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Missão levará astronautas para orbitar os polos da Terra

A missão Fram2 pretende levar os primeiros astronautas para a órbita dos polos terrestres na madrugada da próxima terça-feira, dia 1° de abril. Missões anteriores nunca foram muito ao sul, nem ao norte, o que impediu os cosmonautas de terem uma visão detalhada das regiões polares. Os registros serão inéditos e o grupo fará pesquisas que poderão ajudar futuras viagens espaciais de longa duração.

O lançamento está por conta da SpaceX, que usará o foguete Falcon 9 com a cápsula Crew Dragon, onde o grupo estará. O nome da missão é uma homenagem ao navio polar Fram, utilizado por exploradores nas primeiras missões humanas que alcançaram o Ártico e a Antártida.

“Após um treinamento extensivo e dedicação de toda a nossa equipe, estamos honrados em continuar o legado do nome Fram em uma era emocionante de exploração espacial comercial”, diz Wang, o capitão da missão, em um comunicado.

Equipe da missão Fram2 no dia do treinamento. (Imagem: Fram2)

Os astronautas na Estação Espacial Internacional (ISS) não conseguem ver os polos sul e norte. As missões espaciais anteriores também não tinham visão dessas regiões, com exceção do programa Apollo, que mesmo assim só passava longe dos locais. Isso significa que os membros da Fram2 serão os primeiros humanos a passar pela órbita polar.

O grupo é composto por pessoas de diversas áreas do conhecimento e que irão ao espaço pela primeira vez. A tripulação conta com o investidor e empreendedor de criptomoedas Chun Wang como comandante, a diretora de cinema Jannicke Mikkelsen, o piloto Rabea Rogge e o especialista da missão e oficial médico Eric Philips.

Fram2 terá experimentos inovadores

A tripulação observará as regiões polares a uma altitude de 430 quilômetros. Durante a missão, que durará de 3 a 5 dias, eles verão a natureza selvagem dos polos e pretendem manter contato com cientistas, estudantes e outros cidadãos interessados para sanarem dúvidas.

Nesses dias, a equipe conduzirá 22 experimentos focados na saúde e no desempenho humano fora da Terra. Eles pretendem capturar as primeiras imagens de raio-x  de uma pessoa no espaço, estudar exercícios de restrição do fluxo sanguíneo para preservar a massa muscular e óssea e cultivar cogumelos em microgravidade como uma potencial cultura espacial.

Além disso, examinarão o padrão de sono e estresse. Para isso, haverá monitoramento constante da glicose, saúde hormonal feminina, enjoo de movimento e exame das imagens cerebrais, tudo através de tecnologias vestíveis e uma ressonância magnética portátil.

Em parceria com o Centro Universitário de Svalbard, a tripulação também fará registros do fenômeno atmosférico STEVE (Strong Thermal Emission Velocity Enhancement). Ele é um conjunto de fitas luminosas verdes parecido com as auroras, normalmente visto em altitudes de 400 a 500 km.

Equipe na frente do foguete Falcon 9 da SpaceX
Equipe na frente do foguete Falcon 9 da SpaceX. (Imagem: fram2)

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Missão manterá contato

A equipe se uniu à Rádio Amadora da Estação Espacial Internacional (ARISS International) para colocar no ar a Fram2Ham, uma competição para os ouvintes. Enquanto a tripulação orbitar a Terra, eles transmitirão imagens de vários locais, mas elas estarão cortadas e misturadas como peças de um quebra-cabeça.

Telespectadores de todo o mundo deverão montar as partes. O foco é divulgar locais pouco conhecidos nos polos e ensinar com diversão qual a importância deles para a história polar.

O grupo também fez uma parceria com a empresa Ootiboo para criar o The Blue Marble Project. Nessa proposta, eles responderão 12 perguntas de estudantes europeus enquanto estiverem no espaço e registrarão a experiência, para assim aproximar os alunos dos astronautas e das novidades da missão.

