OpenAI lança GPT-4.1: melhor em código e em seguir instruções

A OpenAI anunciou nesta segunda-feira (14) a chegada da nova família de modelos GPT-4.1 à sua API, incluindo as versões GPT-4.1, GPT-4.1 mini e GPT-4.1 nano. A empresa afirma que os novos modelos superam os anteriores GPT-4o e GPT-4o mini em diversos quesitos, com destaque para tarefas de programação e compreensão de instruções. Além disso, eles agora suportam janelas de contexto de até 1 milhão de tokens.

Segundo a OpenAI, os modelos foram desenvolvidos com foco em aplicações do mundo real, a partir de colaborações com a comunidade de desenvolvedores. A atualização também inclui um novo limite de conhecimento até junho de 2024.

Desempenho do GPT-4.1 em tarefas de codificação

  • Segundo a OpenAI, o GPT-4.1 apresentou melhorias significativas em benchmarks de engenharia de software, como o SWE-bench Verified, no qual obteve 54,6% de sucesso.
  • Este índice representa um aumento de mais de 20 pontos percentuais em relação ao GPT-4o e coloca o novo modelo como destaque entre os modelos de linguagem voltados à programação.
  • A OpenAI também informa que o GPT‑4.1 é mais eficiente na geração de código em formatos de diffs e realiza menos edições desnecessárias.
  • Em avaliações internas, a frequência de alterações extrínsecas caiu de 9% para 2%, e houve melhorias expressivas em tarefas como desenvolvimento frontend.
  • Em testes comparativos, avaliadores humanos preferiram os sites gerados com o GPT‑4.1 em 80% dos casos.
  • Outro destaque é a versão GPT‑4.1 nano, que se posiciona como o modelo mais rápido e econômico da nova linha.
  • Ele alcança 80,1% no benchmark MMLU e se mostra adequado para tarefas como classificação e autocompletar, mantendo a capacidade de processar 1 milhão de tokens.

Aprimoramentos em instruções e conversas longas

Com foco na confiabilidade, o GPT-4.1 também avançou no cumprimento de instruções complexas, como seguir formatos específicos (ex: XML, Markdown), evitar comportamentos indesejados e manter coerência em múltiplas interações. O modelo teve desempenho 10,5% superior ao GPT-4o no benchmark MultiChallenge, que simula conversas com múltiplas instruções encadeadas.

Além disso, no IFEval — que avalia o cumprimento de instruções verificáveis — o GPT‑4.1 obteve 87,4%, contra 81% do GPT‑4o. Empresas que participaram da fase de testes, como Blue J e Hex, relataram reduções no retrabalho e maior precisão em tarefas de análise fiscal e consultas em bancos de dados.

Contexto ampliado: até 1 milhão de tokens

A nova linha também se diferencia pela ampliação significativa da janela de contexto. Enquanto versões anteriores como o GPT‑4o limitavam-se a 128 mil tokens, os novos modelos conseguem lidar com entradas de até 1 milhão de tokens, o que, segundo a OpenAI, equivale a mais de oito cópias completas do código-fonte do React.

Para validar essa capacidade, a empresa desenvolveu testes como o “Needle in a Haystack”, onde os modelos devem localizar uma informação escondida em grandes volumes de texto. O GPT‑4.1 se mostrou eficaz mesmo com dados dispersos em janelas extensas. Para cenários mais complexos, a OpenAI criou o benchmark OpenAI-MRCR, que exige interpretação de múltiplas informações interligadas ao longo de conversas simuladas.

Transição e disponibilidade

O GPT-4.1 está disponível exclusivamente via API. A OpenAI também comunicou que a versão GPT‑4.5 Preview será desativada em 14 de julho de 2025, já que o novo modelo oferece desempenho semelhante ou superior com menor custo e latência. Os recursos do GPT‑4.5, como qualidade de texto e nuance, continuarão sendo incorporados aos próximos modelos.

Já no ChatGPT, as melhorias do GPT‑4.1 estão sendo gradualmente integradas à versão GPT‑4o. A empresa afirma que continuará ampliando essas atualizações nas futuras versões da plataforma.

