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Guerra dos Chips: duas gigantes do setor podem formar parceria

A proibição das vendas de chips semicondutores de inteligência artificial imposta pelos Estados Unidos contra a China gera diversos impactos no mercado. Além disso, o presidente Donald Trump tem pressionado as principais empresas a priorizarem a produção dentro dos EUA.

Neste cenário, pode surgir uma nova gigante da área. Isso porque a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) e a Intel estariam negociando a criação de uma joint venture de fabricação de chips.

Empresas vivem momentos muito diferentes

De acordo com a CNBC, as empresas discutiram um acordo preliminar nos últimos dias. Ele prevê que a TSMC fique com uma participação de 21% e que a parceria possibilite operar as fábricas de chips já existentes da Intel.

No entanto, a empresa taiwanesa negou os rumores durante a apresentação dos seus resultados financeiros do primeiro trimestre deste ano. O lucro da companhia aumentou em 63% graças ao aumento contínuo da demanda por chips de IA.

Empresas estariam negociando parceria (Imagem: Below the Sky/Shutterstock)

A Intel, por outro lado, tem perdido espaço no mercado. A fabricante registrou o seu pior desempenho dos últimos anos, com as ações se desvalorizando mais de 60%. Por isso, uma parceria poderia significar uma tábua de salvação, embora a empresa não confirme as negociações.

Além disso, a joint venture poderia ser uma ótima notícia para o governo dos Estados Unidos. Donald Trump tem aumentado as sanções contra a China e pressiona as principais empresas a aumentarem a produção nos EUA, o que seria garantido se este acordo saísse do papel.

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Montagem sobre Guerra dos Chips com bandeiras da China e dos Estados Unidos
EUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
  • Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.

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TSMC pode ser multada em bilhões por violar regras de chips

A Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) está sujeita a uma multa de US$ 1 bilhão (R$ 5,9 bilhões) por supostamente ter exportado chips para processadores da Huawei, violando regras comerciais dos Estados Unidos. A informação é da Reuters.

O Departamento de Comércio americano está investigando a venda de quase três milhões de chips da empresa taiwanesa para a chinesa Sophgo, de soluções em nuvem.

Os aparelhos, no entanto, teriam acabado em processadores de IA da Huawei.

Por se tratar de fabricação com tecnologia americana, o chip da TSMC está sujeito a controles de exportação dos EUA, que impediu a venda de certos chips avançados para clientes na China — incluindo a Huawei.

Huawei está proibida de adquirir tecnologias americanas sem licença (Imagem: HJBC/iStock)

As ações da TSMC caíram quase 3% e foram negociadas em leve baixa após a notícia, segundo a Reuters. Altos funcionários consultados pela reportagem disseram que planejam buscar penalidades maiores para violações de exportação.

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Momento delicado

A investigação ocorre ao mesmo tempo em que a guerra comercial toma conta das relações EUA-Taiwan. Na semana passada, o presidente Donald Trump anunciou uma taxa de 32% sobre as importações de Taipei, excluindo chips.

Trump taxou importações de Taipei em 32% (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Em março, a TSMC havia prometido um investimento de  US$ 100 bilhões nos Estados Unidos, com a construção de cinco instalações adicionais de chips nos próximos anos.

Em uma declaração enviada à Reuters, a porta-voz da TSMC, Nina Kao, disse que a empresa não fornece serviços para a Huawei desde setembro de 2020, e que a companhia está cooperando com o Departamento de Comércio.

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Duas gigantes teriam acordo para fabricar chips em conjunto

A Intel e a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC) chegaram a um acordo preliminar para formar uma joint venture visando operar as instalações de fabricação de chips da Intel, conforme informou o site The Information.

As negociações entre as duas gigantes de semicondutores foram supostamente iniciadas pela administração Trump, como parte de um esforço para revitalizar a Intel, que tem enfrentado desafios de fabricação nos últimos anos. A TSMC estaria disposta a assumir uma participação de 20% na nova empresa.

Trump tem criticado Taiwan por “roubar” a indústria de chips dos EUA e pressionado para que a fabricação avançada de chips seja trazida de volta aos Estados Unidos. O plano coincide com o anúncio recente da TSMC de investir pelo menos US$ 100 bilhões em instalações de fabricação nos EUA.

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Apesar do acordo preliminar, a proposta de joint venture encontra resistência de alguns executivos da Intel, preocupados que a parceria possa afetar o desenvolvimento da tecnologia de fabricação própria da empresa e resultar em demissões em massa.

Diante de uma crise, Intel poderia recuperar prestígio com a joint venture e a ajuda da TSMC, que vive bom momento – Imagem: Hepha1st0s/Shutterstock

Existem ainda desafios sobre como as duas empresas integrarão suas operações, dado que utilizam modelos diferentes de equipamentos e materiais de produção.

