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SoftBank fecha acordo bilionário por startup de chips

O Grupo SoftBank informou que vai adquirir a Ampere Computing, startup que projetou chip de servidor baseado em ARM. O valor da negociação é de US$ 6,5 bilhões (R$ 36,7 bilhões, na conversão direta) e o acordo será fechado no segundo semestre deste ano.

“A experiência da Ampere em semicondutores e computação de alto desempenho ajudará a acelerar essa visão e aprofundará nosso compromisso com a inovação em IA [inteligência artificial] nos Estados Unidos”, disse o presidente e CEO do SoftBank Group, Masayoshi Son, em nota.

A startup vai manter sua sede em Santa Clara, Califórnia (EUA), funcionando como subsidiária independente e equipe de mil engenheiros de semicondutores. O Grupo Carlyle e a Oracle se comprometeram a vender suas respectivas participações.

Sede da startup com engenheiros de semicondutores será mantida na Califórnia (Imagem: SweetBunFactory/iStock)

“Com visão compartilhada para o avanço da IA, estamos animados em nos juntar ao SoftBank Group e fazer parceria com seu portfólio de empresas líderes em tecnologia”, disse Renee James, fundadora e CEO da Ampere, que já foi presidente da Intel.

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SoftBank de olho no futuro

  • A nova aquisição faz parte de plano ambicioso do grupo japonês de investimentos em infraestrutura de IA;
  • No início do ano, a Softbank fechou parceria com a OpenAI de US$ 500 bilhões (R$ 2,83 bilhões) para o projeto Stargate, que envolve também Microsoft, Nvidia e Oracle;
  • “Essa infraestrutura garantirá a liderança estadunidense em IA, criará centenas de milhares de empregos estadunidenses e gerará enormes benefícios econômicos para o mundo inteiro. Este projeto não apenas apoiará a reindustrialização dos Estados Unidos, mas, também, fornecerá capacidade estratégica para proteger a segurança nacional da América e seus aliados”, diz o comunicado, divulgado em janeiro.

Em 2016, a Softbank adquiriu outra desenvolvedora, a britânica Arm, por US$ 32 bilhões (R$ 181,28 bilhões). Os chips da empresa baseados em ARM funcionam como alternativa aos equipamentos com arquitetura x86, de Intel e AMD, consumindo menos energia.

Softbank adquiriu desenvolvedora Arm em 2016 (Imagem: Michael Vi/iStock)

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Reguladores antitruste da Europa encurralam Google e Apple 

Google e Apple vão responder a novos processos por violação de regras da Lei de Mercados Digitais na Europa, segundo Reuters. A Comissão Europeia não se intimidou com as ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, e deve apertar o cerco às big techs.

Nesta quarta-feira (19), a reguladora antitruste da União Europeia (UE) divulgou conclusões preliminares sobre prática do Google no Google Play. O caso investiga se a gigante estadunidense restringe desenvolvedores de informar usuários sobre ofertas fora de sua loja de aplicativos.

Os reguladores concluíram que há favorecimento de serviços de busca associados, como Google Shopping, Google Hotels e Google Flights, em detrimento de concorrentes. A avaliação é de que a Alphabet (controladora da empresa) impede o direcionamento livre dos consumidores para outros canais em busca de melhores ofertas, segundo a agência de notícias.

Europa quer flexibilizar restrições na loja de aplicativos do Google (Imagem: Mojahid Mottakin/Shtterstock)

Em um blog, o diretor sênior de concorrência do Google, Oliver Bethell, se manifestou sobre o relatório. “As conclusões da Comissão exigem que façamos ainda mais mudanças na forma como mostramos certos tipos de resultados de pesquisa, o que tornaria mais difícil, para as pessoas, encontrarem o que estão procurando e reduziria o tráfego para empresas europeias”, escreveu.

Os reguladores também consideraram “injustificado” o valor cobrado pela gigante das buscas para a aquisição inicial de novo cliente por um desenvolvedor de aplicativo. Mas, segundo Bethell, a taxa é razoável e garante o funcionamento da plataforma aberta.

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O Google tem essas questões a resolver, já a Apple…

A Comissão Europeia determinou que a Apple terá que fornecer acesso para fabricantes rivais de smartphones, fones de ouvido e headsets de realidade virtual à sua tecnologia e sistemas operacionais móveis, o iOS e o iPadOS. O objetivo é garantir que os equipamentos possam se conectar com iPhones e iPads.

