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Disputa aumenta: OpenAI leva briga com Elon Musk à justiça

Em um novo capítulo da conturbada relação entre a OpenAI e Elon Musk, a empresa de inteligência artificial entrou na justiça contra o bilionário, acusando-o de “ações ininterruptas” para “desacelerar a OpenAI e tomar o controle das principais inovações de IA para seu benefício pessoal”.

A ação judicial, protocolada nesta quarta-feira (9), eleva o tom da disputa, que já conta com processos de Musk contra a OpenAI.

Musk acusado de ‘oferta falsa’

Os advogados da OpenAI classificam os ataques de Musk como “táticas de má-fé” e a “falsa oferta pública de aquisição” uma forma de prejudicar o futuro da empresa.

A oferta, no valor de US$ 97,4 bilhões, foi rejeitada unanimemente pelo conselho da OpenAI, que agora busca impedir Musk de “praticar novas ações ilegais e injustas” e responsabilizá-lo pelos danos já causados.

Advogados da OpenAI classificam ataques de Musk como “táticas de má-fé”. (Imagem: Meir Chaimowitz/Shutterstock)

O julgamento do caso está previsto para meados de 2026, mas a troca de acusações e as manobras judiciais indicam que a batalha entre Musk e a OpenAI está longe de terminar.

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Musk x OpenAI

A batalha judicial se arrasta desde a primavera de 2024, quando Musk, um dos fundadores da OpenAI, processou a empresa alegando que ela havia se desviado de sua missão original de desenvolver a IA para o benefício da humanidade, priorizando o lucro. Após desistir do processo em junho, Musk voltou a atacar a OpenAI em agosto, intensificando a disputa.

Em dezembro, a OpenAI publicou um extenso artigo em seu blog, intitulado “Elon Musk queria uma OpenAI com fins lucrativos”, apresentando documentos e e-mails que contradizem as alegações do bilionário. A publicação detalha o histórico de envolvimento de Musk com a empresa, incluindo seus planos iniciais de transformá-la em uma organização com fins lucrativos.

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Anthropic lança novo plano que amplia uso do chatbot Claude

A Anthropic anunciou nesta quarta-feira (09) o lançamento do plano Max do Claude, uma nova opção de assinatura para o chatbot da startup, que concorre diretamente com o ChatGPT da OpenAI.

O Max oferece limites de uso maiores do que a assinatura Claude Pro da Anthropic, que custa US$ 20 por mês (aproximadamente R$ 116,90), além de acesso prioritário aos modelos e recursos de IA mais recentes da empresa.

O plano vem em duas versões, com diferentes faixas de preço e limites de uso.

Há um plano Max de US$ 100 por mês (cerca de R$ 584,50), com limites de taxa 5 vezes maiores que o Claude Pro, e uma opção Max de US$ 200 por mês (aproximadamente R$ 1.169), com limites de taxa 20 vezes maiores.

Visando competir com a OpenAI, a Anthropic agora tem uma alternativa mais acessível ao ChatGPT Pro, que também custa US$ 200 mensais (R$ 1.169), mas oferece usagem ilimitada.

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O plano Max do Claude é uma versão aprimorada (e bem mais cara) do plano Pro – Imagem: Anthropic

Lançado em março de 2023 por ex-executivos da OpenAI, o Claude, assim como o ChatGPT e o Gemini do Google, rapidamente se popularizou, especialmente entre empresas que buscam incorporar chatbots de IA generativa em vendas, marketing e atendimento ao cliente.

Plano Max oferece um Claude mais completo

  • O plano Max está posicionado acima da oferta gratuita e do Claude Pro, mas ainda abaixo da versão empresarial da Anthropic, oferecendo aos assinantes acesso prioritário a novos modelos e recursos, além de um canal exclusivo para testar inovações do Claude.
  • Um dos principais atrativos que ficará disponível neste novo plano é o futuro lançamento do modo de voz do Claude.
  • Scott White, líder de produto da Anthropic, revelou que o plano Max foi desenvolvido para atender à alta demanda de profissionais que utilizam o Claude em áreas como codificação, finanças, mídia e marketing.

