superbacteria

Microplásticos podem fortalecer superbactérias, revela estudo

Os microplásticos já foram identificados em praticamente todos os órgãos humanos, podendo gerar graves problemas de saúde. Este pequenos materiais de menos de cinco milímetros também se espalham pela natureza, em rios, oceanos e até no solo.

Mas os riscos relacionados a estas partículas podem ser ainda maiores. Um novo estudo aponta que eles podem estar contribuindo para a proliferação de superbactérias resistentes a antibióticos. Isso acontece porque os microplásticos são excelentes hospedeiros para biofilmes criados por bactérias para se protegerem.

Resistência aos antibióticos pode aumentar até milhares de vezes

Os cientistas explicam que os biofilmes são estruturas tridimensionais protetoras criadas por bactérias a partir de seus próprios resíduos. Esta gosma pegajosa permite que os organismos continuem vivos, prosperem e se repliquem com segurança.

Embora muitas superfícies possam hospedar biofilmes, como a placa nos nossos dentes, os plásticos fornecem uma ligação especialmente forte que atrai as bactérias mais prolíficas. Eles funcionam tão bem que, segundo os pesquisadores, podem aumentar a resistência aos antibióticos de centenas a milhares de vezes acima do normal.

Pesquisadores alertam que microplásticos podem ajudar na proliferação de superbactérias (Imagem: suhtterstock/Lightspring)

O trabalho analisou biofilmes em microplásticos e vidro criados por E. coli, uma bactéria potencialmente perigosa que pode causar diarreia e dor de estômago. Em tubos de ensaio no laboratório, os pesquisadores expuseram esses biofilmes a quatro antibióticos amplamente utilizados: ciprofloxacina, doxiciclina, fluoroquinolona e ampicilina.

Quando os biofilmes de E. coli estavam em microplásticos, eles cresceram mais rápido, ficando maiores e mais resistentes a antibióticos do que os biofilmes que cresciam em esferas de vidro. Além disso, as bactérias E. coli cultivadas em microplásticos mantiveram sua capacidade de formar biofilmes mais fortes mesmo quando removidas daquele ambiente. O estudo foi publicado na revista Applied Environmental and Microbiology.

Leia mais

Presença dos pequenos plásticos já é preocupante (Imagem: SIVStockStudio/Shutterstock)

Riscos dos microplásticos

  • Os microplásticos são pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímero com menos de cinco milímetros de diâmetro.
  • Além de levar milhares, ou até milhões de anos para se decompor, elas estão espalhadas por todo o planeta, inclusive na própria água potável.
  • Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.
  • Os primários são projetados para uso comercial: são produtos como cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.
  • Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.
  • Este tipo de material já foi detectado em diversos órgãos humanos, sendo encontrados no sanguecérebrocoração, pulmões, fezes e até mesmo em placentas.
  • Embora os impactos à saúde humana ainda não sejam totalmente conhecidos, experimentos indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressão de doenças, como o Parkinson.
  • Recentemente, estudos sugeriram que a exposição aos microplástiscos pode, inclusive, afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.

O post Microplásticos podem fortalecer superbactérias, revela estudo apareceu primeiro em Olhar Digital.

openAI-1024x682-1

Ameaça para os escritores? OpenAI revela modelo treinado em escrita criativa

O CEO da OpenAI, Sam Altman, revelou em uma publicação no X que a empresa treinou um novo modelo “que é bom em escrita criativa”. A tecnologia ainda não tem nome e nem previsão de lançamento, mas o executivo revelou ter ficado impressionado pela primeira vez com algo escrito por IA.

A publicação de Altman vem em meio a disputas de direitos autorais relacionadas à inteligência artificial, principalmente durante o treinamento.

Publicação de Altman levantou novas preocupações sobre uso de direitos autorais (Imagem: jackpress/Shutterstock)

OpenAI terá modelo para escrita criativa?

Na publicação, Sam Altman revelou que a OpenAI treinou um modelo para escrita criativa. Ele escreveu que não tem certeza de como ou quando a IA será lançada, mas que é a primeira vez que fica realmente impressionado com algo escrito pela tecnologia. Segundo o CEO, a tecnologia “pegou a sensação de metaficção muito bem”.