O órgão estabeleceu cronograma para que a empresa responda às solicitações dos desenvolvedores, garantindo que os sistemas se tornem interoperáveis futuramente. A Apple criticou a medida.

“As decisões de hoje nos envolvem em burocracia, diminuindo a capacidade da Apple de inovar para usuários na Europa e nos forçando a oferecer nossos novos recursos de graça para empresas que não precisam seguir as mesmas regras“, disse a empresa em e-mail enviado à Reuters.

É ruim para nossos produtos e para nossos usuários europeus. Continuaremos a trabalhar com a Comissão Europeia para ajudá-los a entender nossas preocupações em nome de nossos usuários”, acrescentou.

Silhueta de pessoas usando notebooks e celulares embaixo de logotipo da Apple
Apple diz que medida envolve a empresa em “burocracias” (Imagem: kovop/Shutterstock)

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Quais lições os arquivos do assassinato de John F. Kennedy nos trouxeram?

Na terça-feira (18), a administração de Donald Trump liberou mais de 30 mil páginas de documentos – até então classificados ou censurados – que tratam do assassinato do ex-presidente John F. Kennedy.

Essas páginas, digitalizações de papéis da década de 1960, mostram textos datilografados e anotações manuscritas, oferecendo vislumbre profundo das atividades sensíveis da CIA ao longo dos anos. A seguir, conheça cinco lições que os arquivos do assassinato do ex-presidente trouxe, elencadas pelo The Wall Street Journal.

CIA resistiu, por anos, em liberar arquivos (Imagem: Reprodução)

Resistência da CIA à divulgação dos documentos do assassinato de Kennedy

  • Durante a investigação do assassinato, foram recolhidos milhares de documentos relacionados às operações globais da agência;
  • Ao longo das décadas, altos funcionários ponderaram sobre o impacto explosivo que certas revelações poderiam ter sobre programas de espionagem;
  • Em avaliação de 1995, por exemplo, um oficial alertou que confirmar a existência de uma estação da CIA na Tunísia prejudicaria o país em relação a seus vizinhos.

Longa investigação sobre Fidel Castro

  • Mais de uma década após o atentado, a CIA empreendeu investigação que durou vários anos para apurar a possível implicação do líder cubano Fidel Castro;
  • Embora não tenham sido encontradas provas conclusivas ligando o regime de Castro ao assassinato, um dos documentos recém-publicados detalha campanha prolongada de sabotagem e tentativas de assassinato patrocinadas pela agência;
  • Em um episódio, Castro se indignou ao saber dos esforços de atacar a indústria da cana-de-açúcar e de instalar bombas no sistema de esgoto durante um de seus discursos;
  • Operativos da CIA, com o apoio da máfia estadunidense, chegaram, inclusive, a considerar a possibilidade de matar Castro mediante o pagamento de US$ 100 mil (R$ 566,51 mil, na conversão direta).

Relação secreta entre o presidente mexicano e a CIA

  • Um dos documentos revela que o então presidente Lyndon Johnson foi informado sobre a estreita relação pessoal entre o chefe da estação da CIA no México e o presidente mexicano Adolfo López Mateos, que chegou a ser padrinho do agente em seu casamento;
  • Johnson recebeu a instrução de não mencionar essa ligação ao presidente;
  • Apesar de Mateos manifestar publicamente sua oposição à intervenção dos Estados Unidos em Cuba, ele estava discretamente envolvido em operações de vigilância telefônica promovidas pela CIA na Cidade do México e, segundo outro documento, chegou a expressar sua satisfação com a decisão de eliminar Castro.

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Escutas em reuniões com possível presença de Robert F. Kennedy

  • Em 1963, a CIA instalou equipamentos de escuta em residência localizada em área arborizada de Bethesda, Maryland (EUA), onde dois exilados cubanos se reuniriam com autoridades estadunidenses – possivelmente, incluindo o procurador-geral Robert F. Kennedy;
  • Memorandos que detalham a operação evidenciam o lado humano da espionagem: relatos de falhas de equipamento, desafios com pagamentos, burocracia e ajustes inesperados nos alvos da vigilância;
  • Entre as táticas, estava a ocultação de um gravador no sótão, porão ou garagem, com custo total em eletrônicos que ultrapassaria US$ 28 mil (R$ 158,62 mil) em valores atuais (uma única bateria, por exemplo, chegava a quase US$ 6 [R$ 33,99]);
  • A primeira tentativa de transmissão entre o local seguro e o posto de escuta fracassou, chegando ao ponto de um fornecedor acusar a agência de não cumprir com os pagamentos – mas, até o final de junho, os equipamentos passaram a funcionar de maneira satisfatória.
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Escutas teriam sido inseridas em reuniões envolvendo exilados e, até, Robert F. Kennedy (Imagem: Reprodução)

