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Zuckerberg admite: TikTok freou crescimento da Meta

Mark Zuckerberg afirmou que o TikTok desacelerou o crescimento da Meta nos últimos anos. A declaração foi feita nesta quarta-feira (16), durante um depoimento no processo antitruste movido pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC), que investiga práticas da gigante das redes sociais. Segundo o CEO, o aplicativo de vídeos curtos se tornou uma ameaça competitiva prioritária e urgente para a companhia desde sua chegada, em 2018.

O julgamento, que pode obrigar a Meta a separar serviços como Instagram e WhatsApp, entrou na primeira semana de audiências e tem revelado informações importantes sobre o impacto da concorrência na estratégia da empresa. A fala de Zuckerberg reforça como o crescimento do TikTok afetou diretamente a performance da Meta nos últimos anos.

Meta pode ser obrigada a se desfazer de Instagram e WhatsApp com ação antitruste nos Estados Unidos (Imagem: Tada Images / Shutterstock.com)

Concorrência direta da Meta com o TikTok desde 2018

Zuckerberg reconheceu que a empresa observou uma redução significativa no crescimento com a ascensão do TikTok. O aplicativo, que pertence à empresa chinesa ByteDance, se tornou um dos principais desafios estratégicos da Meta desde sua consolidação no mercado global.

A ByteDance adquiriu o Musical.ly em 2017 e integrou seus recursos ao TikTok no ano seguinte. Foi nesse mesmo período que a Meta, ainda chamada de Facebook, deixou de divulgar os números de usuários da rede social principal em seus relatórios trimestrais.

No lugar, passou a apresentar dados consolidados da “família de aplicativos”, incluindo Instagram e WhatsApp — movimento que teria o objetivo de ocultar a estagnação da plataforma original.

Mudança no papel das redes sociais

Durante o depoimento, o CEO também falou sobre as “externalidades de rede”, ou seja, o uso de conexões entre amigos e familiares como forma de expansão das plataformas sociais. Para ele, esse fator se tornou menos relevante nos dias de hoje.

“Os aplicativos agora funcionam principalmente como mecanismos de descoberta”, declarou Zuckerberg, explicando que os usuários consomem conteúdo em uma rede e compartilham em outras, como aplicativos de mensagens. A observação reforça a mudança no comportamento digital e no modelo de funcionamento das redes sociais modernas.

Celular com logomarca da Meta na tela na frente de monitor com foto de Mark Zuckerberg com cara franzida
Zuckerberg comparou seus produtos com as novas redes sociais, que funcionam mais na base da descoberta e menos na conexão entre amigos (Imagem: Muhammad Alimaki/Shutterstock)

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Facebook busca resgatar proposta original

  • Apesar dessa transformação no setor, a Meta busca retomar aspectos que marcaram os primeiros anos do Facebook.
  • A empresa lançou recentemente novos recursos para facilitar a conexão entre amigos, como uma aba atualizada chamada “Amigos”, que destaca solicitações de amizade e atividades da rede de contatos.
  • Em janeiro, Zuckerberg já havia anunciado que o “retorno às origens do Facebook era uma das metas principais para 2025.
  • A estratégia busca reequilibrar o papel do Facebook diante do avanço de concorrentes como o TikTok e fortalecer o engajamento entre usuários.

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No tribunal, Zuckerberg declara: TikTok é grande ameaça à Meta

Durante o terceiro dia de depoimento no julgamento histórico que pode obrigar a Meta a vender o Instagram e o WhatsApp, Mark Zuckerberg não poupou palavras ao descrever a intensa concorrência com o TikTok.

Em testemunho, o CEO da gigante das redes sociais declarou que vê a plataforma chinesa como uma ameaça existencial para sua empresa.

“O TikTok ainda é maior do que o Facebook ou o Instagram, e eu não gosto quando nossos concorrentes se saem melhor do que nós”, confessou Zuckerberg, revelando a pressão que a Meta enfrenta para manter sua relevância em um mercado de mídia social em constante mutação.

A criação do Reels, uma das ferramentas de vídeos curtos do Instagram, foi explicitamente citada como uma resposta direta ao crescimento meteórico do TikTok.

Julgamento define futuro da Meta

O julgamento, movido pela Comissão Federal de Comércio (FTC), acusa a Meta de adquirir o Instagram e o WhatsApp em uma estratégia para sufocar a concorrência. Zuckerberg, por sua vez, defende as aquisições como práticas comuns no setor de tecnologia, argumentando que a Meta enfrenta uma concorrência acirrada de diversas plataformas, incluindo YouTube e iMessage.

