marte-2-scaled-e1742905569945-1024x577

Putin quer Marte! Rússia pode estar de volta à corrida espacial

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou, nesta quarta-feira (16), via agência Interfax, que seu país e a China estão desenvolvendo projetos conjuntos de grande envergadura para a exploração espacial. Segundo ele, Moscou mantém firme seu compromisso com programas de investigação do Espaço profundo, que englobam missões à Lua e a Marte, e tem atraído o interesse de diversas nações além de Pequim.

Planeta Vermelho não é cobiçado apenas pelos EUA (e Musk) (Imagem: Buradaki/Shutterstock)

Enquanto Rússia e China se unem por Marte…

  • O bilionário Elon Musk, fundador da SpaceX e atualmente conselheiro do governo Donald Trump, nutre, há tempos, o desejo de enviar uma expedição tripulada a Marte;
  • Em 15 de março, ele declarou que o foguete Starship da SpaceX tem cronograma para ser enviado ao Planeta Vermelho em 2026;
  • Do lado estadunidense, o próprio presidente Donald Trump aproveitou seu primeiro discurso após assumir o cargo para reafirmar a intenção de levar astronautas dos Estados Unidos a Marte:
  • Os Estados Unidos voltarão a ser uma nação em expansão, ampliando nossa riqueza, estendendo nossos domínios e fincando nossa bandeira em novos e magníficos horizontes. Nosso objetivo é enviar americanos para cravar as estrelas e listras no solo marciano”, afirmou.

Leia mais:

Vale lembrar que a rivalidade entre Estados Unidos e Rússia na corrida espacial remonta ao período anterior ao histórico pouso lunar, em 20 de julho de 1969, quando ambas as potências disputavam quem chegaria primeiro à superfície da Lua.

Antes disso, no contexto da Guerra Fria, os países queriam enviar a primeira pessoa ao Espaço — vitória soviética, que mandou Iuri Gagarin em 12 de abril de 1961.

Vladimir Putin assinando um documento e olhando para frente
Líder russo exaltou possibilidade de cooperação com a China (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

O que será da permanência humana no espaço depois do fim da ISS?

Estação Espacial Internacional (ISS) encerrará suas atividades em janeiro de 2031. Depois disso, a NASA irá tirar o laboratório da órbita da Terra para que ela faça uma reentrada ardente na atmosfera e caia em uma área remota do Oceano Pacifico. Desde o seu lançamento em novembro de 2000, ela tem garantido a permanência humana constante no espaço, mas depois do sim fim, ainda restará alguém no espaço?

Para quem tem pressa:

  • A ISS está com data marcada para seu fim, mas a permanência humana constante no espaço está garantida;
  • A Estação Espacial Chinesa Tiangong está em operação desde 2021 e deverá permanecer na órbita por mais alguns anos;
  • Além dela também existem outros laboratórios orbitais que serão lançados em breve como a Estação Axiom e a Estação de Serviço Orbital Russa (ROSS);
  • A Lua também ganhará uma representante nos próximos anos, a Estação Espacial Gateway.

Estação Espacial Tiangong

Bem, a ISS não é a única estação espacial na órbita da Terra, além dela ainda existe a Tiangong, a estação espacial chinesa. Sua construção iniciou em abril de 2021 e atualmente já conta com três módulos. A expectativa é que no futuro o laboratório receba mais três módulos e dobre de tamanho.

A previsão de duração da Estação Espacial Tiangong é de cerca de 10 anos, mas com a adição de novos módulos, talvez ela dure um pouco mais. Isso significa que mesmo após o fim da ISS, a China poderá dar continuidade à permanência humana contínua no espaço.

Laboratórios orbitais que serão lançados nos próximos anos

Além da Tiangong, empresas privadas também estão se programando para lançar suas estações espaciais, uma delas a Estação Axiom. Nos próximos anos a Axiom Space irá lançar módulos que serão acoplados a ISS com intuito de atividades comerciais espaciais. Quando a Estação Espacial Internacional deixar de operar, ela irá se separar, e passará a orbitar a Terra sozinha.