Silêncio sobre as gravações de Oswald no México

  • Grande parte do mistério que cerca o assassinato de Kennedy está relacionada à estadia de Lee Harvey Oswald na Cidade do México (México), onde ele se encontrou com representantes das missões cubana e soviética;
  • A CIA registrou as conversas telefônicas de Oswald com autoridades desses países, mas afirmou ter destruído posteriormente essas gravações, de acordo com documento de 1998;
  • Contudo, quatro anos antes, a estação da CIA na Cidade do México havia solicitado à sede que evitasse a divulgação de informações sobre essas interceptações, alegando que isso poderia levar o México a reavaliar suas relações com os Estados Unidos;
  • A recomendação foi clara: “faça o que for possível para manter sigilo sobre as operações conjuntas anteriores com os mexicanos.

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Europa: Apple precisa facilitar integração do iOS com aparelhos de terceiros

A Comissão Europeia está ordenando que a Apple melhore a compatibilidade do iOS com dispositivos de terceiros, como smartwatches e fones de ouvido.

Em duas decisões vinculativas sob o Digital Markets Act (DMA), uma legislação europeia que regula grandes empresas digitais, a Comissão determinou que a Apple permita mais acesso aos desenvolvedores e fabricantes de dispositivos.

Isso facilitará o pareamento, a transferência de dados e a exibição de notificações em dispositivos de terceiros conectados aos iPhones e iPads.

Além disso, a Apple terá que ser mais transparente sobre a interoperabilidade, fornecendo documentação técnica detalhada sobre como seus dispositivos funcionam com gadgets externos e estabelecendo um cronograma mais previsível para a análise de solicitações de integração.

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Europa busca promover mais transparência e concorrência no mercado de dispositivos conectados. (Reprodução: Lloyd Dirks/Unsplash)

Ordem para a Apple não é uma punição

  • Essas decisões não têm caráter punitivo, mas visam orientar a Apple sobre como cumprir as exigências do DMA, sem penalizá-la por violações.
  • A Apple ainda pode contestar as decisões, que estão sujeitas a revisão judicial.
  • Em resposta, a empresa expressou preocupações de que essas novas exigências possam desacelerar a inovação e forçá-la a ceder recursos sem a compensação adequada, especialmente para empresas que não seguem as mesmas regras.

No entanto, a Comissão Europeia defendeu que essas medidas visam promover maior clareza regulatória e garantir uma interoperabilidade mais eficaz, o que, segundo a vice-presidente executiva Teresa Ribera, trará mais opções para os consumidores no crescente mercado de dispositivos conectados.

A Comissão acredita que essas mudanças ajudarão a abrir o ecossistema da Apple, permitindo mais inovações por parte de terceiros e ampliando a escolha dos usuários.

Logo da Apple
A Apple precisará adaptar sua tecnologia para as normas que visam competição justa na Europa – Imagem: 360b/Shutterstock

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Quais as intenções da OpenAI ao pressionar o governo dos EUA?

A OpenAI enviou uma proposta de política ao Plano de Ação de IA da Casa Branca, pressionando o governo dos EUA a tomar medidas agressivas para manter o domínio da IA ​​americana em meio à crescente competição da China.

A proposta pedia o uso de leis comerciais para promover a liderança da IA ​​dos EUA, relaxando as restrições de direitos autorais para dados de treinamento, investindo pesadamente em infraestrutura de IA e impedindo regulamentações estaduais como o controverso projeto de lei de segurança de IA da Califórnia, SB 1047.

Este projeto de lei, vetado em 2024, teria imposto responsabilidade estrita e regulamentações de segurança às empresas de IA, sufocando potencialmente o crescimento da indústria.