A batalha legal, que pode resultar na dissolução das plataformas da Meta, é um dos maiores casos antitruste da era digital e define precedentes para o futuro da regulação das grandes empresas de tecnologia. O juiz James E. Boasberg, responsável pelo caso, terá a difícil tarefa de decidir se a Meta violou as leis antitruste ao adquirir seus concorrentes.

(Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

Durante o julgamento, a FTC apresentou uma série de comunicações internas da Meta que revelam uma estratégia deliberada de aquisição de concorrentes para evitar a concorrência. Um e-mail de 2018, por exemplo, sugere que Zuckerberg estava ciente das preocupações antitruste e da possibilidade de desmembramento da empresa.

Essas evidências, segundo especialistas, fortalecem o caso da FTC e expõem a mentalidade de Zuckerberg em relação à concorrência. “Pelas próprias palavras de Zuckerberg, os documentos mostraram que ele tinha interesse naquela época em comprar um concorrente”, afirmou Kenneth Dintzer, ex-advogado principal no caso antitruste do governo contra o Google.

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O depoimento de Zuckerberg e as evidências apresentadas pela FTC colocam o futuro da Meta em jogo. Se o juiz Boasberg decidir a favor da FTC, a gigante das redes sociais poderá ser forçada a vender o Instagram e o WhatsApp, o que representaria um golpe significativo para o império de Zuckerberg.

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Pirataria ou preço justo? Trend do TikTok mira marcas de luxo e viraliza

Um novo tipo de vídeo tem viralizado no TikTok. Eles alegam mostrar fabricantes chineses produzindo itens populares nos EUA – inclusive, de marcas de luxo. No geral, vendem a ideia: se você comprasse desses fabricantes, gastaria muito menos para ter o mesmo produto. Na prática, consumidores devem ficar atentos.

“Os vídeos são pensados para provocar fortes reações emocionais em consumidores americanos preocupados com tarifas e instabilidade política”, observa Mia Sato em sua reportagem sobre o tema publicada no The Verge.

Por que consumidores devem ficar muito atentos ao engajar nesta trend do TikTok? “Você pode acabar não economizando, ainda estará sujeito às altas tarifas sobre produtos chineses e pode se expor a frustrações ou golpes”, alerta reportagem do Washington Post.

Em trend do TikTok, fabricantes chineses dizem expor marcas de luxo

Num dos vídeos desta trend do TikTok, um homem exibe vários pares de sapatos parecidos com o modelo Boston da Birkenstock. Em vez dos US$ 165 cobrados no varejo, a versão mostrada custa apenas US$ 10 o par. Antes de ser deletado, o vídeo chegou a seis milhões de visualizações.

  • “Fabricantes chineses expondo marcas de luxo é meu novo TikTok favorito”, dizia um comentário. “Vamos parar de comprar nas lojas e adquirir direto da fonte”, dizia outro.
‘Fabricantes chineses expondo marcas de luxo é meu novo TikTok favorito’, escreveu usuário nos comentários de um vídeo (Imagem: Reprodução/TikTok)

É a famigerada pechincha praticamente irresistível. “Mas a realidade não é tão simples quanto parece nos vídeos curtos”, alerta a repórter do Verge.

Ela usa como exemplo os “Birkenstocks” de US$ 10. O modelo Boston é fabricado na Alemanha, não na China, segundo o site da marca. Inclusive, a Birkenstock se posiciona contra a terceirização da sua produção.

No entanto, Mia observa que reportagens e relatos de trabalhadores deixaram consumidores mais céticos quanto às alegações de origem de produtos de luxo.

“Nesse cenário, toda marca parece estar enganando você, e parece perfeitamente plausível que sandálias de couro ‘feitas na Alemanha’ sejam, na verdade, fabricadas de forma barata na China”, escreve Mia. “Mas uma investigação mais cuidadosa sugere que os TikToks das ‘fábricas Birkenstock’ não são o que aparentam ser.”

Produtos mais baratos, mas…

A conta @china.yiwu.factor no TikTok, por exemplo, leva a uma loja no AliExpress que vende um item descrito como “mocassins de camurça” por cerca de US$ 15. À primeira vista, eles se parecem com Birkenstocks. O problema está nos detalhes.

