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OpenAI quer proteção contra leis estaduais nos EUA – e faz proposta a Trump

A OpenAI pediu à administração Trump que ajude a proteger empresas de inteligência artificial (IA) de regulamentações estaduais, oferecendo acesso voluntário aos seus modelos de IA em troca. As informações são da Bloomberg.

Em um conjunto de sugestões políticas divulgado recentemente, a OpenAI alertou que a crescente quantidade de projetos de lei sobre IA poderia prejudicar o progresso tecnológico dos EUA, especialmente com a competição crescente da China.

Alívio para empresas de IA

  • A empresa sugeriu que o governo federal ofereça alívio às empresas de IA, grandes e pequenas, se elas compartilharem seus modelos com o governo, como parte de uma abordagem coordenada para garantir a liderança dos EUA em IA.
  • A recomendação foi apresentada em resposta a uma solicitação de contribuições públicas do Escritório de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca, que está desenvolvendo uma nova política para a IA.
  • A OpenAI também sugeriu que o US AI Safety Institute se tornasse o ponto de contato entre o governo e o setor privado, oferecendo proteção contra regulamentações estaduais em troca da colaboração no desenvolvimento de modelos mais seguros.
Proposta da OpenAI visa manter a liderança dos EUA em tecnologia de IA (Imagem: Henry Franklin/Shutterstock)

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Além disso, a OpenAI pediu ao governo federal que apoiasse investimentos em infraestrutura de IA e reformasse as leis de direitos autorais, argumentando que a doutrina de uso justo é crucial para a competitividade dos EUA.

A empresa também propôs que as empresas de IA tivessem acesso a dados governamentais, como informações de saúde, para impulsionar o desenvolvimento da tecnologia.

Logo da OpenAI em um smartphone
OpenAI pediu ao governo dos EUA proteção contra regulamentações estaduais (Imagem: TY Lim/Shutterstock)

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IA pode ser solução para garantir segurança alimentar no Brasil

Um dos principais desafios da atualidade é combater a insegurança alimentar global. Apesar de ser uma das principais “fazendas” do mundo, o Brasil não está imune ao problema, que pode se tornar ainda maior em função das mudanças climáticas.

Pensando nisso, um grupo de pesquisadores apresentou um relatório que reúne propostas concretas para solucionar problemas críticos relacionados ao tema. O trabalho defende a utilização de tecnologias, incluindo a inteligência artificial, para afastar a ameaça da fome.

Tecnologias são fundamentais para a transformação dos sistemas alimentares

O trabalho apresenta soluções inovadoras para problemas como o acesso à água potável, a modernização das infraestruturas rurais e a promoção de cadeias de valor sustentáveis. Além disso, destaca a utilização de tecnologias avançadas, como a IA e as ferramentas digitais para apoiar desde a produção até à distribuição de alimentos, reforçando a resiliência face aos desafios climáticos e sociais.

O documento aponta ainda a importância do fortalecimento das redes de investigação, do desenvolvimento de tecnologias locais e da inclusão digital como pilares fundamentais para a transformação dos sistemas alimentares.

IA pode ser utilizada para aumentar produção e evitar desperdícios (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Para os pesquisadores, há três pilares fundamentais para aprimorar a segurança alimentar: a promoção da pesquisa científica básica e tecnológica e a modernização e ampliação da infraestrutura de CT&I como um pacto geopolítico na América Latina e Caribe; o aumento dos financiamentos públicos e privados para o desenvolvimento da CT&I de segurança alimentar; e a formação, atração e fixação de recursos humanos com foco em segurança alimentar nos centros de ensino e pesquisa.

Dessa forma, o relatório serve como um guia prático para governos, organizações e comunidades acadêmicas comprometidas com a erradicação da fome e a garantia da segurança alimentar na América Latina. O documento na íntegra pode ser acessado clicando aqui.

