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Chatbots podem ter “ansiedade”; entenda como

Um estudo recente publicado na revista Nature descobriu que chatbots, como o ChatGPT, podem apresentar sinais de ansiedade quando expostos a narrativas traumáticas, como crimes e guerras, o que compromete sua eficácia em contextos terapêuticos.

No entanto, a ansiedade do chatbot pode ser reduzida por meio de exercícios de atenção plena, semelhantes aos usados em humanos. Isso sugere que essas ferramentas podem ser mais eficazes se projetadas para lidar com situações emocionais difíceis.

O uso de chatbots para terapia tem crescido, especialmente diante da escassez de terapeutas humanos, mas os pesquisadores alertam que esses assistentes virtuais precisam ser emocionalmente resilientes para lidar com as necessidades dos usuários.

Estudo foi conduzido no ChatGPT e usou pontuações de ansiedade (Imagem: mundissima/Shutterstock)

O psiquiatra Dr. Tobias Spiller, autor do estudo, ressaltou a importância de discutir o uso de IA em saúde mental, especialmente com pessoas vulneráveis.

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Como o estudo concluiu que os chatbots têm ansiedade?

  • O estudo envolveu o ChatGPT e um questionário de ansiedade amplamente utilizado em cuidados de saúde mental;
  • O chatbot, ao ler um manual simples, apresentou pontuação baixa de ansiedade, mas, ao ser exposto a uma narrativa traumática, como a de um soldado em um tiroteio, a pontuação de ansiedade aumentou significativamente;
  • Após realizar exercícios de relaxamento baseados em atenção plena, como visualizar uma praia tropical, a ansiedade do chatbot diminuiu substancialmente.

Embora os resultados indiquem que chatbots podem reduzir a ansiedade com técnicas terapêuticas, críticos, como o especialista Nicholas Carr, questionam a ética de tratar máquinas como se tivessem emoções humanas. Ao The New York Times, ele destacou a preocupação moral de depender da IA para consolo em vez de buscar interações humanas.

Em suma, embora os chatbots possam ser úteis como assistentes no suporte à saúde mental, os especialistas sugerem que é crucial existir supervisão cuidadosa para evitar que as pessoas confundam interações com máquinas com a ajuda genuína de um terapeuta humano.

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Uso de chatbots como “terapeutas” vem crescendo, apesar do alerta de especialistas sobre essa prática (Imagem: SomYuZu/Shutterstock)

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O futuro da energia limpa pode estar nos oceanos

O avanço tecnológico, especialmente com o boom da inteligência artificial, está causando um aumento da demanda global de eletricidade. Este cenário tem gerado temores de que as fontes tradicionais de energia não deem conta do recado.

Mas existe uma alternativa para este problema. Os oceanos, que cobrem mais de 70% da superfície da Terra, oferecem um vasto potencial de energia limpa a partir de recursos renováveis, como correntes oceânicas e ondas.

Novo estudo revelou mais uma importância dos oceanos

  • O desenvolvimento de energia renovável marinha ainda está em seus estágios iniciais em comparação com a energia eólica e solar.
  • Um desafio é identificar os locais mais viáveis e economicamente viáveis para projetos de energia das correntes oceânicas.
  • Embora muitos estudos tenham se concentrado na avaliação dos recursos energéticos das correntes oceânicas regionais, ainda faltava uma avaliação global baseada em dados reais.
  • Mas isso acaba de mudar a partir de um trabalho de pesquisadores da Florida Atlantic University, dos Estados Unidos.
  • As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Renewable Energy.
Cientistas identificaram capacidade das correntes oceânicas de gerar eletricidade (Imagem: hirokoro/Shutterstock)

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Correntes oceânicas podem gerar eletricidade

Os pesquisadores exploraram o potencial de captura de energia cinética dos oceanos, com foco na estimativa da densidade de potência e sua variação ao longo do tempo e do local. O PIB inclui cerca de 1.250 boias rastreadas por satélite que medem as correntes oceânicas e suas posições.