GPT‑4.1 mini e nano foram desenvolvidos pensando em performance com menor custo. A versão mini, por exemplo, reduz a latência pela metade e o custo em 83%, mantendo resultados comparáveis aos modelos maiores. Já a nano foca em velocidade e custo-benefício, sendo indicada para aplicações que exigem respostas rápidas com contexto extenso.

Esses avanços devem ampliar as possibilidades de criação de agentes autônomos mais úteis e confiáveis para áreas como suporte ao cliente, engenharia de software e análise documental.

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Mais um! OpenAI anuncia aposentadoria do GPT-4.5

A OpenAI anunciou nesta segunda-feira (14) que vai remover o GPT-4.5 através da API. O modelo tem apenas dois meses de vida, mas já deve ser substituído.

O sucessor é o GPT-4.1, também anunciado nesta segunda. O Olhar Digital reportou tudo sobre a novidade aqui.

A empresa está fazendo uma série de mudanças em seu catálogo de produtos. Na semana passada, a OpenAI revelou que aposentaria o GPT-4, atual sistema padrão do ChatGPT, para dar lugar a novos modelos. Veja os detalhes aqui.

Modelo foi lançado em fevereiro (Imagem: Divulgação/OpenAI)

GPT-4.5 é poderoso, mas caro

Ao contrário do GPT-4, a ‘aposentadoria’ do GPT-4.5 será apenas na API, o “código” do programa utilizado por desenvolvedores. O sistema ficará disponível até 14 de julho.

Depois disso, os desenvolvedores terão que migrar para outro modelo do catálogo da OpenAI. A empresa sugere que o substituto seja o GPT-4.1, lançado nesta segunda-feira.

Em e-mail ao TechCrunch, a empresa afirmou que o novo modelo de linguagem tem “desempenho semelhante ou superior ao do GPT 4.5 em áreas-chave a um custo muito menor”. A descontinuação servirá para “priorizar a construção de modelos futuros”.

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O sistema ficou conhecido pelo codinome Orion e foi lançado apenas em fevereiro deste ano. Ele foi treinado com mais poder computacional e dados do que qualquer um de seus antecessores, incluindo o GPT-4o. No entanto, não conseguiu superar alguns benchmarks importantes de outros modelos.

Outra desvantagem é que ele era muito caro de ser executado. A API para desenvolvedores custa US$ 75 para cada milhão de tokens de entrada (cerca de 750 mil palavras) e US$ 150 para cada milhão de tokens de saída.

Pessoa utilizando o ChatGPT no celular
Disponibilidade no ChatGPT não será afetada (Imagem: Sidney de Almeida/Shutterstock)

ChatGPT não será afetado

  • O GPT-4.5 ficará indisponível apenas na API, utilizada por desenvolvedores;
  • O modelo continuará disponível no ChatGPT, para usuários ‘comuns’;
  • No entanto, ele só está disponível para assinantes e na versão prévia.

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Ex-fundador do Twitter dispara contra leis de propriedade intelectual

Jack Dorsey, cofundador do Twitter (agora X) e da Block (antiga Square), gerou polêmica ao declarar nas redes: “apaguem todas as leis de propriedade intelectual”, algo que Elon Musk rapidamente concordou.

A declaração reacendeu o debate sobre patentes e direitos autorais, especialmente em meio às disputas envolvendo empresas de IA, como a OpenAI, acusadas de usar conteúdos protegidos sem autorização para treinar seus modelos.

Chris Messina, um investidor de tecnologia, apoiou Dorsey, comparando possíveis punições automatizadas por infrações de IA à criminalização do porte de cannabis.

Entre os críticos, Ed Newton-Rex, CEO da empresa sem fins lucrativos Fairly Trained, que certifica práticas de treinamento em IA que respeitam os direitos dos criadores de propriedade intelectual, e o escritor Lincoln Michel, acusaram os bilionários de querer minar os direitos dos criadores para obter lucro, lembrando que suas empresas só existem graças à proteção legal da propriedade intelectual.

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Elon Musk partilhou da visão de Dorsey sobre propriedades intelectuais (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Dorsey quer um sistema que remunere melhor os criadores

  • Dorsey respondeu afirmando que o sistema atual prejudica os criadores ao concentrar pagamentos em grandes intermediários e defendeu novos modelos de remuneração.
  • Quando a advogada Nicole Shanahan se opôs, ele argumentou que a criatividade humana, e não as leis, é o que realmente distingue humanos da IA.
  • Segundo ele, é o sistema vigente que limita essa criatividade.

