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As 10 tecnologias que vão abalar 2025, segundo o MIT

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) revelou a lista anual de 10 tecnologias inovadoras para 2025. O ranking já tinha sido divulgado no início do ano, mas voltou a chamar atenção durante o SXSW, festival de tecnologia, música, inovação e cultura realizado anualmente em março em Austin, Texas, nos Estados Unidos.

O ranking é elaborado por pesquisadores do MIT a partir de relatórios, conversas com especialistas e acompanhamento de avanços tecnológicos. A instituição foi considerada a melhor universidade do mundo nos últimos 13 anos pelo QS World University Rankings — então, se ela dita tendência, o mundo ouve.

Os fatores principais considerados para definir as tecnologias emergentes são: significância de longo prazo e potencial para se tornarem realidades comerciais, segundo o site Above The Law.

Waymo lidera transformação de robotáxis no mundo (Imagem: :Eli Wilson/iStock)

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10 tecnologias para ficar de olho em 2025

Observatório Vera C. Rubin: Sediado no Chile, o observatório vai conduzir uma pesquisa de dez anos do céu noturno, criando o mapa digital mais detalhado de todos os tempos, explorando galáxias e buracos negros;

Busca de IA generativa: Talvez o item mais óbvio da lista, mas que reforça a grande mudança na forma como navegamos na internet, com novo estilo de conversação e respostas mais diretas;

Pequenos modelos de linguagem: Sistemas que exigem significativamente menos dados e poder de computação do que os LLMs, tornando tarefas específicas mais eficientes e adaptáveis;

Arrotos de gado: Cientistas estão desenvolvendo suplementos para reduzir a produção de metano a partir dos arrotos de gado, um dos maiores desafios ambientais agrícolas;

Robotáxis: O advento de serviços de IA vai impulsionar cada vez mais a coleta de informações para tornar os táxis autônomos uma realidade em escala global;

Combustível de aviação mais limpo: Novos combustíveis feitos de óleo de cozinha usado, resíduos industriais ou até mesmo gases no ar podem ajudar a alimentar aviões sem combustíveis fósseis;

Startup Stegra constrói primeira usina industrial de aço verde na Suécia (Imagem: Stegra/Divulgação)

Robôs de Aprendizado Rápido: Graças ao boom da IA ​​generativa de hoje, os robôs estão aprendendo novas tarefas mais rápido do que nunca. Estamos nos aproximando de robôs de propósito geral que podem lidar com uma variedade de tarefas em nosso nome;

Medicamentos de prevenção do HIV de ação prolongada: Um novo medicamento de prevenção do HIV ainda em teste descobriu que 100% das mulheres e meninas tratadas estavam protegidas de adquirir infecções pelo HIV. E ele só precisa ser injetado uma vez a cada seis meses;

Green Steel Technologies: A produção de aço é uma das maiores fontes industriais de dióxido de carbono. A primeira usina industrial de aço verde, que usa hidrogênio feito com energia renovável, está sendo construída no norte da Suécia;

Terapias-tronco cultivadas em laboratório: Transplantes experimentais de células feitas em laboratório parecem estar ajudando a tratar duas condições muito diferentes — epilepsia e diabetes tipo 1.

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DeepMind: novos modelos de IA ajudam robôs a fazer tarefas no mundo real

O Google DeepMind lançou dois modelos de inteligência artificial (IA): Gemini Robotics e Gemini Robotics-ER. Ambos foram projetados para ajudar robôs a “executar gama mais ampla do que nunca de tarefas no mundo real”.

O Gemini Robotics é um modelo de visão-linguagem-ação capaz de entender situações mesmo sem ter sido treinado para elas, segundo o Google. Já o Gemini-ER (sigla em inglês para raciocínio incorporado) a big tech descreve como um modelo avançado de linguagem visual que pode “entender nosso mundo complexo e dinâmico”, segundo postagem em seu blog.

Novos modelos de IA do Google para robôs usam Gemini

O Gemini Robotics roda Gemini 2.0, a versão mais recente do modelo de IA principal do Google. O novo modelo “aproveita o entendimento multimodal do Gemini sobre o mundo e o transfere para o mundo real, adicionando ações físicas como uma nova modalidade”, disse a diretora sênior e chefe de robótica no Google DeepMind, Carolina Parada, numa coletiva de imprensa, segundo o Verge.

Gemini Robotics avança em interatividade, destreza e generalidade – áreas essenciais para construir robôs úteis (Imagem: Reprodução/Google DeepMind)

O Robotics avança em três áreas consideras essenciais pelo Google DeepMind para construir robôs úteis: generalidade, interatividade e destreza.