Anthropic bem avaliada

Em sua última rodada de financiamento, a Anthropic foi avaliada em US$ 61,5 bilhões (cerca de R$ 359 bilhões), e sua receita anualizada chegou a US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5,845 bilhões) em dezembro, representando um crescimento significativo.

Entre seus clientes estão empresas como Zoom, Snowflake, Pfizer e Novo Nordisk.

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Anthropic vai aumentando suas ações para competir com o ChatGPT da OpenAI – Imagem: Poetra.RH/Shutterstock

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Anatel acaba de dar uma nova função ao WhatsApp

A Anatel lançou um novo canal de atendimento pelo WhatsApp. O objetivo é simplificar o processo de registro e acompanhamento de reclamações, garantindo mais eficiência na resolução das demandas, segundo a agência. 

Para acessar o serviço, basta adicionar o número 0800 61 0 1331 no WhatsApp e iniciar a conversa com a Anatel ou acessar este link.

Os usuários poderão registrar, consultar e reabrir protocolos diretamente pelo aplicativo, além de avaliar o atendimento.

Atualmente, o serviço pelo WhatsApp é usado apenas para reclamações, que representam o maior volume de demandas recebidas pela agência. Futuramente, a ferramenta também permitirá tirar dúvidas sobre o setor de telecomunicações.

Conversa pelo WhatsApp vai agilizar resolução de problemas (Imagem: Ink Drop/Shutterstock)

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Canais ativos

Os canais digitais da Anatel já concentram mais de 70% dos registros de reclamações, incluindo o Aplicativo Anatel (disponível para Android e iOS), o portal Anatel Consumidor (via web) e o Call Center 1331. Todos continuam funcionando normalmente para receber denúncias, sugestões e outras manifestações.

Anatel vai manter canais oficiais para registros de reclamações (Imagem: Thitima Uthaiburom/iStock)

Outros serviços

Recentemente, a Anatel mudou as regras para apertar o cerco contra chamadas indesejadas, como informou o Olhar Digital. A agência passou a exigir relatórios detalhados que poderão indicar abusos de empresas. A medida faz parte do Sistema Coleta de Dados, implementado em janeiro deste ano.

Os clientes também podem buscar ajuda no site Qual empresa me ligou? para identificar o CNPJ e a Razão Social associados a determinados números de telefone; ou identificar a origem de uma chamada telefônica pelo site Origem Verificada.

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Europa se vê superada por China e EUA em IA, mas quer mudar o jogo

A União Europeia está focada em construir infraestrutura de dados e computação para inteligência artificial (IA), buscando acompanhar os EUA e a China na corrida tecnológica. As informações são do Wall Street Journal.

A Comissão Europeia anunciou planos para criar gigafábricas de IA, com instalações equipadas com 100 mil chips avançados, quatro vezes mais que as fábricas atuais.

O objetivo é ajudar empresas a treinar modelos complexos de IA, como parte de seu Plano de Ação para se tornar líder global no setor.

Europa quer alcançar EUA e China

  • O bloco europeu tem ficado atrás dos EUA e China desde o boom de investimentos em IA após o lançamento do ChatGPT pela OpenAI em 2022.
  • Enquanto os EUA anunciaram a joint venture Stargate, com investimentos de até US$ 500 bilhões, a China também avança com modelos de IA que competem com os americanos, embora usem chips de menor qualidade.
  • Henna Virkkunen, vice-presidente executiva da UE, destacou que a corrida pela IA está longe de terminar, e a Europa precisa intensificar seus esforços para ser líder na área.
Enquanto os avanços de IA na China e nos EUA foram significativos nos últimos anos, a Europa ficou para trás – Imagem: VGV MEDIA/Shutterstock

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Investimentos massivos

A União Europeia prometeu investir 200 bilhões de euros em IA, com um fundo de 20 bilhões de euros destinado à construção das gigafábricas. As parcerias público-privadas serão essenciais para implementar a infraestrutura necessária.

Além disso, a UE planeja criar um sistema de laboratórios de dados para reunir grandes volumes de informações, respeitando suas rigorosas leis de privacidade e proteção de dados.