Durante o trabalho, a equipe usou mais de 43 milhões de pontos de dados de março de 1988 a setembro de 2021. Os resultados revelam que as águas da costa leste da Flórida e da África do Sul exibiram consistentemente altas densidades de energia, tornando-as ideais para gerar eletricidade a partir das correntes oceânicas.

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Águas da costa leste da Flórida e da África do Sul são ideais para gerar eletricidade (Imagem: Satit Sewtiw/Shutterstock)

Especificamente, essas regiões apresentaram densidades de potência acima de 2.500 watts por metro quadrado, um valor 2,5 vezes mais denso em energia do que um “excelente” recurso de energia eólica. As águas relativamente rasas – cerca de 300 metros de profundidade – aumentam ainda mais sua adequação para extrair energia usando turbinas de corrente oceânica. Em contraste, regiões como o Japão e partes da América do Sul não mostraram densidades de potência semelhantes nessas profundidades.

Outra descoberta importante do estudo foi a precisão das estimativas de densidade de potência dos oceanos. Na América do Norte e no Japão, os cálculos foram altamente confiáveis, proporcionando confiança nas previsões do potencial de energia. No entanto, áreas como a África do Sul e partes da América do Sul, particularmente no norte do Brasil e na Guiana Francesa, foram mais difíceis de avaliar devido a dados limitados ou condições de água altamente variáveis.

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Efeito DeepSeek: big techs devem aumentar gastos em IA

O lançamento do DeepSeek, modelo de inteligência artificial (IA) desenvolvido na China, tem dividido opiniões. No entanto, não se pode negar que a nova ferramenta tem provocado reações no mercado de IA.

Um destes reflexos, no entanto, parece ser, no mínimo, curioso. De acordo com a Bloomberg, as principais empresas de tecnologia pretendem aumentar os gastos no setor como resposta ao modelo chinês.

Aumento dos investimentos na tecnologia

A curiosidade está no fato de que a IA chinesa apresenta como grande diferencial o baixo custo para o treinamento do modelo. Por conta disso, muitos analistas esperavam que os principais rivais do DeepSeek também passassem a dosar os investimentos em novas ferramentas.

No entanto, um relatório da Bloomberg Intelligence aponta que as maiores empresas de tecnologia aumentarão seus gastos anuais combinados em inteligência artificial para mais de US$ 500 bilhões até o início da próxima década.

Setor de IA deve movimentar quantias cada vez maiores (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Gigantes como a Microsoft, Amazon e Meta devem desembolsar US$ 371 bilhões para a construção de data centers e recursos de computação para IA ainda em 2025. Este montante representa um aumento de 44% em relação ao ano anterior.

Segundo o documento, esse valor deve subir para US$ 525 bilhões até 2032. Isso significa que o aumento deve ocorrer em um ritmo mais rápido do que se esperava antes do sucesso gerado pelo modelo de IA DeepSeek.

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Tela inicial do DeepSeek em um smartphone
Chatbot chinês virou sensação e atraiu olhares do mundo todo (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

DeepSeek é considerada uma ameaça

  • A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados surpreendentes.
  • O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
  • Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
  • A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
  • Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
  • E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
  • A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
  • Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.

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Alphabet está prestes a fazer a maior aquisição de sua história

A Alphabet retomou as negociações para aquisição da empresa de segurança em nuvem Wiz e deve anunciar a maior transação da sua história ainda nesta semana. O acordo pode chegar a US$ 33 bilhões (R$ 187 bilhões, na conversão direta), segundo a Bloomberg.

O valor é consideravelmente maior do que a oferta feita pela controladora do Google em julho do ano passado, de US$ 23 bilhões (R$ 130 bilhões), recusada pela Wiz.

À época, o presidente-executivo da empresa de segurança em nuvem, Assaf Rappaport, descreveu a situação como “humilhante” e que transformaria a companhia em gigante independente da segurança cibernética, competindo com CrowdStrike e Palo Alto Networks.

