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Domo de Ouro: SpaceX é uma das favoritas para desenvolver o escudo militar dos EUA

A construção do Domo de Ouro, o escudo militar dos Estados Unidos, pode estar mais perto de virar realidade. E de acordo com seis fontes familiarizadas com o assunto consultadas pela Reuters, a SpaceX, de Elon Musk, pode ser uma das favoritas para o desenvolvimento.

Outras duas empresas também estão cotadas para a construção da defesa aérea dos EUA. As três são fundadas por empreendedores que apoiam o presidente Donald Trump. No entanto, há divergências sobre como o processo de decisão e administração do equipamento pode funcionar.

Apesar do suposto favoritismo, o Domo de Ouro ainda está em estágios iniciais e não há nada decidido. A decisão caberá a Trump.

Muks é aliado pessoal de Trump e ganhou um cargo no governo federal (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

SpaceX é uma das favoritas para construir o Domo de Ouro

Em 27 de janeiro, Trump citou um ataque de mísseis como “a ameaça mais catastrófica que os Estados Unidos enfrentam”, justificando a ordem executiva que deu origem ao Domo de Ouro. A estrutura será justamente um escudo aéreo de defesa antimísseis.

Agora, a SpaceX, de foguetes e satélites, surgiu como uma das favoritas para a construção. A fabricante de softwares Palantir e a construtora de drones Anduril também estão na ‘lista’. Cada uma delas ajudaria na construção de diferentes partes importantes do escudo.

No entanto, as fontes reforçaram que, apesar do aval do Pentágono, a decisão cabe a Donald Trump e está em estágios iniciais. Nas últimas semanas, as três empresas teriam se reunido com representantes do governo para apresentar seus planos, que incluem a construção e lançamento de 400 a 1 mil satélites para rastrear mísseis ao redor do mundo.

Ainda, outros 200 satélites de ataque, armados com mísseis e lasers, estariam nos planos. Eles seriam responsáveis por derrubar mísseis inimigos. A SpaceX não estaria envolvida nessa parte.

Logo da SpaceX na fachada de um prédio
Decisão depende de Trump… mas pode dar vantagens à SpaceX, de Musk (Imagem: Sven Piper/iStock)

Musk pode influenciar decisão de Trump?

As fontes citam a negociação como um “afastamento do processo usual de aquisição” e que a comunidade de segurança e defesa nacional quer ser “sensível e respeitosa com Elon Musk devido ao seu papel no governo”.

As três empresas e Musk se recusaram a comentar sobre o envolvimento com o Domo de Ouro. O Pentágono respondeu à Reuters que entregará “opções ao presidente para sua decisão, em conformidade com a ordem executiva e em alinhamento com as orientações e cronogramas da Casa Branca”.

A escolha pode não ser tão simples:

  • O Pentágono recebeu interesse de mais de 180 empresas interessadas em participar do escudo militar;
  • Apesar do favoritismo atual, grandes nomes do setor aeroespacial, como Boeing, Lockheed Martin e Northrop Grumman, podem ser concorrência;
  • Na prática, Trump não deve decidir sozinho. O ex-investidor de capital privado Steve Feinberg, número dois do Pentágono, também deve participar das decisões;
  • Se a SpaceX de fato vencer a disputa, será um aceno para o Vale do Silício. Além disso, pode dar à empresa vantagens importantes, especialmente relacionadas aos foguetes Starship (que quer levar humanos a Marte) e Falcon 9.
Decisão cabe a Donald Trump (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

Serviço de assinatura militar

Algo chamou atenção nesse caso: a SpaceX teria proposto um “serviço de assinatura” ao governo pelo Domo de Ouro. Nesse caso, a Casa Branca pagaria uma espécie de aluguel para ter acesso à tecnologia, ao invés de possuir o sistema como um todo.

Segundo as fontes, esse modelo de ‘aquisição’ pode burlar protocolos atuais do Pentágono. Por um lado, a abordagem não quebra nenhuma lei e permite uma implementação mais rápida. Por outro, há preocupações sobre a dependência do governo à empresa, incluindo os preços de assinatura.

