A Samsung começou a distribuir o One UI 7 para tablets e celulares de linhas além da Galaxy S25 nesta segunda-feira (07). Esta é a estreia global da nova interface da Samsung, baseada no Android 15. Mas ainda não há data exata para ela chegar a aparelhos no Brasil.
O One UI 7 já roda em celulares da linha Galaxy S25 e nos modelos Galaxy A56, A36 e A26. A expectativa é que a interface chegue a mais linhas e aparelhos no Brasil ao longo dos próximos dias.
Entre as principais novidades do One UI 7, estão: visual repaginado e recursos com IA embutida. As primeiras linhas a receber a nova interface devem ser: Galaxy S24, Galaxy S23, Galaxy Z Fold 6, Galaxy Z Fold 5, Galaxy Tab S10 e Galaxy Tab S9.
As tarifas comerciais anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já estão causando impactos importantes em praticamente todos os setores da economia. E não é diferente em relação aos chips semicondutores.
As ações das principais fabricantes dos produtores estão despencando desta a última sexta-feira (4). Além do risco de recessão, os investidores temem que as medidas da Casa Branca possam encarecer os produtos, fundamentais para o avanço da inteligência artificial, por exemplo.
Ações de empresas do setor estão despencando
Após o anúncio das tarifas, as ações da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), maior fabricante global de chips, caíram quase 10%. O mesmo resultado foi registrado pela japonesa Tokyo Electron, também um importante player do setor.
Já os ativos da sul-coreana de chips de memória SK Hynix, uma das fornecedoras da Nvidia, tiveram uma desvalorização de 9,6%. A holandesa ASML Holding e a ASM International tiveram quedas de 4% e a alemã Infineon Technologies caiu quase 6%.
Tarifaço de Trump já causou perdas milionárias para o setor de chips (Imagem: Anna Moneymaker/Shutterstock)
A STMicroelectronics, que fornece produtos para Apple, Samsung Electronics e Tesla, teve desvalorização de mais de 3%. Enquanto isso, nos EUA, as ações da Nvidia caíram 2% no pré-mercado, e as da Intel tiveram prejuízo de 2,6%.
Os investidores acreditam que as tarifas possam levar a preços mais altos para chips, impactando na demanda pelos produtos caso estes maiores custos sejam repassados aos clientes. Em último caso, este cenário poderia representar um baque também para o setor de IA. As informações são do The Wall Street Journal.
EUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)
Disputa pela hegemonia tecnológica mundial
Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.
A negociação para vender o TikTok nos Estados Unidos foi suspenso após a China indicar que não aprovaria a operação. Fontes familiarizadas com o assunto consultadas pela agência Reuters afirmaram que o acordo estava quase pronto.
As conversas para a venda da rede social nos EUA acontecem após a proibição do TikTok no país, conforme lei aprovada em janeiro (vamos relembrar o caso adiante). Na sexta-feira passada (04), às vésperas do prazo para conclusão da operação acabar, o presidente Donald Trump tinha indicado que o estenderia por mais 75 dias.
Agora, toda a negociação pode ter sido suspensa.
Negação teria sido em resposta às tarifas de Trump (Imagem: Saulo Ferreira Angelo / Shutterstock.com)
China teria negado venda do TikTok nos EUA
De acordo com a agência de notícias AP, o acordo para venda do TikTok nos Estados Unidos foi suspenso após a China sinalizar que negaria a operação. Isso porque a ByteDance é chinesa (o que causou toda a proibição da rede social no país em primeiro lugar) e precisa de aprovação do governo chinês para realizar a operação.
As conversas para a venda já aconteciam há algum tempo, mas se intensificaram na última semana, pois o prazo acabaria no sábado (05). Na sexta-feira, Trump prorrogou o prazo em 75 dias. Nas redes sociais, ele justificou que o acordo ainda precisava de ajustes. O Olhar Digital deu detalhes aqui.
Se a ByteDance não concluísse a transferência dos ativos para alguma empresa nos Estados Unidos, o TikTok seria banido novamente do país.
