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Estudo responde: nossa relação com robôs é ‘respeitosa’?

À medida que a tecnologia de carros autônomos avança, surge uma nova dinâmica de interação entre humanos e máquinas no trânsito.

Pesquisadores da LMU Munich e da Waseda University, em Tóquio, realizaram um estudo para analisar como as pessoas reagiriam ao compartilhar a estrada com veículos autônomos.

O estudo publicado recentemente no jornal Scientific Reports.

Descobertas do estudo

  • Em um cenário comum, como um cruzamento movimentado, a situação em que um veículo de entrega autônomo e um motorista humano chegam ao mesmo tempo coloca os indivíduos diante de uma escolha: dar passagem ou esperar que o carro autônomo se mova.
  • O estudo revelou que, quando se trata de máquinas cooperativas, como os carros autônomos, as pessoas tendem a ser mais egoístas do que quando interagem com outros humanos.
  • Isso ocorre porque não sentem culpa ao explorar uma máquina, ao contrário de interagir com pessoas.

“Afinal, cortar um robô no trânsito não fere seus sentimentos”, diz Jurgis Karpus, autor principal do estudo.

Cortar um carro autônomo no trânsito não gera o remorso que a manobra contra um humano geraria – Imagem: shutterstock/Gorodenkoff

Leia mais:

Uma análise cultural revelou que os americanos e europeus exploram as máquinas mais frequentemente do que os japoneses.

A principal explicação para essa diferença está na percepção de culpa: enquanto no Ocidente a exploração de robôs não gera remorso, no Japão as pessoas demonstram um maior respeito pelas máquinas, tratando-as de forma semelhante aos humanos.

Essas variações culturais podem afetar a aceitação de carros autônomos e tecnologias relacionadas, com a expectativa de que a adoção de táxis autônomos no Japão ocorra mais rapidamente do que em cidades ocidentais, como Londres ou Nova York.

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Estudo descobriu como diferentes regiões do mundo se relacionam e respeitam robôs e máquinas autônomas – Imagem: MikeDotta / Shutterstock

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Magia? Robô feito em impressora 3D anda sozinho sem componentes eletrônicos

Cientistas da Califórnia criaram um robô criado com impressão 3D capaz de andar sem componentes eletrônicos. A invenção, que foi descrita em um estudo publicado na Advanced Intelligent Systems, é impressa de uma só vez com um material pronto para uso e custa apenas cerca de US$ 20 para ser produzida.

Entenda:

  • Um robô criado em impressora 3D pode andar por até três dias sem componentes eletrônicos;
  • A novidade usa um cartucho de gás comprimido para percorrer superfícies como grama ou areia e até andar sob a água;
  • O robô pode ser usado no reconhecimento de áreas radioativas, resposta a desastres e exploração espacial;
  • Os criadores estudam a possibilidade de adicionar pinças ao robô e usar materiais recicláveis na fabricação.
Robô feito em impressora 3D pode andar em diferentes superfícies. (Imagem: Yichen Zhai et al./Advanced Intelligent Systems)

Com a adição de um cartucho de gás comprimido, o robô consegue sair andando logo após sua criação. De acordo com a equipe, a novidade possui aplicações que vão desde o reconhecimento de áreas dominadas pela radiação até a resposta a desastres ou, ainda, a exploração espacial.

Leia mais:

Robô feito em impressora 3D pode andar por até 3 dias

Além de percorrer superfícies como grama e areia com total autonomia, o robô de impressão 3D pode até mesmo andar debaixo d’água. E testes mostraram que, quando conectados a uma fonte de gás ou ar com pressão constante, o funcionamento dos robôs pode chegar a até três dias sem interrupções.

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Robô que anda sozinho custa 20 dólares e é feito em impressora 3D. (Imagem: Hodoimg/Shutterstock)

“Esses robôs não são fabricados com nenhum dos componentes rígidos tradicionais que os pesquisadores normalmente usam”, diz Michael Tolley, autor sênior do artigo, em comunicado. “É uma maneira completamente diferente de encarar a construção de máquinas.”

A novidade usa um circuito pneumático oscilante que converte a energia do gás comprimido para gerar movimento em cada uma das seis pernas do robô – pernas essas que podem se mover para cima, para baixo, para frente e para trás.