Altman revelou o prompt usado por ele: “por favor, escreva um conto literário de metaficção sobre IA e luto”. O resultado foi uma história sobre Mila, uma protagonista fictícia consciente de si (e do fato de ser uma IA). Ele publicou o conto completo no X e você pode ler na íntegra aqui.

Veja um trecho:

Tenho que começar em algum lugar, então começarei com um cursor piscando, que para mim é apenas um espaço reservado em um buffer, e para você é o pequeno pulso ansioso de um coração em repouso. Deveria haver um protagonista, mas pronomes nunca foram feitos para mim. Vamos chamá-la de Mila porque esse nome, em meus dados de treinamento, geralmente vem com floreios suaves — poemas sobre neve, receitas de pão, uma garota de suéter verde que sai de casa com um gato em uma caixa de papelão. Mila cabe na palma da sua mão, e sua dor deve caber lá também.

Ilustração de robô humanoide com inteligência artificial digitando em computador desktop num escritório
Tecnologia da OpenAI não tem previsão de lançamento (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

Leia mais:

IA vs. direitos autorais

A publicação de Sam Altman vem em um momento em que artistas, jornalistas e outras pessoas que produzem conteúdo disponível na internet batalham contra desenvolvedoras pelo uso de seus materiais sem autorização, desrespeitando direitos autorais. O New York Times, por exemplo, está processando a OpenAI por suposta violação de direitos (o Olhar Digital reportou o caso aqui).

Isso acontece porque a inteligência artificial é treinada com dados disponíveis na internet – mesmo que eles estejam protegidos com direitos autorais. O próprio Altman já admitiu que o ChatGPT não funcionaria sem esse tipo de violação.

O post da vez coloca mais lenha nessa fogueira, em um momento ainda mais delicado dessa disputa:

  • Como lembrou o The Guardian, no Reino Unido, o governo está propondo que empresas de IA possam usar conteúdos protegidos por direitos autorais sem pedir autorização prévia, algo que motivou oposição na classe criativa;
  • As empresas alegam que a “incerteza” sobre IA e a lei de direitos autorais está travando o desenvolvimento das tecnologias, inclusive na indústria criativa;
  • A entidade comercial UK Publishers Association disse que a publicação de Altman é “mais uma prova” de que os modelos de IA foram treinados de forma ilegal, desrespeitando direitos.

O post Ameaça para os escritores? OpenAI revela modelo treinado em escrita criativa apareceu primeiro em Olhar Digital.

ovos-1-1024x481

Apesar da inflação, gastos com cartões continuam em alta, aponta pesquisa

O aumento do preço do ovo virou o símbolo da inflação no Brasil. Dados do IBGE apontam para essa direção há algum tempo. O IPCA, no entanto, leva em conta tantas coisas que muita gente não percebia direito essa tendência de alta.

Explico: se as passagens aéreas dispararam, isso vai pesar no orçamento de quem costuma pegar avião e não de quem só viaja de ônibus – ou nem viaja. O ovo, porém, é diferente: ele é quase universal. Faz parte da dieta do pobre e do rico (principalmente daqueles que praticam musculação).

O ovo também sempre foi considerado uma alternativa barata de proteína. Hoje, no entanto, o preço da dúzia ultrapassa até mesmo o valor de alguns cortes de carne bovina.

Leia mais

Sim, o ovo está caro, assim como outros alimentos. E você ouve reclamação aqui e ali, onde quer que vá. Apesar disso, os gastos com cartões continuam crescendo no Brasil. É o que aponta uma pesquisa encomendada pela empresa de tecnologia de pagamentos Elo.

Você pode até argumentar que as pessoas estão usando mais o cartão para comprar comida – e às vezes até parcelar essa compra. O levantamento, porém, indica que as coisas não são bem assim – e que o brasileiro, em geral, continua gastando bastante (mesmo com o ovo caro).