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Pesquisadores defendem que a fome não é resultado da falta de comida existente (Imagem: Soru Epotok/Shutterstock)

Insegurança alimentar pode aumentar no futuro

  • De acordo com os pesquisadores, a insegurança alimentar não é um mero resultado da escassez de alimentos, mas sim uma construção social e política.
  • Os países da América Latina e Caribe, por exemplo, apresentam uma distribuição interna bastante desigual.
  • Enquanto a prevalência de insegurança alimentar moderada e grave foi de 14,1% no Uruguai e de 15,9% na Costa Rica, entre 2019 e 2021, o índice atingiu 55,8% da população da Guatemala e 82,5% do Haiti.
  • Segundo os autores, há, em curso, três graves ameaças globais à saúde e à sobrevivência humana: as pandemias de desnutrição, de obesidade e as mudanças climáticas.

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Quem foi a astrônoma que dá nome ao novo chip da Nvidia?

A Nvidia vai revelar detalhes de seu novo processador gráfico de inteligência artificial (IA) na conferência anual da empresa, marcada para a próxima terça-feira (18). O Rubin foi batizado em homenagem a Vera Rubin, astrônoma estadunidense reconhecida por seu trabalho com matéria escura invisível no Universo.

Ao contrário de outras companhias do setor, que optam por números e letras, as inovações da empresa chefiada por Jensen Huang recebem nomes de cientistas desde 1998, quando seus primeiros chips foram baseados na microarquitetura “Fahrenheit”.

Pode-se dizer que é uma cultura de uma das principais fornecedoras de serviços para Google, Microsoft, Amazon, OpenAI, Tesla e Meta. A Nvidia chegou a vender uma camiseta exclusiva para funcionários com desenhos animados de vários cientistas famosos, segundo reportagem da CNBC.

No lançamento deste ano, “Vera” se referirá ao processador central de próxima geração da Nvidia e “Rubin” se referirá à nova GPU da empresa. E a escolha faz sentido para 2025, ano em que o Observatório Vera C. Rubin, sediado no Chile, se prepara para conduzir pesquisa inédita de dez anos do céu noturno.

Antes de Rubin, a Nvidia homenageou outras mulheres em suas produções, como a cientista da computação estadunidense Grace Hopper, que cunhou o termo “bug” para se referir a falhas de computador; e Ada Lovelace, matemática britânica que foi pioneira em algoritmos de computador no século XIX.

Rubin fotografado medindo espectros em 1974 na Carnegie Institution em Washington (EUA) (Imagem: KPNO/NOIRLab/NSF/AURA)

Trajetória de Vera Rubin, que dá noma ao novo chip da Nvidia

  • Vera Rubin nasceu na Filadélfia, Pensilvânia (EUA), mas se mudou para DC ainda jovem. Ela tinha interesse pelo Espaço desde jovem, o que seus pais fomentaram e apoiaram;
  • O pai de Rubin a ajudou na construção de um telescópio de papelão para que ela pudesse fotografar o movimento das estrelas, e sua mãe persuadiu o bibliotecário local a permitir que ela verificasse livros de ciências para adultos;
  • Ela se formou em astronomia no Vassar College, em Nova York (EUA), a única aluna na escola só para mulheres a fazê-lo;
  • Rubin se candidatou à pós-graduação em Princeton, mas foi negada por ser mulher;
  • No verão de 1947, ela conheceu o estudante de física de Cornell e futuro marido, Bob Rubin, que, à época, estava no programa V-12 da Marinha dos EUA;
  • Em 1955, Rubin foi contratada pela Universidade de Georgetown para fazer pesquisas e lecionar. Ela trabalhou lá por uma década;
  • Em 1965, começou a trabalhar no Departamento de Magnetismo Terrestre da Carnegie Institution em Washington, DC. Rubin foi a primeira cientista mulher na equipe do departamento;
  • Suas ideias sobre os movimentos em larga escala das galáxias, tese de seu mestrado, começaram a decolar em escala maior quando ela colaborou com o astrônomo Kent Ford.
Observatório Vera C. Rubin, sediado no Chile (Imagem: Divulgação)

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A grande descoberta

Rubin e Ford trabalharam juntos por anos, compilando dados no Observatório Kitt Peak, no Arizona (EUA). Eles rastrearam a rotação das estrelas ao redor do centro de galáxias distantes. E observaram algo que não era esperado.

