iphone-15-mostruario-1024x683

iPhones e eletrônicos escapam das novas tarifas de Trump (por enquanto)

Em uma reviravolta que traz alívio para consumidores e gigantes da tecnologia, Donald Trump anunciou uma medida que exclui smartphones, computadores e componentes eletrônicos essenciais das controversas tarifas “recíprocas”.

A decisão evita um aumento substancial nos preços de dispositivos como iPhones e surge em meio a um cenário de apreensão, onde consumidores chegaram a correr para lojas, temendo um impacto imediato em seus bolsos.

Recuo temporário?

A medida, divulgada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, abrange uma gama de produtos, incluindo smartphones, laptops, discos rígidos, processadores e chips de memória – itens amplamente fabricados fora dos EUA, cuja produção doméstica exigiria anos para ser estabelecida.

As isenções concedidas derivam de uma regra que impede a sobreposição de tarifas adicionais sobre taxas já existentes, sugerindo que esses produtos podem, em breve, voltar a ser alvo de novas taxações, embora possivelmente em um patamar inferior para a China.

(Imagem: Wongsakorn 2468 / Shutterstock)

Um ponto de atenção especial recai sobre os semicondutores, um setor que Trump sinalizou como alvo de tarifas específicas. A isenção temporária desses componentes indica que a Casa Branca ainda considera a imposição de taxas setoriais, com uma alíquota ainda a ser definida.

Leia mais

A reação do mercado foi imediata, com empresas como Apple e Samsung Electronics vislumbrando um alívio nas pressões de custos. Contudo, a incerteza paira sobre o futuro, com a possibilidade de novas tarifas no horizonte, mantendo o setor em estado de alerta.

O post iPhones e eletrônicos escapam das novas tarifas de Trump (por enquanto) apareceu primeiro em Olhar Digital.

big-techs-e1699972345384-1024x576

Tarifas de Trump devem atrapalhar meta importante do governo dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou novas tarifas para produtos importados. A taxação já está afetando o setor de tecnologia no país e deve atrapalhar uma das metas fundamentais do governo estadunidense este ano: a expansão dos data centers.

Essa infraestrutura é essencial para o desenvolvimento de inteligência artificial, mas depende de peças que estarão sujeitas às novas tarifas. O resultado? Os investimentos e esforços nesse sentido devem desacelerar.

Big techs do setor, como Apple, Amazon e Nvidia, já sentiram os efeitos da medida. Saiba mais aqui.

Big techs já estão sentindo os efeitos do anúncio (Imagem: Ascanio/Shutterstock)

Tarifas de Trump devem atrapalhar expansão dos data centers

Trump anunciou tarifas entre 10% e 49%. Nações europeias (20%), China (34%), Índia (26%) e nações asiáticas (como o Vietnã, com 46%) estão entre as principais afetadas.

A medida impactou as big techs estadunidenses, causando quedas expressivas na bolsa de valores. Apesar de estarem nos EUA, as empresas dependem de produtos importados, como peças, e algumas até produzem seus dispositivos internacionalmente, como a Apple (com o iPhone, por exemplo).

A taxação também deve impactar a expansão dos data centers. Os chips semicondutores estão isentos das tarifas, mas, segundo a Reuters, os Estados Unidos planejam impostos adicionais específicos para essa categoria de produtos.

Consultada pela agência de notícias, Gil Luria, analista da DA Davidson, avaliou que os equipamentos usados nos data centers com certeza ficarão mais caros. Outros analistas também afirmaram que os custos para construção dessas infraestruturas aumentarão. O impacto na expansão ainda não está claro.

President,Donald,Trump,Talks,To,Journalists,While,Hosting,Prime,Minister
Trump chamou tarifaço de “independência econômica” dos EUA (Imagem: Chip Somodevilla – Shutterstock)

Data centers estavam nos planos do governo Trump

No início do ano, Donald Trump anunciou investimentos pesados na construção de infraestrutura tecnológica, uma das metas da segunda gestão do republicano.

O projeto Stargate foi o principal: o empreendimento – em conjunto com a OpenAI, SoftBank Group e Oracle – prevê US$ 500 bilhões para 20 data centers no país. O objetivo é ultrapassar as nações rivais na corrida de IA.