Lei proibiu o TikTok nos Estados Unidos em janeiro – a menos que operação seja vendida para uma empresa americana (Imagem: miss.cabul/lShutterstck)
Retaliação aos EUA?
Fontes da Reuters revelaram que o acordo para a separação do TikTok e ByteDance nos Estados Unidos estava quase pronto. A negociação resultaria no controle da rede social por investidores estadunidenses, com a ByteDance ficando com uma participação minoritária (inferior a 20%).
Investidores atuais, novos investidores, o governo dos Estados Unidos e a própria empresa controladora teriam concordado.
A China também teria que aprovar, mas sinalizou que barraria a venda. A negação seria uma resposta às tarifas que Donald Trump impôs em produtos importados (e abalou toda a economia internacional). O próprio Trump escreveu nas redes sociais que a China não estava satisfeita com “nossas tarifas recíprocas”.
No sábado, a ByteDance havia indicado em publicação na rede social WeChat que havia divergência sobre os termos da venda.:
Continuamos em negociações com o governo dos EUA, mas ainda não foi alcançado um consenso. As duas partes têm diferenças significativas em vários pontos-chave.
ByteDance, em publicação no WeChat sobre a venda do TikTok
Já a Embaixada da Chinesa em Washington respondeu que o país já expressou sua opinião sobre a venda do TikTok e que sempre respeitou os diretos das empresas. “Nos opomos a práticas que violem os princípios básicos da economia de mercado”, escreveu.
A China não se pronunciou oficialmente. Em nenhum momento o governo chinês sinalizou que aprovaria a venda.
Trump impôs tarifas adicionais de 34% à China (Imagem: Chip Somodevilla – Shutterstock)
Relembre o caso da proibição e negociações para venda do TikTok nos Estados Unidos
Os Estados Unidos aprovaram uma lei que proíbe o TikTok no país. O motivo seria preocupação com a segurança nacional, devido a uma suposta operação de espionagem e acesso a dados de usuários estadunidenses pela ByteDance, empresa chinesa que controla a rede social;
A plataforma saiu do ar no dia 19 de janeiro, mas o presidente eleito Donald Trump tomou posse no dia seguinte e logo reinstaurou o TikTok no país;
Ele se mostrou contrário à proibição e deu mais tempo para que a ByteDance vendesse sua operação nos EUA, a única forma possível de continuar operando por lá;
Durante esse tempo, surgiram boatos de companhias norte-americanas interessadas na compra. Recentemente, Amazon, Oracle e Zoop fizeram ofertas.
No entanto, na semana passada, Trump impôs novas tarifas a produtos importados, aumentando ainda mais a taxação em produtos chineses. A medida gerou tensão internacional e abalou acordos comerciais dos EUA com diversos países.
A expectativa de Trump era que a venda do TikTok aliviasse a tensão com a China (saiba mais aqui), mas não foi o que aconteceu.
As Bolsas de Valores da Europa e da Ásia iniciaram esta segunda-feira (7) com quedas expressivas. Segundo analistas, isso ainda é reflexo das tarifas comerciais anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
As perdas das últimas horas seguem as quedas globais já registradas na semana passada. Os resultados indicam o temor dos investidores com uma potencial elevação da inflação no mundo todo, além de uma recessão global.
Mercados estão “derretendo”
Logo após a abertura das operações, o índice Dax na Alemanha caiu quase 10%, enquanto o FTSE 100 em Londres teve uma redução de quase 6%. Já o índice Cac 40 da França está registrando queda de 7%. Os índices futuros Dow Jones, dos EUA, também caíram acentuadamente, o que sugere uma queda importante quando o mercado norte-americano abrir.
Prejuízos podem ser trilionários (Imagem: baldamunda/Shutterstock)
Na Ásia, todos os setores tiveram queda. Na China, o Shanghai Composite caiu mais de 8%, enquanto em Hong Kong o Hang Seng despencou 13%, o pior resultado em 28 anos. Já o Taiex, em Taiwan, teve queda de -9,7%. Todos estes mercados estavam fechados na sexta-feira (04) por causa de feriados locais.
