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Conheça a balsa elétrica mais rápida do mundo — que voa

A empresa sueca de tecnologia marítima Candela criou balsa elétrica que promete revolucionar o transporte aquaviário. O modelo P-12 Shuttle é alternativa sustentável a barcos movidos a combustíveis fósseis, garantindo eficiência e reduzindo o tempo médio de viagem em centros urbanos.

“Com velocidade de 25 nós/km/h, operação silenciosa, sem esteiras e custo por passageiro muito menor do que as balsas a diesel tradicionais, a Candela P-12 está liberando todo o potencial de nossas hidrovias”, diz o site da empresa.

Barco é equipado com computador que reduz sensação de enjoo (Imagem: Divulgação/Candela)

No ano passado, a balsa fez sua viagem inaugural em Tappström, subúrbio de Estocolmo (Suécia). A rota de 15 km até a Prefeitura de Estocolmo foi feita em 30 minutos, reduzindo o tempo médio do trajeto pela metade.

Conhecendo a balsa elétrica

  • Equipado com dois motores elétricos, o P-12 oferece manobrabilidade “excepcional”, garantindo atracação segura e precisa, mesmo em condições difíceis;
  • Qualquer porto é acessível, graças a uma rampa de proa flexível que se adapta a diferentes alturas de cais e às lâminas totalmente retráteis;
  • O P-12 pode recarregar sua bateria em menos de uma hora usando um carregador rápido CC padrão. Isso elimina a necessidade de infraestrutura de carregamento marítimo especializada e cara, tornando a implantação rápida e econômica;
  • O barco comporta 30 passageiros sentados, além de um tripulante. Há três opções de cabines: Shuttle, para deslocamento rápido de passageiros; Business, com serviços premium a bordo; e Voyager, com interior personalizado para ocasiões especiais.
Barco pode ser facilmente atracado com rampa de proa flexível (Imagem: Candela/Divulgação)

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Sim, esse barco voa

Mas o que mais chama atenção no Candela é a capacidade de voar. O barco fica suspenso durante o trajeto graças a tecnologia de hidrofólios — e a empresa criou o primeiro modelo elétrico comercial do mundo.

Ao voar acima da superfície da água e reduzir o atrito, os barcos têm longo alcance e altas velocidades, reduzindo drasticamente os custos operacionais em comparação com embarcações movidas a diesel.

Além disso, a embarcação praticamente não cria rastros, permitindo a operação no centro da cidade sem causar danos causados ​​pelas ondas a outras embarcações ou a áreas costeiras sensíveis. E o melhor de tudo: um computador avançado garante um passeio estável e suave, reduzindo a sensação de enjoo.

“Não há outro navio com esse tipo de estabilização eletrônica ativa. Voar a bordo do P-12 Shuttle em mar agitado será mais como estar em um trem expresso moderno do que em um barco: é silencioso, suave e estável” afirma Erik Eklund, vice-presidente de Embarcações Comerciais da Candela.

Viagens de 15km podem ser feitas em média a 30 minutos (Imagem: Divulgação/Candela)

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Maior travessia de vida selvagem do mundo começa a ser construída

Na última segunda-feira, um marco importante para a conservação da vida selvagem foi alcançado, com o início da colocação do solo para o Wallis Annenberg Wildlife Crossing, um projeto inovador que visa ajudar a fauna local a cruzar de forma segura a rodovia 101, na Califórnia. Quando concluída, esta travessia se tornará a maior do mundo, representando um avanço significativo para a preservação de espécies como pumas, cervos e linces.

O trabalho de construção começou às 7h da manhã e foi realizado até as 10h, com os operários iniciando a colocação do solo em uma área que se transformará em um habitat de quase 1 acre. Esse espaço será fundamental para diversas espécies locais que precisam de uma passagem segura para se deslocar entre os habitats fragmentados pela rodovia. O projeto, que já está em andamento desde o Dia da Terra de 2022, tem previsão de conclusão para 2026.

Imagem de drone mostrando as primeiras seções transversais superiores sendo colocadas no Wallis Annenberg Wildlife Crossing sobre a rodovia 101 em Agoura Hills, nos arredores de Los Angeles, Califórnia. Agora, a construção já está em estado mais avançado, com a colocação do solo sobre a estrutura (Imagem: Jason Kutchma / iStock)

O maior projeto de travessia de vida selvagem do mundo

  • Este ambicioso projeto abrange uma área que atravessa 10 faixas da rodovia, exigindo aproximadamente 6.000 metros cúbicos (1.560 toneladas) de solo.
  • A fase inicial de colocação do solo, que começou na última segunda-feira, está programada para levar várias semanas.
  • Este trabalho é apenas o começo de uma longa jornada para a conclusão da travessia, que visa não apenas salvar vidas, mas também servir de modelo para iniciativas de conservação de vida selvagem urbana em todo o mundo.
  • Segundo a National Wildlife Federation (NWF), a travessia será a maior do tipo no planeta, estabelecendo um padrão de como conectar ecossistemas e permitir a migração de animais selvagens sem a ameaça de atropelamentos.
  • O projeto está sendo cuidadosamente planejado e executado por uma equipe de especialistas que inclui cientistas do solo, biólogos, engenheiros e micologistas, responsáveis pela seleção de solo e fungos benéficos para garantir um ambiente ideal para a fauna e flora da região.
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O projeto do Wallis Annenberg Wildlife Crossing (Imagem: Annenberg Foundation)

Fase inicial e o trabalho com vegetação nativa

Em maio, após a conclusão dessa fase inicial, o próximo passo será o plantio de 5.000 plantas nativas ao redor da travessia. As espécies escolhidas para esse plantio incluem variedades típicas da região das Montanhas Santa Monica, como a sálvia costeira e outras plantas da vegetação de mato costeiro. Essas plantas são essenciais para criar um ambiente natural que possa sustentar espécies como pumas, cervos, morcegos, coelhos do deserto, linces e até mesmo borboletas monarca.