Para Luria, isso já era improvável antes. Com as tarifas, “é altamente improvável” que o investimento bilionário se concretize.

Segundo os analistas, mesmo que os chips sigam isentos de taxação, as placas de circuito nos quais eles são vendidos não estão isentos. Ou seja, de qualquer forma, a tarifa seria aplicada. Para se ter uma ideia do impacto econômico disso, só no ano passado, dados da Bernstein estimaram importações de máquinas de processamento em cerca de US$ 200 bilhões, vindas principalmente do México, Taiwan, China e Vietnã.

Data Center.
Infraestrutura é essencial para o desenvolvimento de IA (Imagem: Caureem/Shutterstock)

Leia mais:

Big techs podem dar um passo atrás

Mesmo que o governo siga em frente com os investimentos nos data centers, as big techs (que, um dia depois do anúncio, já estão tendo prejuízos) podem reavaliar seus gastos:

  • De acordo com Abhishek Singh, sócio da empresa de pesquisa Everest Group, as gigantes do setor deverão reorganizar seus investimentos, provavelmente deixando a expansão de lado e direcionando os gastos para prioridades a curto prazo, como proteção de compras e terceirização;
  • A AMD, fabricante de processadores e placas, disse que está “avaliando os detalhes e quaisquer impactos [das tarifas] em nosso ecossistema mais amplo de clientes e parceiros”;
  • A Intel, Nvidia e TSMC (de chips) recusaram o pedido de comentário da Reuters. As big techs também não se pronunciaram;
  • De acordo com Luria, a expectativa é que a Microsoft e Amazon adotem uma abordagem mais cautelosa em relação aos data centers;
  • As novas taxas também devem impactar os negócios em nuvem das companhias.

O post Tarifas de Trump devem atrapalhar meta importante do governo dos EUA apareceu primeiro em Olhar Digital.

donald-trump-2-1024x682-2

Tarifas de Trump: Apple tem prejuízo bilionário – que pode afetar o iPhone

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira (02) novas tarifas para produtos importados. As empresas de tecnologia do país foram algumas das grandes afetadas com a medida. A Apple liderou os prejuízos: nesta quinta-feira (03), a companhia da maçã perdeu mais de US$ 250 bilhões em valor de mercado.

Tesla, Nvidia, Meta e Amazon também sofreram quedas expressivas na bolsa de valores.

O impacto na Apple, especificamente, levanta preocupações sobre um possível aumento no preço final dos produtos (incluindo o iPhone).

Trump se referiu às tarifas como “independência econômica” dos Estados Unidos (Imagem: Chip Somodevilla – Shutterstock)

Tarifas de Trump x big techs

As tarifas de Trump afetaram todos os países do mundo. A maioria ficou com taxas mínimas de 10% (como o Brasil). Já outros tiveram um aumento expressivo na taxação, como a China (34%), nações europeias (20%), Índia (26%) e Vietnã (46%).

A medida impactou as big techs estadunidenses. Ao final da quarta-feira, as ações já haviam começado a cair, o que se intensificou nesta quinta-feira. Tesla, Nvidia e Meta caíram 6%, enquanto Amazon caiu 7,2%.

A mais afetada foi a Apple, com queda de 8,5% e perda de US$ 250 bilhões em valor de mercado.

apple
Preço do iPhone pode estar em risco (Imagem: 360b / Shutterstock)

Tarifas vão encarecer o iPhone?

As big techs são dos Estados Unidos, mas não estão isentas de preocupações: boa parte delas depende de produtos importados ou até mesmo produzem seus dispositivos internacionalmente.

É o caso da Apple, que teve a maior queda entre as principais empresas do setor de tecnologia. Isso porque Índia e Vietnã, que mencionamos anteriormente, se tornaram pilares da cadeia de produção do iPhone e outros aparelhos da companhia nos últimos anos – e tiveram suas taxas de importação aumentadas significativamente.

Agora, a empresa da maçã tem duas opções:

  • Absorver os custos das tarifas, o que diminuiria sua margem de lucro;
  • Ou repassá-lo aos consumidores, o que aumentaria o preço dos produtos finais.

iPhone, iPad e Apple Watch estão entre os possíveis afetados.