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Intuitive Machines escolhe SpaceX para lançar novo módulo lunar

A Intuitive Machines (IM) escolheu a SpaceX para lançar seu novo módulo lunar IM-4, segundo um comunicado inédito da empresa. Após a falha de pouso de seu último lançamento, Athena, a companhia está preparando seu quarto projeto, que deverá ser lançado em um foguete Falcon 9 em 2027.

O novo módulo tem o nome de IM-4 e será a quarta produção da empresa voltada para exploração lunar. Além dele, o foguete levará dois satélites de retransmissão para a rede de comunicações lunares da NASA, que ficarão na órbita da Lua.

“Os satélites de entrega de dados e retransmissão de dados na superfície lunar são essenciais para nossa estratégia de comercialização da Lua”, disse o CEO da Intuitive Machines, Steve Altemus, em um comunicado.

IM tem um passado de desastres com módulos lunares

O anúncio do novo projeto aconteceu apenas algumas semanas após o pouso mal-sucedido de seu módulo Athena. Com ele, o histórico da Intuitive Machines é de falhas nas últimas duas missões:

  • Em 2024, o IM-1, chamado de Odysseus, tombou após quebrar uma perna de sustentação ao tentar pousar.
  • Em 2025, IM-2 Athena caiu de lado durante uma tentativa de pouso no polo sul lunar.

Há também o IM-3, o terceiro módulo lunar da companhia, que ainda está em produção e deve ser lançado em 2026.

Athena fez uma selfie tombada na Lua (Imagem: Intuitive Machines)

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NASA fecha contrato milionário com IM

Os satélites enviados com o IM-4 darão suporte aos Serviços de Rede de Espaço Próximo da NASA (NSNS). O módulo levará consigo seis cargas úteis da Agência Espacial Americana sob um contrato de $117 milhões (cerca de R$ 691 milhões) pelo programa de Serviços de Carga Útil Lunar Comercial.

Uma nova broca para experimentos construída pela Agência Espacial Europeia (ESA) também irá para a Lua com o IM-4. O instrumento servirá para buscar água no polo sul lunar.

A NASA concedeu a Intuitive Machines diversas ordens de serviço sob o contrato NSNS. Dentre essas ordenações, o contrato prevê que a IM forneça serviços de comunicação direta com a Terra (DTE) e uma constelação de satélites de retransmissão de dados lunares para apoiar a missão Artemis, que levará astronautas novamente para a Lua.

“Planejamos implantar o primeiro de cinco satélites de retransmissão de dados lunares em nossa terceira missão. Os dois satélites adicionais em nossa quarta missão visam ampliar esse serviço, seguidos por duas implantações adicionais para completar a constelação e dar suporte total às operações lunares comerciais e da NASA”, conclui o CEO da IM.

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SpaceX Fram2: primeira missão humana à órbita polar da Terra pousa com sucesso

Lançada na noite de segunda-feira (31) pela SpaceX, a missão Fram2 pousou no Oceano Pacífico, na costa de Oceanside, Califórnia, nesta sexta-feira (4), completando com sucesso a primeira viagem humana à órbita polar.

A chegada ocorreu às 13h20 (pelo horário de Brasília), de acordo com o previsto, com transmissão no X da SpaceX. A tripulação contou com Chun Wang, residente em Malta e cofundador da F2Pool, uma empresa de mineração de Bitcoin, a cineasta norueguesa Jannicke Mikkelsen, a pesquisadora em robótica Rabea Rogge e o aventureiro australiano Eric Philips.

Após a decolagem, o foguete Falcon 9 seguiu uma rota incomum, voando para o sul. A trajetória incluiu sobrevoar Cuba e o Panamá antes de colocar a espaçonave na órbita polar – que nunca havia sido explorada por uma missão tripulada.

Equipe de resgate da SpaceX buscando os tripulantes da missão Fram2 no mar, após pouco bem-sucedido da missão Fram2. Crédito: SpaceX

Ao longo da semana, os quatro astronautas conduziram 22 experimentos, com a maioria focada na saúde da tripulação. Embora os testes não exijam uma órbita polar, a escolha do trajeto pode ter sido escolhida para destacar a originalidade da viagem.