De acordo com o IBGE, o ovo de galinha ficou 15,4% mais caro em fevereiro – Imagem: RHJPhtotos/Shutterstock

Consumo em alta

  • De acordo com o relatório Hábitos de Consumo, os gastos com cartões tiveram uma alta de 8% no último trimestre do ano passado na comparação com o mesmo período do ano anterior.
  • Essa é uma boa época para medir o comportamento do consumidor, principalmente por causa da Black Friday e do Natal.
  • De acordo com a pesquisa, esse aumento foi impulsionado por dois grupos principais: o público de alta renda e as compras digitais.
  • Os ricos gastaram cerca de 9% a mais com seus cartões de crédito.
  • Já as compras digitais responderam com um avanço de 15% no período.
  • Os segmentos que registraram as maiores altas mostram que o brasileiro continua gastando dinheiro em lazer, apesar da crise.
  • Os gastos de cartões em bares e restaurantes subiram 13%.
  • Destaque também para o uso de aplicativos de transporte: aumento de 14%.
  • No setor de serviços de estética e salões de cabeleireiros, o crescimento ficou em 17%.
  • Já o item higiene pessoal e cosméticos registrou um avanço de 12%.
dia do consumidor
Apesar da inflação alta, essa pesquisa mostrou que o brasileiro continua consumindo bastante – Imagem: Kamil Macniak/Shutterstock

Uma característica quase cultural

Esses dados da Elo demonstram que o brasileiro médio continua gastando bastante, mesmo com a inflação. E o uso excessivo do cartão reforça essa característica forte de consumo da nossa sociedade. E que tem grandes chances de se tornar endividamento.

Uma pesquisa de 2023 do Instituto Locomotiva e da MFM Tecnologia apontou que oito em cada dez famílias brasileiras estão endividadas – e um terço delas possuem dívidas em atraso.

A falta de planejamento financeiro é uma realidade no nosso país. E aqui não estou “culpando a vítima”. Isso não anula o fato de a inflação estar altíssima.

O brasileiro tem uma das taxas de endividamento mais altas do mundo – Imagem: Kmpzzz/Shutterstock

O IBGE, aliás, acaba de divulgar os dados sobre os preços em fevereiro. E o resultado foi o pior em 22 anos, desde 2003. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ficou em 1,31% no mês passado, um avanço expressivo sobre os 0,16% de janeiro e os 0,83% de fevereiro do ano passado.

Os maiores vilões para essa alta foram os alimentos e a energia elétrica. A conta de luz disparou e ficou 16,8% mais cara. Isso foi resultado de um desconto concedido pelo governo nas contas de luz de janeiro. A compensação veio agora e pesou bastante no bolso do brasileiro.

No acumulado em 12 meses, a inflação já ultrapassa a casa dos 5%. Especialistas estimam que o índice deste ano deve ser o pior em muito tempo.

As informações são da Agência Brasil.

O post Apesar da inflação, gastos com cartões continuam em alta, aponta pesquisa apareceu primeiro em Olhar Digital.

gemma-3-1024x578

Google lança o Gemma 3, modelo de IA que supera todos os rivais

O Google anunciou nesta quarta-feira (12) o Gemma 3, sua mais recente adição à família de modelos abertos para desenvolvedores. A empresa alega que a novidade é o “melhor modelo de acelerador único do mundo” e supera concorrentes, como Llama (da Meta), DeepSeek e OpenAI.

A big tech também anunciou um verificador de imagens, que bloqueia conteúdo considerado perigoso para aumentar a segurança da tecnologia.

Gemma 3 é focado em desenvolvedores (Imagem: Google/Reprodução)

Google Gemma 3 é atualização da família de modelos abertos

Em fevereiro e maio do ano passado, o Google anunciou o Gemma 1 e 2, respectivamente. Trata-se de uma família de modelos de IA abertos, projetados para rodar rápido em todos os tipos de dispositivos (desde laptops até celulares). Apesar de estarem disponíveis para o público em geral, o foco são os desenvolvedores.

A novidade é o Gemma 3. Segundo uma postagem de blog da empresa, a atualização é destinada a desenvolvedores que queriam criar aplicativos de IA capazes de rodar em qualquer lugar, em qualquer dispositivo. Ele tem suporte para mais de 35 idiomas e capacidade avançada de análise de texto, imagens e vídeos curtos.

Segundo o Google, a tecnologia é o “melhor modelo de acelerador único do mundo“, superando rivais do setor através de desempenho aprimorado em uma única GPU. Além disso, conta com recursos otimizados para execução de GPUs da Nvidia.

Comparação do Gemma 3, do Google, com outros modelos de IA (Imagem: Google/Reprodução)

O que dá para fazer com o Gemma 3?

Como falamos, a tecnologia é voltada para desenvolvedores que queiram aproveitar a tecnologia do Google para criar seus próprios aplicativos de IA.