As estrelas mais distantes estavam girando tão rápido quanto aquelas perto do centro e não mais devagar, como se imaginava. O fenômeno levantou a hipótese de que uma “massa invisível” influencia a velocidade, o que, atualmente, chamamos de matéria escura.

A descoberta foi fundamental para abrir novos campos de pesquisa na astrofísica, incluindo a física de partículas. Os cientistas descobriram depois que a matéria escura compõe mais de 80% de toda a matéria no Universo.

Ao longo de sua carreira, Rubin publicou mais de 100 artigos científicos e foi eleita para a Academia Nacional de Ciências, além de ter recebido diversos prêmios, como a Medalha Nacional de Ciências, concedida pelo ex-presidente Bill Clinton, em 1993. Rubin morreu em 2016.

A ciência é competitiva, agressiva, exigente. Ela também é imaginativa, inspiradora, edificante. Vocês também podem fazer isso. Cada um de vocês pode mudar o mundo, pois vocês são feitos de matéria estelar e estão conectados ao Universo,” disse a astrônoma no discurso de formatura em Berkeley, em maio de 1996.

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Europa se preocupa com capacidade dos EUA de “desarmar” o continente; entenda

Após a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de parar de enviar armamentos para a Ucrânia, uma insegurança se instaurou por toda a Europa: e se os estadunidenses tiverem uma forma de “controlar” o armamento usado no Velho Continente?

A Alemanha é a mais receosa, pois o país fechou acordo multibilionário com a Lockheed Martin, gigante estadunidense aeroespacial. O contrato foi firmado em 2022 e prevê a entrega, para os alemães, de 35 aeronaves F-35A Lighning II. No ano passado, a Bundeswehr (forças armadas da Alemanha) comprou outros oito F-35.

Esse “poder de desarmar” dos EUA vem sendo chamado de “interruptor de segurança“. Na verdade, os europeus acreditam que os estadunidenses instalaram um interruptor físico nos caças. O termo foi usado por Joachim Schranzhofer, chefe de comunicações da empresa de armas alemã Hendsolt, em entrevista ao Bild.

Contudo, ele tratou de tranquilizar as autoridades alemãs ao afirmar que esse botão não passa de boato e insinuou ser fácil para os EUA aterrarem a nave bloqueando seu software principal — que está sob controle estadunidense.

Será que o caça tem um “botão de segurança”? (Imagem: Victor Maschek/Shutterstock)

Wolfgang Ischinger, ex-presidente da Conferência de Segurança de Munique (Alemanha), e Ingo Gädechens, ex-oficial militar e membro do partido União Democrata Cristã (CDU, na sigla em inglês) da Alemanha, expressam o mesmo sentimento.

Já um porta-voz do Ministério de Defesa alemão afirmou à Euronews que não existe movimento para cancelar a compra dos caças F-35 mesmo com as preocupações que ressoam na Europa.

Esse modelo de caça, segundo sua fabricante, está se tornando “o padrão de escolha da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]”. Além da Alemanha, a Romênia também assinou, há alguns meses, um acordo com a Lochkeed Martin para ter os F-35 em sua frota.

Entre os países europeus que já os possuem, estão Bélgica, República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, Grécia, Itália, Holanda, Noruega, Polônia e Suíça.

Por sua vez, a fabricante diz esperar que, até o fim da década, mais de 550 desses caças estejam em operação em dez países europeus, e disse que eles “aumentaram a interoperabilidade na Europa“.

Contudo, admitiu que os F-35 e outras aeronaves de caça ocidentais dependem de comunicação de dados protegida pelos EUA com Link-16 e navegação por satélite GPS.