A equipe será lançada em uma cápsula SpaceX Crew Dragon, com uma cúpula de visualização para poderem examinar a vista detalhadamente. A data de lançamento nos EUA é 31 de março, às 23h20 ET, e 00h20 de 1° de abril no horário de Brasília.

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Empresas de Musk nunca estiveram tão ameaçadas pela concorrência

Em um cenário de dominância da Tesla no mercado de veículos elétricos, enquanto a SpaceX liderava a indústria espacial, Elon Musk não perdia o sono por conta da concorrência até pouco tempo.

No entanto, agora, as duas empresas de Musk enfrentam uma concorrência crescente e desafios inesperados, como explica um artigo do The Economist.

A SpaceX, que realizou a maior parte dos lançamentos espaciais nos últimos anos, vê sua liderança ameaçada por rivais como o Projeto Kuiper da Amazon, que planeja colocar mais de 3.000 satélites em órbita baixa, e a Blue Origin de Jeff Bezos, que recentemente obteve sucesso com seu foguete New Glenn.

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Enquanto se envolve cada vez mais no governo de Donald Trump, Musk vê suas empresas serem ameaçadas por rivais (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Além disso, a Starlink, divisão de satélites da SpaceX, enfrenta dúvidas sobre sua confiabilidade, especialmente após as controvérsias sobre o fornecimento de serviços à Ucrânia. A crescente confiança dos clientes em alternativas, como a OneWeb da Eutelsat, também representa uma ameaça.

Tesla com valor de mercado reduzido pela metade

  • No setor automotivo, a Tesla perdeu parte de sua vantagem no mercado de EVs.
  • A empresa viu seu valor de mercado cair pela metade, enquanto concorrentes como a General Motors e a Hyundai ganham terreno, principalmente com o aumento das vendas de veículos elétricos.
  • Na China, a Tesla enfrenta uma ameaça ainda maior com a BYD, que triplicou sua participação no mercado e superou a Tesla em vendas.
  • A inovação da BYD, como sistemas de carregamento mais rápidos e novas tecnologias de assistência ao motorista, coloca pressão sobre a Tesla, que já lida com margens de lucro menores devido à redução de preços.

Embora Musk ainda tenha projetos promissores, como o foguete Starship e os robôs humanoides, a crescente concorrência e os desafios internos colocam suas empresas em uma posição mais vulnerável, com rivais prontos para aproveitar a oportunidade.

Tesla, antes líder no setor de carros elétricos, já vem sendo superada em vendas pela BYD, da China (Imagem: Muhammad Alimaki / Shutterstock.com)

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Mais um! SpaceX envia satélites espiões ao espaço e quebra novo recorde

O Falcon 9 não para de trabalhar. O foguete da SpaceX decolou novamente na madrugada desta sexta-feira (21), levando satélites espiões do Escritório Nacional de Reconhecimento (NRO) dos Estados Unidos ao espaço. O voo marcou a primeira vez que o primeiro estágio da nave decolou duas vezes em um período de nove dias.

O recorde anterior de reutilização do Falcon 9 era de 14 dias.

Foguete levou satélites espiões à órbita – mas não se sabe onde (Imagem: SpaceX/Reprodução)

SpaceX alcança novo recorde com o Falcon 9

O Falcon 9 decolou da Base da Força Espacial Vanderberg, na Califórnia, às 23h49 de quinta-feira (20), no horário local. Aqui no Brasil, já era madrugada de sexta-feira (21).

O foguete carregava satélites espiões da missão NROL-57, da NRO, e marcou a primeira vez que o primeiro estágio voou em um período de nove dias. Isso porque, em 11 de março, o propulsor participou da missão da NASA que levou o telescópio espacial SPHEREx e as sondas PUNCH para o espaço. O Olhar Digital reportou esse caso aqui.