Resultados negativos também foram registrados no STI, em Singapura, com -7,5%, no Nikkei 225, do Japão, -6,5%, no Kospi, Coreia do Sul, -5,2%, no Nifty 50, na Índia, -4,0%, no ASX 200, na Austrália, -3,8%, e no Sensex, na Índia, -3,7%.
Donald Trump anunciou as novas tarifas comerciais na semana passada (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)
Tarifas podem desacelerar crescimento econômico global
Os preços das commodities, como petróleo e cobre, também começaram a semana derretendo.
A demanda por estes produtos tende a aumentar quando a economia global está indo bem, uma vez que eles são necessários para fornecer energia e representam componentes-chave para muitas indústrias.
O problema é que as tarifas de Trump podem desacelerar o crescimento econômico global.
Por isso, o preço do petróleo bruto já caiu cerca de 15% nos últimos dias.
Já o cobre teve redução de 6% no início do pregão.
Com recursos naturais em abundância, o Brasil está em posição privilegiada para liderar a transição energética mundial – uma transformação essencial para enfrentar a crise climática e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
O país já conta com uma matriz majoritariamente renovável, abastecida principalmente por hidrelétricas, além de crescente produção solar e eólica. Isso abre espaço para investir em novas tecnologias sustentáveis e ampliar a geração de energia limpa.
De acordo com profissionais consultados pela coluna Ecoa, do Uol, além de suprir sua própria demanda, o Brasil pode expandir a produção para atender setores industriais e exportar energia em novas formas, como o hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis.
A matriz energética do Brasil é majoritariamente renovável, com domínio das hidrelétricas e avanço da energia solar e eólica. Crédito: Evgeny_V – Shutterstock
Potencial energético e estratégico do Brasil
Segundo o professor Ricardo Ribeiro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), nosso país tem hoje cerca de 194 gigawatts (GW) de capacidade instalada em geração elétrica, com 85% vindo de fontes renováveis. Esse volume já é suficiente para suprir a demanda nacional, o que permite planejar um crescimento voltado à inovação.
Uma das grandes apostas é o hidrogênio verde, que pode ser usado em indústrias de difícil eletrificação, como a produção de fertilizantes e o transporte pesado. “Essa tecnologia pode reposicionar o Brasil como fornecedor global de energia limpa”, diz Ribeiro.
Outro destaque é o potencial da energia eólica offshore – gerada no mar. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o litoral brasileiro pode produzir até 700 GW. Desses, 160 GW já estão em processo de licenciamento ambiental, volume superior a muitas matrizes nacionais inteiras.
Turbinas eólicas offshore durante anoitecer – o litoral brasileiro pode produzir até 700 GW de gerada no mar. Crédito: Pixabay
A professora Suani Teixeira Coelho, do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), ressalta que o país vive uma “janela de oportunidade”. Para ela, o desenvolvimento desse setor exige políticas públicas que estimulem a inovação, com linhas de crédito específicas e incentivos à produção nacional.
Já Daniela Higgin Amaral, pesquisadora da USP, destaca a necessidade de equilibrar os avanços tecnológicos com medidas sociais. “A transição energética precisa ser inclusiva, promovendo empregos e garantindo acesso à energia para todos”.
Por enquanto, países nórdicos estão no topo do ranking. A Dinamarca investe fortemente em energia eólica, inclusive offshore, e já transforma resíduos orgânicos em hidrogênio para abastecer ônibus urbanos. A Islândia obtém quase toda sua energia de fontes geotérmicas e hidrelétricas, enquanto a Noruega lidera o uso de carros elétricos.
China e EUA, apesar de estarem entre os maiores emissores globais, também avançam. A China foi responsável por 38% dos investimentos em energias renováveis em 2023, somando US$676 bilhões (quase R$4 trilhões). É também líder na fabricação de veículos elétricos e baterias. Já os EUA se destacam em pesquisa e têm forte mercado de energia solar e eólica.
Segundo Higgin, o diferencial desses países está na escala de produção e na capacidade de inovar. No caso brasileiro, ela alerta: “Não basta importar tecnologia, é preciso desenvolver soluções próprias e formar mão de obra qualificada”.
