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Dormir com plantas no quarto faz mal à saúde?

Existe uma lenda ainda muito difundida de que dormir com plantas no quarto faz mal à saúde, principalmente, porque poderíamos ser privados de oxigênio durante o sono. Contudo, a ciência prova que isso é um grande mito. Muito pelo contrário, ter plantas em ambientes internos pode ser um enorme benefício para manter o ar mais puro e livre de toxinas.

Além disso, especialistas ainda afirmam que algumas espécies podem até contribuir para noites de sono ainda mais tranquilas. Descubra tudo isso e mais um pouco neste artigo, e aprenda quais plantas são as mais indicadas para colocar no seu quarto. Confira!

Por que manter plantas no quarto não faz mal à saúde

Ainda que, como organismos aeróbicos, as plantas consumam oxigênio do ambiente em que estão, nunca será o suficiente para sufocar uma pessoa, segundo a ciência. Então, mesmo que você tenha uma planta gigante em seu quarto, fique tranquilo que ela não sugará todo o seu ar.

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Embora as plantas que cultivamos dentro de casa consumam oxigênio, a quantidade absorvida por elas é mínima e não representa qualquer risco para os moradores. Fatores como tamanho, taxa de crescimento e temperatura ambiente influenciam essa captação, mas, no geral, as plantas liberam muito mais oxigênio do que consomem, garantindo um ambiente saudável e equilibrado.

Estudos indicam que algumas espécies vegetais possuem a capacidade de aliviar o estresse/Shutterstock_Pixel-Shot

Alberto Romero Blanco, biólogo da equipe de pesquisa em invasões biológicas e ecotoxicologia da Universidade de Alcalá, explica no site The Conversation que o consumo de oxigênio pelas plantas domésticas é insignificante, especialmente quando comparado à necessidade de um ser humano.

De acordo com o biólogo, um grupo de petúnias pesando 5 kg absorveria apenas 0,01 litro de oxigênio ao longo de oito horas noturnas. Já um adulto consome cerca de 124,8 litros no mesmo período – uma diferença gigantesca.

Em outras palavras, não há planta grande o bastante para competir com o consumo humano de oxigênio, tornando infundado qualquer receio de sufocamento por vegetação em ambientes fechados. Pelo contrário, ter plantas em casa contribui para um espaço mais agradável, ajudando na qualidade do ar e proporcionando sensação de bem-estar.

Benefícios de ter plantas no quarto e em ambientes da casa

Um estudo conduzido pela empresa de paisagismo Ambius, em parceria com Fraser Torp, professor e pesquisador de biorremediação da Universidade de Tecnologia de Sydney (UTS), na Austrália, revelou o impacto positivo das plantas na purificação do ar.

A análise demonstrou que uma pequena parede verde, composta por uma variedade de espécies, foi capaz de eliminar até 97% dos compostos tóxicos presentes no ambiente em apenas oito horas. Os resultados reforçam o potencial das plantas como aliadas na melhoria da qualidade do ar, especialmente em espaços fechados, onde poluentes nocivos podem se acumular.

Jovem sorrindo, calma, vestida com roupas casuais, deitada na cama com as mãos juntas sob a cabeça, dormindo, descansando, relaxando, passando tempo no quarto, relaxando, em casa, no próprio quarto, em casa, acordando, sonhando, perdida em devaneios, bom dia.
Segundo pesquisas, ter plantas no quarto ajuda a dormir/Shutterstock_ViDI Studio

Aqui no Brasil, a doutora em saúde pública pela Universidade de São Paulo, Claudia Moreno em entrevista à CNN indica que espécies como aloe vera, lavanda, espada-de-são-jorge e jasmim podem ser aliadas para quem quer ter uma boa noite de sono.

De acordo com a pesquisadora, essas espécies vegetais possuem a capacidade de aliviar o estresse, o que, por sua vez, contribui para uma melhora na qualidade do sono. Claudia também destaca que estudos apontam que esse efeito relaxante é ainda mais expressivo entre os idosos, tornando as plantas uma aliada natural no bem-estar e na promoção do descanso adequado.