Segundo um comunicado da SpaceX, os tripulantes a bordo da cápsula Crew Dragon Resilience fizeram o primeiro raio-x no espaço, realizaram estudos de exercícios para manter a massa muscular e esquelética e cultivaram cogumelos em microgravidade. Além disso, depois de retornar com segurança à Terra, eles deixaram a espaçonave Dragon sem assistência médica e operacional adicional, ajudando os pesquisadores a caracterizar a capacidade dos astronautas de realizar tarefas funcionais sem assistência após curtos e longos períodos no espaço.

Primeiro raio-X tirado de um humano no espaço durante a missão privada Fram2, da SpaceX. A tripulação decidiu homenagear o primeiro raio-X já feito, que era de uma mão com um anel. Créditos: Wilhelm Conrad Röntgen / SpaceX / Fram2

Sobre os membros da missão SpaceX Fram2

Todos os tripulantes, incluindo o idealizador e comandante Wang, estavam voando pela primeira vez ao espaço. Mikkelsen, que é vizinha de Wang em Svalbard, arquipélago da Noruega, planeja fazer um filme sobre a missão. De acordo com o site oficial da cineasta, ela tem experiência com produções cinematográficas em ambientes extremos.

Rogge, por sua vez, é doutoranda em navegação e controle de veículos automatizados em condições adversas, de acordo com uma página no site da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. Além disso, é a primeira mulher alemã a chegar à órbita.

Já Philips é guia profissional e já participou de cerca de 30 expedições às regiões polares desde 1992 – saiba mais sobre ele aqui.

O grupo começou a treinar para a missão Fram2 em 2024, com atividades em ambientes extremos no Alasca e na sede da SpaceX, na Califórnia. 

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Veja o retorno de astronautas que exploraram a órbita polar da Terra 

A missão Fram2, lançada na noite de segunda-feira (31) pela SpaceX, vai pousar no Oceano nesta sexta-feira (4), completando pouco menos de cinco dias de duração. A chegada deve ocorrer por volta das 13h20 (horário de Brasília) e será transmitida ao vivo pela SpaceX no X.

A bordo da espaçonave Crew Dragon está Chun Wang, residente em Malta e cofundador da F2Pool, uma empresa de mineração de Bitcoin. Ao seu lado, viajam a cineasta norueguesa Jannicke Mikkelsen, a pesquisadora em robótica Rabea Rogge e o aventureiro australiano Eric Philips.

Como foi a decolagem da missão Fram2

O foguete Falcon 9 seguiu uma rota incomum, voando para o sul após a decolagem. A trajetória incluiu sobrevoar Cuba e o Panamá antes de colocar a espaçonave na órbita polar. Essa órbita nunca havia sido tentada por uma missão tripulada.

Equipe da missão Fram2 no dia do treinamento. (Imagem: Fram2)

Os quatro astronautas fizeram experimentos durante a missão Fram2, a maioria focada na saúde da tripulação. No entanto, os testes não exigem uma órbita polar. Isso sugere que a escolha do trajeto foi pensada para destacar a originalidade da viagem.

Leia mais:

Todos os tripulantes são estreantes no espaço e compartilham paixão pelas regiões polares. Mikkelsen é vizinha de Wang em Svalbard, arquipélago da Noruega. E planeja fazer um filme sobre a missão. Ela tem experiência com produções cinematográficas em ambientes extremos, segundo seu site.

Já Rogge é doutoranda em navegação e controle de veículos automatizados em condições adversas, de acordo com uma página no site da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. Além disso, ela é a primeira mulher alemã a chegar à órbita.

Por fim, Philips é guia profissional e já participou de cerca de 30 expedições às regiões polares desde 1992, segundo seu site.

O grupo começou a treinar para a missão Fram2 em 2024, com atividades em ambientes extremos no Alasca e na sede da SpaceX, na Califórnia. 

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Conheça Chun Wang: o bilionário chinês que comprou a nova missão da SpaceX 

Na madrugada da última terça-feira (1), a SpaceX lançou a Fram2, a primeira missão tripulada a orbitar os polos da Terra. O projeto é inédito e levou quatro pessoas de diversas áreas do conhecimento para o espaço. Dentre elas, está o bilionário chinês Chun Wang, que pagou pela missão e é seu comandante.

Ele se define como um apaixonado por viagens, principalmente aquelas para lugares desconhecidos. Sua paixão começou na infância, graças aos avós que o criaram e incentivaram seu interesse por aventura.