Para acelerar a transição, o Brasil precisa de políticas públicas mais ambiciosas. Isso inclui incentivos fiscais, metas claras de descarbonização, criação de um mercado regulado de carbono e apoio à pesquisa científica nacional.
Empresas também têm papel central ao investir em eficiência energética e geração própria com fontes limpas, como solar e eólica. Para o professor Ribeiro, essas práticas “reduzem custos operacionais e tornam as empresas mais competitivas”.
A sociedade pode contribuir adotando práticas sustentáveis, como economia de energia, reciclagem e apoio a projetos locais de geração renovável. A participação cidadã é essencial para manter o tema da transição energética como prioridade política e econômica.
Com sol, vento, água e capacidade técnica em expansão, o Brasil tem tudo para liderar esse novo capítulo energético – desde que haja planejamento, investimento e vontade política.
Na sexta-feira (4), o presidente dos EUA, Donald Trump, prorrogou por mais 75 dias o prazo para a venda ou proibição do TikTok. A decisão foi duramente criticada pelo senador democrata Ed Markey, que afirmou que a medida é ilegal. Segundo ele, o presidente está ignorando uma lei já aprovada pelo Congresso e confirmada pela Suprema Corte, colocando empresas norte-americanas em situação de risco.
Em poucas palavras:
Donald Trump prorrogou por 75 dias o prazo anunciado de 5 de abril para a venda ou proibição do TikTok nos EUA;
A decisão foi criticada por ser considerada ilegal sem aprovação do Congresso;
O governo vê o app como risco à segurança nacional por possível acesso chinês a dados;
Uma lei aprovada pelo Congresso e validada pela Suprema Corte exige a venda do aplicativo;
Especialistas alertam que a extensão informal gera insegurança jurídica para empresas como Apple e Google;
Democratas querem uma prorrogação legal; republicanos exigem corte total de vínculos com a China;
O futuro do TikTok segue incerto, com o Congresso pressionado a buscar uma solução definitiva.
O TikTok, aplicativo de vídeos curtos controlado pela empresa chinesa ByteDance, é visto pelo governo Trump como uma ameaça à segurança nacional, por supostamente permitir que o governo chinês tenha acesso a dados de usuários nos EUA. A empresa nega qualquer interferência da China, mas muitos parlamentares continuam desconfiados.
Adiamento da decisão de Trump sobre o TikTok está gerando críticas por tentar aplicar uma extensão sem autorização legal. Crédito: Saulo Ferreira Angelo / Shutterstock
Para lidar com essa suspeita, o Congresso aprovou uma lei bipartidária exigindo que o TikTok venda suas operações nos EUA, com a intenção de evitar qualquer tipo de interferência chinesa sobre os dados e conteúdos mostrados ao público do país. A medida foi confirmada pela Suprema Corte em janeiro deste ano.
Medida de Trump aumenta a insegurança jurídica das empresas
Apesar disso, Trump já havia adiado o cumprimento da lei quando assumiu o novo mandato. Agora, repete o gesto, gerando críticas por tentar aplicar uma extensão sem autorização legal. Especialistas dizem que isso aumenta a insegurança jurídica para empresas que prestam serviços ao TikTok, como Apple, Google e Oracle.
Segundo Markey, um adiamento como esse precisa ser aprovado pelo Congresso. Em comunicado, ele classificou a prorrogação como injusta, pois força empresas a escolher entre continuar operando e correr riscos legais ou tirar o TikTok do ar. O senador defende que o governo proponha uma extensão formal e legal por meio de projeto de lei.
De acordo com o site The Verge, outros democratas também se manifestaram. O deputado Ro Khanna, por exemplo, discorda da lei que obriga a venda do TikTok, pois acredita que ela ameaça a liberdade de expressão. Mesmo assim, ele considera que qualquer mudança deve passar pelo Congresso e vê a prorrogação como uma oportunidade para discutir alternativas.