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Tomar café à noite é mesmo ruim e interfere no sono?

O café é um alimento muito popular pelo mundo, principalmente em forma de bebida. No Brasil, tomar um cafezinho pela manhã é essencial para a maioria das pessoas, para acordar e aumentar a disposição para enfrentar o dia que vem pela frente.

Inclusive, é bastante comum que o café também seja consumido em outros momentos ao longo do dia, como depois do almoço e no café da tarde. Contudo, é preciso tomar cuidado com o horário em que ele é consumido porque consumi-lo muito tarde pode atrapalhar o sono.

Isso porque a cafeína é famosa por ter propriedades estimulantes que nos mantém alerta, totalmente ao contrário de como o corpo espera ficar perto da hora de dormir. Dessa forma, um cérebro quimicamente mais estimulado — pelo café — terá dificuldades para dormir.

Então, vem a pergunta: quando devemos parar de beber o café durante o dia? Ou, então, o quão tarde você pode ingerir a bebida sem que ela seja prejudicial ao seu sono? Veja na matéria abaixo.

Tomar café à noite é mesmo ruim e interfere no sono?

A cafeína bloqueia os efeitos da adenosina, um químico natural do corpo que promove o desejo de dormir. Além disso, reduz os níveis de melatonina, o que pode interferir no sono. Por isso, tomar café à noite pode ser ruim.

Mulher assoprando café em uma xícara / Crédito: Pheelings media (shutterstock/reprodução)

Além disso, a substância encontrada no café pode, inclusive, aumentar os níveis de ansiedade nas pessoas. Sendo assim, vemos que a cafeína tem quase tudo o que é capaz de nos impedir de dormir.

Então, que horas é recomendado tomar a última xícara de café do dia? Antes de qualquer coisa, é preciso dizer que isso é bastante individual, dependendo do organismo de cada pessoa.

E muito disso é por conta da nossa genética, que faz com que algumas pessoas sejam capazes de metabolizar a cafeína mais rapidamente do que outras.

Quem metaboliza a cafeína lentamente, provavelmente deve evitar a cafeína noturna caso queira ter uma boa noite de sono, de acordo com o nutricionista Anthony DiMarino, em entrevista para a Cleveland Clinic.

De acordo com o profissional, pode levar de duas a 10 horas para que apenas metade dos efeitos da cafeína passem, e isso varia de pessoa para pessoa.

No entanto, especialistas em sono aconselham, no geral, que se você for para a cama por volta das 23h, o ideal é parar de tomar café por volta das 14h ou 15h, por exemplo. Por mais que pareça cedo, há algumas evidências de que beber cafeína por volta de seis horas antes de dormir já é o suficiente para que o sono sofra alterações.

Xícara de café e alguns grãos
Xícara de café e alguns grãos (Imagem: worradirek/Shutterstock)

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Já uma revisão de estudos publicada na revista Sleep chegou à conclusão de que, para evitar os efeitos da cafeína na hora de dormir, a última xícara precisa ser consumida cerca de 8,8 horas antes da pessoa ir para a cama.

Isso significa que, se você costuma dormir às 22h, o último café deve ser tomado idealmente logo depois do almoço, por volta das 13h.

Apesar de existir praticamente um consenso a respeito do horário máximo de consumo de café, o mesmo não vale para a quantidade a ser ingerida. E isso também tem a ver com as diferenças de metabolização da cafeína em cada organismo.

Ainda de acordo com o estudo, consumir uma xícara de café perto da hora de dormir diminui o tempo total de sono, e o impacto aumenta quanto mais próximo da hora de ir para a cama ele for ingerido.

O consumo da cafeína mais perto da hora de dormir reduz em cerca de 45 minutos o tempo de sono, diminuindo a eficiência do descanso em 7%, encurtando o tempo de sono profundo e aumentando o de sono leve.