O equipamento retornou para a base de Vandenberg cerca de 7,5 minutos após o lançamento, conforme o planejado. Segundo a SpaceX, esta foi a quarta missão deste propulsor em específico. Já o estágio superior do foguete seguiu em frente e levou os satélites espiões da NRO à órbita terrestre.

O que é a missão NROL-57

A missão NROL-57 representou o oitavo lançamento da “arquitetura proliferada” da NRO, que inclui “vários satélites menores, projetados para capacidade e resiliência”. A própria agência descreve a missão como “um novo paradigma para ativos que a NRO está colocando em órbita”.

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Entendeu? Se ficou confuso, é porque essa é justamente a intenção. A NRO não costuma dar detalhes sobre suas atividades – e por isso os satélites são “espiões”. Não se sabe quantos deles estavam a bordo do foguete da SpaceX, nem onde eles foram implantados.

O site Space.com explicou um pouco mais sobre a missão:

  • A NRO opera a frota de satélites espiões dos Estados Unidos, mas pouco se sabe sobre o que eles fazem;
  • Acredita-se que a “arquitetura proliferada” consiste nos satélites Starshield, versões do satélite de banda larga Starlink, da SpaceX, modificadas para operações de reconhecimento;
  • Outras sete missões de “arquitetura proliferada” já foram lançadas a bordo do Falcon 9, desde maio do ano passado.

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Ganhador de desafio ‘quase impossível’ do X pode ir para Marte com a SpaceX

Quem acertar quais serão os vencedores dos jogos de basquete universitário pode ganhar viagem para Marte a bordo do megafoguete Starship da SpaceX. Esse é o prêmio do X Bracket Challenge, concurso organizado pela rede social. Ambas as empresas envolvidas no desafio quase impossível são do bilionário Elon Musk.

Para vencer, a pessoa precisa enviar um bracket perfeito para o torneio de basquete da NCAA de 2025. Isto é, precisa acertar quais serão os vencedores dos 63 jogos – da primeira rodada até a final. Vale destacar: essa taxa de acertos nunca foi alcançada. E ninguém chegou sequer perto.

  • Curiosidade: O maior número verificável de palpites acertados num bracket de torneio da NCAA no início do torneio foi 49, em 2019, segundo o NCAA.com. Quem acertou foi um homem de Ohio.

Viagem a Marte não é único prêmio de concurso maluco do X em parceria com a SpaceX

A viagem a Marte não é o único prêmio que o vencedor do concurso poderá coletar. A pessoa vai poder escolher entre:

  • Viagem gratuita a Marte a bordo do Starship;
  • US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1,4 bilhão);
  • A chance de treinar como um astronauta da SpaceX por um dia;
  • Enviar um item pessoal de sua escolha para o espaço num lançamento do Falcon 9, outro foguete da SpaceX;
  • Visita VIP ao lançamento da Starship;
  • Um ano de serviço residencial gratuito do Starlink.
Quem acertar vencedores de campeonato de basquete universitário também pode ganhar visita VIP ao lançamento da Starship (Imagem: SpaceX)

Caso não haja um bracket perfeito – o que é bem provável, diga-se de passagem – a pessoa que chegar mais perto receberá US$ 100 mil (R$ 567 mil).

Os palpites devem ser enviados até às 11h EDT (meio-dia no horário de Brasília) da quinta-feira (20). Esse é o dia no qual o torneio masculino de basquete começa oficialmente. Mais informações sobre o concurso, patrocinado pelo Uber Eats, estão disponíveis nesta postagem da página Business do X na rede social.

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NASA e SpaceX celebram retorno da Crew-9

Nesta terça-feira (18), o Centro Espacial Johnson da NASA foi palco de uma conferência de imprensa histórica, celebrando o retorno seguro da Crew-9 após missão de nove meses na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês).

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Quatro astronautas da Crew-9 deixando a espaçonave da SpaceX (Imagem: NASA TV)

O evento, que contou com a presença de altos executivos da NASA e da SpaceX, destacou os sucessos e desafios enfrentados pela equipe durante a missão.