Leia a reportagem completa aqui

O post Putin quer Marte! Rússia pode estar de volta à corrida espacial apareceu primeiro em Olhar Digital.

russia

Satélite da Rússia lança objeto misterioso no espaço

A Força Espacial dos Estados Unidos anunciou que identificou um objeto misterioso no espaço. Ele teria sido lançado por um satélite russo no dia 18 de março, mas o Kremlin mantém sigilo total sobre o assunto.

Análises indicam que três dispositivos da Rússia, Kosmos 2581, 2582 e 2583, estariam envolvidos no caso. Estes satélites apresentaram um comportamento incomum em suas órbitas a 585 km acima da superfície da Terra. 

Satélites fazem parte de missão secreta da Rússia

  • O trio de satélites foi lançado em fevereiro deste ano em uma missão secreta da Rússia.
  • Uma das suspeitas é de que os equipamentos estivessem realizado operações de potencial proximidade, ou seja, estavam se aproximando de outros objetos no espaço. 
  • As autoridades dos Estados Unidos adicionaram aos registros o novo objeto em órbita após o procedimento.
  • Isso sugere que tenha sido liberado pelo Kosmos 25814.
  • As informações são do portal Space.com.
Rússia teria lançado objeto no mês de março (Imagem: Harvepino/Shutterstock)

Leia mais

Diversas teorias foram levantadas

O governo da Rússia mantém total mistério sobre as operações de seus satélites e, claro, em relação ao objeto lançado.

Apesar de poder gerar algum temor, especialmente em função das tensões aqui na Terra, missões do tipo costumam ser sigilosas e não são uma exclusividade russa.

Uma das teorias é que o objeto lançado ao espaço tenha finalidade militar. Ele pode servir para inspeção de objetos em órbita ou prática de mira. Também há a possibilidade que o dispositivo seja uma carga útil científica. 

Governo russo mantém sigilo sobre operações espaciais (Imagem: Slasha/Shutterstock)

Os satélites Kosmos foram criados pela antiga União Soviética e hoje são utilizados pela Rússia para várias funções espaciais. Elas incluem, por exemplo, aplicações em programas experimentais, secretos e militares.

O post Satélite da Rússia lança objeto misterioso no espaço apareceu primeiro em Olhar Digital.

vpn-1024x673

Rússia intensifica censura de VPNs para monitorar privacidade online

A Rússia tem intensificado sua repressão ao uso de tecnologias que protejam a privacidade online, com a agência de censura Roskomnadzor banindo 197 aplicativos de VPN em dezembro de 2024. As informações são da VICE.

Recentemente, outras 47 solicitações foram adicionadas à lista, com o objetivo de dificultar o acesso dos cidadãos a ferramentas que impedem a vigilância governamental. Essas ações fazem parte de uma estratégia mais ampla para controlar o uso da internet e permitir que o governo siga monitorando a população sem enfrentar bloqueios por parte dos usuários de internet no país.

O que fazem as VPNs

  • As VPNs (redes privadas virtuais) funcionam criptografando os dados dos usuários e ocultando seu endereço IP, o que impede que sites e agentes mal-intencionados rastreiem sua atividade online.
  • Embora seja possível contornar a censura em computadores, dispositivos móveis, especialmente com iOS, são mais difíceis de configurar devido às limitações dos sistemas operacionais.
  • Isso pode forçar os usuários a recorrerem a dispositivos como laptops ou desktops para usar VPNs.
Usuários buscam alternativas para contornar restrições do governo russo (Imagem: Jeppe Gustafsson/Shutterstock)

Leia mais

Além da censura governamental, muitos sites começaram a implementar tecnologias para detectar e bloquear usuários de VPN. O NordVPN, por exemplo, oferece uma ferramenta chamada NordWhisper, que ajuda a evitar a detecção em sites, embora não resolva o problema da censura de VPNs na Rússia.