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Plano da OpenAI é impulsionar liderança em IA nos EUA com menos regulamentações que limitem inovações das empresas do ramo – Imagem: jackpress/Shutterstock

Empresas de IA menos limitadas por leis

  • Como observa um artigo do The Verge, a proposta da OpenAI contra a regulamentação estadual reflete preocupações de que uma “colcha de retalhos” de 50 leis estaduais diferentes poderia criar caos para empresas de IA.
  • Com ação federal limitada, os projetos de lei relacionados à IA estão aumentando rapidamente no nível estadual.
  • No início de 2025, quase 900 projetos de lei de IA foram propostos em 48 estados, abordando questões como engano gerado por IA, imagens íntimas não consensuais e IA em resposta a desastres.
  • Esse aumento legislativo, descrito como sem precedentes por especialistas, destaca a crescente complexidade da governança de IA.

No entanto, a pressão da OpenAI pela preempção federal levanta preocupações porque não propõe uma estrutura nacional para substituir as leis estaduais, deixando um vazio regulatório.

O foco da empresa em bloquear o SB 1047, que teria impactado fortemente os laboratórios de IA de fronteira, sinaliza sua preferência por regulamentações menos rigorosas, especialmente ao nível estadual.

Enquanto isso, a política de IA ao nível federal continua paralisada, com projetos de lei bipartidários não sendo aprovados no Congresso. A OpenAI e a indústria de tecnologia continuam a impulsionar sua agenda, alavancando temores sobre as crescentes capacidades de IA da China para obter apoio.

Ou seja, a empresa quer barrar a criação de leis estaduais, mas não sugere um conjunto de regras nacionais para ocupar esse espaço. Isso poderia deixar um vazio regulatório, em que a IA não teria nenhuma regulamentação clara nem em nível estadual nem em nível federal, o que poderia gerar incertezas jurídicas e permitir abusos no setor.

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OpenAI e outras startups de IA enfrentam uma crescente onda de regulamentações estaduais (Imagem: Svet foto/Shutterstock)

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Europol alerta para uso de inteligência artificial em atividades criminosas

A Europol alertou que organizações criminosas estão utilizando inteligência artificial (IA) para realizar ataques em nome de potências hostis, representando um desafio de segurança “sem precedentes” para os governos nacionais. As informações são do Financial Times.

Em seu relatório sobre ameaças do crime organizado, a agência destacou que criminosos estão se tornando “proxies” em ataques híbridos, como sabotagem supostamente orquestrada por Rússia e China.

A agência afirmou que as tensões geopolíticas têm permitido que redes criminosas sejam usadas como ferramentas de interferência, afetando a estabilidade dos países da UE.

Crimes com IA ficam mais eficazes

  • A IA e outras tecnologias, como blockchain e computação quântica, têm acelerado a eficiência dos crimes, ampliando sua velocidade, alcance e sofisticação.
  • A Europol alertou que os ataques cibernéticos estão cada vez mais politicamente motivados, direcionados a governos e infraestruturas críticas, em vez de empresas ou indivíduos.
  • Esses ataques são frequentemente realizados por grupos criminosos a serviço de atores estatais.
Ascensão de crimes usando IA representa um desafio de segurança para a União Europeia – Imagem: Alexander Geiger/Shutterstock

A IA tem sido usada para criar malware sofisticado, realizar fraudes online automatizadas, como phishing, e gerar mídias sintéticas para enganar vítimas, imitando vozes ou imagens. Além disso, a IA tem impulsionado crimes como fraude online e produção de material de abuso infantil.

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A Europol também mencionou que crimes tradicionais, como tráfico de drogas e imigração ilegal, continuam sendo um problema significativo, com atividades criminosas migrando para o ambiente online.

A agência, por fim, alertou sobre a crescente colaboração entre redes criminosas e atores que orquestram ameaças híbridas, destacando que o uso da IA tem acelerado esses crimes, tornando-os mais difíceis de combater.

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Alerta da Europol destaca que os crimes com uso de IA tem ganhado motivações políticas (Imagem: solarseven/Shutterstock)

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Entregadores organizam “maior paralisação da história” contra plataformas de delivery

Segundo informações de Carlos Juliano Barros, colunista do UOL, nas redes sociais, entregadores de todas as regiões do Brasil estão se mobilizando para novo “Breque Nacional”, marcado para os dias 31 de março e 1º de abril.