Saiba mais sobre o evento nesta matéria do Olhar Digital, que acompanhou a saga dos astronautas “presos” de perto.

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NASA e SpaceX celebram retorno da Crew-9

Nesta terça-feira (18), o Centro Espacial Johnson da NASA foi palco de uma conferência de imprensa histórica, celebrando o retorno seguro da Crew-9 após missão de nove meses na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês). O evento, que contou com a presença de altos executivos da NASA e da SpaceX, destacou os sucessos e desafios enfrentados pela equipe durante a missão.

O gerente do Programa Comercial da NASA, Steve Stich, abriu a conferência expressando sua satisfação com o retorno da Crew-9, que incluiu os astronautas Nick Hague, Sunita Williams, Butch Wilmore e o cosmonauta Aleksandr Gorbunov. Williams e Wilmore permaneceram nove meses “presos” no Espaço (entenda o motivo mais abaixo).

Foi incrível ver todos saírem do Dragon, sorrindo e gritando de alegria“, comentou Stich, referindo-se ao momento do desembarque na costa de Tallahassee, onde a cápsula fez um splashdown bem-sucedido às 18h57 (horário de Brasília).

Durante a missão, a Crew-9 realizou cerca de 150 experimentos a bordo da ISS, acumulando mais de 900 horas de pesquisa. Os experimentos incluíram investigações sobre doenças sanguíneas, desordens autoimunes e até mesmo o crescimento de plantas para futuras missões à Lua e Marte.

Membros da SpaceX Crew-9 da NASA posam juntos dentro do canal entre a Estação Espacial Internacional e a espaçonave Dragon Freedom; no sentido horário, a partir da esquerda, estão os astronautas da NASA Butch Wilmore, Nick Hague e Sunita Williams, e o cosmonauta da Roscosmos Aleksandr Gorbunov; Williams e Wilmore são originalmente da missão Starliner CFT-1, mas foram incorporados à Crew-9 (Imagem: NASA)

“O trabalho que fazemos na ISS beneficia não apenas a nação, mas, também, as pessoas na Terra“, afirmou Joel Montalbano, administrador associado adjunto da diretoria de missões de operações espaciais da NASA.

O retorno da Crew-9 também marcou a última recuperação do Dragon na costa oeste dos Estados Unidos, com planos de transferir todas as operações de recuperação para a costa leste no futuro. “Esperamos que a costa da Califórnia traga tantos golfinhos quanto vimos durante a operação de hoje”, brincou Sarah Walker, diretora espacial do gerenciamento da missão Dragon da SpaceX, destacando a beleza do evento.

A conferência também abordou a importância da colaboração entre a NASA e a SpaceX, com Stich elogiando a adaptabilidade e a resiliência das equipes. “A SpaceX tem sido uma ótima parceira, mostrando os benefícios da colaboração entre o setor público e privado”, disse ele.

Com a Crew-10 já em operação, a NASA se prepara para o próximo lançamento, que está agendado para julho. “Estamos ansiosos para continuar nossa missão de exploração espacial”, concluiu Stich, enquanto os astronautas se preparavam para se reunir com suas famílias após a reabilitação.

O evento não apenas celebrou o sucesso da Crew-9, mas, também, reafirmou o compromisso contínuo da NASA e da SpaceX com a exploração espacial e a pesquisa científica, abrindo novas possibilidades para futuras missões e colaborações internacionais.

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Cronologia dos astronautas “presos” e como voltarão à Terra

Williams e Wilmore partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para missão de oito dias – que durou mais de nove meses.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado em 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA);
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore voltariam para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurançaem setembro.

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a previsão de volta pode não se cumprir dentro do prazo estabelecido (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos.

Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no Espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing (Imagem: NASA)

No caso de Williams e Wilmore, eles passaram 286 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no Espaço entre 2022 e 2023.