Além da capacidade de generalizar novos cenários, o Gemini Robotics é melhor na interação com pessoas e seu ambiente. Também é capaz de executar tarefas físicas mais precisas, como dobrar um pedaço de papel ou remover uma tampa de garrafa.

Sobre o Gemini Robotics-ER, Carolina dá o seguinte exemplo: quando você prepara sua lancheira e tem itens sobre uma mesa à sua frente, é preciso saber onde está cada item, como abrir a lancheira, como pegar os itens e onde colocá-los. Esse é o tipo de raciocínio que o Gemini Robotics-ER deve realizar.

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Segurança ‘em camadas’

Montagem com imagens de robôs com modelos de IA Gemini Robotics, do Google DeepMind, executando tarefas no mundo real
Google DeepMind deixou “testadores confiáveis” usarem o modelo Gemini Robotics-ER (Imagem: Reprodução/Google DeepMind)

O pesquisador do Google DeepMind, Vikas Sindhwani, disse aos repórteres que a empresa desenvolve “abordagem em camadas” no que diz respeito à segurança. Sindhwani acrescentaou que os modelos do Gemini Robotics-ER “são treinados para avaliar se uma ação potencial é segura para ser realizada num determinado cenário”.

A big tech também lançou benchmarks e frameworks para ajudar a pesquisa de segurança na indústria de IA. E deu acesso a “testadores confiáveis” ao seu modelo Gemini Robotics-ER. Entre eles, estão: Agile Robots, Agility Robotics, Boston Dynamics e Enchanted Tools.

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Robôs, agora, pensam como humanos; entenda como

Robôs, agora, vão ter a capacidade de pensar como seres humanos. O método, desenvolvido pela Universidade de Columbia (EUA) e divulgado na Nature, permite que os autômatos desenvolvam raciocínio e adaptação em tempo real.

Os cientistas desenvolveram máquinas com autoconsciência que não dependem de pré-programação para tomar ações. Elas apenas precisam assistir aos próprios movimentos para entender a estrutura e replicá-los.

Robô desenvolvido pela Universidade de Colúmbia (Imagem: Reprodução/YouTube/Columbia Engeneering)

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Como funciona o robô autoconsciente

  • Esse novo estudo aumenta a capacidade de robôs funcionarem de forma independente, reduzindo a necessidade de intervenção humana;
  • Essas novas inteligências artificiais (IAs) utilizam de informação visual para construir um modelo interno de seu corpo e funcionamento;
  • A IA observa os movimentos realizados e os armazena por meio de uma câmera;
  • O método foi desenvolvido se baseando na habilidade humana de assistir aos próprios movimentos para melhorar em determinadas habilidades.

Os pesquisadores desenvolveram algorítimo que utiliza redes neurais para analisar a movimentação dos robôs. Além disso, permite as máquinas detectarem e corrigir falhas em seu funcionamento, tudo isso sem auxílio de humanos.

Essa nova tecnologia promete se tornar essencial para uma nova geração de robôs industriais que vão operar em fábricas e outros ambientes de trabalho. A autoconsciência vai ajudar os autômatos a operar, de maneira eficiente, sem a necessidade de intervenção humana.

Essas máquinas podem reparar os próprios erros e evoluir com base na própria experiência, assim como um ser humano. Até este momento os robôs industriais necessitavam de monitoramento. Agora, com a tecnologia desenvolvida pela Columbia, a interação com pessoas reais será reduzida a quase zero.

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Robôs autoconscientes estarão em fábricas em breve. (Imagem: Figure / Divulgação)

Futuro dessa tecnologia

Além da indústria, essa tecnologia pode impactar diversas áreas, como a medicina e a exploração espacial. Robôs cirúrgicos mais autônomos poderiam tornar procedimentos mais precisos, enquanto robôs enviados ao Espaço poderiam se adaptar a ambientes desconhecidos sem depender de controle humano constante.

No entanto, o avanço levanta questões sobre o futuro do trabalho e a segurança desses sistemas. Com máquinas cada vez mais independentes, especialistas debatem os desafios éticos e os limites dessa tecnologia para garantir que ela beneficie a sociedade sem riscos inesperados.

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Japão: Mercado de robôs de serviço deve triplicar em 5 anos

Imagine chegar a um restaurante, escolher sua comida e fazer seu pedido online – ou pelo tablet, no sistema local da loja. Você espera alguns minutos, enquanto conversa com seus amigos ou familiares. Depois desse tempo, você vê seu prato chegando ao longe, carregado por um simpático robô com olhos azuis e orelhas de gatinho.

Não, isso não é o roteiro de nenhum anime ou filme futurista. Essa experiência já ocorre em algumas províncias do Japão, em unidades da rede Skylark, a maior do país em atendimentos “de mesa”.