A legislação de IA da União Europeia, aprovada no ano passado, é a mais abrangente do mundo, e a comissão planeja estabelecer um serviço para orientar as empresas sobre o cumprimento das novas regras.

Ilustração de placa de computador com bandeira da União Europeia em um dos chips
Investimentos bilionários em IA devem ocorrer na Europa nos próximos meses (Imagem: Ivan Marc/Shutterstock)

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Data centers de big techs avançam sobre áreas de crise hídrica

Empresas como Amazon, Microsoft e Google estão operando e construindo centros de dados em algumas das regiões mais secas do mundo, segundo uma investigação conjunta da organização SourceMaterial e do jornal The Guardian. A expansão ocorre em meio a uma crescente demanda por armazenamento em nuvem e inteligência artificial (IA), mas levanta preocupações sobre o impacto nos recursos hídricos de populações já afetadas pela escassez.

Com apoio declarado de Donald Trump, as big techs planejam centenas de novos data centers nos Estados Unidos e em outros continentes, mesmo em locais que enfrentam estresse hídrico. “A questão da água vai se tornar crucial”, alertou Lorena Jaume-Palasí, fundadora da Ethical Tech Society, ao The Guardian. Segundo ela, será difícil garantir resiliência hídrica nessas comunidades à medida que a expansão avança.

Torres de resfriamento de um data center (Imagem: WaitForLight / Shutterstock.com)

Instalações de data centers em áreas críticas e consumo elevado pelas big techs

  • A análise da SourceMaterial identificou 38 centros de dados ativos e 24 em construção em áreas com escassez hídrica.
  • As empresas não divulgam os locais com facilidade — tratam-se, muitas vezes, de informações protegidas por sigilo comercial.
  • Ainda assim, a organização mapeou 632 centros pertencentes à Amazon, Microsoft e Google, o que representa um aumento de 78% no número total de instalações dessas empresas ao redor do mundo.
  • Boa parte desses centros está sendo erguida em regiões áridas, pois precisam ser construídos longe do mar — a baixa umidade reduz a corrosão dos componentes metálicos, ao contrário da água salgada.
  • O problema é que essas estruturas demandam grande volume de água para resfriamento dos servidores.
  • Segundo a própria Microsoft, 42% da água que utiliza provém de áreas com estresse hídrico. A Google declarou 15%. A Amazon não apresentou números globais.

Caso na Espanha evidencia disputa por recursos

Na região de Aragón, no norte da Espanha, a Amazon planeja construir três novos centros de dados próximos a unidades já existentes. Juntas, essas instalações têm licença para consumir 755 mil m³ de água por ano — volume suficiente para irrigar cerca de 233 hectares de milho, uma das principais culturas locais. O cálculo não inclui a água usada para gerar a eletricidade que alimentará os centros.

A empresa também solicitou ao governo regional aumento de 48% no consumo de água das unidades já existentes. A medida provocou reações, com críticas sobre a tentativa de aprovação durante o período natalino. Para a campanha Tu Nube Seca Mi Río (“Sua nuvem está secando meu rio”), a expansão deveria ser suspensa diante da crise hídrica. “Estão usando água demais. Estão usando energia demais”, a porta-voz do movimento, Aurora Gómez, afirmou à reportagem investigativa.

Agricultores também manifestam preocupação. Chechu Sánchez, que cultiva no norte de Aragón, diz temer que a água destinada às plantações seja desviada para os centros de dados. “Eles consomem água — de onde tiram? De você, claro”, disse.

Compensação de água não é compensação de carbono

Diante das críticas, as big techs têm prometido se tornar “water positive” até 2030 — ou seja, devolver à natureza mais água do que consomem. No caso da Amazon, a empresa afirma já compensar 41% de sua utilização em áreas consideradas insustentáveis. No entanto, o modelo é questionado por especialistas, que apontam a diferença entre a lógica do carbono e da água: o impacto hídrico é local e não global, logo não pode ser anulado em outra região.

Nathan Wangusi, ex-gerente de sustentabilidade hídrica da Amazon, deixou a empresa após se posicionar contra esse modelo. “Levantei a questão nos lugares certos: isso não é ético”, declarou. Ele defende que a companhia apoie projetos de acesso à água por princípio, não como estratégia de marketing.