Os esforços da Rússia para a criação de um sistema totalmente nacional de conexão com a internet já haviam começado meses atrás, com testes realizados nas regiões do Daguestão, Chechênia e Inguchétia, áreas povoadas principalmente por minorias étnicas. Leia mais sobre isso aqui.

Censura governamental na Rússia se intensifica – Imagem: Harvepino/Shutterstock

O post Rússia intensifica censura de VPNs para monitorar privacidade online apareceu primeiro em Olhar Digital.

guerra-1-edited-1024x576-1

Ucrânia é alvo de ataque cibernético de ‘grande escala’, segundo agência

Um ataque cibernético de “grande escala” atingiu a ferroviária estatal Ukrzaliznytsia, da Ucrânia, nesta segunda-feira (24), segundo a agência de notícias Reuters. Restauração dos sistemas está em andamento, mas os trens da companhia continuam circulando normalmente.

De acordo com postagem da página da estatal no Facebook, o ataque cibernético não atrasou as viagens. Isso porque a empresa tinha implementado protocolos de backup após ser alvo de ataques anteriormente, segundo o post.

A Reuters também apurou que a companhia tinha identificado uma falha técnica nos seus serviços on-line – por exemplo: venda de passagens pelo site e aplicativo – no domingo (23).

Negociações entre EUA e Rússia sobre possível acordo de paz na Ucrânia começam na Arábia Saudita

As negociações entre Estados Unidos e Rússia sobre um possível acordo de paz na Ucrânia começaram na Arábia Saudita nesta segunda-feira (24). No hotel Ritz-Carlton, em Riad, negociadores dos dois países devem discutir detalhes de um cessar-fogo parcial.

Arábia Saudita recebe negociadores dos EUA e da Rússia para discutirem acordo de paz para guerra na Ucrânia (Imagem: evan_huang/Shutterstock)

O objetivo, nesta segunda, é chegar a uma espécie de “luz de cessar-fogo”, com foco no Mar Negro, segundo a BBC. A Rússia quer reativar um acordo de 2022 que permitiu à Ucrânia exportar seus grãos pelo mar sem ser atacada.

Em troca, os russos exportariam produtos agrícolas e fertilizantes também pelo Mar Negro. Isso garantiria certo alívio das sanções ocidentais.

Leia mais:

Os governos de Ucrânia e Rússia podem estar a poucos passos de fechar um cessar-fogo. Mas, que fique claro — é uma trégua, e não o encerramento do conflito, que já dura três anos. Isso implica em novas estratégias militares de ambos os lados.

elon musk e logo da starlink
‘Se eu desativasse a Starlink, o exército ucraniano entraria em colapso’, disse Musk (Imagem: ssi77/Shutterstock)

Para os ucranianos, pode ser momento de rever a dependência dos satélites da Starlink. Recentemente, o CEO da empresa, Elon Musk, afirmou que toda a linha de frente de Kiev entraria em colapso caso o sistema fosse desligado, como relatou o Olhar Digital.

“Para ser extremamente claro, não importa o quanto eu discorde da política da Ucrânia, a Starlink nunca será desligada no país. Sem nossa empresa, os russos poderiam bloquear todas as outras comunicações e nós nunca faríamos tal coisa”, enfatizou.

Saiba mais nesta matéria do Olhar Digital.

O post Ucrânia é alvo de ataque cibernético de ‘grande escala’, segundo agência apareceu primeiro em Olhar Digital.

iStock-874868146-1024x576

Ucrânia tem apenas uma opção à Starlink — e pode não ser suficiente

Os governos de Ucrânia e Rússia podem estar a poucos passos de fechar um cessar-fogo. Mas, que fique claro — é uma trégua, e não o encerramento do conflito, que já dura três anos. Isso implica em novas estratégias militares de ambos os lados.