Ainda segundo a empresa, independência completa no setor “não é possível… nem mesmo com os sistemas europeus“, apesar de dizer que os F-35 conseguem operar sem links de dados e a navegação via satélite.

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À Euronews, Mark Cazalet, editor-chefe da European Security and Defence Magazine, afirmou não ter ouvido ou visto nenhuma evidência concreta de haver tal interruptor (conhecido, em inglês, como “kill switch”), mas que “não está fora do reino das possibilidades” que medidas de bloqueio de softwares de aeronaves possam ser criadas.

Ele também pontuou que os EUA “não precisam, necessariamente”, de interruptor de segurança no F-35 para bloqueio do caça, podendo, “simplesmente, reter munição e peças de reposição“.

Para ele, tirar o controle do software das mãos dos estadunidenses seria “extremamente difícil, se não impossível“. “A questão mais relevante para os planejadores militares é: os EUA podem, efetivamente, impedir que F-35s operados por outros países sejam usados, caso decidam fazê-lo? Aqui, a resposta parece ser majoritariamente sim“, prosseguiu.

Segundo o profissional, há países que bloqueiam, por vezes, partes de munições e armas. Um exemplo é a Suíça, que atrasou o uso de canhões antiaéreos Gepard pela Ucrânia ao se recusar a exportar o caça Eurofighter Typhoon para a Turquia.

Afinal, EUA podem controlar os F-35 ou não?

  • O portal tentou contato com o Departamento de Defesa Nacional (DND, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e com a Lockheed Martin querendo saber se o país controla mesmo o software e os F-35, mas não obtiveram retorno;
  • Contudo, um porta-voz do DND afirmou à mídia canadense que eles são encarregados de atualizar software e hardware dos aviões, dizendo, ainda, que as atualizações seguirão par todos os países que participaram do desenvolvimento;
  • Na Suíça, a mídia local também pipocou preocupações sobre a independência dos F-35. Em resposta, a Lockheed Martin publicou, em seu site, na última segunda-feira (10), com o título: “A Suíça pode usar seus F-35 de forma independente“.

Nele, a fabricante esclarece que bloquear esse modelo de caça via intervenções externas na parte eletrônica é impossível. “A Suíça não precisa de consentimento se quiser usar seus sistemas de armas ou mísseis guiados para sua defesa. Ela pode fazer isso de forma autônoma, independente e a qualquer momento“, explicou.

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Software da aeronave é controlado pelos EUA (Imagem: ranchorunner/Shutterstock)

Países, como a própria Suíça, também têm autonomia para decidir quando querem atualizar o software das aeronaves e, mesmo se optarem por não realizar a atualização, os mísseis continuam operacionais.

Caso uma nação queira atualizá-lo, segundo a Lockheed Martin, eles enviam uma “equipe móvel” para que a operação seja realizada.

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China cria chip um quadrilhão de vezes mais rápido que supercomputadores potentes

Um novo protótipo de processador quântico supercondutor alcançou resultados de benchmark que rivalizam com os da nova QPU Willow, do Google.

Pesquisadores na China desenvolveram uma unidade de processamento quântico (QPU, na sigla em inglês) que é um quadrilhão (10¹⁵) de vezes mais rápida que os melhores supercomputadores do planeta.

Foto do criostato contendo o processador Zuchongzhi 3.0 (Imagem: USTC)

O novo chip protótipo de 105 qubits, apelidado de “Zuchongzhi 3.0”, que utiliza qubits supercondutores, representa avanço significativo na computação quântica, segundo cientistas da Universidade de Ciência e Tecnologia da China (USTC, na sigla em inglês), em Hefei (China).

Ele rivaliza com os resultados de benchmark estabelecidos pela mais recente QPU Willow do Google, em dezembro de 2024, que permitiram aos pesquisadores reivindicar a supremacia quântica — ou seja, demonstrar que os computadores quânticos podem superar os supercomputadores mais rápidos — em testes laboratoriais.