Expansão também atinge o sudoeste dos EUA

Nos Estados Unidos, onde estão localizados o maior número de centros de dados do mundo, o Google lidera a construção em regiões áridas. A empresa tem sete centros ativos em áreas com escassez de água e constrói mais seis. Em Mesa, Arizona, a empresa possui licença para usar até 5,5 milhões de m³ de água por ano, o equivalente ao consumo de 23 mil habitantes. A cidade, que abriga outros centros da Meta e da Microsoft, enfrenta seca extrema.

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Vista aérea de East Mesa, no Arizona, um dos estados mais secos dos Estados Unidos (Imagem: Tim Roberts Photography / Shutterstock.com)

“Temos que ser muito protetores em relação ao crescimento de grandes consumidores de água”, alertou a vereadora de Mesa, Jenn Duff. Kathryn Sorensen, professora da Universidade Estadual do Arizona, questionou se o aumento na arrecadação e a geração de empregos justificam o uso intensivo de água. “Cabe aos conselhos municipais analisar cuidadosamente os riscos e benefícios”, disse.

O Google afirma que seus centros de dados em Mesa usarão sistemas de resfriamento por ar, que consomem menos água. A empresa diz adotar uma estratégia chamada resfriamento consciente do clima, que busca equilibrar o uso de energia livre de carbono com fontes de água sustentáveis.

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Projeto Stargate e disputa global

Em janeiro, na Casa Branca, Trump anunciou o “Projeto Stargate, descrito como o maior projeto de infraestrutura de IA da história. O investimento de US$ 500 bilhões reunirá empresas como OpenAI, Oracle, SoftBank e o fundo MGX, com início no Texas. Nenhum detalhe foi divulgado sobre o uso de água nos centros previstos.

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Projeto Stargate foi anunciado em janeiro deste ano (Imagem: Robert Way / Shutterstock.com)

Na véspera, a chinesa DeepSeek anunciou um modelo de IA desenvolvido com menor uso de energia e água, em contraste com rivais ocidentais. Já a Microsoft publicou planos para um centro de dados com uso zero de água, enquanto o Google também promete reduzir consumo, embora sem detalhes técnicos sobre o funcionamento dos novos sistemas.

“Vou acreditar quando vir”, afirmou Jaume-Palasí. Segundo ela, a maioria dos centros hoje está migrando do resfriamento por ar para o líquido, mais eficiente no processamento de cargas de IA. “Nem pessoas nem dados sobrevivem sem água”, disse Aurora Gómez. “Mas a vida humana é essencial. Os dados, não.”

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Starlink já pode oferecer um novo produto no Brasil

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) homologou a antena Starlink Mini, observou o Tecnoblog. Com isso, a empresa de internet via satélite de Elon Musk está autorizada a vender o equipamento no Brasil. Vai ser o primeiro.

A expectativa é que a venda comece em breve com o plano Viagem (Roam). Ele oferece acesso à internet em qualquer lugar, mesmo se o usuário estiver em movimento.

Como a Starlink não possui assessoria de imprensa, não dá para saber quando as primeiras antenas Mini serão enviadas. No entanto, com a homologação feita, dá para especular que envios devem começar em breve.

A Starlink Mini suporta Wi-Fi 5/ac e tecnologia 3×3 MIMO, que melhora a taxa de transmissão. Segundo a empresa, suas medidas são semelhantes às de um notebook: 30 cm x 25 cm x 3,8 cm. Além disso, a anteninha pesa pouco mais de 900 gramas – um terço do peso da antena padrão.

Com homologação da Anatel, Starlink pode começar a vender antena Mini no Brasil em breve (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

A Anatel também disponibilizou o manual da antena. Segundo o documento, o modelo homologado (UTA-231) funciona em ambientes externos, com temperaturas entre -30 °C e 50 °C. E suporta umidade relativa de até 90%.

As unidades que serão vendidas no Brasil são fabricadas nos Estados Unidos, em fábricas da Starlink na Califórnia e no Texas.