Índia e Vietnã viraram importantes na cadeia de produção da Apple (Imagem: Hadrian/Shutterstock)

Índia e Vietnã são pilares da cadeira de produção do iPhone

Desde 2018, quando Trump impôs tarifas à China pela primeira vez, a Apple acelerou a realocação de parte de sua produção. A empresa transferiu linhas de montagem de iPads e AirPods para o Vietnã. E iniciou a fabricação de iPhones na Índia.

Após cinco anos de investimento em treinamento de mão de obra e infraestrutura, a Apple projeta que até 25% dos 200 milhões de iPhones vendidos anualmente sejam produzidos na Índia.

O Vietnã, por sua vez, atraiu investimentos pela proximidade com a China. E se consolidou como polo alternativo após os fechamentos de fábricas chinesas durante a pandemia. Em 2023, mais de 10% dos principais 200 fornecedores da Apple estavam em solo vietnamita.

Leia mais:

Trump elogiou big techs

As novas tarifas impostas por Trump aumentam ainda mais a pressão nos negócios da Apple. A empresa já pagava 20% em produtos vindos da China – onde 90% dos produtos são fabricados. Agora, as taxas do país ficarão em 34%.

Mesmo assim, o presidente dos Estados Unidos elogiou as big techs (a Apple especialmente) por investirem no país. Ele classificou a medida como “uma declaração de independência econômica” em relação ao mundo e destacou o objetivo de alavancar a produção nacional.

Segundo o TechCrunch, analistas da Wedbush Securities avaliaram que as tarifas são “piores do que o pior cenário” para investidores de tecnologia. 

O post Tarifas de Trump: Apple tem prejuízo bilionário – que pode afetar o iPhone apareceu primeiro em Olhar Digital.

donald-trump-2-1024x682-1

Tarifas de Trump derrubaram ações das big techs; veja qual a empresa mais afetada

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira (02) novas tarifas entre 10% e 49% para produtos importados. Além de provocar reações na economia mundial (inclusive no Brasil), a medida afetou as grandes empresas de tecnologia (as big techs).

A Apple foi a que teve maior queda nas ações. Nvidia, Tesla, Amazon e outras também registraram baixas.

Trump se referiu às tarifas como uma “independência econômica” (Imagem: Chip Somodevilla – Shutterstock)

Tarifas de Trump x big techs

As tarifas de Trump começam em 10%, como no caso dos produtos brasileiros. Já para alguns países ou regiões específicas, é maior. As importações para as nações europeias foram taxadas em 20% e para a China, em 34%. Saint-Pierre e Miquelon, Lesoto, Camboja e Laos tiveram as maiores tarifas da lista, chegando a 49%.

Quem também foi prejudicado com essa nova medida foram as big techs estadunidenses. Ao final do dia, as empresas do setor de tecnologia tiveram quedas na bolsa. A mais afetada foi a Apple, com 6% de queda.

Veja a lista das principais:

  • Apple: 6%;
  • Tesla: 4,5%;
  • Nvidia: 4%;
  • Alphabet, Amazon e Meta: entre 2,5% e 5%;
  • Microsoft: pouco menos de 2%.

De acordo com a CNBC, se os prejuízos continuarem assim nesta quinta-feira (03), a Apple terá seu maior declínio nas ações desde setembro de 2020.

apple
Se continuar caindo, Apple pode ter pior desempenho na bolsa em anos (Imagem: 360b / Shutterstock)

Big techs são americanas… então por que as taxas?

Todas as big techs que sofreram quedas e estão listadas acima são estadunidenses. No entanto, elas não estão isentas de preocupações: boa parte delas depende de produtos importados ou até mesmo produzem seus dispositivos internacionalmente.

A Apple, por exemplo, fabrica seus produtos na China e outros países asiáticos. Com o aumento das taxas, há uma nova preocupação: o preço vai aumentar?

Já a Nvidia fabrica seus chips em Taiwan e monta os sistemas de inteligência artificial no México e outros lugares, cada um com uma tarifa diferente. Por aí vai.

Leia mais:

Tarifas de Trump são “independência econômica”

Ao anunciar as tarifas, Trump classificou a medida como “uma declaração de independência econômica” dos Estados Unidos em relação ao mundo. Durante o discurso, ele destacou o objetivo de alavancar a produção nacional.