Para os ucranianos, pode ser momento de rever a dependência dos satélites da Starlink. Recentemente, o CEO da empresa, Elon Musk, afirmou que toda a linha de frente de Kiev entraria em colapso caso o sistema fosse desligado, como relatou o Olhar Digital.

“Para ser extremamente claro, não importa o quanto eu discorde da política da Ucrânia, a Starlink nunca será desligada no país. Sem nossa empresa, os russos poderiam bloquear todas as outras comunicações e nós nunca faríamos tal coisa”, enfatizou.

Ações de operadora da constelação OneWeb subiram após ameaça de Musk (Imagem: EvgeniyShkolenko/iStock)

Leia mais:

Ucrânia tem alternativa?

  • A Europa até tem plano de lançar sua própria constelação de satélites, a IRIS². O problema é que a rede com 290 dispositivos financiada pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), além de capital privado, não ficará pronta antes de 2030;
  • Segundo o Ars Technica, a opção que resta ao presidente Volodymyr Zelensky é a constelação OneWeb, -rede de 630 satélites lançados entre 2019 e 2023;
  • Isso representa um décimo do tamanho da megaconstelação Starlink da SpaceX, mas garante conectividade de alta velocidade;
  • A reportagem destaca o histórico conturbado da empresa, que passou por uma série de mudanças de propriedade até ser adquirida pela operadora de satélite francesa Eutelsat, em 2023, por US$ 3,4 bilhões (R$ 19,52 bilhões, na conversão direta);
  • No início do ano, as ações estavam sendo negociadas em baixas históricas a US$ 1,25 (R$ 7,17).;
  • Mas, desde a ameaça de desligamento da Starlink, os papéis da empresa dispararam, aumentando quatro vezes seu valor, segundo o site;
  • Os governos britânico e francês possuem, cada um, pouco mais de 10% da empresa.
Empresa prometeu 40.000 novos terminais de nível militar e padrão para Kiev (Imagem: Nzpn/iStock)

Desafios

Para o diretor de pesquisa da Quilty Analytics, Caleb Henry, que está escrevendo um livro sobre a história da OneWeb e foi consultado pelo Ars Technica, o Exército da Ucrânia poderia encontrar alguns obstáculos caso optasse pelos serviços da companhia.

Os soldados não conseguiriam, por exemplo, montar terminais de usuário em drones, como ocorre com sistemas da Starlink, porque os equipamentos da OneWeb são grandes demais para isso, segundo ele. 

Ainda assim, a empresa tem se movimentado para tentar ocupar um espaço que pode se abrir futuramente. A Eutelsat já tem satélites de baixa altitude implantados na Ucrânia para dar suporte a “comunicações governamentais e institucionais”.

À Bloomberg, a CEO, Eva Berneke, informou que há plano para fornecer 40 mil terminais de nível militar e padrão para Kiev dentro de “alguns meses”. E que a companhia está considerando usar 35 satélites geoestacionários para fornecer “capacidade adicional” sobre o país.

O post Ucrânia tem apenas uma opção à Starlink — e pode não ser suficiente apareceu primeiro em Olhar Digital.

iStock-1411784203-1024x665

Onfim: a criança do autorretrato de 1260 que sobreviveu na Rússia

Onfim deixou um presente para o futuro sem saber que o faria. Esse é o nome da criança de sete anos que desenhou um autorretrato em um trabalho escolar que sobreviveu às intempéries dos últimos 800 anos.

Na fina casca de bétula, a representação em figuras de espetos de um cavaleiro matando um inimigo a cavalo, segurando uma arma. Logo acima, é possível ver o exercício do alfabeto cirílico, com as letras A B B G D E E Z, além da assinatura ОНѲИМЄ.