O plano Viagem, com o qual a antena Mini será vendida, custa R$ 576 por mês. Ele não tem limite de dados. Nos Estados Unidos, há uma opção com franquia de 50 GB. No Brasil, a assinatura residencial custa R$ 236 por mês, também sem limite de downloads.

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Anatel também aprovou a expansão do sistema de satélites da Starlink no Brasil na terça-feira (08). Com isso, a companhia vai poder lançar mais 7,5 mil satélites. Atualmente, a Starlink pode operar 4,4 mil satélites no Brasil até 2027.

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Além da comercialização da anteninha, Anatel aprovou a expansão do sistema de satélites da Starlink no Brasil (Imagem: ssi77/Shutterstock)

A decisão mantém o prazo atual de operação até 2027, mas também trouxe um alerta regulatório por parte da agência.

A Anatel sinalizou a necessidade de revisar as normas que regulam os chamados satélites não geoestacionários, tecnologia utilizada pela Starlink para fornecer internet de alta velocidade em áreas remotas ou de difícil acesso à infraestrutura tradicional.

Saiba mais sobre a constelação de satélites da Starlink no Brasil nesta matéria do Olhar Digital.

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Trump vai pausar tarifas por 90 dias – menos para a China

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (09) que pausará as tarifas em produtos importados por 90 dias. Nesse tempo, ele manterá tarifas recíprocas mínimas de 10%. Há apenas uma exceção: a China.

Em publicação na rede social Truth Social, o republicano anunciou que as tarifas contra os chineses subirão pela segunda vez no mesmo dia. Dessa vez, chegarão a 125%.

O governo não admite pressão internacional na decisão, mas sim que a pausa serve para que os Estados Unidos tenham tempo para negociar acordos comerciais.

Tarifas contra China chegam a 125% (Imagem: amagnawa1092/Shutterstock)

Trump vai pausar tarifas

A Casa Branca decidiu pausar as tarifas por 90 dias, conforme anunciado por Trump no Truth Social. Nesse tempo, ele manterá tarifas recíprocas mínimas de 10%.

A exceção é a China. Ele chamou a resposta do governo chinês de “falta de respeito” e aumentou a taxa para 125%. Esse foi o segundo aumento no mesmo dia, já que, às 00h01, a taxa havia subido para 104%.

Ambas medidas passam a valer imediatamente. Veja o que Trump escreveu:

Com base na falta de respeito que a China demonstrou em relação aos mercados mundiais, estou aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com vigência imediata. Em algum momento, espero que em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de roubo dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis. Por outro lado, e com base no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, do Tesouro e o USTR, para negociar uma solução para os assuntos que estão sendo discutidos em relação a comércio, barreiras comerciais, tarifas, manipulação de moedas e Tarifas Não Monetárias, e que esses países não tenham, por minha forte sugestão, retaliado de qualquer maneira, forma ou jeito contra os Estados Unidos, autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com vigência imediata. Obrigado por sua atenção nesse assunto!

Donald Trump, no Truth Social

Representante do governo justificou decisão (Imagem: White House/Reprodução)

O secretário do Comércio, Howard Lutnick, estava com Trump durante o anúncio. Ele escreveu nas redes sociais que “o mundo está pronto para trabalhar com o presidente Trump para consertar o comércio global, e a China escolheu a direção oposta”.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, deu uma coletiva de imprensa na frente da Casa Branca após o recuo das tarifas. Segundo ele, as decisões são de responsabilidade de Trump e ele teria recompensado os países por não retaliarem os Estados Unidos.

O governo não admite que a decisão tenha sido por causa da pressão internacional ou perdas na bolsa de valores. Bessent defendeu que a pausa daria tempo para que o governo ampliasse as negociações com os países dispostos a conversar.

Matéria em atualização

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Tarifas de Trump “queimam” fortuna dos homens mais ricos do mundo

Alguns dos homens mais ricos do mundo apoiaram publicamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No entanto, as tarifas econômicas anunciadas pelo republicano, que provocaram quedas expressivas no mercado de ações de todos os continentes, também prejudicaram estes ricaços.