O movimento, que ganha força nas mídias, busca melhores condições de trabalho e promete paralisar as operações dos principais aplicativos, entre eles, iFood, Uber Flash e 99 Entrega.

Principais reivindicações dos entregadores

A greve concentra-se em quatro demandas:

  • Estabelecimento de taxa mínima de R$ 10 por corrida;
  • Elevação do valor pago por quilômetro, passando de R$ 1,50 para R$ 2,50;
  • Restrição da atuação de bicicletas a raio máximo de três quilômetros;
  • Garantia de pagamento integral para cada pedido, mesmo quando várias entregas são feitas em uma mesma rota.

Além dessas reivindicações, os organizadores afirmam que registrarão denúncias sobre “práticas anti-sindicais”, como os bônus ou incentivos oferecidos pelos aplicativos para desencorajar a participação na paralisação.

Será o maior breque da história. A adesão tem sido massiva”, destaca Nicolas Souza Santos, integrante da Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos (Anea) e dirigente de uma associação em Juiz de Fora (MG). Um vídeo convocatório, divulgado no Instagram, já alcançou cerca de um milhão de visualizações.

Ângel da Silva Rosseti, líder de entregadores em Porto Alegre (RS), também se mostra otimista: “Esperamos conseguir algo com esse ato. O iFood já enviou nota informando que estuda a possibilidade de reajustes ainda este ano.

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iFood já deu sua posição a respeito da situação (Imagem: Beto Chagas/Shutterstock)

Resposta das empresas e do setor

Em resposta ao movimento, o iFood — que domina o mercado de entrega de alimentos — enviou comunicado aos organizadores. No documento, a empresa ressaltou que, ao longo dos últimos três anos, houve incremento tanto na taxa mínima (de R$ 5,31 para R$ 6,50) quanto no valor do quilômetro rodado.

Ainda, informou que reduziu o raio de entrega para bicicletas ao nível nacional, alertando que novas reduções poderiam diminuir a oferta de entregas e prejudicar a remuneração dos trabalhadores.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa os principais players do setor, afirmou, em nota enviada à coluna do UOL, que “respeita o direito à manifestação” e que suas empresas associadas mantêm “canais de diálogo contínuo” com os entregadores.

Contexto da tentativa de regulamentação

A mobilização dos entregadores acontece após o insucesso de tentativa de regulamentação promovida pelo governo federal para motoristas e entregadores de aplicativos. Em maio de 2023, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) formou comissão especial com representantes dos trabalhadores e das plataformas para desenvolver projeto de lei a ser submetido ao Congresso Nacional.

No entanto, após seis meses de negociações, não se chegou a um consenso e os debates foram encerrados. No caso dos motoristas, inclusive, o governo apresentou projeto de lei, que segue em tramitação na Câmara dos Deputados.

A última proposta apresentada pela Amobitec estipulava o pagamento de mínimo de R$ 12 por hora trabalhada, valor rejeitado pelos líderes dos entregadores.

O principal ponto de discórdia reside na definição de “hora efetivamente trabalhada”. Para alcançar os R$ 12, o entregador deveria acumular 60 minutos de viagens, sem contar os períodos de espera entre corridas. Por outro lado, os representantes dos entregadores defendem a remuneração pela “hora logada”, ou seja, todo o tempo à disposição do aplicativo deveria ser contabilizado e pago.

Segundo a Amobitec, na mesma nota, enfatizou o apoio à regulação do trabalho intermediado por plataformas digitais com o intuito de garantir proteção social e segurança jurídica, a renda média dos entregadores é de R$ 31,33 por hora, conforme levantamento realizado pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) a pedido do setor.

Mochila de entrega do Uber Eats
Paralisação será a maior até hoje, dizem trabalhadores da categoria (Imagem: Dutchmen Photography/Shutterstock)

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Leilão da Receita tem PS4, iPhone, MacBook e mais; veja como participar

No próximo dia 28, a Receita Federal vai realizar novo leilão regional com produtos apreendidos ou abandonados.

Serão leiloados 200 lotes, contendo óculos de realidade virtual (RV), notebooks, smartphones, painéis solares, smartwatches, tablets, videogames, instrumentos musicais, artigos esportivos, itens de vestuário, calçados, bolsas, e mais.