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Segundo informa uma reportagem da Bloomberg, a Skylark conta com aproximadamente 3 mil desses “funcionários”. Eles trabalham em lojas com poucos humanos, de um a quatro, dependendo do horário. E são extremamente eficientes.

Os chamados robôs de serviço já são uma realidade no Japão. E eu me arrisco a dizer que o país será o primeiro do mundo a ter uma sociedade altamente robotizada.

E isso não tem a ver com dinheiro ou inteligência. Ou tecnologia. Existem países mais ricos, com empresas que usam tecnologia até mais avançada e com mentes tão brilhantes quanto. A diferença principal está na necessidade.

Essas fotos do Japão são famosas, mas essa superlotação de pessoas ocorre apenas nas grandes metrópoles do país – Imagem: Shutterstock/Caixa de gato

Os robôs e a falta de mão de obra

  • O Recruit Works Institute projeta que o Japão enfrentará um déficit de mão de obra de 11 milhões de pessoas até 2040.
  • Isso devido à pirâmide etária do país: com muitos idosos e poucos jovens.
  • O governo estima que quase 40% da população terá 65 anos ou mais até 2065!
  • Sim, isso quer dizer que quase metade da população japonesa será formada por idosos até lá.
  • E são idosos que merecem aproveitar a aposentadoria e o descanso – e que não têm, na maioria das vezes, força para atividades braçais.
  • A escassez de mão de obra é particularmente grave em setores de saúde e de serviços em geral.
  • Existem cerca de três vagas de garçom disponíveis para cada candidato ao emprego.
  • Já a proporção para cuidadores é de um candidato para 4 vagas, de acordo com o Ministério do Trabalho local.
  • É aí que entram os robôs de serviço (como vem sendo chamados esses funcionários metálicos).
  • A empresa de pesquisa Fuji Keizai projeta que o mercado de robôs de serviço do país quase triplicará até 2030, alcançando as cifra de 400 bilhões de ienes (US$ 2,7 bilhões).
  • O que a Skylark faz hoje deve virar a regra.

Conheça o robô-gato da Skylark

Como você pôde ver pelas imagens, o robô tem uma tela no rosto e um corpo alongado, com espaço para uma série de bandejas no que seria o tronco do gato. As patas são rodinhas.

De acordo com a Skylark, seus cerca de 3 mil funcionários se locomovem com a ajuda de sensores 3D e podem entregar dezenas de expressões faciais diferentes.

Eles podem ainda falar algumas palavras em japonês e são capazes de carregar vários pratos pesados ​​de comida ao mesmo tempo.

Outra vantagem é econômica. A Bloomberg Intelligence estima que os robôs economizam para a empresa cerca de 5 bilhões de ienes em custos trabalhistas anualmente.

As informações são do Tech Crunch.

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Robozinho desenvolvido no Brasil entrega encomendas em lojas e condomínios

O SD02, desenvolvido pela startup brasileira Synkar, é um robozinho autônomo que entrega encomendas em ambientes comerciais (lojas, shoppings) e condomínios. O carrinho usa visão computacional e inteligência artificial (IA) para andar e interagir com clientes.

A proposta do robô SD02 – desenvolvido num projeto iniciado em 2018 – é agilizar a vida de entregadores e triplicar a eficiência em armazéns, cortando custos logísticos em até 50%.

Robozinho criado no Brasil foi feito para complementar – não substituir – trabalho humano

O carrinho opera 24 horas (via modelo de assinatura) e tem compartimento térmico com capacidade de 35 quilos. Seu objetivo é complementar o trabalho de entregadores e estoquistas, não substituir, segundo os criadores.

Carrinho autônomo da Synkar funciona 24h e armazena até 35 quilos (Imagem: Divulgação)

Entre os exemplos do que o robô SD02 pode fazer, está: pegar pacotes em restaurantes e os levar até onde entregadores de aplicativo possam pegá-los (confira outros exemplos no site da Synkar).

  • A empresa estima que 3,2 milhões de passos foram economizados em 2024 graças ao robozinho.

Curiosidade: no iFood, o carrinho autônomo da Synkar ganhou apelido de “ADA”; na rede Transamérica Collection, de “Pequi”.

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Vários modelos do robozinho autônomo SD02 da Synkar na frente de uma fileira de pessoas da mesma equipe
No iFood, robozinho autônomo de startup brasileira ganhou o apelido de ‘ADA’ (Imagem: Divulgação)

A mensalidade da assinatura cobre suporte, manutenção e treinamento. O preço varia conforme a operação do cliente. Até a publicação desta nota, cerca de 300 unidades do robozinho brasileiro tinham sido encomendadas na pré-venda.

De 2018 para cá, o projeto que resultou no SD02 angariou R$ 8 milhões entre investidores e instituições. Entre elas, estão: Sebrae, Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e a agência federal Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

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