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentiam “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore embarcaram de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

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Astronautas “presos” no espaço: Olhar Digital transmite chegada à Terra ao vivo

Eles estão a caminho! Finalmente, os astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, deixaram a Estação Espacial Internacional (ISS) para voltar para a Terra. Isso acontece após uma prorrogação em mais de 280 dias da missão original – o primeiro Teste de Voo Tripulado (CFT-1) da cápsula Starliner, da Boeing. E você pode acompanhar a chegada junto com o Olhar Digital!

A dupla vem “de carona” com os membros da missão SpaceX Crew-9 (Nick Hague, também da NASA, e o cosmonauta Aleksandr Gorbunov, da agência espacial da Rússia), a bordo da cápsula Dragon Freedom, que permaneceu ancorada no laboratório orbital ao longo de seis meses, desde setembro. 

Momento em que a Dragon foi desacoplada da ISS (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

Com a chegada da missão Crew-10, na madrugada de domingo (16), o time foi substituído por outros quatro astronautas, recebendo autorização para retornar à Terra. A princípio, isso aconteceria na quarta-feira (19), mas a NASA informou, em comunicado, que o processo seria antecipado porque as condições climáticas estariam mais favoráveis na região onde a nave vai pousar (na costa do Golfo da Flórida).

A previsão é que o mergulho no oceano com a ajuda de paraquedas ocorra às 18h57 (pelo horário de Brasília). desta terça-feira (18) – com transmissão em tempo real em todos os canais oficiais do Olhar Digital: no YouTube, Facebook, Instagram, LinkedIn e TikTok.

Suni Williams, da NASA, o cosmonauta Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos, e os astronautas Nick Hague e Butch Wimore, também da NASA, posam dentro da espaçonave SpaceX Dragon Freedom antes de iniciarem a jornada de volta à Terra. Crédito: NASA

Com início às 17h45, a live terá apresentação de Bruno Capozzi, nosso editor-executivo, e do astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro.

Quem são os outros dois astronautas que chegam na mesma nave?

Conforme mencionado acima, além dos astronautas “resgatados” da missão Starliner CFT-1, a cápsula Dragon Freedom traz também Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da agência espacial russa (Roscosmos), membros da missão SpaceX Crew-9que chegou à ISS em 29 de setembro de 2024.

Inicialmente, a tripulação contaria com quatro integrantes, mas a composição precisou ser alterada. Os assentos das astronautas norte-americanas Zena Cardman e Stephanie Wilson, que participariam da missão, foram ocupados por simuladores de massa, enquanto ambas permanecem elegíveis para futuras missões.

Essa alteração foi justamente para acomodar Sunita Williams e Butch Wilmore na tão aguardada viagem de volta para casa.

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Missão Crew-10 da SpaceX chega à estação espacial para substituir astronautas da Starliner

A missão Crew-10 da SpaceX chegou com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS) na madrugada deste domingo (16), após uma viagem de 28 horas pelo espaço. A bordo da nave Crew Dragon Endurance, quatro astronautas de três diferentes países atracaram no módulo Harmony da ISS à 01h04 no horário de Brasília, enquanto a estação orbitava a 418 km acima do Oceano Atlântico.

Comandada por Anne McClain, da NASA, a tripulação também inclui Nichole Ayers (piloto), Takuya Onishi (especialista da JAXA, a agência espacial japonesa) e Kirill Peskov (Roscosmos, a agência espacial russa). Eles permanecerão na ISS por cerca de seis meses, realizando pesquisas científicas e manutenção da estação, segundo o Space.com.

A chegada da Crew-10

  • Missão bem-sucedida: a Crew-10 chegou à ISS após uma jornada de 28 horas.
  • Nova equipe na ISS: quatro astronautas de três países vão passar seis meses a bordo, substituindo parte da tripulação anterior.
  • Retorno da Crew-9: a tripulação da missão anterior deve retornar à Terra no próximo dia 19 de março.