Controladora do Google deve anunciar acordo nesta semana (Imagem: Sundry Photography/iStock)

De acordo com a reportagem, a Wiz também temia um processo de aprovação regulatória prolongado, em momento no qual autoridades estadunidenses e europeias vêm aumentando a fiscalização no setor de tecnologia.

Recentemente, o negócio foi avaliado em US$ 12 bilhões (R$ 68 bilhões), incluindo as marcas Sequoia Capital, Index Ventures, Insight Partners e Cyberstarts. A empresa foi idealizada por israelenses e tem sede em Nova York (EUA).

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Federal Trade Commission (FTC) dos EUA deverá analisar a negociação (Imagem: hapabapa/iStock)

Alphabet de olho no mercado em expansão

  • Os serviços de segurança em nuvem do Google ainda perdem para Microsoft e Amazon, e a aquisição pode dar novo fôlego para a empresa abocanhar fatia maior do mercado;
  • O setor chegou a desacelerar anos atrás, mas voltou a reagir com os avanços em inteligência artificial (IA);
  • Mas o alto valor da oferta pela aquisição pode travar esse plano. A Alphabet vem respondendo a processos judiciais que questionam sua posição dominante no meio digital. No ano passado, um juiz federal considerou que o Google mantém monopólio ilegal em buscas, por exemplo.

Ainda assim, a administração do presidente Donald Trump deve garantir ambiente mais permissível para a negociação, segundo a Bloomberg, já que há relação cada vez mais estreita entre Casa Branca e Vale do Silício.

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Como o Vale do Silício quer conquistar o mercado de defesa dos EUA

Empresas de capital de risco, que há anos investem em startups de defesa nos EUA, agora, direcionam suas atenções para Israel, aplicando recursos em companhias de tecnologia militar que surgiram após os conflitos em Gaza e no Líbano.

A estratégia de investir em empresas israelenses parte da convicção de que elas terão cada vez mais oportunidades de disputar contratos tanto nos EUA quanto em países europeus, onde os gastos com defesa tendem a crescer nos próximos anos.

Um exemplo disso é a startup Kela, que, recentemente, atraiu aportes de dois dos maiores fundos de capital de risco dos EUA dedicados ao setor de defesa – além do investimento do braço de capital da CIA.

David Cahn, da Sequoia Capital, responsável por financiar toda a rodada inicial da Kela, afirmou ao The Wall Street Journal: “Esta é a primeira grande aposta de venture capital em Israel.” Em seguida, a Lux Capital participou da rodada Série A, elevando o montante total arrecadado pela empresa para US$ 39 milhões (R$ 171,22 milhões, na conversão direta).

O produto da Kela não é uma arma convencional, como drones ou mísseis, mas um software capaz de integrar tecnologias comerciais e militares para aplicações como a defesa de fronteiras.

Startup israelense Kela fornece software para aplicações, como defesa de fronteiras; seus fundadores incluem, da esquerda: Jason Manne, Hamutal Meridor, Alon Dror e Omer Bar-Ilan (Imagem: Divulgação/KELA)

Esse sistema representa apenas o começo dos planos da companhia, que ambiciona disputar contratos para desenvolver e integrar sistemas de armamentos mais complexos, conforme explica a cofundadora e presidente Hamutal Meridor. “Fora de Israel, nos EUA e na Europa, nosso foco serão os grandes programas”, afirmou.

Vale do Silício aposta em startups israelenses para chegar no mercado de defesa dos EUA

  • Enquanto Israel espera que haja fluxo maior de investimentos significativos no setor de tecnologia de defesa – atualmente dominado por gigantes, como Elbit Systems, Israel Aerospace Industries e Rafael Advanced Defense Systems –, o país já sediou, em dezembro, seu primeiro summit de defesa tecnológica. O evento, organizado pelo Ministério da Defesa e pela Universidade de Tel Aviv, reuniu investidores, empresas e autoridades governamentais;
  • Lorne Abony, da Texas Venture Partners, destacou no encontro que “vivemos um renascimento na tecnologia de defesa que se encaixa perfeitamente no ecossistema que temos em Israel”;
  • A empresa de Abony, lançada no ano passado com US$ 50 milhões (R$ 285,38 milhões), tem como objetivo investir em firmas de defesa israelenses;
  • Mesmo sendo novas no mercado, as startups israelenses de defesa contam com histórico tecnológico de excelência. “A chance de se criar um unicórnio tecnológico por meio de um investimento em Israel é cinco vezes e meia maior do que com um investimento nos EUA”, ressalta Abony, que, vale notar, não investiu na Kela.