A posição de Musk é coerente com falas anteriores, como quando chamou patentes de “coisa de fracos” e anunciou que a Tesla não aplicaria suas patentes contra empresas que agissem de “boa-fé” — embora mais tarde tenha processado a australiana Cap-XX.

Dorsey, por sua vez, também demonstrou interesse por plataformas descentralizadas, como o Bluesky, do qual ele acabou se afastando. O episódio evidencia como discussões nas redes, especialmente entre figuras com poder político e econômico, podem influenciar debates reais sobre regulamentações.

Cérebro com os dizeres "AI" dentro
Debate sobre direitos autorais e IA ainda divide opiniões e é alvo de polêmica – Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock

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Efeito Trump: Nvidia vai fabricar chips de IA nos EUA

A Nvidia anunciou a expansão de sua produção de chips nos Estados Unidos nesta segunda-feira (14). A empresa encomendou mais de 93 mil metros quadrados de espaço no Arizona e no Texas para montar e testar chips de inteligência artificial (IA).

A produção dos chips Blackwell, os mais avançados da empresa, já começou nas fábricas da TSMC em Phoenix. No Texas, a Nvidia constrói plantas voltadas à produção de supercomputadores – em parceria com a Foxconn, em Houston; e com a Wistron, em Dallas. No Arizona, etapas de testes são feitas com as empresas Amkor e SPIL.

‘Motores da IA do mundo estão sendo construídos nos EUA pela 1ª vez’, diz CEO da Nvidia

A expectativa é que a produção em larga escala nas novas fábricas seja acelerada nos próximos 12 a 15 meses. A meta da Nvidia é produzir, em até quatro anos, até meio trilhão de dólares em infraestrutura de IA nos EUA.

Jensen Huang, CEO da Nvidia, diz que “motores da infraestrutura de IA do mundo” são construídos nos EUA pela primeira vez (Imagem: Muhammad Alimaki/Shutterstock)

Os motores da infraestrutura de IA do mundo estão sendo construídos nos Estados Unidos pela primeira vez.

Jensen Huang, CEO da Nvidia, em comunicado

A Nvidia estima que suas iniciativas possam gerar centenas de milhares de empregos e movimentar trilhões de dólares na economia nas próximas décadas. No entanto, há obstáculos.

  • Tarifas retaliatórias da China e a escassez de mão de obra qualificada colocam em risco os planos de expansão da produção doméstica de chips.

O anúncio da Nvidia ocorre dias após a empresa ter evitado novos controles de exportação sobre seu chip H20, segundo a NPR. O modelo foi poupado após Huang se comprometer com investimentos em data centers nos EUA, em acordo com a agenda do governo Trump.

‘America First’

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Donald Trump tem pressionado empresas a produzirem nos EUA (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Outras gigantes de tecnologia também têm adotado a linha “America First” da administração Trump.

O presidente dos EUA, Donald Trump, tem pressionado empresas a reforçarem sua produção nacional. Segundo a Reuters, ele teria ameaçado a TSMC com tarifas de até 100% caso a empresa não construísse fábricas em solo americano, por exemplo.

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Crise ou IA? Empresas de tecnologia continuam demitindo em 2025

Não chegamos nem mesmo na metade do ano, mas as demissões anunciadas pelas empresas de tecnologia em 2025 já atingem um número expressivo. Até agora, foram mais de 23 mil cortes feitos pelo setor.

Os números são do rastreador Layoffs.fyi e indicam uma tendência de manutenção nos esforços para redução dos gastos pelas companhias. No ano passado, foram mais de 150 mil funcionários desligados por mais 500 empresas.

Processo de redução dos gastos

O boom da inteligência artificial continua motivando a maioria dos desligamentos. As empresas acreditam que a IA pode desempenhar melhor diversas funções, reduzindo a necessidade de muitos cargos.