No final das contas, mais produção doméstica significará competição mais forte e preços mais baixos para os consumidores.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

No entanto, não foram só as big techs que saíram perdendo. Fundos de investimentos negociados nas bolsas de valores caíram cerca de 3%.

Apesar das quedas, Trump usou o discurso para elogiar Apple, Meta e Nvidia por investirem dinheiro no país. Ele destacou como a Apple vai “gastar US$ 500 bilhões” nos EUA e “construir suas fábricas aqui”.

O post Tarifas de Trump derrubaram ações das big techs; veja qual a empresa mais afetada apareceu primeiro em Olhar Digital.

Gemini_Generated_Image_crikr9crikr9crik-1024x576

Trump quer humanos em Marte nesta década — mas só existe uma data ideal

A promessa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de enviar astronautas a Marte reacendeu o debate sobre a viabilidade de missões tripuladas ao planeta vermelho.

Embora a exploração espacial continue a avançar, alcançar Marte em um futuro próximo apresenta desafios significativos. Entre eles está a janela de lançamento ideal.

Por que só há uma oportunidade de lançamento ideal antes de 2029?

A sincronia orbital entre a Terra e Marte, que se alinha a cada 26 meses, oferece uma janela de lançamento crucial para missões espaciais. A próxima oportunidade, no final de 2026, é vital para qualquer projeto ambicioso de exploração de Marte, pois otimiza a trajetória da viagem, reduzindo o consumo de combustível e o tempo de trânsito.

A trajetória ideal, conhecida como órbita de transferência de Hohmann, exige menos energia e combustível, tornando a missão mais viável. Aproveitar essa oportunidade é essencial para reduzir custos e tempo de viagem, que normalmente varia de seis a oito meses.

A cada 26 meses, a Terra e Marte se alinham de forma favorável, permitindo uma viagem mais curta e eficiente. (Imagem gerada por IA/Gabriel Sérvio/Olhar Digital)

Após essa janela, a próxima chance favorável será somente em 2029, tornando a missão de Trump uma corrida contra o tempo.

Os desafios tecnológicos e logísticos

  • Além da sincronia orbital, a missão a Marte enfrenta obstáculos tecnológicos e logísticos complexos.
  • Um dos maiores desafios é desenvolver um sistema avançado de suporte à vida, capaz de reciclar ar e água eficientemente.
  • Embora a tecnologia atual permita a reciclagem de cerca de 50% do ar e 90% da água, uma missão a Marte exigiria um sistema próximo de 100% de reciclagem.
  • Outro desafio é o transporte de recursos, já que a quantidade de materiais necessários para a missão não cabe em um único lançamento.
  • A solução para esse problema também passa pela melhoria dos sistemas de reciclagem e reaproveitamento de recursos.
Missão a Marte também enfrenta obstáculos tecnológicos e logísticos complexos. (Imagem gerada por IA/Gabriel Sérvio/Olhar Digital)

A missão tripulada a Marte também depende da produção de combustível no planeta para garantir o retorno dos astronautas. Isso exigiria o envio prévio de infraestrutura para fabricar o combustível, incluindo geradores de energia e máquinas para coletar e processar materiais.

O experimento MOXIE, no rover Perseverance, demonstrou a capacidade de extrair oxigênio da atmosfera marciana. No entanto, a quantidade produzida ainda é minúscula, e toneladas seriam necessárias para uma missão tripulada retornar à Terra.

A autonomia dos sistemas de produção de combustível é outro desafio. Seria necessário criar máquinas capazes de coletar materiais, processá-los e transformá-los em combustível, tudo isso sem supervisão humana direta.

Riscos e contaminação biológica

Durante a viagem e em Marte, os astronautas estariam expostos a altos níveis de radiação, aumentando o risco de doenças e danos à saúde a longo prazo. As soluções atuais para proteção contra radiação estão em fase experimental.

Além disso, a contaminação biológica é outra preocupação. Cada astronauta carrega um ecossistema de microrganismos que pode comprometer a busca por vida em Marte. A NASA estabelece padrões rigorosos de limpeza para missões robóticas, mas a política para missões tripuladas continua em desenvolvimento.