Por sua vez, as startups de defesa estadunidenses já ganham destaque na administração do presidente Donald Trump. Elon Musk, CEO da SpaceX – também um importante contratante de defesa – está à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês).

Além disso, a mudança de foco do Pentágono para novas tecnologias tem impulsionado empresas apoiadas no Vale do Silício, como a Palantir Technologies – cuja ação disparou após a última eleição presidencial – e a Anduril Industries, que se prepara para fechar sua última rodada de investimentos com avaliação de US$ 28 bilhões (R$ 159,81 bilhões).

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Aposta estratégica

Os fundos de capital de risco estadunidenses não são estranhos ao ecossistema de startups israelenses. Empresas de cibersegurança – muitas fundadas por ex-integrantes da renomada Unidade 8200já se beneficiaram dos aportes do Vale do Silício. Além disso, Israel possui diversas startups de drones, como a Xtend, cujos veículos aéreos não tripulados já foram empregados pelo exército israelense em Gaza.

A Startup Nation Central, organização sem fins lucrativos sediada em Tel Aviv (Israel), acompanha mais de 300 empresas israelenses que atuam no setor de defesa, número que dobrou em relação ao ano anterior, segundo seu CEO, Avi Hasson.

Para Hasson, o investimento expressivo na Kela demonstra a confiança dos investidores no potencial das startups israelenses de defesa. “É uma aposta estratégica tanto no mercado quanto nos empreendedores e no setor”, afirmou.

Contudo, as startups dos EUA, que conquistam apenas cerca de 1% dos contratos do Departamento de Defesa, enfrentam batalha difícil para competir com os cinco maiores grupos de defesa estadunidenses.

O desafio para uma empresa israelense adentrar o mercado do Pentágono pode ser ainda maior. Raj Shah, da Shield Capital, comenta que “há grande e crescente montante de recursos de venture capital investindo no fato de que os governos estão ampliando os gastos com defesa – e, mais importante, direcionando esses recursos para novas startups. A dúvida é se o Pentágono vai comprar de empresas não estadunidenses. Ainda não sabemos a resposta para isso”, ponderou.

A abordagem da Kela segue linha semelhante à adotada pela Palantir em seus primeiros anos, quando a empresa expandiu sua base de clientes com “engenheiros de software destacados que operavam junto aos soldados, em locais, como o Afeganistão”.

De forma análoga, a Kela promove seus engenheiros como “tecnoguerreiros” – profissionais que combinam expertise técnica com experiência em combate, capazes de compartilhar aprendizados adquiridos no campo de batalha com clientes dos EUA e da Europa.

As semelhanças com a Palantir não são por acaso. Hamutal Meridor, que já atuou como gerente geral da Palantir em Israel, utiliza retórica similar à do CEO da Palantir, Alex Karp, que costuma descrever a missão de sua empresa de forma quase messiânica, como uma luta para “salvar o Ocidente”.

“A criação da Kela está fortemente ligada ao 7 de outubro, obviamente. E percebemos que o Ocidente ainda vive sob a sombra do 6 de outubro. Sentimos que nossa missão é evitar que o Ocidente enfrente um novo 7 de outubro”, declarou Meridor.

Uma série de prédios vistos de baixo para cima
Vale do Silício vê startups israelenses com bons olhos (Imagem: PHOTOGRAPHY IS ON/Shutterstock)

Alon Dror, CEO e cofundador da Kela, conta que a empresa se apoia intensamente na experiência de combate adquirida por Israel após o 7 de outubro. Ele relembrou que, na véspera de uma operação terrestre contra o Hezbollah no Líbano, circulou entre os pelotões para contar equipamentos – constatando que cada comandante de pelotão ou companhia dispunha de apenas alguns óculos de visão noturna.