“Em 1987, quando tinha 5 anos, meu avô saiu para uma caminhada e trouxe para casa um mapa-múndi que ele havia encontrado. Aquele mapa imediatamente se tornou minha coisa favorita para brincar, e despertou minha curiosidade”, relatou ele ao site Space Flight Now. 

Porém, foi somente quando completou 18 anos e entrou para a universidade que ele fez sua primeira longa viagem. Wang precisou se deslocar 172 quilômetros de sua casa para estudar em outra cidade.

Wang se aventurou pelo mundo

A prática se tornou hobby quando ele começou a trabalhar em uma empresa de software em Pequim. Durante quatro anos, Wang viajou por todas as províncias da China de trem.

“Naqueles anos, eu era fascinado por infraestrutura e transporte, especialmente ferrovias. Eu registrava meticulosamente cada viagem de trem até os minutos, até os segundos, e postava esses registros em fóruns e quadros de avisos on-line”, disse o empresário.

Em 2010, ele fez sua primeira viagem internacional, quando foi ao Nepal e depois conheceu a Índia. Wang embarcou no que era então a viagem de trem mais longa e sem paradas pelo Subcontinente indiano, o16317 Himsagar Express, que o levou de Kanyakumari à Caxemira. Segundo ele, a jornada acabou custando cerca de US$ 1000, “era tudo o que eu tinha”.

Chun Wang durante uma expedição ao Polo Norte em 2023. (Imagem: Fram2)

De acordo com a contagem pessoal do empresário, ele viajou em trens de alta velocidade 854 vezes até 20 de março de 2025. Em relação ao transporte aéreo, Wang disse que a missão Fram2 será seu 1000° voo, sendo o primeiro com destino ao espaço.

Após todas as viagens que fez, ele relatou que sentiu um desejo de ir além dos limites de quão longe em latitude e longitude poderia chegar. 

“Em dezembro de 2021, cheguei ao Polo Sul e, em julho de 2023, ao Polo Norte. Não há mais pontos para empurrar a fronteira na Terra, o que torna o espaço uma fronteira emocionante para explorar”, comenta.

De criptomoedas à viagem espacial

Para além do mundo do turismo, o empresário tem um grande interesse em tecnologia. Sua curiosidade pela área também vem da infância. Aos treze anos, ele ganhou seu primeiro computador, um 486SX com MS-DOS 5.0, enquanto fazia o ensino fundamental.

“Na escola, participei de vários concursos de programação, incluindo a Olimpíada Internacional de Informática (IOI) e a ACM-ICPC. Em vez de fazer o exame nacional de admissão à faculdade, fui admitido diretamente na universidade com base no meu desempenho nesses concursos”, explicou Wang.

Essa paixão pela tecnologia o levou a ser cofundador da empresa de mineração de Bitcoin chamada F2pool, em 2013. O empreendimento é a fonte de sua fortuna.

Chun Wang no Ártico
“O que realmente chamou minha atenção foi o espaço vazio na parte inferior do mapa – as regiões polares”, disse o empresário. (Imagem: Fram2)

Segundo Wang, um ano após a fundação da companhia, ela já era “o maior pool de mineração de Bitcoin do mundo”. Hoje esse título é da Foundry USA, de acordo com o índice Luxor Technology’s Hashrate, enquanto a F2pool está em quarto lugar.

Mesmo com o sucesso nos negócios de criptomoeda, o bilionário diz que seu interesse mudou. “Agora, me vejo atraído por outro campo novo e emergente – o campo pelo qual tenho interesse desde a infância – o espaço”, comentou. 

“Desde que a SpaceX começou a recuperar os propulsores do Falcon 9, a indústria espacial comercial tem avançado em um ritmo incrível. Mais uma vez, vejo algo novo e empolgante se desenrolando, semelhante ao sentimento quando ouvi falar de computadores pela primeira vez e descobri o Bitcoin”, disse o empresário.

Wang fez uma tripulação de amigos

Além de financiador, Wang é comandante da missão Fram2. Ele disse que, na hora de montar a tripulação, não quis incluir nenhum americano. Por isso, esse foi o primeiro voo de uma nave espacial Dragon da SpaceX sem qualquer representante dos Estados Unidos.