O TikTok, aplicativo de vídeos curtos controlado pela empresa chinesa ByteDance, é visto pelo governo Trump como uma ameaça à segurança nacional. Crédito: Mamun_Sheikh – Shutterstock
Enquanto isso, parlamentares republicanos reforçam a pressão para uma venda definitiva. Doze membros do Comitê da China da Câmara, incluindo o presidente John Moolenaar, divulgaram um comunicado exigindo que qualquer acordo elimine totalmente a influência do Partido Comunista Chinês sobre o TikTok.
Três deputados republicanos do Comitê de Energia e Comércio também alertaram que a China não pode continuar usando o app como ferramenta de vigilância ou para manipular o que os americanos veem na plataforma. A mensagem é clara: não basta trocar de nome – é preciso cortar os vínculos com a ByteDance.
O senador Mark Warner, vice-presidente do Comitê de Inteligência, foi mais direto. Em entrevista, afirmou que a prorrogação “é uma farsa” se o algoritmo do TikTok continuar sob controle da empresa chinesa. Ele criticou a postura de parte dos republicanos, que antes viam o app como ameaça, mas agora permanecem calados.
TikTok poderia ser “ferramenta de influência estrangeira”
Trump anunciou o novo adiamento enquanto o governo enfrenta outras tensões, como negociações comerciais globais. Com o novo prazo, as empresas que mantêm o TikTok em suas lojas ou serviços ficam vulneráveis a possíveis punições, caso a lei seja retomada de forma repentina.
Markey insiste que a única forma de garantir segurança jurídica é respeitar o processo legislativo. Caso contrário, as companhias envolvidas seguem em um cenário confuso, sem saber se estão protegidas legalmente. Ele defende que o Congresso vote sua proposta de prorrogação legal do prazo.
Já Khanna vai além: ele quer revogar a lei por completo. Para ele, o TikTok não deve ser banido nem forçado a vender suas operações, mas sim analisado com equilíbrio. Mesmo assim, reconhece que a prorrogação pode abrir espaço para uma solução mais democrática e transparente.
Há rumores de que Trump considere fechar um acordo com a Oracle, empresa americana de tecnologia. Porém, segundo Moolenaar e outros republicanos, qualquer acordo que mantenha vínculos com a ByteDance é inaceitável. O senador Josh Hawley alertou que, se o acordo não cumprir a lei, o presidente deveria proibir o TikTok de vez.
Warner também levanta preocupações mais amplas. Para ele, o TikTok pode ser usado como ferramenta de influência estrangeira. Ele cita como exemplo a forma como o app trata temas sensíveis, como os protestos em Hong Kong ou o conflito em Gaza, sugerindo que há viés no conteúdo promovido.
Apesar da preocupação generalizada, poucos acreditam que o Congresso vá agir com firmeza se Trump continuar ignorando a lei. Como reconheceu Hawley, o Legislativo “não tem um braço de fiscalização próprio”. Assim, o impasse pode se arrastar, enquanto milhões de usuários seguem sem saber o futuro do aplicativo.
A Universidade de São Paulo voltou a se destacar em um ranking internacional de qualidade de ensino. A USP foi a instituição de pesquisa latino-americana mais bem posicionada em uma lista elaborada pelo SCImago Lab, ligado ao Consejo Superior de Investigaciones Científicas, da Espanha. Ela ficou na 61ª colocação.
Agora, se levarmos em conta apenas as universidades nessa lista, a USP sobe para o 26º lugar, à frente de outras instituições conceituadas, como as americanas Universidade de Yale e Duke, e a australiana Universidade de Sydney.
O ranking espanhol tem algumas curiosidades. A principal delas é que eles não consideram apenas centros de ensino na avaliação, mas também outros tipos de entidades que realizam pesquisa, como empresas, órgãos governamentais e ONGs.
Na atual edição, aliás, foram avaliadas 9.756 instituições do mundo todo, sendo 5.051 universidades.
Sobre os métodos, o SCImago Lab utiliza três conjuntos diferentes de métricas: 1) desempenho em pesquisa; 2) resultados de inovação; 3) e impacto social medido por sua visibilidade na web.