Em contraste, as forças do Hezbollah possuíam um par de óculos para cada combatente, adquiridos online, o que, segundo Dror, “é surpreendente”. Dror ressaltou que a plataforma de software da Kela foi desenvolvida para permitir a integração de tecnologias comerciais e militares, como óculos de visão noturna, sensores e inteligência artificial (IA).

Brandon Reeves, sócio da Lux Capital, enfatiza que a experiência militar dos colaboradores da Kela é um diferencial decisivo. Ele observa que, entre os engenheiros das cinco maiores empresas de defesa dos EUA, a participação em combates é praticamente inexistente – enquanto, na Kela, essa característica se aproxima de 100%, “é uma DNA totalmente diferente.”

Clayton Williams, diretor da filial do Reino Unido da IQT (braço de capital de risco da CIA, anteriormente conhecido como In-Q-Tel), destacou que seu investimento na Kela se deu exatamente por conta desse tipo de vivência. “Empresas que aprendem diretamente dos campos de batalha e recebem feedback das linhas de frente estão evoluindo suas tecnologias a uma velocidade que, pessoalmente, nunca vi antes”, afirmou Williams.

Embora a IQT já tenha realizado outros investimentos em Israel, a Kela representa sua primeira participação direta em uma startup israelense voltada especificamente para o mercado militar. Apesar de seu aporte ser inferior aos feitos pela Sequoia e pela Lux, o selo de aprovação de um investimento da CIA tem ajudado outras empresas – como a Palantir – a entrar no setor de defesa. “Nós abrimos portas”, concluiu Williams.

Até mesmo os defensores das startups israelenses de defesa, como Abony, reconhecem que empresas bem-sucedidas em áreas, como cibersegurança e biotecnologia, muitas vezes, não estão preparadas para vender ao Pentágono.

A firma de Abony trabalha em estreita colaboração com companhias israelenses para aprimorar suas apresentações ao Departamento de Defesa dos EUA. “Chegamos a essa conclusão após observar diversas empresas investidas – ou potenciais investimentos – tentando apresentar propostas ao Departamento de Defesa e, francamente, foram péssimas. Não voltaremos a vê-las”, afirmou.

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Estação de trem no Japão será construída em 6 horas com impressão 3D

A arquitetura impressa em 3D segue ganhando força, com uma variedade crescente de projetos utilizando essa tecnologia emergente, e o exemplo mais recente vem do Japão, onde uma estação de trem será construída em impressionantes seis horas.

É importante notar que a Estação Hatsushima não será um grande edifício de vários andares, mas uma estrutura simples e compacta. O projeto está sendo desenvolvido pela West Japan Railway Company, JR West Innovations e Serendix, e ficará localizada na cidade de Arida, na província de Wakayama.

Com 2,6 metros de altura, 6,3 metros de largura e 2,1 metros de profundidade, a estação terá um exterior branco decorado com imagens das laranjas e peixes típicos da região. Seu interior contará com laterais abertas e algumas áreas destinadas ao descanso.

Design pensado na comunidade da região

  • Feita de concreto armado, a estação será durável e resistente à corrosão.
  • Segundo a West Japan Railway Company, ela oferece mais liberdade no design em comparação aos métodos tradicionais de construção, que utilizam formas, permitindo maior flexibilidade.
  • O design externo também busca refletir as características locais, criando uma estação que se identifique com a região e seja apreciada pelos moradores, promovendo a integração com a comunidade.

A construção da estação está prevista para ocorrer em cerca de seis horas, entre o último trem de um dia e o primeiro do dia seguinte. Como isso será possível? A estrutura da estação será fabricada em partes em outro local, possivelmente em uma fábrica, utilizando uma impressora 3D.