Mulheres em linha de produção na China em vídeo de trend do TikTok que mira marcas de luxo
Fabricantes surfam na trend do TikTok para anunciar produtos parecidos aos “de marca” por preço muito abaixo do varejo (Imagem: Reprodução/TikTok)

“Fotos nas avaliações dos clientes mostram que alguns pares são da marca Kidmi, não Birkenstock, enquanto outros nem têm marca alguma”, relata a repórter do Verge. “As solas têm design diferente e os fechos vêm gravados com o nome Kidmi.”

A repórter continua: “A loja também vende sandálias semelhantes a Birkenstock com outra marca: Orado. Nesses pares, a diferença é ainda mais evidente: em vez da palmilha anatômica característica da Birkenstock, essas sandálias parecem lisas e escorregadias. As solas têm cores divergentes.”

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Alerta para consumidores

Em suma, são cópias parecidas e baratas de produtos caros, “de marca”. Consumidores brasileiros conhecem bem esse tipo de produto.

Silhuetas de Xi Jinping e Donald Trump na frente de bandeiras da China e dos Estados Unidos, respectivamente
Guerra comercial entre China e EUA deixa consumidores mais suscetíveis a golpes que usam pechinchas como isca (Imagem: amagnawa1092/Shutterstock)

“Esses vídeos trazem discussões válidas sobre o que está por trás dos produtos que os americanos consomem”, diz a reportagem do Washington Post. Mas alerta para consumidores dos EUA não acreditarem em tudo que vêem na trend.

A guerra comercial entre EUA e China abriu brechas para se fisgar consumidores preocupados com subida de preços. E quem não gosta de uma boa pechincha? Porém, ao navegar por trends do TikTok, todo cuidado é pouco.

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Outro TikTok? Conheça o Neptune, nova rede social de vídeos curtos

O TikTok e o Instagram Reels têm um novo rival à vista! Atualmente em versão beta – e com uma lista de espera que já soma 400 mil pessoas –, o Neptune, novo aplicativo com foco em vídeos curtos, chega na semana que vem à App Store com a promessa de “oportunidades infinitas”.

Entenda:

  • O Neptune, app de vídeos curtos, chega em breve para competir com players como TikTok e Instagram Reels;
  • A plataforma busca priorizar a criatividade e a qualidade dos vídeos em vez de engajamento;
  • O algoritmo do app é personalizável com base nas preferências do usuário, e há a opção de ocultar o número total de curtidas e seguidores;
  • O Neptune chega na semana que vem à App Store, e em cerca de seis meses aos usuários do Android.
Neptune, novo app de vídeos curtos, chega em breve para competir com o TikTok. (Imagem: Neptune/Divulgação)

Também previsto para chegar à Play Store em cerca de seis meses, o app foi criado por Ashley Darling, que trabalhou ao lado de influenciadores como diretora de talentos. Darling, que também é ex-criadora de conteúdo, desenvolveu o Neptune buscando priorizar a criatividade nessas redes sociais em vez de métricas como número de curtidas e seguidores.

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Algoritmo do Neptune prioriza vídeos de qualidade

“Passei anos trabalhando com criadores independentes, tanto como influenciadora quanto, mais tarde, ajudando marcas. Eu ouvia a mesma coisa de criadores e usuários: ‘Sinto falta de quando as mídias sociais eram divertidas. Quando se tratava de criatividade, não de competição.’ Então, em vez de esperar que uma plataforma me ouvisse, criei uma”, contou Darling ao TechCrunch.

Assim como os concorrentes, o Neptune exibe os vídeos curtos em um feed vertical – a diferença aqui é que os usuários têm a chance de ocultar o número total de curtidas e seguidores. Além disso, o app também permite adicionar uma foto de capa ao perfil e deve oferecer diversas fontes de monetização contínua de conteúdo.

Qualidade de vídeos é prioridade do app Neptune. (Imagem: Neptune/Divulgação)

De acordo com o site oficial, o app conta com um algoritmo personalizável para permitir que o usuário controle suas preferências de conteúdo, vendo apenas aquilo que realmente deseja. O app também promete priorizar qualidade em vez de engajamento, evitando que “microinfluenciadores” fiquem em desvantagem.

Novo app de vídeos curtos chega em breve

Como reportado pelo TechCrunch, o Neptune deve trazer um recurso chamado “Hop Back” (ou pular de volta, em tradução livre), que continua a reprodução de um vídeo exatamente do ponto em que o usuário parou.

No momento, o app tem apenas um feed e uma ferramenta de busca, mas deve ganhar recursos de transmissão ao vivo, integração de músicas e criação de listas.

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China vai apertar o cerco contra “maliciosos” em redes sociais; entenda

O governo da China lançou campanha para combater o que considera “comportamento malicioso” em plataformas de vídeos curtos, como o Douyin, similar ao TikTok, que está bloqueado no país. A informação é da agência de notícias Lusa.