Apenas 48 horas depois do anúncio do tarifaço, as 500 pessoas mais ricas do mundo perderam um total de US$ 536 bilhões (mais de R$ 3,2 trilhões). Esta é a maior perda já registrada em um período de tempo tão curto.

Aliado de Trump foi o mais impactado pelas tarifas

Principal apoiador de Trump e o homem mais rico do mundo, Elon Musk foi o maior prejudicado até agora. Desde o anúncio do tarifaço, o bilionário teve uma perda de US$ 30 bilhões (cerca de R$ 181 bilhões).

As tarifas anunciadas por Trump causaram perdas bilionárias até agora (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Se considerado o período desde o início do ano, o patrimônio do empresário sul-africano encolheu US$ 130 bilhões (R$ 785 bilhões). Isso é resultado do mau momento vivido pela Tesla, além dos fortes protestos contra Musk por sua atuação no governo dos Estados Unidos.

Apesar de toda a turbulência atual, ele continua sendo extremamente rico. Na verdade, não perdeu nem o posto de o homem mais rico do mundo, totalizando aproximadamente US$ 300 bilhões (mais de R$ 1,8 trilhão) em patrimônio.

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Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg
Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg foram muito afetados pela medida de Trump (Imagens: Frederic Legrand – COMEO e lev radin/Shutterstock)

Outras perdas bilionárias

  • Outro bastante impactado pelo tarifaço é Jeff Bezos.
  • O fundador da Amazon teve perdas que somam US$ 24 bilhões (cerca de R$ 145 bilhões).
  • A queda ocorreu principalmente em razão da desvalorização das ações da empresa de comércio eletrônico.
  • Mesmo assim, Bezos segue sendo a segunda pessoa mais rica do mundo, com um patrimônio líquido estimado em US$ 190 bilhões (mais de R$ 1,1 trilhão).
  • Já o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, contabiliza um prejuízo de US$ 28 bilhões (R$ 169 bilhões).
  • Sua fortuna agora é de US$ 180 bilhões (aproximadamente R$ 1 trilhão), a terceira maior do mundo.

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Big techs sob pressão: tarifaço de Trump pode frear corrida da IA

O tarifaço anunciado recentemente pelo presidente dos EUA, Donald Trump, tem pressionado big techs. E isso pode frear o desenvolvimento de inteligência artificial (IA) no país, segundo o Wall Street Journal (WSJ).

Entre as empresas que tem bancado a expansão da IA nos EUA, estão: Amazon, Alphabet (dona do Google), Meta e Microsoft. Juntas, elas planejam gastar mais de US$ 270 bilhões (R$ 1,6 trilhão) com data centers voltados para IA em 2025, segundo estimativa do Citigroup.

No entanto, manter esse ritmo de investimento depende da disposição em gastar, mesmo com o risco de recessão no horizonte da economia estadunidense. “É pedir muito. Provavelmente demais“, aponta a reportagem do WSJ.

Medo de ficar para trás impulsionava corrida da IA, mas tarifaço do Trump muda cenário

Parte da corrida por investimentos em IA vinha do medo de ficar para trás. Agora, o cenário mudou, segundo o WSJ. Big techs já mostraram agilidade em se adaptar (na pandemia, por exemplo). Mas nem todas têm a mesma estrutura para resistir à crise.

Nem todas as big techs dos EUA têm estrutura para resistir à possível crise que paira no horizonte (Imagem: Ascanio/Shutterstock)

A Meta, por exemplo, depende quase totalmente de publicidade. E anúncios são um setor vulnerável. Isso porque tarifas mais altas encarecem produtos, reduzem o consumo e podem derrubar os investimentos em marketing.

O Google também é sensível a esse cenário, aponta o WSJ. Cerca de três quartos da receita da big tech vieram de publicidade em 2024. A Amazon também pode sofrer por depender do consumo em seu e-commerce e de negócios de publicidade.