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Mitos e verdades por trás do magnésio

Kathleen Janus, autora e palestrante de Stanford, encontrou uma solução inesperada para seus problemas de sono: magnésio. Após anos acordando durante a noite, ela descobriu, por meio de sua nutricionista, que tinha deficiência do mineral. O relato de Janus foi detalhado em uma matéria do Wall Street Journal.

Após 11 dias de banho de magnésio, ela passou a dormir ininterruptamente por nove horas.

Janus não estava sozinha. Muitas mulheres enfrentam problemas de sono e recorrem a alternativas naturais, como o magnésio, que está em alta desde 2020, com vendas de suplementos e produtos relacionados aumentando significativamente.

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O magnésio está em alta, virando tendência em redes sociais e com uma demanda crescente por produtos que contém o mineral – Imagem: New Africa/Shutterstock

Magnésio cresceu em popularidade

  • Especialistas atribuem a popularidade do magnésio à influência de vídeos virais no TikTok, como o Sleepy Girl Mocktail, uma bebida à base de magnésio.
  • A demanda por produtos de magnésio aumentou, com pessoas buscando maneiras naturais de melhorar a saúde e o bem-estar. No entanto, a eficácia do magnésio ainda é debatida.
  • Alguns estudos indicam que ele pode melhorar o sono, mas não há consenso. Para médicos como o Dr. Alcibiades Rodriguez, da NYU, e o Dr. Michael Breus, especialista em sono, o magnésio pode ser útil para algumas pessoas, mas não é uma solução universal.

Além disso, o magnésio é recomendado por nutricionistas para tratar problemas comuns, como cãibras durante a gravidez e insônia. No entanto, os especialistas alertam sobre a falta de regulamentação nos suplementos e a importância de saber a quantidade adequada a ser consumida.

O magnésio pode ser benéfico em certos casos, mas para queixas leves, os efeitos podem ser limitados.

Ou seja, é a mesma história de sempre: nada de se medicar por conta! Procure um profissional qualificado para te instruir.

Especialistas admitem que o magnésio pode ajudar a melhorar a qualidade do sono, mas não deve ser considerada uma solução para todos os casos e pessoas – Imagem: Tero Vesalainen / Shutterstock

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Qual a relação entre demência e apneia do sono? Veja o que diz a ciência

A apneia do sono é uma condição grave que vai muito além de roncos ou noites mal dormidas, podendo causar diversos prejuízos ao corpo, especialmente ao cérebro. Um dos maiores perigos é o aumento do risco de demência associado a apneia.

Pesquisas recentes indicam que as repetidas pausas na respiração durante o sono podem reduzir o fornecimento de oxigênio ao cérebro, afetando funções cognitivas a longo prazo.

Entenda a relação entre demência e apneia do sono

Um estudo realizado na Universidade de Michigan e publicado no periódico SLEEP Advances, revelou que a apneia obstrutiva do sono aumenta o risco de demência nas pessoas. No entanto, mulheres mais velhas têm maior probabilidade de terem a doença.

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Para realizar a pesquisa, foram reunidos dados de cerca de 18.500 adultos com mais de 50 anos que nunca haviam sido diagnosticados com demência. Essas informações foram coletados durante um período de 10 anos por meio do Health and Retirement Study (HRS).

Inicialmente, os pesquisadores identificaram a apneia nos participantes, realizando diagnósticos autorrelatados ou triagens baseadas em questionários específicos. A partir daí, descobriram a relação da doença com a perda cognitiva, que desencadeia a demência.

Além disso, os pesquisadores observaram que, embora os homens também corram esse risco, às mulheres apresentaram maiores chances de desenvolver o transtorno neurocognitivo.