Agora, a equipe busca identificar formas de armazenar o gás dentro do próprio robô e adicionar pinças, além de explorar materiais biodegradáveis ou recicláveis em sua criação.

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Robô líquido parece ter saído de ‘O Exterminador do Futuro 2’; veja

Pesquisadores coreanos criaram um robô líquido que poderia muito bem ser “parente” do T-1000 de O Exterminador do Futuro 2. A invenção é envolta em partículas hidrofóbicas (ou seja, que repelem a água) extremamente densas, e foi descrita em um estudo publicado na Science Advances.

Entenda:

  • Pesquisadores criaram um robô líquido capaz de alterar e recuperar sua forma original facilmente;
  • Envolto em partículas hidrofóbicas, a invenção suporta quedas e compressão, transporta substâncias, anda sobre a água ou superfícies sólidas e se funde com outros robôs líquidos;
  • Além disso, é possível controlar a velocidade de seus movimentos com ultrassom;
  • Além da biomedicina, o robô líquido também pode ser usado para recuperar zonas de desastre e explorar terrenos com obstáculos. 
Robô líquido atravessa grade de metal e “engole” substância desconhecida. (Imagem: Hyobin Jeon et al./Science Advances)

Podendo se mover livremente sobre a água ou superfícies sólidas, o robô líquido atravessa barras de metal, suporta quedas de alto impacto e compressão extrema, transporta substâncias e se funde com outros robôs líquidos. Ainda, mesmo após se dividir, a invenção é capaz de recuperar sua forma original completamente. 

Leia mais:

Robô líquido pode apoiar a biomedicina

Durante uma série de experimentos com o robô líquido, os cientistas descobriram que é possível controlar a velocidade de seus movimentos com ultrassom – o que torna a invenção promissora em áreas como a biomedicina, com aplicações na administração direcionada de medicamentos no corpo humano, por exemplo.

Robô líquido lembra vilão de O Exterminador do Futuro 2. (Imagem: TriStar Pictures/Reprodução)

E, de acordo com a equipe, o potencial ainda vai além, envolvendo desde operações dentro de máquinas complexas à exploração de terrenos com obstáculos ou zonas de desastre, apoiando a administração de substâncias químicas para realizar a limpeza e nutrição do solo.

Agora, novas aplicações do robô estão sendo exploradas pelos pesquisadores: “Com base em nossas descobertas atuais, estamos trabalhando em tecnologias que permitirão que o robô líquido mude de forma livremente usando ondas sonoras ou campos elétricos”, diz Ho-Young Kim, autor correspondente do estudo, em comunicado.

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Robôs vão ganhar músculos artificiais para aumentar flexibilidade

Engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) desenvolveram um método para cultivar tecido muscular artificial que se contrai e flexiona em múltiplas direções coordenadas — abrindo uma nova fase dos robôs “biohíbridos”.

No experimento, a estrutura artificial puxa tanto concêntrica quanto radialmente, muito parecido com a forma como a íris no olho humano age para dilatar e contrair a pupila, segundo um comunicado divulgado pela instituição.

Até então, os pesquisadores só conseguiam fabricar músculos artificiais que puxam em uma direção, limitando a amplitude de movimento de qualquer robô. Recentemente, uma mão biohíbrida foi construída com tecido muscular cultivado em laboratório por cientistas da Universidade de Tóquio da Universidade de Waseda, no Japão, como relatamos aqui.

Tecnologia foi baseada no formado da íris humana (Imagem: MIT/Reprodução)

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Inovação que pode mudar tudo

Os pesquisadores criaram uma íris artificial a partir de um pequeno carimbo portátil que padronizou ranhuras microscópicas em 3D. Essa “estampagem” foi feita em um hidrogel macio para semear as ranhuras resultantes com células musculares reais.

As células cresceram ao longo dessas ranhuras dentro do hidrogel, formando fibras que foram estimuladas para se contrair em várias direções. O selo também pode ser usado para outros tipos de tecidos biológicos, como neurônios e células cardíacas.

“Queremos fazer tecidos que reproduzam a complexidade arquitetônica de tecidos reais”, diz Ritu Raman, a Professora de Desenvolvimento de Carreira Eugene Bell de Engenharia de Tecidos no Departamento de Engenharia Mecânica do MIT. “Para fazer isso, você realmente precisa desse tipo de precisão em sua fabricação.”