Troca de tripulação e chegada da Crew-10

A tripulação da Crew-10 foi recebida na ISS pouco depois da abertura das escotilhas, às 2h35 no horário de Brasília. O astronauta Takuya Onishi, da JAXA, destacou a importância da missão:

“É uma grande honra fazer parte deste programa. Temos muito trabalho emocionante pela frente e estamos ansiosos para contribuir”.

Os quatro membros da SpaceX Crew-10 e os sete membros da Expedition 72 se juntam para uma cerimônia de boas-vindas logo após a nave espacial da SpaceX Crew-10 atracar na Estação Espacial Internacional e as escotilhas serem abertas. Imagem: NASA / Digulvação

Os quatro astronautas substituem Nick Hague, Suni Williams, Butch Wilmore (os três da NASA) e Aleksandr Gorbunov (Roscosmos), que retornarão no dia 19 de março a bordo da Crew Dragon da missão Crew-9.

Vale lembrar que os astronautas Hague e Gorbunov chegaram à estação no final de setembro, na missão Crew-9 da SpaceX. Enquanto Williams e Wilmore estão em órbita desde o início de junho, quando viajaram na primeira missão tripulada da nave espacial Starliner da Boeing e foram obrigados a prorrogar a estadia no espaço.

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O que aconteceu com a Starliner?

Sunita Williams e Barry Wilmore, membros da primeira missão tripulada da Boeing Starliner para a Estação Espacial Internacional a serviço da NASA (Imagem: NASA)

A troca de tripulação também envolve astronautas que estavam originalmente na Starliner, a espaçonave da Boeing. Barry Wilmore e Suni Williams deveriam retornar após 10 dias na ISS, mas devido a falhas nos propulsores da Starliner, a NASA optou por mantê-los na estação. O veículo teve que ser trazido de volta sem tripulação em setembro, e a missão da dupla foi prolongada.

O Olhar Digital fez uma matéria para você conhecer os astronautas da Starliner que estão presos no espaço.

Cronologia dos astronautas “presos” e como voltarão à Terra

Williams e Wilmore partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para missão de oito dias – que já dura mais de nove meses.

Ao que tudo indica, a volta de Williams e Wilmore para a Terra acontece na próxima semana, “de carona” com os membros da missão Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado em 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA);
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurançaem setembro.

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Assista hoje a chegada da Crew-10 à Estação Especal Internacional

Depois de muita expectativa, os astronautas da Crew-10 chegarão à Estação Espacial Internacional hoje à noite em pouso que será acompanhado pelo site oficial da NASA. A tripulação da SpaceX foi lançada ontem, 14, e conta com quatro astronautas: Anne McClain, Nichole Ayers, Takuya Onishi, e Kirill Peskov.

Lançada no topo de um foguete SpaceX Falcon 9, a cápsula será exibida por vídeo aos internautas a partir das 22h45 desta noite no horário de Brasília. Estima-se que ela vai atracar no laboratório às 23h30, também no horário de Brasília.

Para quem tem pressa:

  • A cápsula da missão Crew-10 chegará ao laboratório especial hoje à noite, com a uma transmissão oficial feita pela NASA a partir das 22h45 do horário de Brasília;
  • Os astronautas que foram enviados são: Anne McClain, Nichole Ayers, Takuya Onishi, e Kirill Peskov;
  • Dias após a chegada desta nave, outros astronautas, que estiveram em órbita por muito tempo, finalmente poderão voltar à Terra.
Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10, da esquerda para a direita: o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Também foi divulgado que as escotilhas devem ser abertas por volta das 02h05 da manhã do domingo, 16, e que uma breve cerimônia de boas-vindas será iniciada em seguida para celebrar a chegada da nova tripulação. Essa cerimônia deve durar até às 02h35 e será realizada pelos astronautas que já vivem no laboratório orbital.