Ronco, sono agitado e falta de disposição são alguns dos sintomas de apneia do sono/Shutterstock_New Africa

Apneia do sono e os danos cognitivos

A apneia do sono, frequentemente observada em pacientes diagnosticados com demência, também pode estar associada à Alzheimer. Segundo a Dra. Jerusa Smid, médica neurologista e coordenadora do Departamento Científico de Cognição da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) ao portal Drauzio, alguns estudos indicam que o sono desempenha um papel crucial na remoção de proteínas patogênicas do cérebro, um processo que pode impactar diretamente a saúde cognitiva.

Sendo assim, quando há privação de sono e a remoção dessas proteínas não acontecem, portanto, esse acúmulo no cérebro aumenta o risco de declínio cognitivo e doenças relacionadas. No caso do Alzheimer, a beta-amiloide é a proteína depositada no cérebro dos pacientes.

Por que é importante entender a relação de apneia e demência?

Doenças como a demência e o Alzheimer representam desafios significativos para a medicina moderna devido à dificuldade de encontrar curas definitivas ou tratamentos completamente eficazes. Diante disso, cientistas ao redor do mundo dedicam-se a investigar possíveis causas dessas condições, buscando compreender os fatores que contribuem para seu desenvolvimento.

Esses esforços são essenciais não apenas para aprimorar os métodos de diagnóstico e tratamento, mas também para criar estratégias de prevenção, com o objetivo de reduzir a incidência de novos casos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias.

Conforme abordado neste artigo, pesquisas indicam que a apneia do sono está entre os fatores contribuintes para o desenvolvimento de doenças cognitivas. Diferentemente de condições como demência e Alzheimer, a apneia do sono dispõe de tratamentos mais eficazes e oferece um controle mais significativo. Confira a seguir as opções de tratamento e como o diagnóstico é realizado.

Como é realizado o diagnóstico e tratamento de apneia?

Vista lateral próxima de um paciente do sexo masculino dormindo em uma cama de hospital com máscara de oxigênio no quarto branco. Jovem se recuperando após a doença ou recebendo terapia de apneia obstrutiva do sono na enfermaria do hospital.
Paciente recebendo terapia de apneia obstrutiva do sono na enfermaria de um hospital/Shutterstock_Studio Romantic

Pacientes que apresentam sintomas noturnos como o ronco associado à fragmentação do sono, caracterizada por diversos despertares, sonolência, cansaço e fadiga devem procurar ajuda de um profissional. Afinal, esses são os maiores sinais de apneia.

A partir da consulta ao especialista, o diagnóstico pode ser realizado por meio de um exame chamado polissonografia, que monitora diversos parâmetros enquanto a pessoa dorme. No entanto, essa análise envolve uma combinação de avaliação clínica, como histórico médico e avaliação das vias aéreas superiores, como garganta, nariz e mandíbula, para identificar possíveis obstruções.

Conforme indicado pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, o objetivo do tratamento é assegurar que a garganta permaneça aberta, evitando episódios de apneia, redução nos níveis de oxigênio no sangue, elevação da pressão arterial e aumento da liberação de adrenalina. Além disso, busca-se melhorar a sonolência excessiva durante o dia e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

A partir da identificação dos fatores relacionados ao quadro de cada paciente, são indicados tratamentos específicos. Tais como:

Apneia leve e moderada (casos selecionados):

  • Aparelhos intraorais: facilitam o aumento da passagem de ar na região da garganta.
  • Fonoaudiologia: contribui para o fortalecimento dos músculos responsáveis por manter a garganta aberta.

Apneia moderada a acentuada:

  • CPAP (Gerador de Pressão Positiva Contínua na Via Aérea): é considerado o principal tratamento. O dispositivo proporciona o bombeamento de ar, prevenindo o fechamento da garganta e as consequências prejudiciais da apneia.
  • Cirurgias: tratamentos reservados para situações específicas, sendo indicados apenas em casos excepcionais.

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Fazer isso antes de dormir aumenta o risco de insônia em 59%

Muitos de nós temos algum ritual de preparação para dormir, como ler, ouvir música ou assistir TV. No entanto, uma atividade aparentemente inofensiva – o uso do celular antes de dormir – pode estar afetando negativamente a qualidade do sono.