A iniciativa da Administração do Ciberespaço chinês busca criar “ambiente digital claro e ordenado, por meio da identificação e correção de comportamentos irregulares”, segundo a reportagem.

Campanha vai focar em conteúdos falsos (Imagem: li dekun/iStock)

Como será a campanha da China contra “maliciosos”?

  • A ação vai focar em tendências, como a criação deliberada de conteúdos falsos;
  • Os usuários estariam “encenando cenas lamentáveis” a partir da falsificação de identidade, muitas vezes com a “invenção de histórias melodramáticas com fins lucrativos” sob o pretexto de ajudar grupos vulneráveis, diz o jornal local The Paper;
  • O governo vai notificar as plataformas para promover “pente-fino” minucioso e tomar medidas de controle contra a divulgação de informações falsas, seja por meio de edição manipulada, apresentação distorcida de fatos ou uso de ferramentas de inteligência artificial (IA).

Além disso, as autoridades pedem o controle de conteúdos que violem as “regras de decência pública”, o que inclui casos de assédio verbal ou físico em espaços públicos, bem como vídeos que contenham insinuações sexuais ou “mostrem roupas provocantes para interações de natureza vulgar”.

A ideia é concentrar as restrições em vídeos com materiais considerados “inadequados”, especialmente os que visam grupos vulneráveis. O órgão regulador citou, por exemplo, títulos sensacionalistas e a publicação de avaliações fictícias de produtos ou serviços.

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Plataformas terão de fazer “pente fino” minucioso dos conteúdos (Imagem: Tomwang112/iStock)

Público gigante

A China é o país com o maior número de usuários de redes sociais do mundo, mesmo com a proibição de anos de plataformas, como Google, Facebook, X e YouTube. Considerando apenas o Wechat, que reúne mensagens, fotos e serviços financeiros, são mais de 1,3 bilhão de contas ativas, segundo a controladora da rede social Tencent.

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Desafio do desodorante: Polícia notifica TikTok sobre morte de criança

A Polícia Civil do Distrito Federal abriu um inquérito para investigar a morte de Sarah Raíssa Pereira, de 8 anos, em Ceilândia (no Distrito Federal). A investigação segue a linha de que ela teria inalado aerossol como parte do “desafio do desodorante”, no TikTok. A rede social será oficiada.

As autoridades querem entender quem criou o desafio e quem enviou o vídeo à criança. O celular passará por perícia.

A vítima foi encontrada pelo avô, em cima do sofá com um desodorante ao lado. Exames realizados no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) apontaram a causa da morte por inalação do aerossol.

Celular da vítima passará por perícia (Imagem: phBodrova/Shutterstock)

TikTok será acionado sobre o “desafio do desodorante”

O celular de Sarah Raíssa passará por perícia para investigar quem teria enviado o “desafio do desodorante” à vítima e quem foi o criador da trend. O TikTok será notificado pelo caso.

De acordo com a CNN, o delegado Walber Lima, responsável pelo caso, se pronunciou:

Primeiramente temos que ter acesso ao vídeo, verificar se de fato essa criança acessou ou teve acesso ao conteúdo. O depoimento dos familiares vai auxiliar bastante. É lógico que, se a rede social da qual ela teve acesso ao vídeo, nós vamos ter que oficiar a rede social para saber e ter mais informações acerca do criador do conteúdo.

Walber Lima, delegado responsável pelo caso

Mãe e avô já prestaram depoimentos. Eles falaram sobre como a criança usava a rede social.

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Sarah Raíssa Pereira deu entrada no HRC na última quinta-feira, com parada cardiorrespiratória. Ela chegou a ser reanimada, mas não apresentou reflexos neurológicos, o que levou à constatação de morte cerebral. O óbito foi declarado apenas no domingo (13).

Na imagem, uma mão segura um celular cuja tela apresenta o logo do TikTok
Responsáveis podem pegar até 30 anos de prisão (Imagem: 19 STUDIO/Shutterstock)

Responsável pode ser indiciado por homicídio

  • Polícia Civil do Distrito Federal abriu inquérito e notificou o TikTok sobre caso e “desafio do desodorante”;
  • O Olhar Digital entrou em contato com a assessoria da rede social e atualizará a nota mediante resposta;
  • Os responsáveis podem responder por homicídio duplamente qualificado por emprego de meio capaz de causar perigo comum, com pena que varia de 12 a 30 anos de reclusão. Por se tratar de uma vítima criança, com menos de 14 anos, a pena pode chegar a 30 anos.