“Quando selecionei essa tripulação, intencionalmente a tornei diversa para representar o futuro aberto que esperamos ver para a exploração espacial”, explicou o bilionário.

O ponto inicial e mais importante que ele considerou ao montar a equipe era garantir que uma pessoa da Noruega participasse. Isso seria outra forma de homenagear o navio Fram, o primeiro construído em solo norueguês que foi especificamente projetado para a pioneira expedição polar de 1911.

Esse requisito o levou a selecionar Jannicke Mikkelsen, uma diretora de cinema norueguesa. Sua experiência com a gravação de grandes projetos vem do “One More Orbit”, uma missão aérea de 2020 que tentou quebrar o recorde de volta ao mundo passando pelos polos Norte e Sul.

Equipe da missão Fram2
Equipe da missão Fram2 no dia do treinamento. (Imagem: Fram2)

Já os outros dois tripulantes, a engenheira alemã Rabea Rogge e o explorador polar australiano Eric Philips, são pessoas que Wang conheceu esquiando em Svalbard, um pequeno arquipélago norueguês localizado no extremo norte do globo.

“Eric já foi ao Polo Norte e ao Polo Sul por talvez 30 vezes, enquanto Rabea trabalhou em um projeto CubeSat. Ambos amam o espaço e têm experiência polar, então somos uma ótima equipe ligada por nossa conexão com Svalbard e estamos animados para representar um lugar que amamos durante a missão”, disse o empresário.

Segundo o Sky News, cada lugar na nave espacial teria custado US$ 55 milhões (R$313 milhões) por assento. O que daria um investimento bilionário por parte de Wang para que o projeto acontecesse.

Após o fim da missão Fram2, o empresário quer continuar em aventuras espaciais ambiciosas. 

“Quando a Starship se tornar operacional, ela abrirá possibilidades sem precedentes para viagens espaciais privadas e Marte não será apenas um sonho distante. Considerando as diversas possibilidades, acho que é o momento de começar a economizar dinheiro…”, concluiu Wang.

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Testes da SpaceX podem ameaçar refúgio de aves marinhas

A SpaceX, de Elon Musk, está atuando em conjunto com a Força Aérea dos Estados Unidos para testar as entregas de carga feitas por foguetes hipersônicos.

O problema é que os trabalhos representam riscos para um refúgio de aves marinhas no Pacífico.

Esta não é a primeira vez que as atividades da empresa colocam o meio ambiente em risco. Um lançamento do foguete Starship em Boca Chica, no Texas, acabou destruindo ninhos e ovos de aves que vivem na região.

Iniciativa é considerada fundamental para a logística militar

  • A Força Aérea dos EUA anunciou em março deste ano que escolheu o Atol Johnston, um território no Oceano Pacífico central localizado a quase 1.300 quilômetros do Havaí, como o local para testar o programa Rocket Cargo Vanguard que está desenvolvendo com a SpaceX.
  • O projeto envolve veículos de reentrada de foguetes de pouso projetados para entregar até 100 toneladas de carga.
  • Eles seriam capazes de realizar este transporte para qualquer lugar da Terra em cerca de 90 minutos.
  • Caso seja um sucesso, esta iniciativa possibilitaria um enorme avanço para a logística militar, facilitando a movimentação rápida de suprimentos para locais distantes.
  • Mas questões ambientais podem ser um problema, de acordo com reportagem da Reuters.
Projeto prevê o lançamento de foguetes no atol (Imagem: divulgação/SpaceX)

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Impactos para as aves podem ser catastróficos

Biólogos e especialistas que atuaram no atol, considerado como um Refúgio Nacional de Vida Selvagem dos EUA, afirmam que o projeto coloca em risco as 14 espécies de aves tropicais que vivem na pequena ilha.

Cerca de um milhão de aves marinhas usam o território ao longo do ano. Entre elas, estão pássaros tropicais de cauda vermelha, atobás de pés vermelhos e grandes fragatas, que têm uma envergadura de dois metros.

Aves podem ser obrigadas a deixar a região (Imagem: alexei_tm/Shutterstock)

Isso significa que qualquer teste na região pode trazer sérios impactos para os animais. Além da possibilidade de colisões, os ruídos causados pelos foguetes podem deixar os pássaros ansiosos e inseguros a ponto de não retornarem para o ninho.