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Como a China criou chip quântico superpoderoso

  • Os cientistas utilizaram o processador para concluir uma tarefa no amplamente usado benchmark de amostragem de circuitos quânticos aleatórios (RSC, na sigla em inglês) em apenas algumas centenas de segundos, conforme detalhado em estudo publicado em 3 de março na Physical Review Letters;
  • Esse teste, que consistiu em tarefa de amostragem aleatória de circuitos com 83 qubits distribuídos em 32 camadas, foi completado um milhão de vezes mais rápido do que o resultado estabelecido pelo chip Sycamore, da geração anterior do Google, divulgado em outubro de 2024;
  • Em contraste, o Frontier, o segundo supercomputador mais rápido do mundo, levaria 5,9 bilhões de anos para realizar a mesma tarefa.

Embora os resultados sugiram que as QPUs são capazes de atingir a supremacia quântica, o benchmark RSC utilizado favorece os métodos quânticos.

Além disso, melhorias nos algoritmos clássicos que impulsionam a computação tradicional podem reduzir essa vantagem, como ocorreu em 2019, quando os cientistas do Google anunciaram, pela primeira, vez que um computador quântico havia superado um computador clássico — durante a primeira utilização do benchmark RSC.

Ilustração mostra um chip quântico
Ilustração de chip quântico (Imagem: archy13/Shutterstock)

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Do tamanho de um grão de arroz: menor microcontrolador do mundo é lançado

A corrida pela miniaturização na indústria de semicondutores acaba de alcançar um novo patamar. A Texas Instruments (TI), gigante americana do setor, anunciou a criação do menor microcontrolador (MCU) do mundo, um chip que mede apenas 1,38 mm², equivalente ao tamanho de um grão de arroz.

Essa conquista representa um avanço significativo em relação ao recorde anterior, superando-o em 38%, e abre um leque de possibilidades para o desenvolvimento de dispositivos eletrônicos cada vez menores e mais eficientes.

Novo chip é compacto e potente

Apesar de seu tamanho diminuto, o novo microcontrolador da TI não decepciona em termos de desempenho. Equipado com uma CPU Arm Cortex-M0+, capaz de operar a até 24 MHz, o chip oferece poder de processamento suficiente para uma ampla gama de aplicações.

Além disso, conta com 1 KB de SRAM e até 6 KB de memória, e um conversor analógico-digital de 12 bits com três canais, seis pinos de entrada/saída de uso geral e suporte a interfaces como UART, SPI e I²C.

Novidade é ideal para aplicações em dispositivos médicos vestíveis, como monitores de saúde e implantes, onde o espaço é um recurso crítico. (Imagem: AntonKhrupinArt / Shutterstock.com)

Embora essas especificações possam parecer modestas em comparação com os chips encontrados em computadores e smartphones, elas são perfeitamente adequadas para as aplicações de nicho para as quais o microcontrolador foi projetado.

Aplicações do setor médico aos wearables

A miniaturização extrema do novo microcontrolador da TI o torna ideal para aplicações em dispositivos médicos vestíveis, como monitores de saúde e implantes, onde o espaço é um recurso crítico.

Além disso, o chip pode impulsionar a inovação em outros segmentos, como fones de ouvido sem fio, sensores e dispositivos de Internet das Coisas (IoT).

A capacidade de integrar recursos avançados em um espaço tão pequeno permite desenvolver produtos mais compactos, eficientes e com maior autonomia de bateria.

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A empresa planeja disponibilizar o novo microcontrolador a um preço acessível, a partir de US$ 0,16 por unidade para pedidos de mil unidades. Essa estratégia visa democratizar o acesso à tecnologia e incentivar a adoção do chip em uma ampla gama de aplicações.

Embora os consumidores finais possam não perceber imediatamente o impacto dessa inovação, o menor microcontrolador do mundo tem o potencial de impulsionar o desenvolvimento de uma nova geração de dispositivos eletrônicos, mais inteligentes, conectados e integrados ao nosso dia a dia.