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TikTok: China anuncia quais são as condições para a venda

Após prorrogar mais uma vez o prazo para resolução do impasse envolvendo o TikTok nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump continua buscando uma solução para o caso. O obstáculo principal segue sendo a ByteDance, dona da ferramenta.

Neste cenário de incertezas, o governo da China manifestou quais são as condições fundamentais para que haja um acordo.

Lembrando que a plataforma precisa passar para o controle de donos norte-americanos para continuar operando no país.

Qualquer negócio precisa respeitar a lei chinesa

O Ministério do Comércio da China destacou que toda a negociação envolvendo o TikTok deve cumprir a lei chinesa. Isso significa que qualquer eventual acordo precisa obrigatoriamente ser aprovado por Pequim.

Um dos maiores impasses diz respeito ao algoritmo da rede social, considerado essencial para as operações da ByteDance. De acordo com uma lei de 2020, a exportação desta tecnologia está sujeita à aprovação do governo chinês.

ByteDance está fazendo jogo duro com os EUA (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Questionada sobre a extensão do prazo para a venda, a China informou que “se opõe a práticas que ignoram as leis da economia de mercado, saqueiam pela força e prejudicam os direitos e interesses legítimos das empresas”.

O governo dos Estados Unidos apresentou uma proposta formal para a compra da plataforma nos últimos dias. No entanto, os chineses negaram a proposta após o anúncio das tarifas econômicas de Trump. As informações são da Reuters.

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Logo do TikTok com um ícone de proibição por cima em um smartphone; atrás, a bandeira dos Estados Unidos
Futuro do TikTok nos EUA continua incerto (Imagem: miss.cabul/Shutterstck)

Prazo para venda da rede social foi adiado mais uma vez

  • O prazo inicial para que o TikTok evitasse o banimento da rede social nos EUA acabou em 19 de janeiro.
  • A justiça do país, então, determinou a interrupção das operações, medida que foi revertida por decreto do presidente Donald Trump, que deu mais 75 dias para resolver a situação.
  • Este prazo, por sua vez, terminou no dia 5 de abril.
  • Sem acordo, o republicano decidiu adiar mais uma vez em 75 dias a data limite para a negociação.
  • O principal impasse é em relação ao uso feito dos dados coletados pela plataforma, que seriam enviados para o governo da China, representando um risco para a segurança nacional norte-americana.
  • Por isso, o TikTok está sendo pressionado para vender as operações para um dono dos EUA, o que não aconteceu até agora.
  • A empresa chinesa e o governo do país asiático contestam as alegações e acusam os norte-americanos de ferirem os princípios da concorrência justa.

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TikTok lucra com lives de crianças em situação de miséria, diz jornal

Crianças pedindo esmolas em transmissões ao vivo pelo TikTok têm se tornado cada vez mais comuns em países marcados por pobreza extrema. A prática, que contraria as próprias diretrizes da plataforma, é promovida pelo algoritmo e gera lucro para a empresa, que retém até 70% dos valores arrecadados com os chamados “presentes virtuais”.

Uma investigação do The Observer, associado ao britânico The Guardian, revelou que o conteúdo exploratório envolvendo menores de idade é disseminado em transmissões feitas principalmente no Afeganistão, Indonésia, Paquistão, Síria, Egito e Quênia. Mesmo com regras contra esse tipo de publicação, o TikTok continua se beneficiando financeiramente da exposição da miséria, segundo organizações de direitos humanos e especialistas em segurança digital.

Exemplos de contas que parecem mostrar famílias pedindo esmolas (Imagem: TikTok via The Guardian)

Transmissões exploratórias ocorrem em diversos países

Entre janeiro e abril de 2025, foram encontrados casos de transmissões semelhantes em países como Indonésia, Paquistão, Afeganistão, Síria, Egito e Quênia. As cenas variam de famílias em situações domésticas pedindo ajuda a transmissões com características de mendicância organizada. Em um dos casos, sete meninos foram exibidos pedindo presentes virtuais; no dia seguinte, outros meninos apareceram no mesmo local, acompanhados dos mesmos adultos.

Em algumas contas, diferentes pessoas são mostradas quase diariamente, indicando possível atuação de intermediários. Em um perfil com 5.300 seguidores, por exemplo, um idoso em cadeira de rodas aparece em transmissões feitas por terceiros, sem que se saiba sua identidade.