Um estudo conduzido pelo Instituto Norueguês de Saúde Pública e publicado na revista Frontiers in Psychiatry revelou que o tempo de tela na cama tem uma ligação significativa com o aumento dos sintomas de insônia.

A pesquisa com 45.202 pessoas descobriu que uma hora de uso do telefone antes de dormir aumenta o risco de insônia em 59% e reduz o tempo de sono em 24 minutos.

A atividade realizada no celular não interfere no efeito

  • Embora o uso de redes sociais fosse esperado como um dos principais culpados, o estudo mostrou que qualquer tipo de atividade no celular, como assistir a filmes, jogar ou navegar, tinha o mesmo efeito prejudicial no sono.
  • O principal fator que interfere no descanso não é o tipo de conteúdo consumido, mas o tempo gasto na tela, que atrasa o sono ao ocupar um período que deveria ser dedicado ao descanso.
  • Os pesquisadores destacam que, além de atrasar o início do sono, o uso de telas também interfere nos ritmos circadianos devido à luz emitida pelos dispositivos, o que prejudica o ciclo natural de sono.
  • Além disso, interagir com o celular pode manter a mente ativa, dificultando o relaxamento necessário para adormecer.
Ficar por uma hora no celular antes de dormir tem efeitos negativos na qualidade do nosso sono – Imagem: Tero Vesalainen – Shutterstock

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Embora o estudo se concentre em jovens adultos, ele sugere que o problema não é exclusivo dessa faixa etária, já que o uso de telas antes de dormir é comum entre muitas pessoas.

Para melhorar a qualidade do sono, especialistas recomendam reduzir o tempo de tela antes de dormir, idealmente pelo menos 30-60 minutos antes de deitar. Isso pode ser combinado com a desativação de notificações para evitar interrupções durante a noite.

O estudo ainda possui limitações, como a impossibilidade de determinar causalidade, os resultados indicam que reduzir o tempo de tela na cama pode ter um impacto positivo na saúde do sono. Mais pesquisas são necessárias para aprofundar esses achados e oferecer soluções mais específicas.

Insônia. Imagem: Shutterstock
Estudo focou em jovens adultos, mas sugere que os impactos podem se aplicar a qualquer faixa etária – Imagem: Shutterstock/SB Arts Media

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É mesmo possível dormir de olhos abertos?

Ser incapaz de fechar os olhos por completo em todos os momentos do dia, inclusive ao dormir, é uma condição chamada de Lagoftalmo, que prejudica a saúde ocular da pessoa. A seguir, o Olhar Digital traz mais detalhes sobre essa situação patológica.

É mesmo possível dormir de olhos abertos?

Sim, é possível dormir de olhos abertos. Porém, se essa dificuldade de fechar as pálpebras por completo for apenas durante o sono, isso tem um nome ainda mais específico: lagoftalmo noturno.

Mulher de olhos abertos (Reprodução: Amanda Dalbjörn/Unsplash)

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCPO) o problema tem como principal causa a paralisia do nervo facial, pois é o responsável pela movimentação da musculatura superficial da face.

Quando há algum tipo de lesão, ocorre uma perda de parte do estímulo de contração na musculatura facial. Assim, a pessoa não consegue fechar o olho do lado da paralisia.

Ainda existem outras causas, como herpes, hanseníase, HIV e mais condições infecciosas. Também, há a possibilidade de o Lagoftalmo ser decorrente de traumas e sequelas de procedimentos cirúrgicos. Em alguns casos, a medicina sequer consegue identificar o que está ocasionando o problema. 

A SBCPO ainda lista causas neurológicas, tumores, questões metabólicas (como hipertensão e diabetes), além de intoxicações por meio de medicamentos e drogas.

Animais também conseguem dormir de olhos abertos?

Sim, mas segundo uma publicação do Northwest Animal Eye Specialists, isso é mais comum do que você imagina. Cachorros, por exemplo, podem dormir com os olhos parcialmente abertos, virados para trás e sem foco. Isso é algo intrínseco aos padrões de sono canino. 