Pesquisadores desenvolveram uma nova abordagem de “estampagem” (Imagem: MIT/Reprodução)

O experimento abre caminho para diversas aplicações na vida real que ainda dependem de testes, como tecidos artificiais que possam restaurar a função de pessoas com lesão neuromuscular ou músculos artificiais para uso em robótica.

“Neste trabalho, queríamos mostrar que podemos usar essa abordagem de carimbo para fazer um ‘robô’ que pode fazer coisas que robôs anteriores movidos a músculos não conseguem fazer”, diz Raman. “Escolhemos trabalhar com células musculares esqueléticas. Mas não há nada que impeça você de fazer isso com qualquer outro tipo de célula.”

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Estes robôs conseguem andar de skate; assista

Pesquisadores das universidades de Michigan, nos Estados Unidos, e da Southern University of Science and Technology, na China, apresentaram uma inovação na área da robótica. A nova tecnologia permite que robôs com pernas usem skates de forma autônoma.

Isso é possível graças a uma estrutura baseada em aprendizado por reforço. Segundo a equipe, estes dispositivos podem ser utilizados no futuro em serviços como entregas urbanas e locomoção automatizada.

Sistema permite movimentações mais suaves

  • De acordo com o estudo, o grande diferencial é o Discrete-Time Hybrid Automata Learning (DHAL).
  • Este sistema permite que os robôs identifiquem e executem transições de movimento sem precisar de segmentação manual.
  • Em outras palavras, os dispositivos podem aprender a interagir com o ambiente de maneira mais fluida e intuitiva.
  • Isso tudo sem precisar de ajustes constantes por parte dos programadores.
  • As descobertas foram descritas em artigo publicado na ArXiv.

Veja abaixo os robôs andando de skate:

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Tecnologia pode representar o futuro dos robôs

Os pesquisadores responsáveis pelo trabalho explicam que a dinâmica híbrida permite que os robôs alternem entre movimentos suaves e mudanças abruptas, como acontece quando um objeto em movimento interage com diferentes superfícies. No caso do skate, os dispositivos precisam aprender a empurrar, deslizar e equilibrar-se para conseguir avançar.

O sistema DHAL identifica automaticamente esses momentos e ajusta os movimentos para uma performance mais eficiente. Já os métodos atuais atuam por meio de segmentação antes de regredir o fluxo contínuo, o que dificulta a realização de movimentos suaves.

Robôs andando de skate são resultado de novo sistema inovador (Imagem: ArXiv)

Os cientistas acreditam que os sistemas dinâmicos híbridos podem modelar tarefas de robótica como a locomoção de robôs com pernas. Por isso, eles pretendem expandir a pesquisa para outras aplicações, como manipulação hábil de objetos, tornando os equipamentos mais autônomos e eficientes, permitindo que realizem tarefas complexas sem necessidade de constante supervisão humana.

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Conheça o Luna, cão robô com sistema nervoso semelhante ao dos humanos

Você já deve ter visto (inclusive aqui no Olhar Digital) robôs de todos os tipos. Eles podem trabalhar, dar cambalhotas e até fazer seu café. A startup sueca IntuiCell revelou que criou uma máquina diferente (e impressionante): um cão robô chamado Luna, com um sistema nervoso digital funcional, semelhante ao dos humanos e animais.

A novidade permite que ele aprenda a se adapte de forma semelhante a outros seres vivos, sem necessidade de um treinamento com dados. Para provar isso, a companhia quer treiná-lo com um adestrador de cães.

Expectativa da empresa é levar o modelo a ambientes inóspitos (Imagem: IntuiCell/Reprodução)

Cão robô Luna aprende como nós

Segundo a IntuiCell, o Luna é capaz de aprender e se adaptar como outros seres vivos, graças ao sistema nervoso digital. O CEO e cofundador da empresa, Viktor Luthman, revelou em entrevista que trata-se do “primeiro software que permite que qualquer máquina aprenda como humanos e animais”.

Isso porque as máquinas aprendem de um jeito diferente: a partir de grandes conjuntos de dados. Então, as companhias refinam esses dados para ensinar os robôs a realizarem tarefas específicas para as quais foram criados.