Leia mais:

Apesar dos desafios, a exploração de Marte continua sendo um objetivo importante para a humanidade. No entanto, será necessário superar os obstáculos tecnológicos, logísticos e biológicos para garantir o sucesso de uma missão tripulada.

O post Trump quer humanos em Marte nesta década — mas só existe uma data ideal apareceu primeiro em Olhar Digital.

Design-sem-nome-6-1024x488

Pesquisa sobre doença de Chagas é retomada após liberação de verba dos EUA

Pesquisadores brasileiros retomaram uma pesquisa crucial sobre a doença de Chagas, uma infecção parasitária que ainda ameaça milhões de pessoas na América Latina.

A iniciativa faz parte do projeto Centro São Paulo-Minas Gerais (SaMiTrop) para Tratamento da Doença de Chagas, liderado pela professora Ester Sabino, da USP (Universidade de São Paulo), com financiamento do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH).

A pesquisa havia sido interrompida devido à falta de recursos, o que impactou diretamente os avanços na busca por novos tratamentos. No entanto, a recente liberação de financiamento pelo NIH traz uma nova perspectiva para o desenvolvimento de métodos mais eficazes de detecção e tratamento da doença.

Causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, a doença de Chagas continua sendo um desafio de saúde pública, podendo levar a complicações cardíacas e digestivas graves. Com a retomada dos estudos, os pesquisadores esperam aprimorar os métodos de detecção e desenvolver tratamentos mais eficazes.

Brasil retoma pesquisa sobre Chagas com apoio dos EUA

A volta das pesquisas sobre a doença de Chagas com o apoio dos Estados Unidos traz uma dose de esperança, mas também incertezas. Embora o financiamento represente um passo importante, ainda é cedo para afirmar quais avanços concretos poderão ser alcançados.

Trabalho do projeto SAMI-Trop, retomando pesquisas sobre a Doença de Chagas (Imagem: imtfmusp/USP/Divulgação)

Apesar da retomada, o caminho para novos tratamentos e diagnósticos mais eficazes ainda parece longo. A doença de Chagas é uma infecção complexa e silenciosa, o que dificulta sua detecção precoce. Com o novo apoio financeiro, os cientistas buscam aprimorar as abordagens existentes, mas os resultados podem levar tempo para serem visíveis, especialmente nas regiões mais afetadas.

Leia mais:

Além de desenvolver tratamentos mais eficazes, o projeto também busca compreender melhor os fatores que influenciam a transmissão do parasita. No entanto, a complexidade da doença e as diversas variáveis envolvidas tornam difícil prever os impactos das novas estratégias. A expectativa é que, com o tempo, os estudos ajudem a moldar um cenário mais otimista no combate à doença.

Retomada dos pagamentos traz alívio temporário

Dias após o bloqueio dos recursos, a pesquisadora Ester Sabino leu na imprensa americana que várias ações do governo Trump estavam sendo contestadas judicialmente. Um juiz determinou o desbloqueio dos fundos da agência de saúde dos Estados Unidos, permitindo que a pesquisadora submetesse uma nova ordem de pagamento. Poucos dias depois, o valor de US$ 50 mil foi liberado, e os trabalhos do projeto SaMI-Trop foram retomados.

Imagem do protozoário Trypanosoma Cruzi
Trypanosoma cruzi: parasita da Doença de Chagas volta ao foco do projeto SAMI-Trop (Imagem:Corona Borealis Studio/Shutterstock)

Apesar desse avanço, o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) – referência global em pesquisas biomédicas – enfrenta forte pressão para se adaptar às novas diretrizes do governo Trump. Sem garantias de continuidade para projetos de longo prazo, o cenário segue instável: mais de mil funcionários foram demitidos e diversas atividades científicas estão paralisadas.

Há preocupações em relação ao impacto que o processo de revisão do financiamento pode ter na continuidade da pesquisa. Apesar do alívio por não haver mais a urgência de resolver a falta de recursos, persiste a apreensão sobre a viabilidade de manter o andamento do projeto a longo prazo.

O post Pesquisa sobre doença de Chagas é retomada após liberação de verba dos EUA apareceu primeiro em Olhar Digital.