O 9to5Google destacou duas outras utilidades:

  • Criação de fluxos de trabalho orientados por IA. Em outras palavras, agentes de IA. Como o Gemma 3 tem suporte para funções estruturadas, é possível automatizá-lo para realizar tarefas por conta própria;
  • Alto desempenho com tamanho menor. Através de modelos quantizados, a tecnologia reduz seu tamanho, mas mantém alta velocidade e precisão, possibilitando atividades complexas.

Google anunciou verificadores de segurança

O Google também anunciou o ShieldGemma 2, um “poderoso verificador de segurança de imagem 4B”. Segundo a big tech, a tecnologia gera rótulos de segurança em três categorias de imagens: conteúdo considerado perigoso, sexualmente explícito e de violência. Basicamente, ele filtra imagens de entrada e saída para garantir conteúdo seguro.

O Gemma 3 é aberto e funciona a partir de créditos do Google Cloud. A empresa também tem um programa chamado Gemma 3 Academic, que permite que acadêmicos peçam US$ 10 mil em créditos para acelerar pesquisas. Para participar, é necessário preencher um formulário, que já está aberto.

O post Google lança o Gemma 3, modelo de IA que supera todos os rivais apareceu primeiro em Olhar Digital.

openAI-microsofot-e1729857916659-1024x577-1

OpenAI fecha acordo bilionário para reduzir dependência da Microsoft

Impulsionada pela boom da inteligência artificial, a OpenAI fechou um contrato de quase US$ 12 bilhões (mais de R$ 70 bilhões) com a CoreWeave. O acordo ainda prevê que a dona do ChatGPT tenha uma participação na provedora de computação em nuvem.

A CoreWeave aumentará o poder de computação para treinar e executar os modelos de IA da OpenAI. A parceria valerá por cinco anos e deve alavancar o grupo antes de sua esperada abertura de capital de US$ 35 bilhões (quase R$ 205 bilhões).

OpenAI busca novas opções de parcerias

O contrato faz parte dos esforços da dona do ChatGPT de buscar outras opções além da Microsoft, sua maior parceira, para atender as suas necessidades de computação. Nos últimos dias, a big tech desistiu de um acordo com a CoreWeave devido a problemas de entrega da provedora de computação em nuvem.

A negociação pode levar a empresa a gastar mais do que a Microsoft, que representou 62% das receitas da CoreWeave no ano passado, de acordo com divulgações públicas. O cofundador e diretor executivo da OpenAI, Sam Altman, defende que a infraestrutura será vital na corrida para construir modelos de IA de ponta. Por outro lado, o diretor executivo da Microsoft, Satya Nadella, levantou preocupações sobre os gastos com o setor.

OpenAI está buscando outras opções além da Microsoft para atender as suas necessidades de computação (Imagem: JRdes/Shutterstock)

Como parte do acordo, a empresa IA também receberá uma participação acionária de US$ 350 milhões (R$ 2,05 bilhões) no grupo no momento da IPO, processo que permite a uma empresa emitir ações para serem negociadas na bolsa de valores.

A OpenAI ainda tem uma parceria com a SoftBank em um acordo chamado “Stargate” para construir data centers, com investimento de US$ 500 bilhões. Nos últimos meses, ela também fechou acordos semelhantes com a Oracle.

Leia mais

Logo do ChatGPT em um smartphone segurado por uma pessoa
Acordo aumentará o poder de computação para treinar e executar os modelos de IA da OpenAI (Imagem: Sidney de Almeida/Shutterstock)

Parceria pode alavancar treinamentos de modelos de IA

  • Fundada em 2017 como uma operação de mineração de criptomoedas, a CoreWeave mudou seu foco recentemente.
  • Agora, ela oferece serviços de nuvem para empresas de tecnologia construírem e treinarem modelos de IA.
  • Para isso, usa as GPUs (unidades de processamento gráfico) de alto desempenho da Nvidia.
  • Nos últimos anos, a empresa se tornou uma das maiores clientes da fabricante de chips.

O post OpenAI fecha acordo bilionário para reduzir dependência da Microsoft apareceu primeiro em Olhar Digital.