TikTok recebe comissão mesmo em situações de risco

  • A plataforma, lançada em 2020, permite que qualquer usuário com mais de 1.000 seguidores e mais de 18 anos transmita ao vivo.
  • Embora crianças possam aparecer, elas devem estar acompanhadas por adultos.
  • Os espectadores podem enviar presentes digitais, como rosas virtuais, que custam cerca de R$ 0,06.
  • Porém, os criadores de conteúdo recebem apenas uma fração do valor, após taxas da plataforma e comissões. Em alguns casos, restam apenas 30% do valor original.
  • A ONU classificou a situação como “predação digital”.
  • Olivier de Schutter, relator especial sobre pobreza extrema e direitos humanos, disse ao The Observer que “ficar com uma parte do sofrimento das pessoas é inaceitável” e o TikTok deve aplicar suas próprias políticas.
  • A ONG Save the Children também considera os casos documentados como formas graves de abuso.
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ONG Save The Children considera casos documentados como abuso (Imagem: Casimiro PT / Shutterstock.com)

Casos vão além da mendicância

Além de pedidos por ajuda, diversas transmissões mostram atos degradantes ou arriscados em troca de presentes. Entre os exemplos registrados estão pessoas se cobrindo de lama, batendo em si mesmas, passando horas sem dormir ou apenas deitadas em locais insalubres. Em um vídeo na Indonésia, duas meninas aparecem deitadas em um estúdio sem janelas; em outro, três homens no Paquistão colocam baldes na cabeça e só se movimentam quando recebem presentes.

Especialistas apontam que a combinação de pobreza, analfabetismo digital e o modelo de incentivo da plataforma contribui para a proliferação desse tipo de conteúdo. Marwa Fatafta, da organização Access Now, destacou ao The Observer que o design do TikTok Live estimula comportamentos de risco e a plataforma ainda não está lidando com as consequências desse sistema.

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Lucro com sofrimento e ausência de transparência

O TikTok afirma ter equipes dedicadas para identificar transmissões inadequadas, alegando interromper mais de 4 milhões de lives por mês por razões de segurança. Ainda assim, os casos identificados mostram que denúncias feitas pelo próprio aplicativo nem sempre resultam em ação imediata.

Há também dúvidas sobre quem realmente se beneficia dos presentes. Organizações como a Anti-Slavery International alertam para o controle que terceiros podem exercer sobre os ganhos, inclusive com coerção física ou psicológica. Os criadores devem apresentar documento de identidade para receber os valores, mas muitos perfis são anônimos e não há como saber se os beneficiários são, de fato, os que aparecem nas transmissões.

A pesquisadora Maya Lahav, da Universidade de Oxford, destaca que a moderação de transmissões ao vivo é um desafio complexo, tanto técnico quanto ético. “A questão central é: quando isso se torna exploração? Esse é o equilíbrio que a plataforma precisa encontrar”, afirmou ao The Observer.

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TikTok: China barrou negociação e venda pode não acontecer

A negociação para vender o TikTok nos Estados Unidos foi suspenso após a China indicar que não aprovaria a operação. Fontes familiarizadas com o assunto consultadas pela agência Reuters afirmaram que o acordo estava quase pronto.

As conversas para a venda da rede social nos EUA acontecem após a proibição do TikTok no país, conforme lei aprovada em janeiro (vamos relembrar o caso adiante). Na sexta-feira passada (04), às vésperas do prazo para conclusão da operação acabar, o presidente Donald Trump tinha indicado que o estenderia por mais 75 dias.

Agora, toda a negociação pode ter sido suspensa.

Negação teria sido em resposta às tarifas de Trump (Imagem: Saulo Ferreira Angelo / Shutterstock.com)

China teria negado venda do TikTok nos EUA

De acordo com a agência de notícias AP, o acordo para venda do TikTok nos Estados Unidos foi suspenso após a China sinalizar que negaria a operação. Isso porque a ByteDance é chinesa (o que causou toda a proibição da rede social no país em primeiro lugar) e precisa de aprovação do governo chinês para realizar a operação.

As conversas para a venda já aconteciam há algum tempo, mas se intensificaram na última semana, pois o prazo acabaria no sábado (05). Na sexta-feira, Trump prorrogou o prazo em 75 dias. Nas redes sociais, ele justificou que o acordo ainda precisava de ajustes. O Olhar Digital deu detalhes aqui.

Se a ByteDance não concluísse a transferência dos ativos para alguma empresa nos Estados Unidos, o TikTok seria banido novamente do país.