Uma avaliação ambiental ainda é necessária antes de colocar os testes em prática. Segundo a Força Aérea dos EUA, no entanto, estudos prévios apontam que é improvável que o projeto tenha um impacto ambiental significativo. Já a Space X não se pronunciou sobre o tema até o momento.

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Starship: FAA aprova investigação da SpaceX sobre explosão do foguete em voo de teste

No início do ano, aconteceu o sétimo voo de teste do megafoguete Starship, da SpaceX, que terminou em uma explosão sobre o Oceano Atlântico. Na segunda-feira (31), a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) anunciou que a investigação sobre o incidente conduzida pela SpaceX foi concluída e aceita.

O lançamento ocorreu em 16 de janeiro, a partir da Starbase, que fica na região da praia de Boca Chica, no Texas. No começo, tudo correu bem: o primeiro estágio, chamado Super Heavy, retornou à base e pousou conforme o planejado. No entanto, o estágio superior, que dá nome ao Starship, com 52 metros de altura, explodiu minutos depois, espalhando destroços sobre as Ilhas Turks e Caicos.

Pedaços do primeiro estágio do foguete Starship, da SpaceX, que caiu em janeiro nas ilhas Truks e Caicos, no Caribe. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

A SpaceX identificou a causa da falha como um vazamento de propelente provocado por vibrações mais intensas do que o esperado. Esse problema gerou estresse excessivo no sistema de propulsão, levando à falha do hardware. A FAA supervisionou a investigação da empresa e confirmou a implementação de 11 ações corretivas para evitar que o problema se repita.

Foguetão da SpaceX também explodiu no voo seguinte

No dia 6 de março, aconteceu o oitavo voo de teste do megafoguete, que terminou de forma semelhante. O Super Heavy retornou com sucesso à base, mas o estágio superior se perdeu sobre o oceano. A investigação desse novo incidente ainda está em andamento, mas a FAA já havia autorizado o lançamento antes mesmo da conclusão da análise do voo 7.

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A agência do governo também finalizou a investigação sobre a falha no pouso do foguete New Glenn, da Blue Origin, ocorrido no mesmo dia do teste do Starship. Apesar de atingir a órbita como planejado, o primeiro estágio do New Glenn falhou ao tentar reiniciar seus motores para a reentrada, resultando na perda do veículo no oceano.

Os relatórios de ambos os incidentes foram concluídos em 28 de março. A FAA ressaltou que nenhuma das duas situações causou ferimentos ou danos significativos a propriedades públicas. 

Com o encerramento dessas investigações, as empresas podem seguir com seus programas de testes. A SpaceX continua aprimorando o Starship, que faz parte dos planos da NASA para futuras missões à Lua e Marte. A Blue Origin também segue desenvolvendo o New Glenn, projetado para ser um foguete reutilizável para lançamentos comerciais e científicos.

Apesar dos desafios técnicos, os ensaios são essenciais para a evolução dessas tecnologias. Com cada voo de teste, os engenheiros identificam falhas e implementam melhorias, aproximando a exploração espacial de novos avanços. 

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Astronautas ‘presos’ no espaço falam sobre experiência pela 1ª vez: ‘Obrigado’

Os astronautas da NASA Suni Williams e Butch Wilmore falaram, pela primeira vez, sobre a experiência de terem ficado “presos” na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). E eles expressaram, acima de tudo, gratidão.

Williams agradeceu aos colegas da cápsula Crew Dragon, da SpaceX, que os trouxeram de volta. Ela também expressou gratidão à NASA, à Boeing, à SpaceX e à equipe médica que os ajudou na readaptação à gravidade.

A dupla participou de uma coletiva de imprensa no Centro Espacial Johnson, em Houston, nos Estados Unidos, na segunda-feira (31).

Astronautas que ficaram ‘presos’ na ISS evitaram temas políticos na coletiva – mas eles rondam o episódio

Durante a coletiva, Williams, Wilmore e Nick Hague, comandante da Crew Dragon, evitaram temas políticos (mais sobre eles ao longo desta matéria). Eles destacaram o trabalho em equipe e a união durante a missão.