Maior número de demissões aconteceu no mês de março (Imagem: 4 PM production/Shutterstock)

Os números também demonstram que os cortes vem aumentando. Em janeiro deste ano, foram 2.403 funcionários de empresas de tecnologia demitidos. O saldo aumentou para 16.234 trabalhadores em fevereiro e chegou a mais de 88 mil no mês de março.

As incertezas econômicas podem ter pesado para as mais recentes decisões. As tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provocaram pânico nos mercados globais e, apesar do adiamento das taxações, ninguém sabe ao certo o que está por vir.

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Fachada de prédio do Google
Google demitiu centenas de funcionários neste mês (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Demissões no mês de abril

  • O Google foi uma das empresas que anunciaram ondas de demissões recentes.
  • A gigante do setor desligou centenas de funcionários de sua divisão de plataformas e dispositivos, que abrange Android, telefones Pixel, e o navegador Chrome, por exemplo.
  • Já a Microsoft informou que vai cortar novos funcionários ainda neste mês, embora não tenha especificado um número.
  • O mesmo cenário acontece no WordPress.com, que está demitindo 16% de sua força de trabalho em todos os departamentos.
  • Mais de 270 trabalhadores podem ser impactados.
  • Já o Canva dispensou de 10 a 12 redatores técnicos após incentivar o uso de ferramentas de IA generativa.

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Tecnologia começa a semana com o pé direito, mas há incertezas

O tarifaço de Donald Trump continua movimentando a economia global, especialmente o setor de tecnologia. Um comunicado da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos indicou que isentaria semicondutores e eletrônicos (como computadores e tablets) do pacote de taxas, levantando os ânimos dos investidores e empresas. Logo depois, porém, a informação era de que os aparelhos teriam tarifas específicas.

Nesta segunda-feira (14), ações de fabricantes de chips e fornecedoras asiáticas (incluindo da China) registraram altas nas ações. Mas a nova esperança pode ter dias contados, alimentando mais incertezas.

Trump prometeu dar detalhes sobre as tarifas específicas ainda hoje.

Trump prometeu isentar tarifas de tecnologia… mas não deve durar muito

Um comunicado da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, publicado na sexta-feira à noite, informou que chips semicondutores e eletrônicos, como computadores, tablets e relógios da Apple, estariam isentos de várias tarifas impostas à China.

Para se ter uma ideia, dados do Census Bureau divulgados pelo Wall Street Journal revelaram que os produtos isentos foram 23% das importações dos EUA no ano passado. Desse número, 26% vieram da China, com 81% sendo smartphones e 78%, monitores de computador.

Trump prometeu que falaria sobre o assunto nesta segunda-feira.

Disputa comercial entre EUA e China continua (Imagem: Chip Somodevilla e Kaliva – Shutterstock)

No final de semana, o Secretário de Comércio, Howard Lutnick, afirmou que os produtos de tecnologia enfrentarão tarifas específicas para esse setor em um ou dois meses. Ou seja, as isenções são apenas temporárias. O assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, corroborou com a estratégia, dizendo que a política oficial é “sem isenções, sem exclusões”. 

Também no domingo, Trump escreveu na Truth Social que “não houve nenhuma isenção anunciada na sexta-feira”. O comunicado da Alfândega e Proteção de Fronteiras foi suficiente para levantar os ânimos da indústria, em um cenário em que a disputal comercial entre EUA e China está acirrada, com tarifas para produtos importados que já passam dos 100%.

Leia mais:

Bolsa está otimista

O mercado parece ter se animado com a possibilidade de isenção de tarifas, mesmo que temporariamente. Na semana passada, após o anúncio da pausa do tarifaço por 90 dias, as big techs registraram ganhos importantes, depois de dias consecutivos de quedas. O Olhar Digital deu detalhes aqui.