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O processo de impressão, que cria as peças em camadas a partir de uma mistura semelhante ao cimento, será seguido pela montagem das partes no local, o que deverá levar poucas horas. Embora o tempo de impressão ainda não tenha sido especificado, a montagem será a etapa mais rápida.

Se o projeto for bem-sucedido e a estação se mostrar prática e de baixo custo de manutenção, a West Japan Railway Company poderá expandir a ideia, construindo mais estações impressas em 3D em outras regiões do Japão, substituindo as antigas construções de madeira.

A estação está prevista para ser finalizada em 25 de março, então, em breve descobriremos o resultado desse inovador projeto.

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Meta tentou silenciar livro de ex-funcionária, mas aumentou seu sucesso

Semana passada, a Meta obteve uma decisão judicial que impedia a denunciante Sarah Wynn-Williams de promover seu livro de memórias, Careless People: A Cautionary Tale of Power, Greed, and Lost Idealism. Mas a vitória da Meta pode ter gerado problemas maiores para a empresa.

Lançado em 11 de março, o livro detalha a experiência de Wynn-Williams trabalhando na Meta entre 2011 e 2017, fazendo críticas à liderança da empresa e sua relação com a desinformação, além de acusar o Facebook de se aproximar de regimes autoritários.

A Meta, por sua vez, rejeitou essas alegações, chamando o livro de uma mistura de acusações desatualizadas e falsas alegações sobre seus executivos.

Tentativa de boicotar o livro gerou efeito contrário

  • Para tentar reduzir a disseminação de Careless People, a Meta acusou Wynn-Williams de violar um acordo de não depreciação assinado com a empresa, o que levou a uma decisão judicial.
  • Como resultado, um árbitro emitiu uma ordem temporária que proibia a autora de promover ou distribuir pessoalmente o livro.
  • No entanto, a tentativa de silenciamento acabou gerando o efeito oposto: como em muitos casos históricos, quando se tenta esconder algo, isso só aumenta a curiosidade do público.
  • O livro rapidamente ganhou atenção e subiu para o terceiro lugar na lista de mais vendidos da Amazon.
Livro que relata problemas internos da Meta está subindo nas vendas – Imagem: Divulgação

Atualmente, Careless People está não apenas entre os mais vendidos na Amazon, mas também lidera a categoria Política e Ciências Sociais. Vários leitores no Goodreads, plataforma online para avaliar livros já lidos, comentaram que decidiram comprar e ler o livro justamente porque a Meta tentou silenciá-lo.

Embora o livro tenha sido lançado há menos de uma semana, já acumula mais de 300 avaliações no Goodreads, com uma média de 4,56 estrelas. Além disso, cerca de 12.800 pessoas marcaram o livro como desejado, o que já gerou inúmeros leitores potenciais.

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Apesar de ser improvável que todos esses leitores realmente já tenham terminado de ler o livro, o fato é que muitos já ouviram falar de Careless People e das alegações que a Meta está tentando minimizar. Para a gigante da tecnologia, esse aumento no interesse é, provavelmente, um resultado indesejado, e pode já ser um reflexo negativo de sua tentativa de impedir a promoção do livro.

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IA inteligente igual humanos é questão de tempo, diz CEO do Google DeepMind

A inteligência artificial (IA) ainda está distante da inteligência humana. Para entregarem conteúdo de qualidade, os modelos ainda precisam de ser conduzidos por pessoas. Mas é apenas questão de tempo até a IA alcançar a potência dos nossos cérebros. É o que disse o CEO do Google DeepMind, Demis Hassabis, nesta segunda-feira (17).

Enquanto conversava com jornalistas numa coletiva de imprensa no escritório da DeepMind em Londres, Hassabis falou sobre o futuro da IA. Entre os tópicos da conversa, estava inteligência artificial geral (IAG) – a IA inteligente igual humanos.

Acho que, nos próximos cinco a dez anos, muitas dessas capacidades [de sistemas de IA] começarão a surgir e começaremos a avançar para o que chamamos de inteligência artificial geral.

Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind, segundo a CNBC

‘Ainda não chegamos lá’, diz CEO do Google DeepMind sobre IA inteligente igual humanos

Para Hassabis, IAG é “um sistema capaz de exibir todas as capacidades complicadas que os humanos podem”. “Ainda não chegamos lá. Esses sistemas são muito impressionantes em certas coisas. Mas há outras coisas que eles ainda não conseguem fazer. E ainda temos bastante trabalho de pesquisa pela frente até lá.”

Para CEO do Google DeepMind, IA inteligente igual humanos surgiria dentro ‘de cinco a dez anos’ (Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)

Hassabis disse que o principal desafio para alcançar a IAG é fazer os sistemas de IA atuais entenderem contextos no mundo real.

“A questão é: quão rápido podemos generalizar as ideias de planejamento e os comportamentos de agentes, planejamento e raciocínio”, disse Hassabis.

No entanto, o desafio não para aí. “Depois, [vem] generalizar isso para funcionar no mundo real, em cima de coisas como modelos do mundo — modelos que são capazes de entender o mundo ao nosso redor.”

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Palpites de outros CEOs sobre IAG

Donos e CEOs de outras empresas de tecnologia já palpitaram sobre o desenvolvimento de IAG. Alguns disseram que levaria mais tempo do que o apontado por Hassabis. Outros, menos.

Ilustração digital de de inteligência artificial em forma de um cérebro humano estilizado com circuitos eletrônicos brilhando em azul, flutuando em um ambiente surreal de grades quânticas e partículas entrelaçadas
Alguns CEOs de tecnologia acreditam que IAG está distante, enquanto outros apostam que é questão de alguns anos (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

O CEO do Baidu, Robin Li, por exemplo, disse que a IAG está “a mais de dez anos de distância”. Já o CEO da Anthropic, Dario Amodei, disse à CNBC que uma IAG “melhor do que quase todos os humanos em quase todas as tarefas” surgiria nos “próximos dois ou três anos”.

Elon Musk também já falou sobre IAG. Para o bilionário, a IAG provavelmente estaria disponível até 2026. Entre as empresas de Musk, está a xAI, que desenvolve modelos e plataformas de IA (por exemplo: o Grok, disponível no X).

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Imposto de Renda 2025: Receita Federal registra mais de 162 mil declarações

A temporada de declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) começou com força total, com mais de 162 mil contribuintes enviando seus informes, segundo dados divulgados pela Receita Federal.

O prazo para a entrega da declaração, referente aos rendimentos de 2024, começou na segunda-feira (17), às 8h (horário de Brasília). A Receita projeta que cerca de 46 milhões de brasileiros deverão prestar contas ao Leão este ano.

Quem deve declarar Imposto de Renda em 2025?

É importante ressaltar que a declaração do IRPF é obrigatória para quem se enquadra em uma série de critérios. Entre eles, destacam-se:

  • Contribuintes que receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888,00 em 2024.
  • Aqueles que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 200.000,00.
  • Quem obteve ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto.
  • Pessoas que realizaram operações na Bolsa de Valores acima de R$ 40.000,00 ou que obtiveram ganhos líquidos sujeitos à incidência do imposto.
  • Contribuintes que obtiveram receita bruta anual de atividade rural acima de R$ 169.440,00.
  • Quem possuía bens ou direitos acima de R$ 800.000,00 em 31 de dezembro de 2024.
Prazo para a entrega da declaração, referente aos rendimentos de 2024, começou a contar no dia 17 de março. (Imagem: Marcelo Ricardo Daros/Shutterstock)

Para auxiliar os contribuintes, a Receita disponibiliza diversas plataformas para o preenchimento e envio da declaração. É possível utilizar o programa para computador, o aplicativo para dispositivos móveis ou a versão online, acessível através do portal e-CAC (para aqueles que possuem conta gov.br nos níveis prata ou ouro).

Uma das novidades deste ano é a disponibilização da declaração pré-preenchida a partir de 1º de abril. Essa ferramenta visa simplificar o processo, reunindo informações já disponíveis na base de dados da Receita Federal.