Empresas despistam sobre o possível acordo

  • A Intel não comentou oficialmente sobre o assunto, enquanto a TSMC se recusou a fazer declarações.
  • A TSMC também enfrenta pressões para transferir mais produção de Taiwan para os EUA, especialmente devido a preocupações com possíveis interrupções no fornecimento de tecnologia crítica em caso de conflito com Pequim.
  • A empresa já prometeu investir mais de US$ 65 bilhões em três fábricas no Arizona, com uma delas iniciando a produção no final de 2024.

Apesar da pressão crescente, os semicondutores foram isentos das tarifas comerciais anunciadas por Trump, embora ele continue a pressionar a TSMC e outros fabricantes sobre a falta de produção nos Estados Unidos.

Ao fundo, logo da TSMC; à frente, um chip
Trump pressiona por mais produção de semicondutores nos EUA, e a TSMC tem planos de investir em instalações no país (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

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A ‘empresa mais poderosa do mundo’ acenou a Trump. O que isso significa?

Nas últimas semanas, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciaram o fechamento de um acordo bilionário. Serão investidos US$ 100 bilhões (quase R$ 600 bilhões) na expansão das operações da empresa em solo norte-americano.

Durante o encontro que selou o negócio, o republicano chegou a chamar a fabricante de chips de “a empresa mais poderosa do mundo”. Apesar do potencial, a parceria tem gerado uma série de preocupações.

Taiwan teme que EUA abandonem proteção da ilha

O plano inclui a construção de três novas fábricas no Arizona, no mesmo local onde já opera sua unidade Fab 21, perto de Phoenix. A empresa ainda não especificou quais tecnologias serão produzidas nas novas instalações. A expectativa é gerar 40 mil empregos na construção civil nos próximos quatro anos, o dobro da estimativa inicial de 20 mil até o fim da década.

O clima em Taiwan, no entanto, não é de otimismo. Isso porque alguns acreditam que a expansão das operações nos EUA não é um bom negócio para a ilha, uma vez que pode diminuir a vontade da Casa Branca defender a região de um possível ataque da China.

Declarações de Trump põe em dúvida promessa de defesa de Taiwan pelos EUA (Imagem: Andy.LIU/Shutterstock)

A TSMC produz mais de 90% dos microchips avançados do mundo, que alimentam desde smartphones e inteligência artificial até armas. É por isso que muitos em Taiwan acreditam que esta dependência global serve como um “escudo de silício” contra invasões chinesas.

Manifestações recentes de Trump, entretanto, colocam em dúvida o apoio dos EUA (é importante lembrar que os taiwaneses dependem do apoio militar norte-americano). O republicano chegou a acusar Taiwan de “roubar” a indústria de semicondutores do país, além de afirmar que a ilha deveria pagar pela proteção da Casa Branca.

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Ao fundo, logo da TSMC; à frente, um chip
Empresa é a líder na fabricação de chips semicondutores (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Governo e TSMC minimizam riscos

  • Após o anúncio do acordo, o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, apareceu ao lado do CEO da TSMC, CC Wei, para minimizar os temores.
  • Ele disse que o investimento da empresa nos EUA não prejudicaria seu compromisso com a defesa da ilha.
  • Também garantiu que o território não “enfrentou nenhuma pressão de Washington” para fechar o negócio.
  • Wei, por sua vez, atribuiu o investimento à “forte demanda” de clientes norte-americanos como Apple, Nvidia, AMD, Qualcomm e Broadcom, que queriam reduzir os riscos potenciais da cadeia de suprimentos com chips fabricados localmente.
  • Ele também prometeu que, apesar do avanço nos EUA, a produção de tecnologias mais avançadas da TSMC deve continuar em Taiwan, onde a empresa mantém seus centros de desenvolvimento de processos de fabricação.

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TSMC: fabricante de chips semicondutores está voando em 2025

O mercado de inteligência artificial segue bastante aquecido e oferecendo uma série de novas oportunidades para os principais players do setor. De fato, diversas empresas seguem surfando a onda da IA.

Uma delas é a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), uma das maiores produtoras de chips semicondutores do planeta. A empresa taiwanesa acaba de divulgar um novo balanço financeiro apontando importantes resultados.