Janelas de serviços de nuvem das big techs Amazon, Google e Microsoft abertas em navegador
Amazon, Google e Microsoft podem ter mais resistência à possível crise trazida pelo tarifaço de Trump por oferecerem serviços de nuvem para empresas (Imagem: Michael Vi/Shutterstock)

No entanto, as big techs aparecem junto da Microsoft entre as que podem ter mais resistência. Isso porque essas têm grandes operações de computação em nuvem voltadas para empresas. Nesses casos, o retorno dos investimentos em IA é mais direto — embora ainda incerto.

Outro nome possivelmente afetado é a Nvidia. A empresa vinha se beneficiando da corrida por data centers. Promessas do CEO, Jensen Huang, entusiasmavam investidores até março. “Agora, num piscar de olhos de Trump, tudo isso pode virar apenas ilusão”, diz o Wall Street Journal.

Possíveis impactos das tarifas

Donald Trump falando
Tarifaço de Donald Trump pode levar empresas a investirem mais ou servir de justificativa para cortes de gastos (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Antes das tarifas, as gigantes da tecnologia aceleravam os gastos com IA. Em fevereiro, o Citi estimou que o setor planejava investir US$ 325 bilhões (R$ 1,9 trilhão) em data centers em 2025.

No entanto, existe um problema: a IA ainda não se mostrou um negócio altamente lucrativo. Até agora, os lucros não acompanham o tamanho dos investimentos.

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Para alguns analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, esse é o momento de reforçar os aportes. Mas esse ponto é questionável.

  • De um lado, há quem argumente que as empresas de tecnologia vão usar as tarifas de Trump como um sinal para investir ainda mais na área, reduzindo gastos em outras partes do negócio;
  • De outro, especialistas acreditam que a tendência mais provável é algumas empresas recuarem e usarem as tarifas como justificativa para cortar gastos.

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iPhone teria preço inacreditável se fosse fabricado nos EUA

As tarifas econômicas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra todos os países do mundo tem um objetivo claro: incentivar as grandes empresas a investir na produção dentro do país.

No entanto, isso pode não ser exatamente benéfico para os norte-americanos. Usemos como exemplo a Apple, que segundo analistas é uma das mais afetadas pelo tarifaço global. Caso a produção do iPhone fosse feita 100% dentro dos EUA, o preço iria disparar.

Apple é dependente da China

  • A empresa é considerada uma das mais vulneráveis à guerra comercial devido à sua alta dependência da China, que agora enfrenta tarifas de 104% sobre seus produtos.
  • Embora a companhia possua unidades de produção em outros países, como Índia, Vietnã e Tailândia, esses locais também foram afetados pelas novas tarifas.
  • Dessa forma, o único jeito de fugir desta cobrança adicional seria levar a produção 100% para os Estados Unidos.
  • Por um lado, isso incentivaria a economia do país, além de abrir milhares de novos empregos para os norte-americanos.
  • Por outro, no entanto, o preço do iPhone, carro chefe da empresa, poderia disparar.
  • As informações são da CNN.
Trump quer usar as tarifas para reaquecer indústrias dos EUA (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

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Empresa teria que aceitar reduzir margem de lucro

De acordo com Dan Ives, chefe global de pesquisa de tecnologia da empresa de serviços financeiros Wedbush Securities, os iPhones fabricados nos EUA poderiam custar mais de três vezes o preço atual. Isso significa que eles poderiam ser vendidos por US$ 3.500 (mais de R$ 21 mil).

Este seria um reflexo do custo maior de produção dentro do país em comparação com a Ásia.

Além disso, a Apple teria que gastar uma verdadeira fortuna (cerca de US$ 30 bilhões) apenas para mover 10% de sua atual cadeia de produção para o território norte-americano.

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Passar a produção para os EUA teria um alto custo para a Apple (Imagem: 1000 Words/Shutterstock)

É claro que todo este processo não seria imediato. Dessa forma, a companhia enfrentaria uma alta expressiva nos gastos e só começaria a ter o retorno esperado anos depois (desde que os norte-americanos aceitassem pagar mais pelo iPhone).

Para Dan Ives, a Apple ainda teria que estar disposta a reduzir suas margens de lucro, o que provavelmente retiraria ela da disputa pelo posto de empresa mais lucrativa do mundo.

A fabricante do iPhone não se manifestou publicamente sobre as previsões do especialista.

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