Nick Hague, Suni Williams e Butch Wilmore durante coletiva da NASA (Imagem: Reprodução/NASA)

Wilmore não culpou a Boeing pelos problemas da Starliner. Na verdade, ele apontou a responsabilidade compartilhada entre NASA e Boeing. E disse que poderia ter feito perguntas melhores.

“Começo apontando o dedo para mim mesmo”, disse o astronauta. “Eu poderia ter feito algumas perguntas, e as respostas talvez mudassem o rumo das coisas.”

Nave Starliner, da Boeing
Starliner, da Boeing, pode voltar a voar no fim de 2025 ou em 2026 (Imagem: Keith J Finks/Shutterstock)

A NASA prevê um novo voo da Starliner para o fim deste ano ou 2026. Williams e Wilmore afirmaram que voariam novamente, sem hesitar.

“Vamos corrigir os problemas. A Boeing e a NASA estão comprometidas. Eu embarcaria de novo sem pensar duas vezes”, disse Wilmore. “Concordo”, disse Williams. “A espaçonave é realmente capaz.”

A ‘politicagem’ na história dos astronautas ‘presos’ no espaço

A missão começou em junho de 2024, quando a dupla embarcou na Starliner, da Boeing, para testá-la. Após a cápsula apresentar falhas no sistema de propulsão, a NASA achou melhor ela voltar à Terra vazia. E os astronautas ficaram na ISS até fevereiro.

Silhuetas de Donald Trump e Elon Musk; ao fundo, a bandeira dos Estados Unidos
Trump e Musk alegaram que governo Biden tinha abandonado dupla de astronautas no espaço (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

Em janeiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu conselheiro Elon Musk alegaram – sem apresentar provas – que Williams e Wilmore tinham sido abandonados no espaço pelo governo de Joe Biden por razões políticas. Os dois astronautas negam.

Agora, a dupla retorna a uma NASA em transição, apontou o jornal New York Times. “Embora ainda não se saiba qual caminho a agência tomará”, acrescenta a reportagem.

Musk e seu Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) miram o desmonte de ao menos partes da burocracia federal. Ao mesmo tempo, o Musk CEO da SpaceX sonha em enviar colonos a Marte.

Representação artística de astronautas do Programa Artemis, da NASA, explorando a superfície da Lua
Representação artística de astronautas do Programa Artemis, da NASA, explorando a superfície da Lua (Imagem: NASA)

Isso alimenta especulações de que o programa Artemis da NASA, que planeja levar astronautas de volta à Lua, possa ser redirecionado conforme os interesses de Musk, segundo o jornal.

Enquanto isso, teme-se que outras divisões da agência – as voltadas às mudanças climáticas, ciência planetária e astrofísica, por exemplo – possam ser vítimas do facão de Musk.

Reta final e ‘era de ouro’ da Estação Espacial

A Estação Espacial Internacional está programada para operar até 2030, quando uma espaçonave projetada pela SpaceX deve retirá-la da órbita e lançá-la no Oceano Pacífico. Provavelmente será um fim dramático.

Estação Espacial Internacional vista do espaço, de longe, centralizada ao horizonte abobadado do planeta Terra
Estação Espacial Internacional está programada para operar até 2030 – depois, vai mergulhar no Pacífico (Imagem: Dima Zel/Shutterstock)

Recentemente, Musk sugeriu que a estação já cumpriu seu papel e deveria ser descartada antes disso. No entanto, os astronautas falaram sobre as pesquisas realizadas ali com admiração.

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Hague disse que a complexidade dos experimentos aumentou consideravelmente em comparação ao que ele havia feito e observado na sua estadia na ISS seis anos atrás.

“Isso nos dá a sensação de que estamos vivendo a era de ouro da estação espacial, em termos de retorno sobre o investimento”, afirmou Hague. Musk e Trump provavelmente discordam. Pelo menos, em partes.