O órgão informa o leilão é 100% online, destinado tanto a pessoas físicas, como jurídicas. Já o envio de propostas vai de 8h de 24 de março até 18h de 27 de março (horários de Brasília). Além disso, os interessados só podem dar lances para os lotes fechados, sendo impossível efetuá-los item por item.

Lotes mais baratos começam em R$ 100, contendo caixas de papelão, acessórios de pesca e uma jaqueta jeans da Carhartt. Enquanto isso, o mais caro é de R$ 10 milhões e possui mais de 7 mil m³ de óleo diesel.

Entre os itens disponíveis, está um baixo e acessórios a partir de R$ 1 mil (Imagem: Reprodução/Receita Federal)

Outros lotes interessantes do leilão da Receita

A seguir, confira outros lotes de destaque:

  • lote 6 tem um PlayStation 4 com acessórios, joystick e película protetora com preços a partir de R$ 800;
  • O lote 12 possui um notebook e um MacBook Air com preços a partir de R$ 2,8 mil;
  • Dos lotes 17 ao 20 há iPhones e outros acessórios com preços a partir de R$ 1 mil;
  • O lote 86 tem uma série de itens de cozinha, como forno elétrico, torradeira, chaleira, batedeira e outros, com lances a partir de R$ 2,4 mil;
  • O lote 87 traz uma bicicleta, com lances a partir de R$ 250;
  • O lote 88 tem um contrabaixo e um acordeon, com lances a partir de R$ 600;
  • Já no lote 101, há scooters e triciclos elétricos, com lances a partir de R$ 6 mil;
  • Por sua vez, o lote 102 conta com um baixo, um amplificador e uma série de itens com lances a partir de R$ 1 mil;
  • Entre os lotes 115 e 134, há smartphones, com lances a partir de R$ 150 ou R$ 250;
  • Entre os lotes 135 e 138, há veículos próprios para desmontagem, com lances a partir de R$ 500;
  • O lote 139 possui um Chevrolet Corsa, com lances a partir de R$ 2,3 mil;
  • Por fim, o lote 170 conta com mais de 1,4 mil garrafas de vinho, com lances a partir de R$ 55 mil.

O Fisco explica que os lotes estão liberados para visitação entre esta quarta-feira (19) a 26 de março, nas seguintes cidades paulistas: Araraquara, Barueri, Bauru, Campinas, Guarujá, Guarulhos, Jacareí, Santos, Santo André, São Bernardo do Campo, São Paulo e Suzano.

Os interessados podem analisar os lotes presencialmente caso realizem agendamento para isso. No edital do leilão, além de todos os lotes, há os endereços completos, bem como os horários disponíveis para visitação.

Vale ressaltar também que tudo o que as pessoas físicas obtiverem não poderão ser vendidos. O mesmo vale para certos lotes obtidos por pessoas jurídicas. Ainda, aqueles que conseguirem arrematar os produtos terão 30 dias para retirá-los. O pagamento será realizado via Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF).

“A Receita Federal alerta para a realização de transmissões ao vivo (lives) fraudulentas que simulam leilões de mercadorias apreendidas em plataformas de compartilhamento de vídeos na Internet”, alerta o órgão.

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Saiba as condições para participar

Pessoas físicas aptas a participar precisam atender aos seguintes critérios:

  • Ser maior de 18 anos ou pessoa emancipada;
  • Ser inscrito no Cadastro de Pessoas Física (CPF);
  • Ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no gov.br.

Quanto às pessoas jurídicas, as condições são:

  • Ter cadastro regular no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica (CNPJ);
  • No caso do responsável da empresa ou de seu procurador, ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no gov.br.
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Leilão tem 200 lotes (Imagem: Diego Thomazini/Shutterstock)

Participando

Para dar um ou mais lances, os interessados precisam realizar os seguintes passos:

  • Entre 24 e 27 de março, dentro dos horários estabelecidos pela Receita, acessar o Sistema de Leilão Eletrônico por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC);
  • Selecionar o edital do leilão, de número 0800100/000001/2025 – SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª REGIÃO FISCAL;
  • Escolher o lote desejado e clicar em “incluir proposta“;
  • Aceitar os termos e condições apresentados pelo portal;
  • Inserir o valor proposto (necessariamente, ele precisa ser maior do que o valor mínimo estabelecido pela Receita) e salvar.

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O Gemini agora está disponível sem precisar de conta do Google

Em um movimento que visa ampliar o acesso à sua inteligência artificial, o Google anunciou a disponibilidade do Gemini sem a obrigatoriedade de login em uma Conta Google.