Forte crescimento no início de 2025

  • De acordo com os números, a receita da companhia subiu 39% nos primeiros dois meses de 2025.
  • O resultado indica que a demanda por chips de IA continua bastante elevada.
  • Os analistas, em média, projetam um crescimento de cerca de 41% neste trimestre.
  • A fabricante de chips ainda registrou receita combinada de US$ 16,8 bilhões (cerca de R$ 97 bilhões) no período.
TSMC é uma das principais empresas do setor (Imagem: Nambawan/Shutterstock)

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TSMC projeta importante expansão nos EUA

O balanço foi divulgado após o anúncio de um investimento de US$ 100 bilhões (quase R$ 600 bilhões) para expandir as operações da TSMC nos Estados Unidos. O plano inclui a construção de três novas fábricas no Arizona, no mesmo local onde já opera sua unidade Fab 21, perto de Phoenix.

A empresa ainda não especificou quais tecnologias serão produzidas nas novas instalações. A expectativa é gerar 40 mil empregos na construção civil nos próximos quatro anos, o dobro da estimativa inicial de 20 mil até o fim da década.

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Empresa vai seguir em Taiwan (Imagem: Jack Hong/Shutterstock)

Segundo Nina Kao, chefe de relações públicas da TSMC, as construções devem ocorrer simultaneamente, aumentando a demanda por mão de obra. Além das fábricas, a empresa pode adicionar plantas de empacotamento de chips e um centro de pesquisa e desenvolvimento, o que impactaria diretamente clientes como Apple, AMD, Broadcom, Nvidia e Qualcomm.

Apesar do avanço nos EUA, a produção de tecnologias mais avançadas da TSMC deve continuar em Taiwan, onde a empresa mantém seus centros de desenvolvimento de processos de fabricação. O refinamento da produção e a redução de defeitos ainda dependem do suporte direto das equipes locais.

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União improvável? Taiwanesa TSMC deve investir US$ 100 bilhões em fábricas de chips nos EUA

A empresa taiwanesa TSMC está planejando investir US$ 100 bilhões (mais de R$ 580 bilhões) em fábricas de chips nos Estados Unidos nos próximos quatro anos. O anúncio deve ser feito pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ainda nesta segunda-feira (03).

A informação foi obtida com exclusividade pelo Wall Street Journal.

EUA querem garantir disponibilidade nacional de chips (Imagem: William_Potter/iStock)

TSMC deve investir em fábricas de chips nos Estados Unidos

De acordo com o jornal estadunidense, o valor bilionário será usado para construir fábricas de chips de ponta, algo que ajudaria na meta dos Estados Unidos de reestruturar sua indústria doméstica de semicondutores. O anúncio vem em um momento em que o país está restringindo a exportação da tecnologia, principalmente para nações asiáticas.

A TSMC é taiwanesa, um território da China que luta há anos para ter sua independência reconhecida. A companhia já tem instalações no estado do Arizona desde 2020, mas começou a produção em massa por lá apenas no final do ano passado.

No entanto, o foco da empresa é em Taiwan, onde as fábricas de chips avançados estão. Desde o governo de Joe Biden, antes de Trump, os EUA se preocupam com o domínio taiwanês no setor de chips e pressionam a TSMC para instalar fábricas avançadas em solo americano.

Imagem mostra a bandeira de Taiwan ao fundo, com um iPhone à frente exibindo o logotipo da TSMC. Empresa anunciou litografia de 2 nanômetros para seus processadores a partir de 2023
Empresa já tem instalações nos Estados Unidos, mas foca a produção de chips avançados em Taiwan (Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

TSMC confirmou parceria

Os Estados Unidos apoiam a TSMC desde 2022, quando o Chips Act investiu bilhões de dólares na fabricação nacional de chips. Só a taiwanesa recebeu US$ 6,6 bilhões em subsídios, sem contar créditos fiscais para produção em território estadunidense.

Em comunicado, a empresa destacou a felicidade em se reunir com Trump e “discutir nossa visão compartilhada de inovação e crescimento na indústria de semicondutores, bem como explorar maneiras de fortalecer o setor de tecnologia junto com nossos clientes”.

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Por que os EUA estão interessados nos chips?

  • Além de garantir disponibilidade nacional, os chips são considerados essenciais na construção de eletrônicos e outras tecnologias, como inteligência artificial. Além disso, podem ser usados na segurança nacional e em tecnologias militares. Ou seja, quem tiver chips melhores, está na frente.
  • No entanto, desde a pandemia de Covid-19, os Estados Unidos passam por uma escassez nos semicondutores;
  • Trump já pediu que mais chips sejam fabricados e menos sejam exportados. Ele também impôs tarifas de 25% nos produtos importados, visando estimular a produção interna.
  • Segundo Trump em fevereiro, “temos que ter chips feitos neste país”. Ele destacou como, atualmente, a produção está concentrada em Taiwan e que quer trazer essas empresas (como a TSMC) para os EUA.

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