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Conheça a bateria “pasta de dente”, que pode assumir qualquer forma

Uma bateria que pode ser moldada como pasta de dente, adaptando-se a qualquer formato, foi criada por pesquisadores da Universidade de Linköping, na Suécia. Basicamente, como mostra o estudo publicado na revista Science, ela é macia e muito maleável – o que pode transformar o futuro da tecnologia.

Com estrutura fluida e moldável, a bateria pode ser usada em impressoras 3D para assumir qualquer forma desejada, como explicou o professor Aiman Rahmanudin, um dos líderes do estudo. Isso abre portas para um novo tipo de eletrônica completamente integrada aos dispositivos.

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Estima-se que mais de um trilhão de dispositivos estarão online nos próximos dez anos. Além dos celulares e computadores, teremos sensores médicos, implantes nervosos, roupas inteligentes e até robótica leve. E para todos esses gadgets funcionarem sem atrapalhar nossa vida cotidiana, precisamos de baterias que se adaptem – exatamente como essa nova criação.

Repare nas imagens em “M”, representando as diferentes topologias de fluidos sob diferentes deformações mecânicas. Da esquerda para a direita: 0% de deformação, 100% de deformação de tração, torcida. Barras de escala, 10 mm. | (Rahmanudin A. et al, 2025)

Uma bateria fluida e sustentável

A chave está na mudança dos eletrodos. Em vez de serem sólidos e rígidos, eles são fluidos, feitos a partir de plásticos condutores e lignina, um subproduto da produção de papel. Isso torna a bateria não apenas flexível, mas também sustentável, já que reaproveita materiais abundantes e baratos.

Ela pode ser esticada até dobrar de tamanho e ainda assim continuar funcionando perfeitamente. Além disso, suporta mais de 500 ciclos de recarga sem perder desempenho. Porém, a tensão atual da bateria é de apenas 0,9 volt. Então, os pesquisadores estão explorando novos compostos químicos, como zinco ou manganês, para melhorar sua eficiência.

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Naufrágio “Viking” revela ser outra coisa e surpreende arqueólogos

Pesquisadores descobriram que um naufrágio de 500 anos na costa da Suécia, na verdade, não é um navio Viking como esperavam. De acordo com estudos recentes da estrutura, ele é o barco escandinavo mais antigo construído no estilo “caravela”, que é mais robusto e o permitia carregar canhões.

Desde 1800, cinco naufrágios foram encontrados em Landfjärden, ao sul de Estocolmo. A hipótese mais forte era de que eles foram da Era Viking, que durou de 793 a.C. até 1066 a.C., mas sua idade continuava incerta.

No entanto, arqueólogos marinhos do museu Vrak, especializado em navios afundados, constataram que quatro dos desastres datam dos séculos XVI e XVII. Além deles, acredita-se que um mais antigo foi construído por volta de 1460 a 1480.

A equipe nomeou esse último de “Vrak 5”. Seu aspecto mais significante é o modelo de construção: as tábuas no casco estavam niveladas com as tábuas vizinhas, de modo que toda a superfície do casco ficava relativamente lisa. Isso classifica o barco como exemplar do estilo “caravela”.

Ilustração de como teria sido o Vrak 5. (Imagem: Vrak Museum of Wrecks)

“É um navio grande, provavelmente com cerca de 35 metros de comprimento e 10 metros de largura”, disse Håkan Altrock, curador do museu e gerente de projeto.

Em contraste, os vikings construíam seus navios no estilo “clínquer”, parecido com uma canoa. O que os fazia mais leves e flexíveis.

No entanto, o uso do modelo caravela, que é original do Mediterrâneo, com seus primeiro exemplares datando do século VII a.C., surpreendeu os pesquisadores. Segundo Altrock, nesse momento o estilo clínquer estava se tornado obsoleto pela força do novo formato.

Navio foi digitalizado

Esses detalhes tornam Vrak 5 essencial para se entender a transição dos modelos de construção. Sendo esse um período importante na história marítima da Suécia, diz o gerente do projeto.

O grupo do museu fez um modelo digital do navio usando fotogrametria. Assim todos podem acessar os resultados online.

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Para o futuro, as pesquisas continuarão. “Planejamos solicitar financiamento externo para uma escavação”, ele disse. “Este navio representa um elo fascinante entre a construção naval medieval e moderna”, conclui Altrock.

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