A Universidade de São Paulo ficou bem à frente das outras instituições brasileiras – Imagem: Reprodução/USP
A USP se destaca entre as brasileiras
Ao todo, o ranking enumera 245 instituições brasileiras.
Tirando a USP, porém, todas elas ficaram bem para baixo na relação.
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, foi a segunda melhor e ficou apenas na 658ª posição.
Já a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) ficou em 722º.
Fora de São Paulo, a próxima que aparece na lista é a Universidade Federal de Minas Gerais (843ª colocação), seguida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (869) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (937).
Vale apontar também para as posições da Fundação Oswaldo Cruz (973) e do Ministério da Saúde (1.473).
A USP obteve esse lugar de destaque graças à grande quantidade de artigos científicos publicados somada à qualidade dos seus cursos.
O curso de Odontologia, por exemplo, foi considerado o melhor do mundo.
Já Medicina Veterinária foi o 6º entre todas as universidades do planeta.
No Top-50 também apareceram Agricultura e Ciências Biológicas (23º); Negócios, Gestão e Contabilidade (37º); e Farmacologia, Toxicologia e Ciências Farmacêuticas (38º).
A pesquisa científica e a publicação de artigos são pontos determinantes na elaboração de um ranking como esse – Imagem: Lori Chertoff/The Rockefeller University
E o resto do mundo?
Na classificação geral, as três instituições mais bem classificadas foram a Academia de Ciências da China (1º lugar), o Ministério da Educação da República Popular da China (2º lugar) e o Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (3º lugar).
Considerando apenas as universidades, Harvard ocupa a liderança do ranking, seguida pela Universidade da Academia de Ciências da China e da Universidade Tsinghua.
É interessante perceber como China é dominante nesse aspecto. Do Top-10 global, o país concentra 6 instituições. Já os EUA respondem por dois integrantes dessa lista. Os dois últimos intrusos são o Centro Nacional de Pesquisa Científica da França e o Helmholtz Gemeinschaft, da Alemanha.
A lista também contempla algumas big techs. A Meta Platforms Inc é a mais bem posicionada, na 12ª colocação, e o Google International LLC ficou em 17º.
Você pode acessar o ranking na íntegra neste link.
As negociações entre o governo dos Estados Unidos e a ByteDance, empresa chinesa controladora do TikTok, foram suspensas após um novo impasse envolvendo tarifas comerciais. Fontes próximas ao processo afirmaram que a China indicou que não aprovaria a proposta de venda das operações do aplicativo no mercado norte-americano, caso os aumentos tarifários anunciados pelo presidente Donald Trump fossem mantidos.
As informações são da Reuters e do Washington Post. Trump elevou em 34% as tarifas sobre produtos chineses, fazendo com que Pequim reagisse com a mesma intensidade. Essa troca de retaliações colocou em risco o acordo que já estava com sua estrutura praticamente definida: o plano era criar uma nova empresa nos Estados Unidos, majoritariamente controlada por investidores norte-americanos, com a ByteDance detendo uma participação inferior a 20%.
No acordo que acabou travado, a ByteDance ficaria com uma porcentagem inferior a 20% do TikTok nos Estados Unidos (Imagem: Tang Yan Song / Shutterstock.com)
O novo prazo estipulado para a conclusão do acordo é meados de junho, após uma extensão de 75 dias determinada por ordem executiva do presidente.
Pressões comerciais travam avanço do acordo pelo TikTok
O avanço das tratativas foi interrompido depois que a ByteDance comunicou ao governo dos EUA que a China exigia a negociação das tarifas antes de aprovar a venda.
Apesar de já ter o aval de investidores, da própria ByteDance e do governo norte-americano, o acordo não foi formalizado.
A embaixada chinesa em Washington afirmou em nota que o país “sempre respeitou os direitos legítimos das empresas” e que “se opõe a práticas que violam os princípios básicos da economia de mercado”.
“O acordo precisa de mais trabalho para garantir que todas as aprovações necessárias sejam assinadas”, disse Trump nas redes sociais. “Esperamos continuar trabalhando de boa-fé com a China, que, pelo que entendo, não está muito satisfeita com nossas tarifas recíprocas.”