Neste início de semana, a perspectiva parece positiva:

  • Ações de empresas asiáticas subiram após o comunicado das isenções – principalmente de fabricantes de chips e fornecedoras de equipamentos para smartphones e outros eletrônicos.
  • A maior fabricante de chips da China, a SMIC, teve alta de 0,5% no pregão da tarde desta segunda-feira em Hong Kong. A Hua Hong Semiconductor avançou 3,05%;
  • Ainda entre as fornecedoras de chips, a japonesa Tokyo Electron subiu 2,4% e a sul-coreana Samsung Electronics, 1,8%;
  • Empresas fornecedoras de equipamentos para a Apple na Ásia também tiveram ganhos. A taiwanesa Largan Precision subiu 5,2% e a Foxconn Technology, 3%;
  • Fabricantes de computadores entraram na onda: Lenovo subiu 3,4% e Quanta Computer, 5,8%.
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Setor de eletrônicos, incluindo fornecedoras da Apple, ficaram esperançosas (Imagem: Hadrian / Shutterstock)

Incerteza também afeta consumidor

As ações podem ter se recuperado, mas o clima ainda é de incerteza. O comunicado de Trump esperado para esta segunda-feira deve movimentar o setor (de novo).

As empresas não são as únicas afetadas. Segundo Adam Thierer, pesquisador sênior do think tank R Street Institute, focado em tecnologia e inovação, a “montanha-russa tarifária” continua tendo efeitos negativos e prejudica a confiança do consumidor, principalmente em relação à inflação.

Além disso, ele e outros especialistas alertaram que as taxas nos produtos de tecnologia prejudicam os EUA na corrida de inteligência artificial contra a China.

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Segunda-feira decisiva: WhatsApp terá destino definido nos EUA

Começa nesta segunda-feira (14) um julgamento que pode definir o futuro de duas das redes sociais mais utilizadas no mundo atualmente. Dependendo da decisão das autoridades dos Estados Unidos, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, pode ser obrigado a vender o Instagram e o WhatsApp.

A Comissão Federal de Comércio dos EUA alega que a Meta, que já era dona do Facebook, comprou as plataformas em 2012 e em 2014 para eliminar a concorrência. Isso resultou na formação de um monopólio.

“É melhor comprar do que competir”, disse Zuckerberg

  • A Comissão foi a responsável por analisar e aprovar essas aquisições na época, mas agora se comprometeu a examinar se os processos seguiram as regras.
  • As próprias palavras usadas por Zuckerberg em alguns e-mails sobre as negociações podem ser usadas como provas contra a Meta.
  • Ele teria dito que “é melhor comprar do que competir”.
  • A empresa, por outro lado, provavelmente argumentará que essa fala não é relevante em um caso antitruste.
  • A big tech ainda defende que os usuários do Instagram tiveram uma experiência melhor desde que a plataforma foi adquirida.
  • E que tem certeza de que será declarada a vencedora do julgamento.
  • Espera-se que Zuckerberg e a ex-diretora de operações da Meta, Sheryl Sandberg, testemunhem no julgamento, que pode durar várias semanas.
Meta teria comprado o Instagram e o WhatsApp para eliminar a concorrência (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

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Trump pode ser fundamental para o futuro das redes sociais

Uma das preocupações levantadas é que o presidente dos EUA, Donald Trump, possa interferir no julgamento. Segundo a BBC, Zuckerberg teria pedido pessoalmente ao republicano para que forçasse a Comissão Federal de Comércio a abandonar o caso.

O dono da Meta tem se aproximado cada vez mais do comandante da Casa Branca. Em março deste ano, Trump chegou a demitir dois comissários do órgão responsável pelas investigações, o que também pode pesar sobre o caso.

Donald Trump falando
Donald Trump é acusado de interferência política no julgamento da Meta (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Os funcionários afastados eram os únicos dois democratas do grupo formado por cinco pessoas. Rebecca Kelly Slaughter e Alvaro Bedoya entraram na Justiça contra as suas demissões e alegam que este foi um sinal muito claro de Trump sobre a possibilidade de uma interferência política no caso.

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Samsung suspende lançamento do One UI 7; saiba o motivo

A One UI 7, nova interface da Samsung baseada no Android 15, começou a ser liberada recentemente para os usuários, mas já enfrenta um importante obstáculo. Por conta disso, a empresa decidiu suspender o lançamento da novidade.

A decisão foi tomada após a identificação de um bug que impedia que proprietários do Galaxy S24 desbloqueassem seus telefones.

O grande temor é que esta falha pudesse se espalhar para outros modelos.

