidenses, produz em Taiwan. De acordo com a plataforma de informações para fabricantes de chinesas EETop, nesse caso, as autoridades alfandegárias vão considerar as taxas para o local de origem dos chips: Taiwan, e não a China.

Na prática, empresas chinesas que produzem fora do país não precisarão pagar as tarifas de 145% nas importações – mas sim as taxas do país onde efetivamente produzem.

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E como ficam as empresas americanas?

A Qualcomm e AMD, duas grandes empresas do setor tecnológico nos Estados Unidos, importam chips da TSMC. Elas também serão beneficiadas com a diminuição das tarifas.

Ainda de acordo com a EETop, companhias estadunidenses que têm fábricas dentro dos EUA, como a Intel e a ON Semicondutor, são classificadas pela China como americanas… e terão que pagar as tarifas retaliatórias chinesas. A análise da EETop foi publicada no WeChat antes da resposta chinesa, com aumento para 125%.

Na avaliação de profissionais do setor, chips chineses podem se beneficiar (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

China pode sair na frente

  • O aviso da CSIA sana algumas dúvidas de como ficaria o mercado de chips após o tarifaço de Donald Trump e o contra-ataque chinês;
  • Segundo o diretor de pesquisa de semicondutores da Omdia, He Hui, à agência Reuters, o alerta da organização ajuda a entender quais produtos serão atingidos por tarifas;
  • Para Hui, esse entendimento pode beneficiar a fabricação de chips da China e sua cadeia de suprimentos.

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Google demite centenas de funcionários do Android e Chrome

A Alphabet, dona do Google, demitiu “centenas” de funcionários da divisão de plataformas e dispositivos, revelou o The Information nesta sexta-feira (11). Esta área é responsável pelo sistema Android, navegador Chrome e celulares Pixel.

Segundo a fonte ouvida pelo site, os cortes ocorreram após a big tech ter oferecido, em janeiro, pacotes de desligamento voluntário aos funcionários dessa divisão. Isto é, condições para funcionários se demitirem.

“Desde a fusão das equipes de Plataformas e Dispositivos no ano passado, temos focado em nos tornar mais ágeis e operar de forma mais eficaz, o que incluiu algumas demissões além do programa de saída voluntária oferecido em janeiro”, disse um porta-voz do Google ao The Information.

O Google não respondeu de imediato ao pedido de comentário feito pela agência de notícias Reuters.

Google estaria pagando funcionários para não fazer nada – literalmente

Enquanto alguns são demitidos, outros são pagos para fazerem literalmente nada no Google. É o que revelou uma reportagem do site Business Insider (BI).

Funcionários da DeepMind, do Google, enfrentam “geladeira” por até um ano após participarem de projetos bem-sucedidos (Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)

Esses funcionários teriam assinado contratos de não concorrência com duração de até um ano. Esses acordos proíbem uma pessoa de entrar numa empresa rival por esse período.

Segundo o BI, a situação ocorre no DeepMind, empresa britânica responsável por pesquisas e desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial (IA) para o Google.

Esses funcionários do Google terminaram projetos bem-sucedidos. Para não saírem da empresa, eles pegam uma espécie de geladeira por até 12 meses. Ou esperam para entrar num novo projeto no Google.

Fachada de prédio do Google
Google exige que funcionários assinem contratos de não concorrência com duração de até 12 meses (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

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A big tech em si não confirma a informação. Mas o vice-presidente de IA da Microsoft, Nando de Freitas, corroborou a história. Numa postagem no X, Freitas disse que funcionários do DeepMind tinham contatado ele, desesperados, para fugir dessas amarras.

O BI ouviu alguns desses funcionários. E eles disseram que ficar “de fora” do mercado de IA pode ser extremamente ruim. Saiba mais nesta matéria do Olhar Digital.

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Canva agora conta com mais IA em suas ferramentas

Em meio às tensões entre artistas e empresas de tecnologia sobre o uso de conteúdo para treinar modelos de IA, o Canva avança na integração de inteligência artificial à sua plataforma.

A empresa anunciou um novo pacote de ferramentas que inclui um assistente de IA chamado Canva AI, capaz de gerar imagens, textos, ideias de design e até miniaplicativos a partir de comandos escritos.

A tecnologia também se expande para o editor de fotos e o novo Canva Sheets, uma solução de planilhas com suporte a gráficos inteligentes e insights automáticos.