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Lei proibiu o TikTok nos Estados Unidos em janeiro – a menos que operação seja vendida para uma empresa americana (Imagem: miss.cabul/lShutterstck)

Retaliação aos EUA?

Fontes da Reuters revelaram que o acordo para a separação do TikTok e ByteDance nos Estados Unidos estava quase pronto. A negociação resultaria no controle da rede social por investidores estadunidenses, com a ByteDance ficando com uma participação minoritária (inferior a 20%).

Investidores atuais, novos investidores, o governo dos Estados Unidos e a própria empresa controladora teriam concordado.

A China também teria que aprovar, mas sinalizou que barraria a venda. A negação seria uma resposta às tarifas que Donald Trump impôs em produtos importados (e abalou toda a economia internacional). O próprio Trump escreveu nas redes sociais que a China não estava satisfeita com “nossas tarifas recíprocas”.

Leia mais:

No sábado, a ByteDance havia indicado em publicação na rede social WeChat que havia divergência sobre os termos da venda.:

Continuamos em negociações com o governo dos EUA, mas ainda não foi alcançado um consenso. As duas partes têm diferenças significativas em vários pontos-chave.

ByteDance, em publicação no WeChat sobre a venda do TikTok

Já a Embaixada da Chinesa em Washington respondeu que o país já expressou sua opinião sobre a venda do TikTok e que sempre respeitou os diretos das empresas. “Nos opomos a práticas que violem os princípios básicos da economia de mercado”, escreveu.

A China não se pronunciou oficialmente. Em nenhum momento o governo chinês sinalizou que aprovaria a venda.

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Trump impôs tarifas adicionais de 34% à China (Imagem: Chip Somodevilla – Shutterstock)

Relembre o caso da proibição e negociações para venda do TikTok nos Estados Unidos

  • Os Estados Unidos aprovaram uma lei que proíbe o TikTok no país. O motivo seria preocupação com a segurança nacional, devido a uma suposta operação de espionagem e acesso a dados de usuários estadunidenses pela ByteDance, empresa chinesa que controla a rede social;
  • A plataforma saiu do ar no dia 19 de janeiro, mas o presidente eleito Donald Trump tomou posse no dia seguinte e logo reinstaurou o TikTok no país;
  • Ele se mostrou contrário à proibição e deu mais tempo para que a ByteDance vendesse sua operação nos EUA, a única forma possível de continuar operando por lá;
  • Durante esse tempo, surgiram boatos de companhias norte-americanas interessadas na compra. Recentemente, Amazon, Oracle e Zoop fizeram ofertas.

No entanto, na semana passada, Trump impôs novas tarifas a produtos importados, aumentando ainda mais a taxação em produtos chineses. A medida gerou tensão internacional e abalou acordos comerciais dos EUA com diversos países.

A expectativa de Trump era que a venda do TikTok aliviasse a tensão com a China (saiba mais aqui), mas não foi o que aconteceu.

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“Contra a lei”: atraso de decisão de Trump sobre o TikTok gera críticas no Congresso

Na sexta-feira (4), o presidente dos EUA, Donald Trump, prorrogou por mais 75 dias o prazo para a venda ou proibição do TikTok. A decisão foi duramente criticada pelo senador democrata Ed Markey, que afirmou que a medida é ilegal. Segundo ele, o presidente está ignorando uma lei já aprovada pelo Congresso e confirmada pela Suprema Corte, colocando empresas norte-americanas em situação de risco.

Em poucas palavras:

  • Donald Trump prorrogou por 75 dias o prazo anunciado de 5 de abril para a venda ou proibição do TikTok nos EUA;
  • A decisão foi criticada por ser considerada ilegal sem aprovação do Congresso;
  • O governo vê o app como risco à segurança nacional por possível acesso chinês a dados;
  • Uma lei aprovada pelo Congresso e validada pela Suprema Corte exige a venda do aplicativo;
  • Especialistas alertam que a extensão informal gera insegurança jurídica para empresas como Apple e Google;
  • Democratas querem uma prorrogação legal; republicanos exigem corte total de vínculos com a China;
  • O futuro do TikTok segue incerto, com o Congresso pressionado a buscar uma solução definitiva.

O TikTok, aplicativo de vídeos curtos controlado pela empresa chinesa ByteDance, é visto pelo governo Trump como uma ameaça à segurança nacional, por supostamente permitir que o governo chinês tenha acesso a dados de usuários nos EUA. A empresa nega qualquer interferência da China, mas muitos parlamentares continuam desconfiados.