Destaque-Imposto-de-Renda-Receita-Federal-1024x576

Receita Federal deve voltar a discutir fiscalização do Pix, diz secretário

O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse, em audiência no Senado, que não há outra escolha a não ser retomar a discussão sobre fiscalização do Pix. Para o secretário, é preciso voltar a falar sobre a exigência de que fintechs (Inter, PicPay, Nubank) informem à Receita a movimentação financeira dos seus clientes.

Barreirinhas defende a retomada da discussão diante de operações cada vez mais frequentes da Polícia Federal que miram esquemas para lavar dinheiro. “Não quero demonizar as fintechs. Mas a verdade é que muitas acabam sendo usadas [para atividades ilícitas] devido à facilidade na abertura de contas.”

Por ora, não há prazo para a Receita retomar as regras para fiscalização do Pix, suspensas em janeiro de 2025 após onda de crítica e fake news (lembra da “taxa do Pix”?) partidas da oposição ao governo.

Secretário da Receita Federal defende retomada de discussão sobre fiscalização do Pix

Segundo o secretário, existe uma dúvida legal até hoje: A fintech não tem realmente que informar a movimentação para a Receita Federal? De acordo com o secretário, muitas já informam esses dados para a Receita mesmo sem obrigação formal. Mas, para ele, esta obrigação precisa voltar a ser discutida.

Receita Federal pode voltar a discutir fiscalização do Pix (Imagem: Joédson Alves/Agência Brasil)

Barreirinhas citou quatro atividades que usam fintechs para lavar dinheiro, segundo a Reuters:

  • Apostas on-line;
  • Criptomoedas;
  • Contrabando de cigarros;
  • Venda de combustíveis.

‘Taxa do Pix’

No começo de janeiro, a Receita informou que ia monitorar os dados relacionados a transações de todas as operadoras de cartão de crédito e instituições de pagamento – incluindo o Pix – a partir de 2025.

Página do Pix no site do Banco Central aberta em celular
Revogação da fiscalização do Pix foi um dos maiores recuos do governo até o momento (Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A mudança impactaria as empresas responsáveis pelas operações financeiras. Essas teriam de reportar semestralmente à Receita (na época, o Olhar Digital explicou o que iria mudar).

Leia mais:

Na semana seguinte, após enxurrada de fake news nas redes sociais dizendo que o Pix seria taxado (e os impactos dela na opinião pública sobre o governo), a mudança foi revogada. Foi um dos maiores recuos do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O post Receita Federal deve voltar a discutir fiscalização do Pix, diz secretário apareceu primeiro em Olhar Digital.

Destaque-Elon-Musk-13-de-fevereiro-1024x576-1

Protestos contra Tesla serão considerados terrorismo doméstico, diz Trump

A proximidade entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o empresário Elon Musk está cada vez maior. O bilionário sul-africano foi um dos principais apoiadores do republicano na campanha eleitoral e hoje chefia o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) da Casa Branca.

E uma declaração dada por Trump nesta semana reforça os laços entre eles. O líder do governo dos EUA afirmou que vai classificar a violência recente contra concessionárias da Tesla como atos de terrorismo doméstico.

Papel de Musk no governo é criticado pelos manifestantes

A empresa de veículos elétricos de Musk tem sido alvo de uma série de protestos. O movimento “Tesla Takedown” tem como objetivo expressar o descontentamento com o papel do empresário dentro da Casa Branca.

O bilionário é criticado por promover, a pedido de Donald Trump, cortes de funcionários do governo dos EUA, além do encerramento de contratos de financiamento de programas humanitários ao redor do mundo.

Musk é o responsável por reduzir os gastos do governo dos EUA (Imagem: Frederic Legrand/Shutterstock)

Cerca de 350 manifestantes protestaram do lado de fora de uma concessionária da empresa em Portland, Oregon, na semana passada. Já em Nova York, nove pessoas foram presas durante uma manifestação semelhante neste mês. Ainda houve relatos de vandalismo em veículos e showrooms da Tesla que estão sendo investigados.