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SpaceX leva civis para órbita polar pela primeira vez

A SpaceX lançou a missão Fram2 na noite de segunda-feira (31). O foguete Falcon 9 levou um bilionário das criptomoedas e três convidados para uma viagem inédita sobre os polos Norte e Sul da Terra. A decolagem aconteceu às 22h46 (horário de Brasília), a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

A bordo da espaçonave Crew Dragon está Chun Wang, residente em Malta e cofundador da F2Pool, uma empresa de mineração de Bitcoin. Ao seu lado, viajam a cineasta norueguesa Jannicke Mikkelsen, a pesquisadora em robótica Rabea Rogge e o aventureiro australiano Eric Philips.

Foguete da SpaceX faz rota incomum para levar civis aos polos da Terra

O foguete Falcon 9 seguiu uma rota incomum, voando para o sul após a decolagem. A trajetória incluiu sobrevoar Cuba e o Panamá antes de colocar a espaçonave na órbita polar. Essa órbita nunca havia sido tentada por uma missão tripulada.

Poucos minutos após o lançamento, o primeiro estágio do Falcon 9 retornou à Terra. Após “dar ré”, ele pousou numa balsa no mar. O segundo estágio levou a Crew Dragon a uma velocidade de mais de 28 mil km/h para colocar os tripulantes na órbita desejada.

Os quatro astronautas farão 22 experimentos durante a missão, a maioria focada na saúde da tripulação. No entanto, os testes não exigem uma órbita polar. Isso sugere que a escolha do trajeto foi pensada para destacar a originalidade da viagem.

“Esta é uma missão privada. É preciso algo diferente e empolgante para contar”, disse Christopher Combs, pesquisador da Universidade do Texas, em entrevista à CNN.

A tripulação

Todos os tripulantes são estreantes no espaço e compartilham paixão pelas regiões polares. Mikkelsen é vizinha de Wang em Svalbard, arquipélago da Noruega. E planeja fazer um filme sobre a missão. Ela tem experiência com produções cinematográficas em ambientes extremos, segundo seu site.

Já Rogge é doutoranda em navegação e controle de veículos automatizados em condições adversas, de acordo com uma página no site da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. Além disso, ela é a primeira mulher alemã a chegar à órbita.

Leia mais:

Por fim, Philips é guia profissional e já participou de cerca de 30 expedições às regiões polares desde 1992, segundo seu site.

O grupo começou a treinar para a missão em 2024, com atividades em ambientes extremos no Alasca e na sede da SpaceX, na Califórnia. A missão Fram2 está prevista para durar de três a cinco dias.

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Apple e SpaceX: a nova tensão na tecnologia

A Apple e Elon Musk estão em desacordo devido aos esforços da fabricante do iPhone para expandir a conectividade via satélite, conforme revela uma matéria exclusiva do Wall Street Journal.

A Apple investiu pesadamente em comunicações via satélite para garantir que os usuários possam se conectar em locais sem cobertura de redes tradicionais. A SpaceX, de Musk, também tem desenvolvido serviços semelhantes com sua rede Starlink, que oferece conectividade via satélites.

Tensão crescente

  • Ambas as empresas competem por direitos de espectro, recursos limitados que são fundamentais para transportar sinais de satélites.
  • A disputa se intensificou quando a SpaceX tentou envolver a Apple em seu serviço Starlink, com a T-Mobile, em um esforço para tornar a conectividade via satélite compatível com iPhones.
  • Embora a Apple tenha aceitado parcialmente a parceria, mantendo seu controle sobre o ecossistema do iPhone, a tensão persiste.
A SpaceX, de Elon Musk, e a Apple, estão no meio de uma disputa sobre direitos de espectro e parcerias de satélites – Imagem: Muhammad Alimaki/Shutterstock

Em 2023, a Apple investiu mais de US$ 1 bilhão na operadora Globalstar para apoiar a comunicação via satélite em iPhones, permitindo serviços de emergência em áreas sem cobertura celular.

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A SpaceX, por outro lado, pediu aos reguladores que bloqueassem a expansão da Globalstar, argumentando que os sinais da Apple estavam subutilizando o espectro disponível.

O conflito reflete uma disputa maior entre as duas empresas, que também competem por talentos e têm enfrentado tensões em outras áreas, como o desenvolvimento de carros autônomos e a distribuição de aplicativos.

Logo da Apple na fachada de uma loja
Corrida entre Apple e SpaceX para eliminar pontos mortos de celulares se intensifica (Imagem: NP27/Shutterstock)

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