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Crocodilo cochilando de olhos abertos (Imagem: Carl Tomich/Shutterstock)

Porém, caso você note que o seu pet está irritado, apresente vermelhidão, secreção nos olhos, está desorientado, e até mesmo dormindo em horários errados, é recomendável levá-lo a um especialista.

Isso porque o próprio Northwest Animal Eye Specialists afirma que, apesar de geralmente não ser algo a se preocupar, esse comportamento em cães também pode ser sinal de movimento ocular anormal, infecções oculares e trauma ocular. 

Vale destacar que também existem outras espécies do reino animal que conseguem dormir de olhos abertos para ficarem atentos às ameaças, como aves, golfinhos e crocodilos.

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Quais problemas podem acometer o corpo ao dormir com os olhos abertos?

Conforme explica o artigo do American Academy of Ophthalmology, além de provocar ressecamento e irritação aos globos oculares, o Lagoftalmo pode trazer sérios problemas à saúde por conta da exposição da córnea e da ceratopatia subsequente, as quais podem desenvolver uma ceratite infecciosa: uma inflamação da camada mais superficial da córnea.

Casos como esse vão além do desconforto ocular e, se não tratados, podem deixar sequelas graves.

Há, também, a possibilidade do problema progredir para uma ulceração da córnea (uma ferida aberta nesta região) que pode provocar vermelhidão, sensação de corpo estranho no interior do olho, hipersensibilidade à luz intensa, aumento da secreção lacrimal e dor. 

Essa doença pode ser tratada, mas corre o risco de deixar uma cicatriz fibrosa, o que danifica a visão. Além disso, há complicações como a perfuração da córnea, infecções persistentes, destruição de grande parte do tecido da cavidade ocular e deslocamento da íris.

Então, na dúvida, é sempre bom consultar um médico oftalmologista para elucidar dúvidas e, se necessário, realizar exames para chegar a um diagnóstico.

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Dia do Sono: como os vestíveis monitoram a qualidade do descanso

Março é o mês mundial do sono, especialistas destacam como as novas tecnologias, especialmente os vestíveis, estão ajudando a melhorar a qualidade do descanso.

Esses aparelhos são práticos, fornecendo informações detalhadas sobre os padrões noturnos de cada indivíduo. Além disso, eles ajudam a identificar comportamentos que podem prejudicar o descanso.

O que são os vestíveis?

Entre os dispositivos mais inovadores entre os vestíveis, estão os smartwatches, anéis e outros dispositivos que monitoram sono e metabolismo, oferecendo benefícios para a saúde física e mental. Esses dispositivos utilizam sensores para coletar dados, como saturação de oxigênio, frequência cardíaca, temperatura corporal e movimento.

Um exemplo é a healthtech brasileira Biologix, que criou uma inteligência artificial (IA) para diagnosticar apneia do sono em casa e já realiza mais de 10 mil exames por mês.

Vestíveis se mostram importantes para a saúde (Imagem: Lysenko Andrii/Shutterstock)

Sara Giampá, pesquisadora científica da Biologix, explica que “esses dispositivos analisam os padrões de sono, estimam a qualidade e a duração do descanso e podem identificar distúrbios, como a apneia do sono, caracterizada por pausas respiratórias.” Ela complementa: “Além de alertar o usuário sobre problemas, como a apneia, que, muitas vezes, passa despercebida, também sugerem práticas para melhorar a qualidade do sono.”

É importante lembrar que, como qualquer tecnologia, esses dispositivos podem apresentar alguns desafios. “Os dados coletados nem sempre são totalmente precisos. Além disso, nem todos os dispositivos têm validação clínica, o que pode levar a interpretações equivocadas“, explica Sara. Por isso, ela enfatiza a importância de buscar orientação médica para diagnóstico adequado de possíveis distúrbios do sono.