TikTok virou peça de negociação política e comercial
O TikTok, usado por cerca de 170 milhões de norte-americanos, passou a ser tratado como questão de segurança nacional após o Congresso aprovar uma legislação obrigando a ByteDance a vender as operações nos EUA ou encerrar suas atividades no país. A medida, apoiada por ampla maioria bipartidária, foi assinada ainda em 2023 pelo então presidente Joe Biden, mas passou a ser gerida pela nova administração Trump, que tomou posse em 20 de janeiro de 2025.
Apesar de a lei prever o fim das atividades do TikTok até 19 de janeiro, a nova gestão decidiu não aplicar a medida imediatamente. Em vez disso, optou por buscar um acordo que evitasse a retirada do aplicativo. Segundo o Departamento de Justiça, Apple e Google foram informadas de que não precisariam retirar o app de suas lojas, o que permitiu a continuidade dos downloads.
O TikTok é usado por cerca de 170 milhões de pessoas nos Estados Unidos (Imagem: 19 STUDIO / Shutterstock.com)
Investidores e governo buscam alternativa para TikTok
As conversas mais recentes indicam que o governo dos EUA, junto a investidores como Susquehanna International Group e General Atlantic, tenta montar uma estrutura de aquisição que atenda às exigências legais dos EUA, reduzindo o controle chinês no aplicativo. A intenção é preservar o TikTok no país, mas sem vínculos significativos com sua origem na China.
Entretanto, fontes afirmam que a resistência da China pode estar relacionada não apenas ao conteúdo do acordo, mas ao contexto da disputa comercial em curso. Em nota oficial, o Conselho de Estado chinês condenou o que chamou de “bullying unilateral” por parte dos EUA.
Durante discurso recente, Trump chegou a considerar flexibilizar tarifas em troca da aprovação da venda do TikTok: “Talvez eu tire alguns pontos percentuais se conseguir aprovações para algo”, disse. A fala gerou críticas no Congresso. Para o senador Mark Warner (D-Virgínia), integrante do Comitê de Inteligência, essa postura compromete a credibilidade da política de segurança nacional dos EUA. “Quando você transforma segurança nacional em item negociável, isso me preocupa”, declarou.
Desde que voltou à presidência, Trump tem oscilado entre críticas e elogios ao aplicativo. Já afirmou que o TikTok é “fundamental” para alcançar o público jovem e disse que é um “grande astro” na plataforma. Também minimizou os riscos de espionagem chinesa, sugerindo que a China “não estaria interessada em ver jovens assistindo vídeos malucos”.
A partir desta sexta-feira (4), entrou em vigor uma nova funcionalidade do programa Celular Seguro, iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O recurso envia notificações via aplicativos de mensagem, e SMS quando um celular roubado ou furtado for ativado com uma nova linha telefônica.
A medida tem como principal objetivo combater o mercado ilegal de aparelhos, alertando imediatamente quem tentar ativar um chip em um telefone com registro de crime. Caso a pessoa adquira e ative um desses celulares, receberá uma mensagem recomendando que compareça a uma delegacia e devolva o dispositivo. Quem não realizar a entrega poderá responder criminalmente, conforme investigação da Polícia Civil.
Ao tentar ativar um chip em celular com registro de crime, a pessoa receberá um alerta para que o aparelho seja entregue às autoridades (Imagem: justyle / Shutterstock.com)
Nova funcionalidade amplia o alcance do programa do Celular Seguro
A atualização do Celular Seguro foi desenvolvida em parceria com a Anatele com as operadoras de telefonia, e é inspirada em um modelo já utilizado no estado do Piauí. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu publicamente a iniciativa, afirmando que não permitirá que o Brasil se transforme em uma “república de ladrão de celular”.
A nova funcionalidade foi implementada por recomendação direta do presidente Lula, segundo fontes do Ministério da Justiça. O recurso é parte das ações coordenadas pela pasta do ministro Ricardo Lewandowski, que também enviou ao Palácio do Planalto um projeto de lei para aumentar a pena do crime de receptação de celulares, podendo chegar a até 12 anos de prisão.