Não se sabe quando a atualização será disponibilizada novamente

  • Segundo a The Verge, a Samsung trabalha para encontrar uma solução para o problema.
  • No entanto, não está claro se os usuários que já baixaram a One UI 7 terão acesso a uma nova versão da atualização já corrigida.
  • Outro mistério é em relação ao tempo de duração da suspensão.
  • A empresa não forneceu qualquer indicativo de quando poderá liberar novamente a instalação dos novos recursos.
Samsung não forneceu maiores informações sobre o futuro da atualização (Imagem: Mareks Perkons/Shutterstock)

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O que é One UI 7?

A One UI 7 é a nova versão do sistema da Samsung para seus celulares e tablets. Baseada no Android 15, a atualização garante novos recursos para os dispositivos, além de funções de inteligência artificial inédita para auxiliar os usuários no dia a dia.

O software promete levar recursos exclusivos para modelos mais novos e mais antigos, como a Now Bar e muito mais. A Samsung implantou um novo design na One UI 7 em razão de novos ícones e mudanças nos widgets da tela inicial.

Ilustração de pessoa segurando celular da Samsung com One UI 7; elementos da interface flutuam em volta do aparelho
Chegada da atualização é bastante aguardada (Imagem: divulgação/Samsung)

A alteração mais nítida trazida pela atualização é visual. Os ícones estão mais coloridos e a porcentagem da bateria agora aparece dentro do ícone, por exemplo. Além disso, a barra de navegação mudou – agora, itens tem formato de pílulas.

A nova interface também traz atalhos e gestos diferentes.

Por exemplo, ao deslizar do canto direito da tela, o painel de controle se abre. Além disso, o Gemini, do Google, substitui a assistente Bixby, da Samsung, quando o botão de bloqueio é pressionado por alguns segundos.

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Essas são as tentativas de golpe mais praticadas no momento

Mais de 500 mil brasileiros caíram em golpes no ano passado, segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Os mais suscetíveis são os homens, com mais de 60 anos, ensino superior completo e renda acima de cinco salários mínimos.

Entre setembro de 2024 e março de 2025, o contingente de vítimas de golpes ou tentativas de golpes passou de 33% para 38%.

Golpe da clonagem de cartão de crédito ou troca de cartões ainda é o mais comum no Brasil (Imagem: Phira Phonruewiangphing/iStock)

Quais são os golpes do momento?

Entre os golpes mais comuns apontados pelos entrevistados, o ranking continua o mesmo do levantamento anterior da Febraban, com pequena alteração no segundo e terceiro lugares:

  • 1. Golpe da clonagem de cartão de crédito ou troca de cartões continua em primeiro lugar, com 40% dos relatos dos entrevistados;
  • 2. Ele é seguido pelo golpe em que “alguém se faz passar por um conhecido solicitando dinheiro por WhatsApp”, com 28%;
  • O “golpe da central falsa” passa da segunda para a terceira posição, com 26%;
  • O “golpe do PIX” segue em quarta posição entre os mais citados, com 16%;
  • O “golpe com utilização do CPF através de SMS” mantém-se em quinto, com 11%.

Leia Mais:

Golpe do PIX ainda faz vítimas para coleta de dados de forma criminosa (Imagem: Marcio Binow Da Silva/iStock)

Estado de alerta

Quase sete em cada dez pesquisados (69%) lembram de ter recebido materiais de comunicação de bancos ou outras entidades alertando contra golpes. Os que não lembram permanecem em 29%. 

À TV Globo, Ivó Mosca, diretor de produtos e serviços e prevenções a fraudes da Febraban, deu a dica de ouro: sempre que houver um senso de urgência atrelado a um pedido de uma instituição financeira, pode suspeitar que alguma coisa está errada.

Toda a comunicação das instituições vem para informar o cliente para que ele procure dentro do seu tempo a sua instituição. Não passe nenhum desses dados, porque se você estiver passando qualquer um desses dados, você está caindo no processo de golpe.

Ivó Mosca, diretor de produtos e serviços e prevenções a fraudes da Febraban

Confira mais dicas de como não cair em golpes neste link.

