Na noite desta quarta-feira (9), a Amazon dá um passo importante na disputa com a Starlink, serviço de internet via satélite da SpaceX, empresa de Elon Musk. A gigante da tecnologia de Jeff Bezos vai lançar o primeiro lote completo de satélites do Projeto Kuiper, sua própria constelação para levar internet de alta velocidade a regiões remotas do planeta.
O lançamento está previsto para acontecer entre 20h e 22h (horário de Brasília), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, a bordo de um foguete Atlas V, da empresa United Launch Alliance (ULA). Uma transmissão ao vivo do evento tem início às 19h35, no canal oficial da ULA no YouTube.
Primeiro lote de satélites Amazon Kuiper será lançado por um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA). Crédito: ULA
Este será o primeiro lançamento com satélites Kuiper totalmente operacionais. Em 2023, dois protótipos foram enviados ao espaço para testes. Agora, a Amazon começa a montar sua rede real, que prevê mais de 3.200 espaçonaves na órbita baixa da Terra, oferecendo conexão banda larga para áreas pouco atendidas.
Satélites da Amazon representam carga mais pesada já lançada por foguete da ULA
A missão desta noite, chamada de KA-01 (Kuiper Atlas 1), carrega a carga útil mais pesada já transportada por um foguete Atlas V. Por isso, o veículo será lançado em sua configuração mais potente, com cinco propulsores auxiliares a combustível sólido.
Cada satélite Kuiper é equipado com uma película especial que reduz o brilho solar refletido, evitando que interfiram na observação astronômica feita da Terra. Essa preocupação com o céu noturno também faz parte do projeto.
A Amazon já investiu US$10 bilhões (cerca de R$57 bilhões) no projeto, mas analistas do setor estimam que o custo total para iniciar a operação pode chegar a US$20 bilhões. O plano é concluir toda a constelação em mais de 80 lançamentos ao longo dos próximos anos.
Para garantir o cronograma, a Amazon contratou lançamentos com diferentes empresas, como a Arianespace, a Blue Origin (também de Bezos) e até a SpaceX, rival direta no setor. A Comissão Federal de Comunicações dos EUA exige que metade dos satélites esteja em órbita até julho de 2026.
Amazon ainda não divulgou preços do hardware e do serviço mensal do Projeto Kuiper. Crédito: Divulgação/Amazon
Atualmente, a Starlink de Elon Musk já opera com mais de sete mil satélites, o que dá larga vantagem à SpaceX. No entanto, a Amazon aposta em tecnologia de ponta para se destacar. Segundo a empresa, cada lançamento vai expandir a cobertura global e aprimorar a capacidade da rede.
Quando concluído, o sistema do Kuiper deve dar uma volta completa ao redor da Terra a cada 90 minutos, visando garantir internet veloz mesmo nos lugares mais isolados do globo.
Um asteroide com tamanho estimado entre 360 e 800 metros – maior que o Morro do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro – vai passar relativamente perto da Terra neste sábado (5).
Batizado de 2025 BC10, o objeto espacial vai cruzar o céu a cerca de 3,7 milhões de quilômetros da Terra. Isso equivale a 9,6 vezes a distância entre a Terra e a Lua, considerada próxima para os padrões da astronomia.
De acordo com a NASA, todo corpo celeste que passe a menos de 7,5 milhões de quilômetros de nós é classificado como NEO, sigla em inglês para “objeto próximo da Terra”. Quando ele tem mais de 150 metros, entra também na categoria de “potencialmente perigoso”.
Embora o nome assuste, não indica ameaça imediata. Esses objetos apenas entram em uma lista de monitoramento mais cuidadosa, com cálculos detalhados de suas trajetórias. No caso do 2025 BC10, ele está completamente fora de rota de colisão.
A aproximação máxima será às 7h12 da manhã (pelo horário de Brasília). Mesmo a essa distância, o evento é uma boa oportunidade para observação astronômica e será acompanhado por telescópios ao redor do mundo.