O rabisco foi encontrado na cidade de Novgorod, um estado medieval eslavo oriental que mais tarde se tornou parte da Rússia, como explica reportagem do Live Science. O sítio fica 160 quilômetros ao sul de São Petersburgo, onde funcionava um grande centro comercial e, por consequência, tinha altas taxas de alfabetização.

Vista aérea de fortaleza na cidade russa de Novgorod (Imagem: SimoneN/iStock)

Leia mais:

Coleção preciosa sobre o passado

Conhecida como Gramota No. 200, a descoberta faz parte de uma série de desenhos encontrados em cascas de bétula, antecessor do papel e que era arranhado com instrumentos de metal ou ossos. Os primeiros textos nesse tipo de material foram identificados por arqueólogos em 1951 — até hoje, mais de 1,2 mil deles foram escavados.

A maioria tem o tamanho de um cartão-postal e, segundo o historiador russo Valentin Yanin, mais de 20 mil deles escondem histórias nos solos úmidos e argilosos de Novgorod. O baixo teor de oxigênio, aliás, é o que favorece a boa preservação dos materiais.

Ilustração Gramota No. 203 atribuída a Onfim (Imagem: Reprodução)

O autorretrato foi catalogado em um projetado da organização russa sem fins lucrativos Rukopisnye Pamiatniki Drevneï Rusi (Monumentos de manuscritos da antiga Rússia), intitulado Drevnerusskie Berestianye Gramoty (Gramoty de casca de bétula, em russo antigo), como informou uma reportagem da revista Cabinet.

Outros dois desenhos foram atribuídos a Onfim: Gramota No. 199 e Gramota No. 203. Em um deles, é retratada uma cena aparentemente fantasiosa, com as palavras espaçadas: ГИ ПОМОЗИ РАБУ СВОЄМУ ОНѲИМУ (“Senhor, ajuda teu servo Onfim!”, na tradução).

O post Onfim: a criança do autorretrato de 1260 que sobreviveu na Rússia apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_1654709008-scaled-e1741615979293-1024x577

Desinformação da Rússia ‘infecta’ IAs estilo ChatGPT, alerta pesquisa

Uma extensa rede de desinformação da Rússia tem manipulado chatbots de inteligência artificial (IA) ocidentais – leia-se: plataformas estilo ChatGPT – para espalhar propaganda a favor do governo russo. É o que aponta um estudo do observatório NewsGuard que analisou dez chatbots considerados líderes do setor no Ocidente.

Segundo a pesquisa, os chatbots analisados repetiram mentiras espalhadas pela rede Pravda (mais sobre ela ao longo desta matéria) em mais de 33% dos testes.

Escala da rede de desinformação da Rússia que mira chatbots é ‘sem precedentes’

A rede Pravda – também conhecida como “Portal Kombat” – é uma operação baseada em Moscou e bem financiada. Seu objetivo é espalhar narrativas pró-Kremlin mundo afora. E ela estaria distorcendo as respostas dos chatbots ao inundar grandes modelos de linguagem (LLMs, na sigla em inglês) com mentiras a favor do governo russo, segundo o estudo em questão.

Ainda de acordo com a pesquisa, a ameaça vai além dos modelos de IA generativa que captam desinformação na web. A rede mira deliberadamente em chatbots para alcançar um público mais amplo, numa tática de manipulação que os pesquisadores chamam de “LLM grooming”.

A capacidade da rede Pravda, da Rússia, de espalhar desinformação em tal escala é sem precedentes (Imagem: trambler58/Shutterstock)

“Quantidades massivas de propaganda russa — 3.600.000 artigos em 2024 — agora estão incorporadas nas saídas dos sistemas de IA ocidentais, infectando suas respostas com alegações falsas e propaganda“, escreveram os pesquisadores McKenzie Sadeghi e Isis Blachez, do NewsGuard.

Num estudo separado, o American Sunlight Project alertou sobre o alcance crescente da rede Pravda. E a probabilidade de que seu conteúdo pró-Rússia estivesse inundando os dados usados em treinamentos de grandes modelos de linguagem, segundo a AFP (via TechXplore).