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Apple e Google são acusadas de concorrência desleal no Reino Unido

Um relatório divulgado por um órgão regulador do Reino Unido aponta que a Apple e o Google estão impedindo que haja concorrência de provedores de navegadores da Web terceirizados. Como resultado, as empresas estão restringindo o mercado e causando prejuízos para os consumidores.

De acordo com os investigadores, as políticas da fabricante do iPhone em torno do iOS, Safari e WebKit impedem a participação de empresas concorrentes neste mercado. Ao mesmo tempo, o ecossistema móvel Android também age neste sentido.

O que diz a investigação

Os problemas apontados pela Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) incluem a exigência da Apple de que todos os navegadores no iOS sejam executados em seu mecanismo de navegador WebKit. Isso dá ao Safari acesso preferencial a recursos em comparação com navegadores concorrentes, bem como resultam em limitações à navegação no aplicativo pelas rivais.

Embora os usuários possam alterar o aplicativo de navegação padrão do iPhone, os investigadores dizem que a designação do Safari nos novos dispositivos reduz a conscientização do usuário sobre aplicativos alternativos. O relatório indica preocupações semelhantes em relação ao Chrome ser o navegador padrão na grande maioria dos dispositivos Android.

Apple não concorda com conclusões do relatório (Imagem: uskarp/Shutterstock)

Apesar dos apontamentos, o órgão observa que tanto a Apple quanto o Google tomaram medidas para tornar mais fácil para os usuários mudarem para navegadores alternativos. Isso aconteceu após a divulgação das conclusões iniciais da investigação.

O trabalho também descobriu que os acordos de compartilhamento de receita que fazem com que o Google pague à Apple uma parcela significativa da receita de pesquisa em troca de ser o mecanismo de pesquisa padrão nos iPhones estavam “reduzindo significativamente seus incentivos financeiros para competir”.

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Logo do Google, desfocado, ao fundo; à frente, letra G da empresa estilizada em um smartphone
Google ainda não se pronunciou sobre o assunto (Imagem: One Artist/Shutterstock)

Recomendações não agradaram a Apple

  • A CMA apresentou possíveis soluções destinadas a melhorar a concorrência no mercado de navegadores móveis do Reino Unido.
  • Elas incluem forçar a Apple a permitir que os desenvolvedores usem mecanismos de navegador alternativos no iOS, exigindo que a empresa e o Google ofereçam uma tela de escolha de navegador durante a configuração do dispositivo.
  • Além disso, foi recomendada a proibição de acordos de compartilhamento de receita do Chrome entre as duas companhias.
  • Em nota, a Apple disse acreditar em mercados prósperos e dinâmicos onde a inovação pode florescer.
  • A empresa ainda destacou que as soluções propostas prejudicariam a privacidade, a segurança e a experiência geral do usuário.
  • E prometeu continuar atuando junto aos órgãos reguladores para resolver os problemas existentes.
  • O Google, por sua vez, ainda não se manifestou oficialmente sobre as conclusões da investigação.
  • As informações são da The Verge.

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Gemini tem um segredo para melhorar respostas: analisar seu histórico de pesquisa

A grande vantagem competitiva do Gemini em relação aos rivais é o mecanismo de Pesquisa. Agora, o Google quer melhorar (e personalizar) ainda mais as respostas da IA para cada usuário – e o segredo está no seu próprio histórico de busca.

A atualização permite que o assistente analise automaticamente o histórico para oferecer sugestões personalizadas, com base no que você já pesquisou.

Recurso vai aumentar personalização da IA (Imagem: Google/Reprodução)

Gemini analisa seu histórico de pesquisa para respostas melhores

O recurso permite que o Gemini analise o histórico de pesquisa de cada usuário para melhorar as respostas. Por exemplo, se você pedir ao chatbot uma dica de restaurante ou lugar para viajar, ele poderá investigar suas pesquisas relacionadas a alimentos ou viagens para fornecer sugestões mais úteis.