Quem quiser ver o asteroide em tempo real pode acompanhar a transmissão online programada pelo Projeto Telescópio Virtual, da Itália. A exibição será ao vivo e gratuita, no canal do projeto no YouTube, a partir das 17h, pelo horário de Brasília (quando o objeto já estiver se afastando).
Asteroides são remanescentes rochosos do início do Sistema Solar. A maioria orbita no chamado cinturão de asteroides, entre Marte e Júpiter. Outros, como o 2025 BC10, seguem órbitas que se aproximam da Terra.
Esse asteroide foi descoberto recentemente, em 28 de janeiro. No último domingo (30), um dos telescópios do projeto italiano fez uma foto do objeto, que aparece como um ponto de luz, em contraste com as estrelas ao fundo, vistas com leves rastros.
Asteróide 2025 BC10 movendo-se pelo céu em 30 de março de 2025. Crédito: Gianluca Masi, The Virtual Telescope Project
A NASA já calculou a trajetória de todos os asteroides potencialmente perigosos conhecidos e garante que nenhum deles apresenta risco de colisão com a Terra nos próximos 100 anos. A passagem do 2025 BC10, portanto, é apenas uma chance segura e interessante de observar um visitante espacial de grande porte.
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, neste sábado (29), acontece um dos fenômenos astronômicos mais esperados de 2025: um eclipse solar parcial (o segundo de quatro eclipses previstos para o ano) – descubra os próximos aqui.
A observação direta do eclipse é restrita a algumas áreas do planeta e, no Brasil, a visibilidade será extremamente limitada (quase imperceptível). Mas, não se preocupe: o Olhar Digital vai transmitir cada fase do evento em tempo real para que você não perca nenhum detalhe.
Mas, o que é um eclipse solar?
Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol lançando uma sombra sobre determinada área do planeta e bloqueando total ou parcialmente a luz solar;
Existem três tipos mais conhecidos desse fenômeno: parcial, anular e total;
Há ainda um quarto padrão, mais raro, que praticamente mistura todos eles: o eclipse solar híbrido (como o que aconteceu em abril de 2023).
O eclipse solar de sábado será parcial, o tipo mais comum. Neste caso, apenas uma parte do Sol é coberta pela Lua, sem grandes mudanças na luminosidade do dia para a maioria das localidades abrangidas. Quando a Lua cobre totalmente o Sol, temos um eclipse total, que escurece o dia. Já o eclipse anular deixa um anel de luz visível ao redor da Lua, devido à sua distância da Terra.
Olhar Digital transmite eclipse solar parcial ao vivo
Você está convidado a acompanhar o eclipse solar parcial em uma transmissão ao vivo, a partir das 7h da manhã, em todas as plataformas do Olhar Digital: no YouTube, Facebook, Instagram, LinkedIn e TikTok.
A apresentação é de Lucas Soares, editor de Ciência e Espaço do site, e do astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital.
Eclipse solar parcial vai formar “chifres” no céu de algumas localidades
De acordo com a plataformaTimeAndDate, o evento poderá ser visto por completo por cerca de 814 milhões de pessoas ao redor do globo – o que representa 9,94% da população mundial. Outras 975,8 milhões de pessoas (ou cerca de 11,91% de todo o planeta) poderão ver de 10% a 90% do Sol coberto.
Esses observadores estão localizados na Europa, norte da Ásia, norte e oeste da África, grande parte da América do Norte, norte da América do Sul, Atlântico e Ártico (clique aqui e descubra o índice de cobertura do Sol em cada local).
O eclipse começa às 5h50 (pelo horário de Brasília), sobre o Atlântico, com o ápice – quando a Lua cobre a maior parte do Sol – ocorrendo às 7h47. O espetáculo termina às 9h43.
Em alguns pontos privilegiados, o evento terá uma característica especial: os chamados “chifres solares”. Esse efeito óptico ocorre quando o Sol surge no horizonte parcialmente encoberto pela Lua, criando uma ilusão de um rosto sorridente com extremidades pontiagudas – entenda melhor aqui.