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Impacto do sono para a saúde

  • A quantidade de sono necessária varia de pessoa para pessoa. Contudo, especialistas recomendam que adultos durmam entre sete a nove horas por noite;
  • Sara ressalta que, além do tempo, a qualidade do sono também é vital. “Mesmo que uma pessoa durma por oito horas, se não passar pelos estágios mais profundos do sono, como o sono REM e o sono profundo, ela pode não se sentir completamente descansada“;
  • Os vestíveis têm se mostrado aliados importantes no monitoramento do sono;
  • No entanto, fatores, como estresse, exposição à luz azul das telas e hábitos diários, podem afetar a qualidade do descanso;
  • Para melhorar o sono, a especialista sugere evitar o uso de aparelhos eletrônicos uma hora antes de dormir e praticar exercícios regularmente.

Com o auxílio de tecnologias inovadoras, como os vestíveis, é possível ter um controle mais detalhado sobre os fatores que impactam o sono. No entanto, é fundamental usar esses dispositivos com consciência e sempre contar com a orientação de profissionais de saúde para garantir o diagnóstico e tratamento adequados de distúrbios do sono.

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Com o auxílio de tecnologias inovadoras, como os vestíveis, é possível ter um controle mais detalhado sobre os fatores que impactam o sono (Imagem: New Africa/Shutterstock)

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Por que não se deve acordar um sonâmbulo?

O sonambulismo é um distúrbio do sono no qual a pessoa realiza atividades motoras, como andar e executar tarefas, sem estar consciente. Embora haja um mito popular de que “não pode acordar sonâmbulo”, a realidade é mais complexa. Acordá-los abruptamente pode causar reações inesperadas, como confusão, desorientação e até mesmo agressividade.

Neste artigo, exploramos as razões por trás dessa recomendação e o que fazer ao encontrar alguém em um episódio de sonambulismo.

O que fazer durante um episódio de sonambulismo?

Sonambulismo / Crédito: Pixel-Shot (shutterstock/reprodução)

Uma dúvida comum é se o sonâmbulo pode ser acordado. Segundo especialistas, é possível, mas deve-se fazer isso com muito cuidado. Acordá-los de forma brusca pode gerar reações imprevisíveis. O ideal é conduzir o indivíduo suavemente de volta para a cama para evitar riscos. Se for necessário acordá-lo, deve-se fazer isso de forma delicada e sem o assustar.

Sonambulismo: quem desenvolve o distúrbio do sono

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Pessoa dormindo / Crédito: Prostock-studio (shutterstock/reprodução)

O sonambulismo é mais comum em crianças, afetando até 40% delas em algum momento, e geralmente desaparece na adolescência. Entre adultos, a prevalência varia de 0,5% a 4%. O sonambulismo tem forte componente genético, sendo mais frequente em gêmeos idênticos e em pessoas com histórico familiar.

Os episódios ocorrem geralmente nas primeiras horas do sono profundo e podem durar de segundos a mais de 30 minutos. A causa exata ainda é desconhecida, mas envolve a ativação irregular das áreas motoras do cérebro enquanto as responsáveis pela consciência permanecem inativas.

Fatores como uso de sedativos, álcool, estresse, ansiedade e febre aumentam o risco de sonambulismo. Além disso, problemas respiratórios, refluxo gastroesofágico e transtorno de estresse pós-traumático podem estar associados ao distúrbio.

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Recomendações para conviver com um sonâmbulo

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Sonambulismo / Crédito: NewAfrica (shutterstock/reprodução)

Para conviver com um sonâmbulo de forma segura, é essencial tomar alguns cuidados com o ambiente. Trancar portas e janelas, retirando as chaves, ajuda a evitar que a pessoa saia de casa sem perceber. 

Também é recomendável instalar telas ou grades de proteção nas janelas, além de bloquear o acesso às escadas e evitar o uso de beliches para reduzir o risco de quedas. Além disso, é importante guardar objetos cortantes em locais seguros e remover e obstáculo para minimizar a chance de tropeços. 