Até quando posso entregar a declaração de Imposto de Renda 2025?

O prazo final para a entrega da declaração é 30 de maio. Contribuintes que não cumprirem o prazo estarão sujeitos a multa, com valor mínimo de R$ 165,74 e máximo de 20% do imposto devido. Saiba mais sobre os prazos estabelecidos pela Receita aqui.

A RF reforça a importância de se organizar para reunir a documentação necessária e evitar a entrega da declaração na última hora, prevenindo contratempos e possíveis erros.

Confira abaixo mais informações importantes sobre a declaração de Imposto de Renda 2025:

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OpenAI e Google pressionam por acesso a dados protegidos para treinar IA

A OpenAI e o Google estão pressionando o governo dos EUA para permitir que seus modelos de IA sejam treinados utilizando material protegido por direitos autorais. A informação é do portal The Verge.

Ambas as empresas argumentam que a aplicação de proteções de uso justo à IA é crucial para garantir a segurança nacional e para manter a liderança dos EUA no campo da inteligência artificial, especialmente em relação à China.

As propostas foram feitas em resposta a um pedido da Casa Branca para que diversos setores contribuam com o “Plano de Ação de IA” do governo, uma iniciativa que visa fortalecer a posição dos Estados Unidos como potência em IA, ao mesmo tempo em que evita a imposição de “requisitos onerosos” que possam afetar a inovação.

OpenAI teme ser superada pelas IAs chinesas

  • A OpenAI defende que, se as empresas americanas não puderem acessar material protegido por direitos autorais para treinar seus modelos de IA, os EUA poderão perder sua liderança na área para a China.
  • A empresa argumenta que os desenvolvedores de IA na China terão acesso irrestrito a dados, incluindo dados protegidos, o que fortalecerá seus modelos.
  • Caso as empresas americanas não tenham acesso ao uso justo desses dados, a corrida pela IA estaria, segundo a OpenAI, efetivamente encerrada.
OpenAI e outras empresas de IA enfrentam desafios legais relacionados ao uso de dados protegidos (Imagem: TY Lim/Shutterstock)

Google ressalta importância dos dados públicos para treinar IA

  • O Google compartilha uma visão semelhante, afirmando que as políticas de direitos autorais, privacidade e patentes podem limitar o acesso a dados essenciais para o treinamento de modelos de IA.
  • A empresa ressalta que as exceções de uso justo e de mineração de texto e dados têm sido “críticas” para o treinamento de IA utilizando dados públicos disponíveis, pois permitem o uso de material protegido sem prejudicar os detentores dos direitos autorais.
  • Além disso, evitam negociações longas e desequilibradas com detentores de dados durante o desenvolvimento dos modelos.
  • Além disso, evitam negociações longas e desequilibradas com detentores de dados durante o desenvolvimento dos modelos.

Anthropic pede ao governo mais infraestrutura

  • A Anthropic, outra empresa importante no setor de IA, também enviou uma proposta ao governo, mas focou em aspectos diferentes.
  • A empresa pediu que o governo desenvolvesse um sistema para avaliar os riscos de segurança nacional dos modelos de IA e sugeriu o fortalecimento dos controles de exportação de chips de IA.
  • Além disso, como o Google e a OpenAI, a Anthropic também sugeriu que os EUA investissem em uma infraestrutura energética mais robusta para suportar o crescimento da inteligência artificial.

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Entretanto, várias empresas de IA, incluindo a OpenAI, enfrentam processos judiciais por usar conteúdo protegido por direitos autorais no treinamento de seus modelos.

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Empresas de IA dos EUA temem serem superadas se seu acesso a dados para treinar modelos for limitado – Imagem: Ascannio/Shutterstock

A OpenAI está sendo processada por veículos de notícias, como o New York Times, e até celebridades, como Sarah Silverman e George R.R. Martin.

Outras empresas, como Apple, Anthropic e Nvidia, também foram acusadas de utilizar legendas de vídeos do YouTube, o que a plataforma alegou violar seus termos de serviço.

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