Cadastro Nacional de Celulares com Restrição entra em fase de testes
Também nesta semana, o Ministério da Justiça iniciou os testes do Cadastro Nacional de Celulares com Restrição. A ferramenta, já disponível dentro do próprio aplicativo Celular Seguro, permite que qualquer cidadão verifique se um aparelho possui registro de roubo, furto ou extravio antes de concluir a compra.
Essa consulta é mais um recurso para inibir a comercialização de celulares ilegais, oferecendo mais segurança ao consumidor e ajudando a interromper o ciclo de receptação desses dispositivos.
Medida busca combater mercado de aparelhos roubados e furtados (Imagem: MVelishchuk / Shutterstock.com)
Como funciona o Celular Seguro
Lançado em dezembro de 2023, o Celular Seguro já conta com mais de 2,6 milhões de usuários cadastrados. O programa pode ser acessado por site ou aplicativo disponível para sistemas Android e iOS. Em caso de perda, roubo ou furto, o próprio dono pode realizar o bloqueio do aparelho e de aplicativos financeiros.
Durante o cadastro, é possível indicar uma “pessoa de confiança”, que terá autorização para emitir o alerta em nome do titular em situações de emergência. Essa funcionalidade garante agilidade mesmo quando o usuário não puder realizar o bloqueio imediatamente.
Para registrar o número no programa, siga os passos abaixo:
Baixe o aplicativo Celular Seguro para Android ou iOS
Faça o login com a conta gov.br
Clique em “Registrar telefone”
Escolha a opção “Cadastrar telefone”
Insira os dados solicitados (número, operadora, marca) e, se desejar, adicione uma pessoa de confiança
Clique em “Cadastrar”
Como emitir um alerta em caso de furto, roubo ou perda
Caso seu celular seja roubado, furtado ou perdido, siga as instruções:
Acesse o aplicativo Celular Seguro pelo computador ou pelo celular de outra pessoa
Clique em “Emitir alerta”
Preencha os campos com o tipo de ocorrência, horário e local
Selecione a opção “Modo Recuperação”, que bloqueia apenas a linha telefônica e contas em instituições parceiras, mantendo o aparelho ativo para eventual localização
A iniciativa é uma das principais ações de segurança pública promovidas pelo governo federal em 2024, com foco na redução de roubos e na repressão ao comércio irregular de celulares.
A Microsoft está expandindo as capacidades do Copilot com um novo recurso que promete mais praticidade no dia a dia. A partir de comandos simples via chat, a inteligência artificial será capaz de realizar atividades online automaticamente, mesmo enquanto o usuário realiza outras tarefas. De acordo com a empresa, essa nova função — chamada de Actions — pode, por exemplo, fazer reservas em restaurantes, comprar ingressos para eventos ou até adquirir presentes para amigos.
Entre os primeiros parceiros dessa funcionalidade estão serviços bastante populares no setor de turismo, como Booking.com, Expedia, Kayak, Tripadvisor, Skyscanner, Viator, Vrbo e Priceline.
Com essas integrações, o Copilot poderá ajudar os usuários a montar itinerários completos de viagens. Também fazem parte do lançamento o OpenTable, para reservas em restaurantes, e o 1-800-Flowers.com, voltado para o envio de flores e presentes.
Segundo a Microsoft, o Actions será compatível com a maioria dos sites da internet e poderá lidar com tarefas como organizar o retorno para casa após um evento, o que indica suporte a serviços de transporte ou apps de carona.
Outros recursos
A novidade chega acompanhada de outros recursos que ampliam a personalização do Copilot. Um deles transforma páginas da web em podcasts criados por inteligência artificial; outro ajuda a encontrar promoções e fazer compras online. Há ainda uma função que permite à IA analisar e interagir com o que aparece na câmera do usuário.
Embora a Microsoft ainda não tenha revelado todos os detalhes técnicos do funcionamento do Actions, o conceito se aproxima de funcionalidades semelhantes que vêm sendo desenvolvidas por outras plataformas de inteligência artificial.