A atualização é possível graças ao modelo de raciocínio Gemini 2.0 Flash Thinking Experimental.

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Google está personalizando IA

A medida vem na tentativa mais ampla do Google de personalizar a experiência de uso de seus produtos. Futuramente, a big tech vai conectar o Gemini a outros aplicativos, como YouTube e Google Fotos.

Como lembrou o The Verge, a intenção é que o chatbot “forneça insights mais personalizados, aproveitando uma compreensão mais ampla de suas atividades e preferências”.

Mas calma: se você ficou assustado e não quer a IA fuçando nas suas pesquisas, é possível desabilitar essa opção. Além disso, o Google deixou claro que a ferramenta só fará referência aos seus resultados de busca caso os considere relevantes na resposta, revelando todo o processo de raciocínio que o levou até ali (como uma espécie de rascunho do pensamento).

Gemini poderá se conectar ao histórico de busca de um usuário
É possível desabilitar conexão do Gemini com histórico de pesquisa (Imagem: Google/Reprodução)

Quem pode usar a atualização do Gemini?

  • Por enquanto, o recurso está disponível para assinantes Gemini e Gemini Advanced na versão web. Eles podem habilitar a opção selecionando o botão “Personalização experimental” no menu;
  • A versão para celulares está sendo lançada gradualmente e estará disponível em mais de 40 idiomas, na maioria dos países.

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IAs estão mudando nossos cérebros (e consumindo muita água)

No mundo corporativo, geralmente, as pessoas gostam de ter respostas e, se baseadas em dados, ainda melhor. No entanto, para além da mentalidade data driven, existe outra habilidade que está adormecida dentro de nós: fazer boas perguntas.

Vanessa Mathias e Luciana Bazanella, cofundadoras da White Rabbit, explicaram a importância desse pensamento crítico na palestra “Reimaginação Radical: Questione a Comunicação“, no evento Spotlight, realizada no dia 18 de fevereiro em comemoração dos 20 anos do Olhar Digital.

Em meio a um cenário de mudanças aceleradas, que se intensificam com a criação e popularização de inteligências artificiais, Vanessa e Luciana incentivaram os participantes a questionarem o papel da comunicação nos próximos anos.

Leia também:

Quais são os principais desafios da comunicação no futuro?

As palestrantes enumeraram alguns dos principais desafios que a comunicação enfrenta. O primeiro, claro, foi sobre IA. Mais precisamente, sobre os efeitos da IA na capacidade cognitiva humana.

“Nosso cérebro perde realmente a capacidade de atenção e concentração“, destacou Vanessa, alertando para as consequências do uso intensivo da tecnologia. Afinal, hoje ainda não sabemos todas as mudanças que a IA provoca, inclusive as físicas.

Ainda no quesito IA, elas destacaram a pegada ambiental da tecnologia – algo que pode passar despercebido no uso do dia a dia. No entanto, a inteligência artificial consome enormes quantidades de recursos: “100 palavras no ChatGPT equivalem a um litro de água. Eu não consigo mais escrever sem imaginar litros de água se esvaindo”, revelou Luciana.

Outro ponto certeiro da análise foi sobre o papel da publicidade na cultura de consumo desenfreado. As especialistas destacaram que é fundamental questionar quais produtos realmente fazem sentido para um mundo mais sustentável. “Será que estamos criando um mercado de produtos que nem deveriam existir?”, provocou Luciana.

Questione também: passo a passo

Como é possível observar, os problemas que Luciana e Vanessa levantaram não apenas afetam o setor hoje, mas também devem se intensificar ainda mais nos próximos anos.

Por isso, é importante que você também saiba fazer perguntas e estar confortável em não necessariamente ter respostas. Você quer experimentar?