Neste sábado (29), acontece um dos fenômenos astronômicos mais esperados de 2025: um eclipse solar parcial – o segundo de quatro eclipses previstos para o ano. O primeiro foi lunar, ocorrido em 14 de março, conforme noticiado pelo Olhar Digital (descubra os próximos aqui).
A observação direta do evento é restrita a algumas áreas do planeta e, no Brasil, a visibilidade será extremamente limitada (quase imperceptível). No entanto, é possível acompanhar todas as fases do eclipse em tempo real pela internet.
O que é um eclipse solar?
Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol lançando uma sombra sobre determinada área do planeta e bloqueando total ou parcialmente a luz solar;
Existem três tipos mais conhecidos desse fenômeno: parcial, anular e total;
Há ainda um quarto padrão, mais raro, que praticamente mistura todos eles: o eclipse solar híbrido (como o que aconteceu em abril de 2023).
Eclipse solar sobre a Argentina, em maio de 2022. Crédito: Aixa Andrada/APOD/NASA
O eclipse solar de sábado será parcial, o tipo mais comum. Neste caso, apenas uma parte do Sol é coberta pela Lua, sem grandes mudanças na luminosidade do dia para a maioria das localidades abrangidas. Quando a Lua cobre totalmente o Sol, temos um eclipse total, que escurece o dia. Já o eclipse anular deixa um anel de luz visível ao redor da Lua, devido à sua distância da Terra.
De acordo com a plataformaTimeAndDate, o evento poderá ser visto por completo por cerca de 814 milhões de pessoas ao redor do globo – o que representa 9,94% da população mundial. Outras 975,8 milhões de pessoas (ou cerca de 11,91% de todo o planeta) poderão ver de 10% a 90% do Sol coberto.
Esses observadores estão localizados na Europa, norte da Ásia, norte e oeste da África, grande parte da América do Norte, norte da América do Sul, Atlântico e Ártico.
“Chifres Solares” fotografados durante o eclipse solar anular em Araruna, na Paraíba, em 2023. Crédito: WorldTimeZone.com/Instagram
Em alguns pontos privilegiados, o evento terá uma característica especial: os chamados “chifres solares”. Esse efeito óptico ocorre quando o Sol surge no horizonte parcialmente encoberto pela Lua, criando uma ilusão de um rosto sorridente com extremidades pontiagudas –entenda melhor aqui.
O eclipse começa às 5h50 (pelo horário de Brasília), sobre o Atlântico, com o ápice – quando a Lua cobre a maior parte do Sol – ocorrendo às 7h47. O espetáculo termina às 9h43.
Animação mostra o caminho do eclipse solar parcial de 29 de março de 2025 pelo planeta. Crédito: TimeAndDate
Olhar Digital transmite eclipse solar parcial ao vivo
Você está convidado a acompanhar cada detalhe em uma transmissão ao vivo, a partir das 7h da manhã, em todas as plataformas do Olhar Digital: no YouTube, Facebook, Instagram, LinkedIn e TikTok.
A apresentação é de Lucas Soares, editor de Ciência e Espaço do site, e do astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital. Não perca!
Eles estão a caminho! Finalmente, os astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, deixaram a Estação Espacial Internacional (ISS) para voltar para a Terra. Isso acontece após uma prorrogação em mais de 280 dias da missão original – o primeiro Teste de Voo Tripulado (CFT-1) da cápsula Starliner, da Boeing. E você pode acompanhar a chegada junto com o Olhar Digital!
A dupla vem “de carona” com os membros da missão SpaceX Crew-9 (Nick Hague, também da NASA, e o cosmonauta Aleksandr Gorbunov, da agência espacial da Rússia), a bordo da cápsula Dragon Freedom, que permaneceu ancorada no laboratório orbital ao longo de seis meses, desde setembro.
Momento em que a Dragon foi desacoplada da ISS (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)
Com a chegada da missão Crew-10, na madrugada de domingo (16), o time foi substituído por outros quatro astronautas, recebendo autorização para retornar à Terra. A princípio, isso aconteceria na quarta-feira (19), mas a NASA informou, em comunicado, que o processo seria antecipado porque as condições climáticas estariam mais favoráveis na região onde a nave vai pousar (na costa do Golfo da Flórida).