Os quatro astronautas vem de diferentes nações: Anne McClain e Nichole Ayers pertencem à NASA, Takuya Onishi à agência japonesa JAXA de exploração aeroespacial, e Kirill Peskov da agência espacial russa Roscosmos.

McClain é a comandante responsável pela missão Crew-10, Ayers é a piloto, e Onishi e Peskov são os membros especialistas para realizar as atividades de pesquisa da missão. Estima-se que os quatro astronautas permanecerão por seis meses no laboratório espacial orbital, o tempo médio de revezamento antes de outra equipe viajar até lá.

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Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing (Imagem: NASA)

Dentre os objetivos da Crew-10, está o fato de que a sua chegada significa que outros astronautas, que já estavam na estação, finalmente poderão voltar à Terra.

Mais especificamente, falamos de Nick Hague, Suni Williams, Butch Wilmore (da NASA), e de Aleksandr Gorbunov (da Roscosmos). Todos estão em órbita há mais tempo do que o esperado.

No site da NASA, você pode acompanhar a transmissão oficial que mostrará a chegada da Crew-10 à Estação Especial Internacional. O evento será transmitido a partir das 22h45 no horário de Brasília.

A estimativa é que Hague, Williams, Wilmroe e Gorbunov voltem à Terra no Crew-9 Dragon a partir da próxima quarta, 19 de março.

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Elon Musk diz que primeira missão do Starship a Marte será lançada em 2026

Na madrugada deste sábado (15), Elon Musk, dono da SpaceX, afirmou que a primeira missão do megafoguete Starship a Marte será lançada até o fim de 2026. Em uma publicação no X, o bilionário disse ainda que os primeiros pousos humanos podem ocorrer em 2029, caso tudo ocorra como planejado, “embora 2031 seja mais provável”.

Com 120 metros de altura, o veículo é o maior foguete já construído. Ele é peça-chave nos planos de Musk para tornar Marte um local habitável. No entanto, o projeto ainda enfrenta desafios, já que a nave precisa passar por diversos testes antes de estar pronta para voos interplanetários.

Nos últimos meses, a SpaceX vem testando o Starship, mas os voos ainda apresentam problemas. Na última semana, um dos protótipos explodiu cerca de nove minutos após a decolagem durante o oitavo teste, repetindo a mesma falha ocorrida em janeiro. A empresa informou que analisará os dados para identificar a origem do problema, que envolveu a perda de vários motores. 

O primeiro estágio do superfoguete Starship, da SpaceX, que dá nome ao complexo veicular, servirá de módulo de pouso para os humanos em Marte. Crédito: SpaceX

A Administração Federal de Aviação (FAA) exigiu que a SpaceX conduza uma investigação antes de realizar novos testes. A NASA também acompanha os avanços do veículo, já que pretende usá-la como módulo de pouso para a missão Artemis III, que levará astronautas à Lua.

Musk acredita que o Starship será um marco para viagens espaciais e poderá transportar humanos não só à Lua, mas também a Marte, tornando a humanidade “multiplanetária”. Segundo ele, a primeira missão do foguete ao Planeta Vermelho levará a bordo o robô humanoide Optimus, desenvolvido pela Tesla. A ideia é que, no futuro, esse robô possa realizar tarefas do dia a dia e tenha um custo entre US$20 mil e US$30 mil (de R$115 mil a R$170 mil, aproximadamente).

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Estes são os planos da SpaceX para o foguete Starship

  • Exploração da Lua: O Starship fará parte da missão Artemis III, da NASA, e, futuramente, deve levar turistas à Lua. Há também a possibilidade de desenvolver uma base permanente no satélite natural;
  • Missões a Marte: Musk pretende criar uma colônia autossuficiente em Marte com até um milhão de pessoas. Para viabilizar esse plano, a Starship deverá realizar viagens frequentes entre a Terra e Marte, podendo fazer uso de uma frota de até mil foguetes;
  • Transporte na Terra: O foguete pode revolucionar o transporte intercontinental, tornando viagens que hoje duram horas em deslocamentos de menos de 60 minutos. Além disso, promete reduzir impactos ambientais e oferecer trajetos mais confortáveis, com menos turbulência do que os aviões convencionais.