A partir de agora, usuários podem explorar as capacidades do Gemini diretamente através do navegador, em modo anônimo ou similar, sem a necessidade de fornecer credenciais.

Gemini agora disponível sem login: veja o que muda

A mudança representa um marco significativo na estratégia do Google de democratizar o acesso à IA, permitindo que um público mais amplo experimente e se beneficie das funcionalidades do Gemini.

Ao acessar gemini.google.com, os usuários são recebidos por uma interface de chat simplificada, pronta para receber comandos e gerar respostas.

A experiência se assemelha à busca tradicional do Google, onde a interação ocorre de forma direta e imediata:

Apesar da abertura para o acesso sem login, algumas funcionalidades permanecem exclusivas para usuários com Conta Google. (Imagem: Captura de tela/Gabriel Sérvio)

Para auxiliar os usuários em seus primeiros passos, o Google disponibilizará sugestões de prompts, como “Economize meu tempo”, “Escreva uma redação sobre a história do xadrez”, “Ajude-me a planejar” e “Dê-me dicas de estudo”.

Apesar da abertura para o acesso sem login, algumas funcionalidades permanecem exclusivas para usuários com Conta Google. A seleção de modelos avançados, como Flash Thinking 2.0 (experimental), Deep Research e Personalization (experimental), requer autenticação, assim como o envio de arquivos e o acesso ao histórico de bate-papo.

A exigência de login para essas funcionalidades reflete o interesse do Google em incentivar a criação de contas, oferecendo uma experiência mais completa e personalizada aos usuários.

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É importante ressaltar que a novidade se aplica à versão web do Gemini. O aplicativo para Android ainda exige o login com uma Conta Google, indicando uma implementação gradual da nova política de acesso.

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Apple enfrenta atrasos no lançamento de novos recursos de IA

A Apple tem enfrentado problemas em relação ao desenvolvimento da Siri, inteligência artificial da empresa. Novidades que foram prometidas em junho do ano passado ainda não têm data para chegar, gerando incertezas nos usuários

E, se uma reunião geral recente servir de referência, a própria Apple também não sabe ao certo qual será o futuro da tecnologia. No encontro, Robby Walker, diretor sênior da divisão responsável pela Siri, criticou o atraso.

Atrasos geram incômodo dentro da própria Apple

Walker ainda destacou que não sabe ao certo se os novos recursos chegarão ao iOS 19 neste ano. Essa é a meta oficial da Apple, mas segundo ele, não significa que se tornará uma realidade para os usuários da companhias.

O diretor sênior da divisão responsável pela Siri afirmou que a empresa tem “compromissos com outros projetos”. Mas prometeu focar nas iniciativas que estão atrasadas, entre eles a atualização da IA da big tech.

Novidades foram prometidas em junho do ano passado, mas ainda não chegaram (Imagem: PixieMe/Shutterstock)

A reunião também sugeriu a existência de uma tensão entre a unidade Siri da Apple e a divisão de marketing. Walker disse que a equipe de comunicação queria destacar recursos como da IA entendendo o contexto pessoal e sendo capaz de agir com base no que está atualmente na tela de um usuário.

Essas provocações teriam piorado as coisas, reconheceu Walker. Desde então, a Apple retirou um anúncio do iPhone 16 que mostrava os recursos e adicionou isenções de responsabilidade a várias áreas de seu site, observando que todas foram apontadas para uma data a ser definida.

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Logo da Siri em um smartphone
A própria Apple parece não saber ao certo qual será o futuro da tecnologia (Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

Lançamento dos recursos ainda não tem data definida

  • A Apple não comentou publicamente sobre a situação.
  • A última declaração oficial da empresa destacou que os recursos avançados da Siri estavam “demorando mais do que o esperado”.
  • Mas Walker disse a sua equipe que executivos seniores como o chefe de software Craig Federighi e o chefe de IA John Giannandrea estão assumindo “intensa responsabilidade pessoal” por uma situação que está atraindo críticas com o passar dos meses.
  • Os clientes não esperam apenas esses novos recursos, mas também querem uma Siri mais completa”, disse Walker.
  • “Vamos lançar esses recursos e muito mais assim que estiverem prontos”, concluiu o representante da Apple.
  • As informações são da Bloomberg.

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