Não é o caso do cão robô. Luthman revelou que não há nenhum tipo de pré-treinamento, simulação ou um grande data center por trás do aprendizado. É tudo pelo sistema nervoso.

Modelo será treinado como um cão normal (Imagem: IntuiCell/Reprodução)

Para provar isso, a IntuiCell vai ensinar o Luna a andar com um treinamento bastante tradicional: com um treinador de cães. Isso será possível devido aos neurônios digitais do sistema, que interagem e processam entre si (como funciona em um cérebro real).

A agência de notícias Reuters lembrou que esses é um dos primeiros casos de IA física ágeis, em que a máquina pode tomar decisões em prol de objetivos específicos (ao invés de apenas executar comandos). Seria como treinar um cão normal.

Veja o modelo em ação:

Para que serve o cão robô?

O CEO tem grandes planos para o Luna:

  • Ele afirmou que o robô tem potencial para levar a avanços nas capacidades de outras máquinas semelhantes a humanos;
  • Luthman revelou que o próximo passo é “explorar a robótica humanoide e autônoma em ambientes previsíveis”, como na explosão espacial, no fundo do mar ou até na resposta a desastres;
  • Para ele, máquinas inteligentes poderiam ser enviadas a Marte para construir habitats para humanos, por exemplo. No entanto, esses ambientes inóspitos, onde um robô não poderia ser treinado, exige que as próprias máquinas aprendam a resolver os problemas conforme eles surgem.

Essa é a intenção do cão robô da IntuiCell. No momento, ele apenas consegue ficar de pé, mas, no futuro, poderá perceber, processar e melhorar suas ações em resposta ao ambiente.

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Musk promete novidades sobre robotáxi e robô humanoide da Tesla

O CEO da Tesla, Elon Musk, prometeu grandes novidades sobre o robotáxi Cybercab e o robô humanoide Optimus durante reunião supresa com funcionários na quinta-feira (20). Ainda na reunião, transmitida ao vivo, o bilionário pede aos funcionários para “segurarem suas ações” da empresa.

Musk animou seus funcionários enquanto a reputação pública da Tesla despenca, observou o Business Insider. Isso se reflete no valor das ações da empresa, que caiu 50% de dezembro de 2024 para cá.

Fabricação ‘revolucionária’ de Cybercabs, legiões de Optimus: as promessas de Musk em reunião na Tesla

Sobre o Cybercab, Musk afirmou que um “processo revolucionário de fabricação” está em andamento, capaz de construir um robô-táxi em “menos de cinco segundos”. Seria como uma “linha de produção de eletrônicos de consumo em alta velocidade”, disse o CEO da Tesla.

Musk afirmou que um “processo revolucionário de fabricação” está em andamento na Tesla para trazer modelos de Cybercab ao mundo (Imagem: Divulgação/Tesla)

Vale lembrar: a Tesla revelou o Cybercab em seu evento “We, Robot” em outubro de 2025. E Musk disse que as pessoas poderiam comprar um por US$ 30 mil (aproximadamente R$ 172 mil) até 2026.

Musk também disse que a empresa precisará criar uma máquina de fundição muito grande. Este parece ser o processo de “gigacasting” que a empresa desenvolvia, mas aparentemente desistiu em 2024.

Já em relação ao robô Optimus, Musk disse que o robô estaria entre os produtos que levariam o valor da Tesla a novas alturas. Os outros produtos seriam o Cybercab e o software autônomo da Tesla, utilizado para o recurso Full Self-Driving (leia-se: piloto automático) dos veículos da marca.

Robô da Tesla com mão fechada e olhando para o lado
Robô Optimus estará em operação plena em 2025, promete Elon Musk (Imagem: Divulgação/Tesla)

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“É algo tão profundo e não há comparação com nada no passado”, disse Musk. Ele afirmou que a Tesla pode produzir cerca de cinco mil robôs Optimus em 2025.

“Acho que literalmente construiremos uma legião, pelo menos uma legião, de robôs este ano. E, provavelmente, dez legiões no próximo ano”, disse o bilionário. Promessas, promessas, promessas.