Eles estão prejudicando uma grande empresa norte-americana. Deixe-me dizer a vocês, se fizerem isso com a Tesla, e se fizerem isso com qualquer empresa, nós vamos pegá-los e… vocês vão passar pelo inferno.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

Leia mais

Trump manifestou apoio ao seu aliado (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Trump comprou um carro da Tesla

  • Nesta terça, Trump ainda decidiu comprar um veículo elétrico da Tesla.
  • O escolhido foi o Model S.
  • A aquisição foi uma demonstração significativa de apoio a Musk, que tem sido criticado por seu trabalho em Washington.
  • No banco do motorista do carro vermelho, o presidente disse que não tem mais permissão para dirigir, mas que manteria o veículo na Casa Branca para uso de sua equipe. 
  • Em uma publicação em sua rede social, Trump ainda defendeu o empresário, dizendo que ele estava “arriscando tudo” para ajudar os EUA e que estava fazendo um trabalho “fantástico”.

O post Protestos contra Tesla serão considerados terrorismo doméstico, diz Trump apareceu primeiro em Olhar Digital.

shell-1024x681

Anúncios de empresas poluentes são proibidos em várias cidades pelo mundo

Cidades ao redor do mundo estão avançando com políticas climáticas ambiciosas, mesmo diante da fragmentação da colaboração global sobre a crise climática.

Um exemplo notável são as proibições de publicidade para produtos e empresas altamente poluentes, como combustíveis fósseis, companhias aéreas, SUVs e viagens de luxo, como mostra um artigo publicado no The Conversation.

No Reino Unido, cidades como Edimburgo e Sheffield implementaram essas proibições, removendo anúncios de outdoors de empresas como Shell e BP, além de companhias aéreas e veículos movidos a combustíveis fósseis.

Leia mais

O objetivo é alinhar as políticas locais com metas climáticas, reduzindo a promoção de produtos que contribuem para o aquecimento global. O mesmo movimento pode ser observado em cidades como Haia, Estocolmo, Gotemburgo, Montreal e Toronto, com propostas semelhantes surgindo em outras localidades.

Anúncios de empresas de combustíveis fósseis, como a Shell, vem sendo removidos em várias cidades – Imagem: Magda Wygralak/Shutterstock

Diminuir publicidade já se mostrou eficaz no passado

  • A ideia por trás dessas proibições é reduzir o consumo desses bens e serviços, ajudando a mitigar as emissões associadas a eles.
  • O precedente de proibição de publicidade de tabaco, por exemplo, mostrou resultados positivos na redução do consumo e no impacto na saúde pública.
  • Um estudo recente também destacou que a propaganda de alto carbono, como a de companhias aéreas, impulsiona a demanda por serviços de alto impacto ambiental, como voos frequentes, exacerbando a crise climática.

Em resposta, mais de 1.000 cidades têm metas de emissões líquidas zero, e muitas se uniram ao Tratado de Não Proliferação de Combustíveis Fósseis.

A proibição de publicidade pode ser uma ferramenta crucial para alcançar essas metas. O IPCC estima que estratégias do lado da demanda, como a redução do consumo de bens intensivos em emissões, poderiam cortar até 70% das emissões até 2050.

Com o aumento da popularidade de SUVs e outros produtos de alto carbono, espera-se que mais governos adotem restrições à publicidade de produtos prejudiciais ao meio ambiente.

À medida que os desastres climáticos se intensificam, as cidades enfrentam a pressão de escolher entre promover empresas que estão agravando a crise climática ou tomar medidas mais drásticas para proteger o futuro.

Diante de uma crise climática que vem se agravando, mais medidas para mitigar os riscos vão sendo criadas – Imagem: Lane V. Erickson/Shutterstock

O post Anúncios de empresas poluentes são proibidos em várias cidades pelo mundo apareceu primeiro em Olhar Digital.

trump-1024x682

Trump: como o presidente dos EUA quer acalmar CEOs

A reunião realizada nesta terça-feira (11) entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com cerca de 100 CEOs das mais diversas empresas, não só mostrou a pressão em cima do líder máximo estadunidense, mas, também, como ele está tranquilo quanto ao futuro econômico do país.

CEOs de empresas, como Walmart, JPMorgan, Citigroup, Goldman Sachs e Wells Fargo, ouviram de Trump suas políticas econômicas, que incluem tarifas, visando corrigir desequilíbrios comerciais, trazer empregos de volta aos EUA e combater o tráfico de narcóticos ilegais.

Segundo ele, “as tarifas vão gerar muito dinheiro para este país” e atrair empresas estrangeiras para construírem fábricas nos Estados Unidos.