Outra medida útil é o uso de luzes com sensor de movimento, que podem alertar os familiares caso o sonâmbulo se movimente durante a noite.

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Durma rápido! Confira a técnica militar para relaxar o corpo e ter uma boa noite de sono

A dificuldade para adormecer afeta muitas pessoas, levando à busca por métodos eficazes para alcançar um sono reparador. Uma dessas abordagens é a técnica militar, desenvolvida para auxiliar soldados a dormirem rapidamente em condições adversas. Vamos aprender como os soldados fazem para dormir rápido?

Como dormir rápido de acordo com uma técnica usada por militares

Imagem: Getmilitaryphotos/Shutterstock

A técnica militar foi criada para ajudar soldados a adormecerem em menos de dois minutos, mesmo em ambientes hostis. Focado em como dormir rápido, o método combina relaxamento muscular progressivo, controle da respiração e visualização mental para induzir o sono rapidamente.

Passo a passo da técnica militar

  1. Posição confortável: deite-se ou sente-se de maneira relaxada, garantindo que todo o corpo esteja apoiado.
  2. Relaxamento facial: feche os olhos e respire profundamente. Relaxe todos os músculos do rosto, incluindo testa, olhos, bochechas, mandíbula e língua.
  3. Solte os ombros: deixe os ombros caírem naturalmente, liberando a tensão. Relaxe os braços, antebraços e mãos, começando pelo lado dominante e depois o outro.
  4. Respiração controlada: expire lentamente, relaxando o peito. Mantenha uma respiração profunda e ritmada.
  5. Relaxamento das pernas: relaxe os músculos das coxas, joelhos, panturrilhas e pés, permitindo que a gravidade os acomode.
  6. Limpeza mental: após relaxar o corpo, esvazie a mente por cerca de 10 segundos. Visualize cenas tranquilas, como estar deitado em uma canoa sob um céu azul ou em um quarto escuro em uma rede confortável.

Embora a técnica tenha sido desenvolvida para militares, muitos civis relatam benefícios ao aplicá-la. No entanto, a eficácia pode variar, e a prática regular é essencial para melhores resultados. Alguns especialistas sugerem que a técnica pode funcionar ao promover o relaxamento físico e mental, elementos cruciais para a indução do sono.

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Há outras técnicas para dormir rápido?

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Imagem: New Africa/Shutterstock

Além da técnica militar, outras abordagens podem auxiliar na indução do sono de forma eficaz.

Respiração diafragmática (técnica 4-7-8)

A respiração diafragmática, também conhecida como técnica 4-7-8, é uma prática que visa reduzir a ansiedade e promover o relaxamento. Consiste em inspirar pelo nariz durante 4 segundos, segurar a respiração por 7 segundos e expirar lentamente pela boca por 8 segundos.

Repetir esse ciclo algumas vezes pode ajudar a diminuir a frequência cardíaca e acalmar o sistema nervoso, facilitando o sono. Embora não haja ampla evidência científica que comprove sua eficácia, muitos indivíduos relatam benefícios ao praticá-la regularmente.

Posição dos pés elevados

Outra técnica envolve deitar-se de costas e elevar as pernas, apoiando os pés em uma superfície elevada, formando um ângulo de aproximadamente 45 graus. Essa posição pode melhorar a circulação sanguínea e promover o relaxamento, auxiliando na indução do sono. No entanto, é importante garantir que a posição seja confortável e não cause desconforto ou tensão muscular.

Higiene do sono e ambiente adequado

Além das técnicas mencionadas, manter uma boa higiene do sono é fundamental. Isso inclui estabelecer uma rotina regular de horários para dormir e acordar, criar um ambiente propício ao sono (escuro, silencioso e com temperatura agradável) e evitar o uso de dispositivos eletrônicos antes de deitar. Práticas como meditação, leitura ou ouvir música suave também podem preparar a mente e o corpo para o descanso.

Com informações de Sleep Foundation.

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