Canva busca consolidação como plataforma de design

  • Com essas novidades, o Canva busca competir com pesos-pesados como Adobe e ampliar seu alcance junto a equipes corporativas.
  • A empresa aposta que a IA pode ampliar a criatividade dos usuários e facilitar tarefas antes complexas.
  • Entre elas está prototipagem ou integração de dados, apesar das preocupações recorrentes com o impacto da IA nos empregos criativos e no uso não autorizado de obras artísticas.
Uso de IA prejudica artistas? O Canva não parece concordar, e anunciou várias novidades com IA – Imagem: Canva

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Discussão IA x artistas

O cofundador Cameron Adams defende que a IA não é inimiga da criatividade, mas uma aliada na transformação de diversas profissões. Segundo ele, o objetivo é democratizar o acesso ao design e tornar o processo criativo mais acessível, ágil e colaborativo.

Mesmo assim, o avanço da automação já gera efeitos: a empresa demitiu recentemente parte da equipe de redação técnica, embora afirme que a decisão foi estratégica e não diretamente relacionada à adoção da IA.

O Canva AI será o chatbot da plataforma, que através de prompts de texto, poderá gerar conteúdo e ajudar o usuário com ideias – Imagem: Canva

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Alta das tarifas dos Estados Unidos faz Nasdaq desabar

O índice Nasdaq sofreu uma queda expressiva nesta quinta-feira (10), recuando 4% após uma das maiores altas da sua história no dia anterior. A reversão acontece após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a suspensão temporária de algumas tarifas, medida que inicialmente animou os mercados, mas que teve efeito de curta duração.

O movimento de alta de quarta-feira foi impulsionado pela notícia de uma pausa de 90 dias em tarifas específicas, além da redução da alíquota para 10% em vários países, com o objetivo de abrir espaço para negociações. No entanto, a confirmação da Casa Branca à CNBC de que a tarifa acumulada sobre produtos chineses atingirá 145% acabou por reacender preocupações sobre os impactos econômicos dessas medidas.

Governo Trump confirmou tarifa de 145% sobre produtos chineses (Imagem: Chip Somodevilla / Shutterstock.com)

O que é o Nasdaq?

O Nasdaq é um dos principais índices do mercado financeiro dos Estados Unidos e representa o desempenho de empresas listadas na bolsa eletrônica Nasdaq. Diferentemente de outros índices como o Dow Jones, o Nasdaq tem um forte peso de companhias do setor de tecnologia, como Apple, Microsoft, Amazon, Alphabet (Google), Nvidia, entre outras.

É um indicador amplamente acompanhado por investidores no mundo todo, pois reflete as oscilações nas ações de gigantes do setor tecnológico e empresas de inovação. A volatilidade observada nessa quinta-feira reforça a sensibilidade do índice a decisões políticas e comerciais com repercussão global.

Ações de tecnologia lideram quedas

Entre os papéis que mais caíram no dia estão Apple, que recuou 4% após ter registrado alta de 15% na véspera — sua melhor performance diária desde janeiro de 1998. Outras gigantes como Tesla e Meta Platforms recuaram cerca de 7%, enquanto Amazon e Nvidia sofreram perdas superiores a 5%. Microsoft e Alphabet tiveram quedas mais moderadas, de 2% e 4%, respectivamente.

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Big techs tiveram dia de queda, mais forte para uns do que para outros (Imagem: gguy / Shutterstock.com)

O setor de semicondutores também foi fortemente impactado. Mesmo excluídos da nova rodada de tarifas, os papéis de fabricantes de chips sofreram com a expectativa de que a demanda global possa ser comprometida, afetando diretamente o desempenho financeiro dessas companhias. O ETF VanEck Semiconductor, que representa o setor, caiu 7% depois de ter registrado sua melhor sessão histórica.

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Fabricantes de chips têm perdas acima de 10%

Entre os maiores recuos estão On Semiconductor, Marvell Technology e fornecedores da Apple como Qorvo e Skyworks Solutions, todos com quedas superiores a 11%. Já Advanced Micro Devices (AMD) e Intel recuaram cerca de 8% cada, enquanto Micron Technology perdeu 10%.

Apesar das perdas expressivas, o Nasdaq ainda caminha para fechar a semana com desempenho positivo, o melhor desde setembro. No entanto, o forte recuo desta quinta-feira expõe a fragilidade do otimismo do mercado frente a incertezas geopolíticas e comerciais.

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