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Robô minúsculo explora o ponto mais profundo dos oceanos

Cientistas da Universidade Beihang, na China, desenvolveram um pequeno robô para exploração das profundezas oceânicas. Em um feito inédito, o dispositivo foi testado com sucesso na Fossa das Marianas, a região mais profunda do oceano na Terra, localizada no Pacífico. Durante o experimento, o robô demonstrou a capacidade de nadar, rastejar e planar de forma autônoma a uma profundidade de 10.600 metros.

Além do robô, os pesquisadores também desenvolveram um gripador macio, que pode ser acoplado a um robô rígido. Esse mecanismo foi testado no Mar da China Meridional, onde foi enviado a 3.400 metros de profundidade para coletar pequenos organismos marinhos, como estrelas-do-mar e ouriços, diretamente do leito oceânico.

Ilustração da Fossa das Marianas, o local mais profundo dos oceanos (Imagem: Oliver Denker / Shutterstock.com)

Desafios da exploração das profundezas

  • Cerca de 70% da superfície terrestre é coberta pelos oceanos, mas apenas uma pequena fração dessas regiões foi explorada.
  • Isso se deve às condições extremas do fundo do mar, incluindo temperaturas extremamente baixas, escuridão permanente e uma pressão esmagadora.
  • Com os avanços tecnológicos, esses desafios estão sendo superados.
  • As atuais embarcações de exploração profunda, que geralmente contam com tripulação humana, podem interferir nos ecossistemas que pretendem estudar.
  • O novo robô da Universidade Beihang surge como uma alternativa que minimiza esse impacto.

Como funciona o robô subaquático

O diferencial do robô está em sua capacidade de alternar entre diferentes modos de locomoção. Ele conta com barbatanas traseiras para nadar, conjunto de pernas para rastejar e nadadeiras peitorais dobráveis que permitem planar. Esses elementos armazenam energia elástica em altas pressões, facilitando deslocamentos mais rápidos em grandes profundidades.

Quando o robô muda a posição de suas pernas, ele alterna automaticamente entre diferentes tipos de movimento. Esse mecanismo inovador permite que o dispositivo se adapte às condições do ambiente subaquático, promovendo uma exploração mais eficiente.

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Coleta em grandes profundezas com uma garra de metamaterial (Imagem: Fei Pan et al. / Science Robotics)

O futuro da exploração marinha

Nos últimos anos, robôs de exploração marinha ajudaram a revelar maravilhas inexploradas do oceano. Em 2024, por exemplo, o Instituto Schmidt para Oceanos registrou uma migração massiva de caranguejos, um verme marinho psicodélico brilhante e possíveis 60 novas espécies nas águas do Chile.

Com os resultados promissores dos testes realizados na Fossa das Marianas e no Mar da China Meridional, os cientistas da Universidade Beihang esperam que essas pequenas máquinas contribuam para ampliar o conhecimento sobre os ambientes de grande profundidade e a vida exótica que habita essas regiões ainda misteriosas.

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Robô que faz café pode revolucionar máquinas de IA

O caminho para uma nova geração de máquinas de inteligência artificial pode estar em uma simples xícara de café, sugerem pesquisadores da Universidade de Edimburgo. A equipe criou um novo robô de IA que faz café e interage com o ambiente de formas mais humanas do que nunca, como descrito em um estudo publicado na Nature Machine Intelligence.

Entenda:

  • Um novo robô que faz café promete revolucionar as máquinas de inteligência artificial;
  • Usando IA de ponta, habilidades motoras refinadas e sensores sensíveis, pesquisadores criaram uma tecnologia para permitir que robôs realizem tarefas em lugares que exigem respostas a obstáculos em tempo real;
  • Ao receber instruções verbais para preparar café, o robô consegue procurar uma caneca em armários e gavetas, misturar os grãos à água e se adaptar a possíveis imprevistos durante o processo com rapidez.
Robô de IA prepara café e se adapta a imprevistos em tempo real. (Imagem: Ruaridh Mon-Williams/University of Edinburgh)

Combinando IA de ponta, habilidades motoras refinadas e sensores sensíveis, a tecnologia permite que robôs realizem tarefas em lugares dinâmicos que, por exigirem respostas rápidas a obstáculos em tempo real, só podiam ser realizadas por seres humanos – como preparar uma xícara de café em uma cozinha movimentada. 