A previsão é que o mergulho no oceano com a ajuda de paraquedas ocorra às 18h57 (pelo horário de Brasília). desta terça-feira (18) – com transmissão em tempo real em todos os canais oficiais do Olhar Digital: no YouTube, Facebook, Instagram, LinkedIn e TikTok.
Suni Williams, da NASA, o cosmonauta Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos, e os astronautas Nick Hague e Butch Wimore, também da NASA, posam dentro da espaçonave SpaceX Dragon Freedom antes de iniciarem a jornada de volta à Terra. Crédito: NASA
Com início às 17h45, a live terá apresentação de Bruno Capozzi, nosso editor-executivo, e do astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital.
Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:
O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro.
Quem são os outros dois astronautas que chegam na mesma nave?
Conforme mencionado acima, além dos astronautas “resgatados” da missão Starliner CFT-1, a cápsula Dragon Freedom traz também Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da agência espacial russa (Roscosmos), membros da missão SpaceX Crew-9 – que chegou à ISS em 29 de setembro de 2024.
Inicialmente, a tripulação contaria com quatro integrantes, mas a composição precisou ser alterada. Os assentos das astronautas norte-americanas Zena Cardman e Stephanie Wilson, que participariam da missão, foram ocupados por simuladores de massa, enquanto ambas permanecem elegíveis para futuras missões.
Essa alteração foi justamente para acomodar Sunita Williams e Butch Wilmore na tão aguardada viagem de volta para casa.
A Netflix já se tornou muito mais do que um simples catálogo de filmes e séries. Nos últimos meses, a empresa de streaming adotou uma estratégia focada nas transmissões esportivas para aumentar ainda mais o número de assinantes.
Os ótimos resultados da audiência mostraram que a companhia estava num bom caminho. Por isso, ela decidiu anunciar mais uma novidade relacionada ao mundo esportivo: a transmissão da luta de boxe entre Amanda Serrano e Katie Taylor.
Revanche será atração principal de card feminino
O duelo está marcado para o dia 11 de julho deste ano.
Trata-se de uma revanche, uma vez que as lutadores já se enfrentaram em novembro do ano passado, com a vitória de Taylor.
Na oportunidade, a disputa aconteceu antes da aguardada luta entre Mike Tyson e Jake Paul, que foi transmitida pela Netflix.
Agora, o embate será a atração principal de um card feminino no Madison Square Garden, em Nova York.
A transmissão da luta de boxe entre Mike Tyson e Jake Paul pela Netflix, em novembro de 2024, atraiu 108 milhões de espectadores em todo o mundo, tornando-se o evento esportivo mais transmitido de todos os tempos.
A plataforma ainda transmitiu dois jogos da NFL (a liga de futebol americano) no dia de Natal, que tiveram uma média de 30 milhões de espectadores globais.
Netflix está diversificando seu catálogo (Imagem: Vantage_DS/Shutterstock)
Além disso, adquiriu os direitos de transmissão nos EUA para a Copa do Mundo Feminina da FIFA em 2027 e 2031. Vale lembrar que a edição de 2027 do torneio de futebol acontecerá no Brasil, enquanto a competição seguinte ainda não tem um país-sede definido.
Nesta segunda-feira (3), o Starship, maior foguete do mundo, tinha previsão de ser lançado novamente pela SpaceX. Isso aconteceria 46 dias após o mais recente voo de teste, que acabou em explosão.
Contudo, a empresa espacial de Elon Musk adiou o lançamento por possíveis problemas detectados no abastecimento, segundo a companhia. Assim que a SpaceX confirmar o que houve e a nova data de lançamento, atualizaremos esta reportagem.
O complexo veicular de 120 metros de altura decolaria da Starbase, em Boca Chica, no sul do Texas (EUA), às 20h30 (horário de Brasília), com transmissão ao vivo em todas as plataformas do Olhar Digital (YouTube, Facebook, Instagram, X, LinkedIn e TikTok).