Missões a Marte vão enfrentar desafios

Tornar as viagens a Marte uma realidade ainda exige superar muitos desafios. Segundo Annibal Hetem, professor de propulsão espacial da Universidade Federal do ABC (UFABC), ir até o planeta é um desafio muito maior do que uma viagem à Lua.

“A Lua está relativamente próxima, permitindo missões curtas. Já Marte exige um tempo de viagem muito maior, além de lidar com a exposição dos astronautas à radiação espacial”, explicou Hetem ao G1. A jornada pode levar até oito meses, o que impõe riscos à tripulação.

Para contornar essas dificuldades, a SpaceX trabalha em novas versões do Starship, que terão mais potência e capacidade de carga. As atualizações visam reduzir o número de reabastecimentos necessários em órbita antes da viagem a Marte.

Conceito artístico de uma frota de foguetes Starship em direção a Marte, elaborado com Inteligência Artificial. Créditos: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital

Os modelos 2 e 3 do complexo veicular serão maiores que a versão atual, chegando a 150 metros de altura. Musk revelou alguns detalhes técnicos sobre as novas versões em um evento realizado em abril de 2024, mas ainda não há uma data definida para isso.

Sobre o megafoguete Starship:

  • Dimensões: 120 metros de altura (contando a nave e o propulsor Super Heavy) e nove metros de diâmetro;
  • Capacidade: até 100 passageiros;
  • Reutilização: projetado para ser reutilizável, reduzindo custos de lançamento;
  • Carga: suporta até 250 toneladas em missões descartáveis ou 150 toneladas em voos reutilizáveis.

Apesar dos desafios, a SpaceX continua avançando com testes e ajustes na Starship. Se os planos de Musk se concretizarem, a humanidade poderá dar os primeiros passos rumo a uma presença permanente fora da Terra.

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NASA revela quando os astronautas “presos” no espaço voltam para a Terra

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a missão SpaceX Crew-10 deve ser lançada nesta sexta-feira (14), às 20h03 (pelo horário de Brasília), com previsão de chegada à Estação Espacial Internacional (ISS) na noite de sábado (15). Isso vai permitir que, finalmente, dois astronautas “presos” no laboratório orbital voltem para a Terra – o que vai acontecer alguns dias depois.

Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para uma missão de oito dias – que já dura mais de nove meses. E eles dependem da chegada de uma nova tripulação ao laboratório orbital para poder voltar para casa. 

A missão “redentora” decolaria na noite de quarta-feira (12) – no entanto, o lançamento foi adiado em dois dias por problemas técnicos (saiba detalhes aqui).

Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10 (da esquerda) o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Anne McClain e Nichole Ayers, da NASA, Takuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, vão viajar a bordo da Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7), com previsão de atracar no módulo Harmony da estação no dia seguinte. Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Como os astronautas da Starliner vão voltar para a Terra

De acordo com um comunicado da NASA, a volta de Williams e Wilmore para a Terra acontece na quarta-feira (19), “de carona” com os membros da missão Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro.
Os astronautas Barry Wilmore e Sunita Williams trabalhando na Estação Espacial Internacional (ISS). Crédito: NASA

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

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Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a volta pode não acontecer dentro do prazo previsto (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos. 

No caso de Williams e Wilmore, se realmente retornarem na quarta-feira, eles terão passado 286 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no espaço entre 2022 e 2023.

Da direita para a esquerda: Frank Rubio, astronauta da NASA, e seus companheiros russos da missão Soyuz MS-22 Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, que ficaram 371 dias na estação espacial. Crédito: Roscosmos

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentem “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore vão embarcar de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

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