Adiamento da decisão de Trump sobre o TikTok está gerando críticas por tentar aplicar uma extensão sem autorização legal. Crédito: Saulo Ferreira Angelo / Shutterstock

Para lidar com essa suspeita, o Congresso aprovou uma lei bipartidária exigindo que o TikTok venda suas operações nos EUA, com a intenção de evitar qualquer tipo de interferência chinesa sobre os dados e conteúdos mostrados ao público do país. A medida foi confirmada pela Suprema Corte em janeiro deste ano.

Medida de Trump aumenta a insegurança jurídica das empresas

Apesar disso, Trump já havia adiado o cumprimento da lei quando assumiu o novo mandato. Agora, repete o gesto, gerando críticas por tentar aplicar uma extensão sem autorização legal. Especialistas dizem que isso aumenta a insegurança jurídica para empresas que prestam serviços ao TikTok, como Apple, Google e Oracle.

Segundo Markey, um adiamento como esse precisa ser aprovado pelo Congresso. Em comunicado, ele classificou a prorrogação como injusta, pois força empresas a escolher entre continuar operando e correr riscos legais ou tirar o TikTok do ar. O senador defende que o governo proponha uma extensão formal e legal por meio de projeto de lei.

De acordo com o site The Verge, outros democratas também se manifestaram. O deputado Ro Khanna, por exemplo, discorda da lei que obriga a venda do TikTok, pois acredita que ela ameaça a liberdade de expressão. Mesmo assim, ele considera que qualquer mudança deve passar pelo Congresso e vê a prorrogação como uma oportunidade para discutir alternativas.

O TikTok, aplicativo de vídeos curtos controlado pela empresa chinesa ByteDance, é visto pelo governo Trump como uma ameaça à segurança nacional. Crédito: Mamun_Sheikh – Shutterstock

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Enquanto isso, parlamentares republicanos reforçam a pressão para uma venda definitiva. Doze membros do Comitê da China da Câmara, incluindo o presidente John Moolenaar, divulgaram um comunicado exigindo que qualquer acordo elimine totalmente a influência do Partido Comunista Chinês sobre o TikTok.

Três deputados republicanos do Comitê de Energia e Comércio também alertaram que a China não pode continuar usando o app como ferramenta de vigilância ou para manipular o que os americanos veem na plataforma. A mensagem é clara: não basta trocar de nome – é preciso cortar os vínculos com a ByteDance.

O senador Mark Warner, vice-presidente do Comitê de Inteligência, foi mais direto. Em entrevista, afirmou que a prorrogação “é uma farsa” se o algoritmo do TikTok continuar sob controle da empresa chinesa. Ele criticou a postura de parte dos republicanos, que antes viam o app como ameaça, mas agora permanecem calados.

TikTok poderia ser “ferramenta de influência estrangeira”

Trump anunciou o novo adiamento enquanto o governo enfrenta outras tensões, como negociações comerciais globais. Com o novo prazo, as empresas que mantêm o TikTok em suas lojas ou serviços ficam vulneráveis a possíveis punições, caso a lei seja retomada de forma repentina.

Markey insiste que a única forma de garantir segurança jurídica é respeitar o processo legislativo. Caso contrário, as companhias envolvidas seguem em um cenário confuso, sem saber se estão protegidas legalmente. Ele defende que o Congresso vote sua proposta de prorrogação legal do prazo.

Já Khanna vai além: ele quer revogar a lei por completo. Para ele, o TikTok não deve ser banido nem forçado a vender suas operações, mas sim analisado com equilíbrio. Mesmo assim, reconhece que a prorrogação pode abrir espaço para uma solução mais democrática e transparente.

Há rumores de que Trump considere fechar um acordo com a Oracle, empresa americana de tecnologia. Porém, segundo Moolenaar e outros republicanos, qualquer acordo que mantenha vínculos com a ByteDance é inaceitável. O senador Josh Hawley alertou que, se o acordo não cumprir a lei, o presidente deveria proibir o TikTok de vez.

Warner também levanta preocupações mais amplas. Para ele, o TikTok pode ser usado como ferramenta de influência estrangeira. Ele cita como exemplo a forma como o app trata temas sensíveis, como os protestos em Hong Kong ou o conflito em Gaza, sugerindo que há viés no conteúdo promovido.

Apesar da preocupação generalizada, poucos acreditam que o Congresso vá agir com firmeza se Trump continuar ignorando a lei. Como reconheceu Hawley, o Legislativo “não tem um braço de fiscalização próprio”. Assim, o impasse pode se arrastar, enquanto milhões de usuários seguem sem saber o futuro do aplicativo.

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