A live foi apresentada pelo astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital e a jornalista Flávia Correia.
O megafoguete é dividido em duas partes, ambas projetadas para serem total e rapidamente reutilizáveis: um enorme propulsor de 70 metros de altura chamado Super Heavy e um estágio superior de 50 metros denominado Starship, que dá nome ao conjunto.
Como deverá ser o oitavo voo de teste do Starship
Este voo cumpre a mesma trajetória suborbital das missões anteriores e tem objetivos não alcançados no teste anterior, como a primeira implantação de carga útil do Starship e vários experimentos de reentrada voltados para retornar o estágio superior para captura no local de lançamento em ocasiões futuras.
Para atingir esses marcos, extensas atualizações foram realizadas na espaçonave, focadas em adicionar confiabilidade e desempenho em todas as fases do voo.
Os flaps dianteiros da Starship, por exemplo, foram ajustados para reduzir significativamente a exposição ao aquecimento de reentrada, simplificando os mecanismos subjacentes e os ladrilhos de proteção. Um aumento de 25% no volume do propelente em relação aos lançamentos anteriores visa melhorar o desempenho do veículo e a capacidade de voar em missões de longa duração.
Durante o teste de voo, a Starship deve implantar quatro satélites Starlink de simulação, semelhantes em tamanho aos equipamentos de próxima geração do serviço de internet da SpaceX. Os simuladores estarão na mesma trajetória suborbital da espaçonave e devem se autodestruir na entrada. Uma ignição de um único motor Raptor enquanto estiver no espaço também está planejada.
Diagrama mostra o plano do oitavo voo de teste do foguete Starship (Imagem: SpaceX)
Em comunicado, a SpaceX explicou que essa missão adotou vários procedimentos de teste focados em permitir que o estágio superior da Starship retorne ao local de lançamento em testes futuros. Um deles foi a diminuição do número significativo de pestilhas da espaçonave para avaliar áreas vulneráveis em todo o veículo. Várias opções de telhas metálicas, incluindo uma com resfriamento ativo, testaram materiais alternativos para proteger a Starship durante a reentrada.
Além disso, vários sensores de radar foram testados nos braços metálicos da torre de lançamento e captura com o objetivo de aumentar a precisão na medição das distâncias entre a estrutura e o foguete que estiver retornando.
O booster Super Heavy para este voo também apresenta itens atualizados para poder pousar na torre, como um computador de voo mais poderoso, distribuição aprimorada de energia e rede e baterias inteligentes integradas.
Caso alguma coisa saísse do planejado, o propulsor faria um splashdown suave no Golfo do México. “Não aceitamos concessões quando se trata de garantir a segurança do público e de nossa equipe, e o retorno de captura só ocorrerá se as condições forem adequadas”, diz a nota de pré-lançamento da SpaceX.
A Starship se separou do Super Heavy e o propulsor explodiu. Na ocasião, a SpaceX identificou a necessidade de realizar 17 correções no megafoguete. A nave, que perdeu sinal após oito minutos e 30 segundos, explodiu ao entrar em órbita.
Março de 2024
Em um grande avanço, o terceiro teste durou 50 minutos. A Starship foi destruída, mas nunca tinha ido tão longe. Apesar do sucesso da decolagem, a equipe perdeu o contato com a nave pouco antes do horário previsto para o pouso.
Pela primeira vez, vimos um foguete dar ré! O quinto teste de voo da Starship tinha como meta dar mais um passo em direção à reutilização completa e rápida do veículo. Para isso, a SpaceX planejou o primeiro retorno ao local de lançamento e captura do propulsor Super Heavy, além de outra reentrada controlada da Starship — um mergulho no alvo definido, que fica no Oceano Índico. Sucesso!
Novembro de 2024
Mais um voo de sucesso! Contudo, o propulsor foi redirecionado para um mergulho controlado no Golfo do México. Por outro lado, ao ser capaz de acionar um de seus seis motores no espaço, a nave deu um passo crucial para missões futuras.