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Musk x OpenAI: ex-funcionários abandonam o barco da desenvolvedora

A OpenAI e o bilionário Elon Musk estão travando uma briga envolvendo o futuro da companhia. A desenvolvedora quer virar uma empresa com fins lucrativos. Já Musk, que é cofundador ao lado do atual CEO Sam Altman, não concorda. O caso resultou em uma ação judicial em andamento, prevista para ser julgada apenas no ano que vem.

Agora, um grupo de 12 ex-funcionários da OpenAI colocou mais lenha na fogueira: eles querem compartilhar suas preocupações sobre os rumos que a empresa está tomando, em apoio a… Musk.

Ex-funcionários da OpenAI estão do lado de Musk

De acordo com a CNBC, os 12 indivíduos trabalharam na OpenAI entre 2018 e 2024, período de formação e organização da empresa até o boom recente. Na sexta-feira (11), Lawrence Lessig, representante do grupo, apresentou uma petição a um tribunal distrital da Califórnia pedindo permissão para que os ex-funcionários compartilhem suas preocupações sobre a transição da desenvolvedora em empresa com fins lucrativos.

O objetivo dos depoimentos é apoiar os argumentos de Elon Musk contra a transição. Musk cofundou a OpenAI em 2015, como uma organização sem fins lucrativos. Ele acredita que a mudança corromperia os princípios da companhia de desenvolver IAs para o bem da humanidade – em detrimento do lucro.

Ex-funcionários se preocupam com o rumo da empresa se virasse lucrativa (Imagem: Ascannio / Shutterstock.com)

O documento apresentado pelo grupo argumenta que, se a OpenAI virasse uma empresa lucrativa, “violaria fundamentalmente sua missão” e “quebraria a confiança de funcionários, doadores e outras partes interessadas que se juntaram e apoiaram a organização”. Além disso, os 12 indivíduos têm interesse no processo porque ele trata sobre questões de missão e estrutura organizacional que eles mesmo ajudaram a criar durante seu tempo na companhia.

À CNBC, um porta-voz da OpenAI respondeu defendendo a transição e assegurando que a missão não muda:

Nosso Conselho foi muito claro: nossa organização sem fins lucrativos não vai a lugar nenhum e nossa missão permanecerá a mesma. Estamos transformando nosso braço com fins lucrativos existente em uma Corporação de Benefício Público — a mesma estrutura de outros laboratórios de IA, como o Anthropic, onde alguns desses ex-funcionários agora trabalham — e da xAI.

Porta-voz da OpenAI, ao site CNBC

Leia mais:

Musk x OpenAI

Quando a OpenAI foi fundada, ela era uma organização sem fins lucrativos, com objetivo de criar IAs seguras para o “benefício da humanidade”. Em 2019, a desenvolvedora passou a operar de forma híbrida, com permissão para fechar parcerias para lucros limitados (incluindo a da Microsoft).

A transição em empresa com fins lucrativos foi anunciada no ano passado e visa cobrir os altos custos de desenvolvimento da inteligência artificial. Mas Elon Musk não concordou, alegando que isso corromperia o propósito original, e processou a OpenAI.

Musk, inclusive, tentou comprar a empresa de volta por US$ 97,4 bilhões. A desenvolvedora recusou e ainda acusou o bilionário de estar tentando atrasar a transição em benefício próprio. Isso porque, depois de deixar a OpenAI, o executivo abriu sua própria empresa de IA, a xAI, que se tornou uma concorrente.

Elon Musk
Desde o anúncio da transição da OpenAI em empresa lucrativa, Musk vem travando uma batalha contra a desenvolvedora e o CEO Sam Altman (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

O caso teve desdobramentos recentes, conforme reportado pelo Olhar Digital:

  • Na quarta-feira (09), a desenvolvedora protocolou uma ação judicial acusando Elon Musk de “ações ininterruptas” para “desacelerar a OpenAI e tomar o controle das principais inovações de IA para seu benefício pessoal”;
  • Os advogados da OpenAI classificam os ataques de Musk como “táticas de má-fé” e a “falsa oferta pública de aquisição” uma forma de prejudicar o futuro da empresa;
  • A ação busca impedir Musk de “praticar novas ações ilegais e injustas” e responsabilizá-lo pelos danos já causados.

O julgamento do caso está previsto para meados de 2026, mas as trocas de farpas não devem parar tão cedo. Confira mais detalhes aqui.

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