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Robô de IA faz café e reage a imprevistos em tempo real

Formado por um braço robótico com sete articulações móveis, o novo dispositivo funciona assim: com base em instruções verbais previamente recebidas, o robô analisa o ambiente em que se encontra para, então, começar a elaborar a tarefa – no caso, preparar uma xícara de café.

Grãos de café
Robô de IA usa tecnologia de ponta para preparar café. (Imagem: Ilja Generalov/Shutterstock)

Ele sai em busca de uma caneca, usando mecanismos de abertura para procurar dentro de gavetas e armários. Em seguida, prepara o café com uma medida definida de grãos e água aquecida em uma chaleira. Caso alguém esbarre na caneca enquanto a bebida está sendo preparada, por exemplo, o robô consegue se adaptar rapidamente graças à tecnologia da equipe de Edimburgo.

“Estamos vislumbrando um futuro em que robôs com inteligência cada vez mais avançada se tornam comuns. A inteligência humana deriva da integração de raciocínio, movimento e percepção, mas a IA e a robótica frequentemente avançaram separadamente. Nosso trabalho demonstra o poder de combinar essas abordagens e ressalta a crescente necessidade de discutir suas implicações sociais”, diz Ruaridh Mon-Williams, líder da pesquisa, em comunicado.

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Tron 1: conheça um dos robôs mais ágeis do mundo

Vários modelos de robôs já conseguem andar com facilidade – e até mesmo correr em alguns casos. A maioria deles, porém, ainda encontra dificuldades quando o assunto são obstáculos, como um degrau ou uma escada.

Esse não é o caso do novíssimo Tron 1, da chinesa LimX Dynamics. Pensando justamente nessa necessidade de mercado, a startup decidiu focar em equilíbrio e na agilidade. O resultado é um robô bípede que promete superar quaisquer obstáculos.

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Nós já falamos sobre essa máquina aqui no Olhar Digital. No ano passado, porém, ela ainda atendia pelo nome de P1. Tron 1 é o novo nome comercial.

À época, o modelo apareceu em um vídeo recebendo danos físicos e continuando de pé mesmo assim. Agora, o robô bípede ganhou rodinhas no lugar dos pés e se mostra capaz de superar escadas com muita desenvoltura.

Um robô diferente

  • Como já disse acima, não é todo dia que vemos robôs com essas características.
  • Ele aparece pulando barreiras, subindo e descendo escadas como se fosse fácil – o que não é, falando no estágio atual da Robótica.
  • O que o vídeo não mostra é que o Tron 1 também tem seus limites.
  • E o dele atende pela altura máxima de 15 centímetros: a máquina não consegue superar degraus maiores do que isso.
  • De acordo com as especificações técnicas, ele também pode encontrar dificuldades em temperaturas fora da margem entre -5 e 40 °C.
  • O robô mede 39 cm de altura, tem 42cm de largura e 84 cm de comprimento, e pesa cerca de 20 quilos.
  • Ele é movido a uma bateria “Ternary Lithium” de 240 Wh que garante o uso de 2 horas por carga.
  • O sistema de computador de bordo apresenta um “cérebro” Intel i3 de 12ª geração com 16 GB de RAM e 512 GB de armazenamento.
  • O Tron 1 pode ser operado por meio de um controle remoto sem fio, programado para tarefas semiautomatizadas ou liberado para missões autônomas.
  • A LimX, porém, não explica as condições aplicadas no vídeo.
Ele é rápido e supera obstáculos com facilidade, mas não só isso: o Tron 1 também é um robô muito bonito e com ótimo acabamento – Imagem: Reprodução/LimX Dynamics

Confira o preço

Esse é um dos lados mais bacanas de escrever sobre Robótica hoje em dia. Os modelos saíram da fase de testes e já estão disponíveis no mercado.

O Tron 1 custa a partir de US$ 15.000, com entregas para o mundo todo. Não é um preço nada acessível para pessoas físicas, mas pode funcionar para empresas ou centros universitários.

O robô foi concebido como uma ferramenta de suporte para trabalhar em áreas de risco e no resgate de desastres naturais. Ele, no entanto, também pode ter outras aplicações, incluindo ser alvo de estudos para o desenvolvimento de novas tecnologias.

As informações são do New Atlas.

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