Além disso, o projeto inclui um grande esforço de restauração ecológica, que envolverá a revitalização de 12 acres de espaço aberto. Para isso, serão introduzidas aproximadamente 50.000 plantas nativas, incluindo árvores, arbustos e perenes, o que ajudará a melhorar o ecossistema local. O uso de vegetação nativa também tem a vantagem de reduzir riscos de incêndios na região, uma preocupação crescente nas áreas mais secas da Califórnia.

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A coleta de sementes e o cuidado com o solo

Nos últimos três anos, um viveiro dedicado ao projeto da travessia tem recolhido mais de 1,1 milhão de sementes nativas de mais de 50 espécies diferentes originárias das Montanhas Santa Monica. Esse esforço de coleta de sementes é fundamental para garantir que a área ao redor da travessia esteja repleta de vegetação adequada assim que o projeto for finalizado.

Além das plantas, o viveiro também cultiva várias espécies de árvores, como carvalho costeiro e carvalho do vale, além de arbustos como toyon e ceanothus. A gestão do viveiro está a cargo da Rock Design Associates, com o apoio de especialistas da Santa Monica Mountains Fund, do National Park Service, da Caltrans e da Mountains Recreation and Conservation Authority.

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Como será construído o primeiro túnel imerso do Brasil?

A travessia SantosGuarujá, no litoral de São Paulo, vai marcar a inauguração de uma modalidade de transporte inédita no Brasil: um túnel imerso no mar. A obra terá 1,5 km de extensão, sendo 870 metros no leito do Canal do Porto de Santos. Atualmente, o trajeto é feito ao longo de 40 km de rodovias ou balsas.

Com concessão de 30 anos, o projeto será leiloado em 1º de agosto deste ano e vai beneficiar mais de 100 mil pessoas que cruzam as duas margens diariamente. O sistema terá três faixas de rolamento por sentido, incluindo uma exclusiva para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), além de acessos para pedestres e ciclistas.

O trecho vai ligar as regiões de Outeirinhos e Macuco, em Santos, ao bairro Vicente de Carvalho, em Guarujá. A profundidade do túnel será de 21 metros após estudos realizados pela Fipe e validados por consultorias internacionais especializadas em projetos de alta complexidade de engenharia, segundo o governo paulista.

Travessia fará ligação com sistema de transporte local em ambas as margens (Imagem: Governo de São Paulo/Divulgação)

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Como será feita a obra?

O sistema será composto por seis módulos de concreto pré-moldados em uma doca seca, que, depois, serão “mergulhados” na água para o teste de vedação e impermeabilidade. Em seguida, os módulos serão transportados por flutuação até o local onde o túnel será instalado no fundo do mar. As etapas são as seguintes, como divulgado pelo governo:

  • Preparação do solo: A primeira etapa é a preparação do fundo do canal onde o túnel será instalado. Uma trincheira é cavada no local para abrigar os módulos que formarão a estrutura. Também serão instaladas placas de concreto na vala para suportar os elementos de túnel;
  • Construção: Os elementos de túnel são peças de concreto construídas em uma doca seca, de preferência próxima ao local onde ficará o túnel. Os elementos contam com piscinas provisórias no seu interior. Os reservatórios fazem com que a estrutura não afunde na água em um primeiro momento;
  • Transporte: Quando as peças ficam prontas, elas passam por testes de vedação e impermeabilidade. Na sequência, a doca seca é inundada. Por conta das piscinas provisórias, os elementos flutuam para, desta forma, serem transportados por rebocadores para o local onde o túnel vai ficar;
  • Posicionamento: Os elementos são fixados em pontes flutuantes e posicionados por sistemas eletrônicos no ponto exato onde devem ser imersos;
  • Imersão: A água presente nas piscinas provisórias do interior dos módulos é bombeada, fazendo submergir lentamente os elementos do túnel. Esse processo é monitorado por sensores;
  • Ligação dos elementos: Por meio de guinchos hidráulicos, os elementos são aproximados, até o contato entre eles;
  • Acoplagem: A união final dos módulos de túnel contíguos é feita pela diferença de pressão atmosférica no interior do elemento já posicionado e a pressão que a água exerce no novo elemento;
  • Nivelamento: Em uma das extremidades do elemento, são ancorados macacos hidráulicos, que movimentam pinos de aço para nivelar o módulo. Os pinos são soldados e os macacos hidráulicos, retirados. Em seguida, é injetada areia na base, formando uma “cama” para assentar o elemento de túnel;
  • Proteção: Por fim, uma camada de pedras é utilizada para recobrir e proteger o túnel contra impactos de embarcações e o enganchamento de âncoras soltas.
Projeto do túnel foi avaliado por consultorias internacionais de engenharia (Imagem: Governo de São Paulo/Reprodução)

O empreendimento vai receber investimentos de R$ 6 bilhões e faz parte de uma parceria entre os governos federal e estadual, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos.

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