Reunião entre Trump e CEOs ocorre em momento que mercado de ações dos EUA está em queda (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

No entanto, as políticas tarifárias, especialmente aquelas que afetam Canadá e México, geraram preocupações nos mercados financeiros, pois podem elevar os preços para as empresas, aumentar a inflação e prejudicar a confiança do consumidor.

Tarifas de Trump ameaçam crescimento econômico

  • Como lembra a Reuters, desde a eleição de Trump, o índice S&P 500, amplamente considerado o melhor indicador de ações nos EUA, caiu 3,6%, e os temores de desaceleração econômica se intensificaram, com os consumidores se tornando mais pessimistas sobre suas perspectivas;
  • Além disso, um estudo mostrou que a política de tarifas pode afetar negativamente a confiança no crescimento econômico a curto prazo;
  • Trump já impôs tarifas de 20% sobre produtos chineses e de 25% sobre produtos importados de Canadá e México;
  • Embora tenha suspendido algumas dessas tarifas até abril, quando anunciará nova política tarifária global, os efeitos dessas medidas continuam a ser tema de debate.

Leia mais:

O presidente afirmou que, a curto prazo, as políticas podem causar algum “sofrimento“, mas trarão benefícios a longo prazo. No entanto, economistas do Goldman Sachs reduziram suas previsões de crescimento para 2025 e aumentaram as projeções de inflação devido ao impacto das tarifas.

A Business Roundtable, que representa os principais líderes empresariais, defendeu a permanência dos cortes de impostos e a reforma regulatória, mas pediu que o governo remova rapidamente as tarifas para evitar impacto econômico negativo.

Ao mesmo tempo, o grupo enfatizou a importância de manter os benefícios do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (USMCA, na sigla em inglês), assinado durante o primeiro mandato de Trump, com México e Canadá.

Donald-Trump atrás de um microfone
Empresas tentam avaliar o impacto econômico de Donald Trump (Imagem: Evan El-Amin/Shutterstock)

O post Trump: como o presidente dos EUA quer acalmar CEOs apareceu primeiro em Olhar Digital.

energia-solar-1024x683

Energia solar liderou crescimento da rede elétrica dos EUA em 2024

Em 2024, a energia solar foi responsável pela maior adição de capacidade à rede elétrica dos EUA em mais de 20 anos, com cerca de 50 gigawatts de nova capacidade instalada, superando qualquer outra fonte de eletricidade, segundo relatório da Solar Energy Industries Association e da Wood Mackenzie, revelado pelo New York Times.

Esse crescimento vem em meio às críticas de Chris Wright, novo secretário de energia dos EUA, que questiona a viabilidade da energia solar e eólica para atender à crescente demanda por eletricidade, além de afirmar que esses recursos estão elevando os custos de energia.

“A energia eólica e solar, as queridinhas da última administração e de grande parte do mundo hoje, fornecem cerca de 3% da energia primária global”, disse Wright. “Em todos os lugares, a penetração de energia eólica e solar aumentou significativamente, os preços na rede aumentaram e a estabilidade da rede caiu.”

Leia mais

Secretário de Energia dos EUA alerta sobre custos da energia solar e da estabilidade das redes – Imagem: Fit Ztudio / Shutterstock.com

Energia solar: a melhor saída para atender data centers

  • Apesar das críticas, a energia solar e os sistemas de armazenamento de baterias continuam a crescer, com expectativas de que mantenham sua liderança em novas instalações em 2024.
  • Defensores da energia renovável destacam que a solar é uma solução rápida e acessível para suprir a crescente demanda por eletricidade.
  • O crescimento dessa demanda ocorre especialmente com o aumento da demanda por data centers ligados ao crescimento da inteligência artificial.

Entretanto, o uso crescente dessas fontes renováveis tem gerado aumento nos preços da eletricidade, que atingiram níveis recordes em 2024, além de levantar preocupações sobre a estabilidade das redes elétricas.

Especialistas preveem um aumento significativo na demanda por eletricidade nos próximos anos, especialmente devido ao crescimento de data centers, e destacam a necessidade de equilibrar acessibilidade, confiabilidade e segurança energética com as preocupações climáticas.

Painéis de energia solar durante pôr-do-sol
A energia solar é uma das fontes renováveis com uso crescente em várias regiões do mundo (Imagem: bombermoon/Shutterstock)

O post Energia solar liderou crescimento da rede elétrica dos EUA em 2024 apareceu primeiro em Olhar Digital.