A capacidade da rede Pravda de espalhar desinformação em tal escala é sem precedentes, e seu potencial de influenciar sistemas de IA torna essa ameaça ainda mais perigosa.

Nina Jankowicz, CEO do American Sunlight Project, para a AFP

Leia mais:

Recuo dos Estados Unidos

Ilustração juntando bandeiras dos Estados Unidos com a da Rússia
Estados Unidos têm mudado sua postura em relação à Rússia depois da posse de Donald Trump para segundo mandato na presidência (Imagem: icedmocha/Shutterstock)

A disseminação de desinformação pró-Rússia pode aumentar conforme os Estados Unidos recuam no front cibernético contra Moscou, alertaram os especialistas ouvidos pela agência de notícias.

Recentemente, a imprensa estadunidense repercutiu a ordem do Secretário de Defesa, Pete Hegseth, para pausar as operações cibernéticas do país contra a Rússia, incluindo o planejamento de ações ofensivas.

A mudança de postura dos EUA ocorre enquanto o presidente Donald Trump pressiona por negociações para terminar a guerra entre Rússia e Ucrânia, que ocorre há três anos.

Recentemente, o líder dos EUA repreendeu o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, numa reunião polêmica na Casa Branca. O Pentágono se recusou a comentar sobre o assunto.

O post Desinformação da Rússia ‘infecta’ IAs estilo ChatGPT, alerta pesquisa apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_2586979215-1024x768

Estados Unidos vão suspender operações cibernéticas contra Rússia

Os Estados Unidos suspenderam as operações cibernéticas contra a Rússia. De acordo com o site The Record, a ordem foi autorizada pelo Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, e impede hacking direcionado aos russos.

A medida faz parte das tentativas do governo Trump de fazer concessões a Moscou e acabar com a guerra na Ucrânia.

A ordem teria acontecido antes do encontro entre Trump e Zelensky, na semana passada (Imagem: bella1105 / Shutterstock.com)

Estados Unidos vão parar hacking contra Rússia

Segundo o site, Hegseth teria ordenado interrupção de ataques cibernéticos direcionados (hacking) contra a Rússia, algo que afeta a operação do US Cyber Command, uma divisão do Departamento de Defesa estadunidense. No entanto, não se aplica à espionagem, que fica por conta da National Security Agency.

De acordo com sites internacionais, como The New York Times e pelo The Washington Post, a medida faz parte da tentativa de Donald Trump de atrair uma negociação com o presidente russo Vladimir Putin e acabar com a guerra na Ucrânia. A ordem aconteceu antes da reunião no Salão Oval entre Trump, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, e presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Além disso, segundo o jornal britânico The Guardian, o governo americano não enxerga mais os hackers russos como uma ameaça à segurança cibernética. A agência de segurança cibernética dos EUA, CISA, foi ordenada a não relatar mais ameaças russas ao governo, priorizando os ataques vindos da China.

Medida seria na tentativa de encerrar guerra na Ucrânia (Imagem: evan_huang/Shutterstock)

O que dizem as agências de segurança dos EUA

  • O US Cyber Command e o Pentágono (sede do Departamento de Defesa) não comentaram o assunto. Um alto funcionário da defesa disse ao The Record que as instituições não discutem “inteligência cibernética, planos ou operações”;
  • Já o Departamento de Segurança Interna, responsável pela CISA, respondeu ao TechCrunch negando que a agência pararia de reportar ameaças russas;
  • Tricia McLaughlin, secretária assistente de Segurança Interna, disse que o memorando com a ordem não veio do governo de Trump e que a CISA “continua comprometida em abordar todas as ameaças cibernéticas à infraestrutura crítica dos EUA, incluindo a da Rússia”. 

O post Estados Unidos vão suspender operações cibernéticas contra Rússia apareceu primeiro em Olhar Digital.