Para você poder participar, você deve usar as três perguntas que as palestrantes ensinaram:

  • Comece fazendo perguntas com “por que”: essas são as perguntas que questionam a nossa realidade.
  • Avance para as perguntas com “como”: essas são as perguntas mais práticas.
  • Por fim, use as perguntas com “e se…”: essas são as perguntas para liberar a capacidade criativa e abrir as possibilidades.

Confira algumas perguntas que surgiram no dia do evento:

  • Por que o publicitário tem medo da mudança?
  • Por que as pessoas dizem se importar com o futuro, mas não fazem nada no hoje?
  • Como a gente pode influenciar as empresas a parar de priorizar o crescimento?
  • Como respeitar a ética e evitar plágios na inteligência artificial?
  • E se uníssemos a criatividade com a inteligência artificial sem perder a autenticidade?
  • E se os reptilianos estiverem entre nós?

No encerramento, as especialistas reforçaram que a comunicação do futuro não pode se basear apenas em tendências, mas deve considerar o impacto social, ambiental e cognitivo. “O futuro começa com as perguntas que fazemos hoje”, concluíram.

Spotlight: 20 anos do Olhar Digital

O evento Spotlight foi realizado em 18 de fevereiro de 2025, na Unibes Cultural, em São Paulo, para celebrar os 20 anos do Olhar Digital. Na ocasião, 30 renomados profissionais foram convidados para discutir as tendências e o impacto da inteligência artificial na economia criativa, comunicação e publicidade.

O objetivo foi proporcionar um espaço de aprendizado, networking e reflexões sobre as transformações previstas para 2025.

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Quem é Lip-Bu Tan, novo CEO da Intel

A Intel anunciou seu novo CEO, Lip-Bu Tan, que terá a missão árdua de recuperar o prestígio de uma empresa que passa por um momento conturbado. O futuro presidente-executivo da companhia é um veterano da indústria de semicondutores e investidor de destaque, especialmente em empresas chinesas, como lembra o Wall Street Journal.

Com uma trajetória que inclui liderar a Cadence Design Systems e fundar a Walden International, Tan tem sido uma figura importante no setor. Ele também tem um histórico de investimentos em startups asiáticas, incluindo a Semiconductor Manufacturing International, uma gigante chinesa de chips.

Em sua carreira, Tan já recuperou uma empresa que estava em crise

  • Na Cadence, Tan ajudou a reerguer a empresa, concentrando-se no que a Intel disse ser uma “inovação centrada no cliente”.
  • Sua liderança ajudou a dobrar a receita e expandir as margens.
  • “A Cadence estava em apuros” disse Morris Chang, presidente da gigante dos chips TSMC, em uma homenagem a Tan em 2016. “Lip-Bu livrou a Cadence dos problemas.”

No entanto, seus laços com a China geraram preocupações em Washington, especialmente devido a investimentos da Walden em empresas chinesas de semicondutores e IA, algumas das quais foram incluídas na lista negra dos EUA por preocupações de segurança nacional.

Esses vínculos foram destacados por comissões do governo americano, que levantaram questões sobre os impactos de suas escolhas de investimento.

Novo CEO da Intel tem carreira extensa liderando de empresas de tecnologia – Imagem: canon_photographer/Shutterstock

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Tan assume a Intel em um momento crítico, em que a empresa enfrenta desafios, como a queda na demanda por seus chips de processamento central e especulações sobre possíveis divisões nos negócios da empresa, como a separação de sua fabricação de chips.

Embora as ações da Intel tenham subido, os analistas continuam a debater se Tan manterá os negócios juntos ou promoverá uma separação.

Além de sua carreira no setor de tecnologia, Tan tem uma forte ligação com a Califórnia, onde tem se envolvido com diversas instituições educacionais e comunitárias. Ele também é ativo em organizações religiosas e de serviço comunitário.

Fachada da Intel
Antes dominante no mercado, a Intel não conseguiu acompanhar o boom da IA com suas tecnologias e vive período de crise (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

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