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Os tubarões enganaram a ciência esse tempo todo

Pesquisas recentes mostraram que tubarões, antes considerados mudos, podem produzir sons. Os tubarões-de-escamas (Mustelus lenticulatus), uma espécie de fundo da Nova Zelândia, foram gravados emitindo cliques quando manuseados por pesquisadores subaquáticos.

Esses sons, repetidos em vários indivíduos, parecem estar ligados a respostas defensivas ou de angústia. Esse é o primeiro registro conhecido de tubarões fazendo sons ativamente. O estudo foi publicado no jornal Royal Society Open Science.

Descobertas do estudo

  • Durante experimentos com 10 tubarões juvenis, todos produziram cliques audíveis ao serem manuseados. Inicialmente, os cliques eram frequentes, mas diminuíram com o tempo.
  • Os pesquisadores sugerem que esses sons podem servir para distrair predadores e ajudar os tubarões a escapar.
  • Embora os tubarões não possuam bexigas natatórias, responsáveis pela produção de sons em muitos peixes, a equipe acredita que os sons podem ser gerados pelo estalo das mandíbulas, cujos dentes largos e rombos podem produzir ruídos quando se fecham.
Estudo revela que tubarões são capazes de produzir sons, contrariando ideia anterior de que a espécie era muda – Imagem: Rob Atherton/iStock

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A frequência dos cliques supera 155 decibéis, comparáveis a um disparo de espingarda. A maioria dos cliques ocorreu com movimentos calmos, mas alguns foram emitidos sem movimento visível.

Embora ainda não se saiba se esses sons são acidentais ou intencionais, há especulações de que predadores, como focas, possam ser sensíveis aos cliques. Estudos futuros podem investigar se outras espécies de tubarões também emitem sons em situações de estresse.

Especialistas alertam que mais pesquisas são necessárias para entender melhor o propósito dos cliques e sua relação com o comportamento dos tubarões.

Pesquisadores afirmam que novas pesquisas são necessárias para entender mais sobre a utilidade dos sons que os tubarões emitem – Imagem: Martin Prochazkacz/Shutterstock

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Esse polvo tem um “barco” e ele não é o que você imagina

O tubarão-mako está presente em todos os oceanos do mundo e é uma variação bastante comum (e caçada) da espécie. No entanto, um exemplar encontrado no Golfo de Hauraki, na Nova Zelândia, veio um “brinde”: um polvo montado em suas costas.

Quem fez o avistamento em 2023 foi a ecologista marinha Rochelle Constantine, que inicialmente ficou preocupada com o animal. “No começo, eu estava tipo, ‘É uma bóia?’. Está enredado em equipamentos de pesca ou tinha uma mordida grande?”, disse em entrevista ao The New York Times.

A resposta veio pouco depois, quando um drone foi enviado para se aproximar do tubação. Após uma observação (e alguns tentáculos) veio a confirmação: um polvo estava pegando uma carona nas costas do animal.

O polvo foi identificado como da espécie Maori, a maior do hemisfério sul. Esse animal pode chegar a atingir 1 metro de comprimento total e pesar até 10 quilos. Para pegar a “carona”, ele ocupou um espaço grande do tubarão. 

Encontro inusitado entre polvo e tubarão

Os tentáculos do polvo estavam “compactados” e o animal tentava passar despercebido. No entanto, os cientistas acreditam que o tubarão percebeu a presença de seu companheiro graças aos seus órgãos sensoriais.

“O tubarão parecia bem feliz, e o polvo parecia bem feliz”, disse o Dr. Constantine. “Foi uma cena bem calma.”

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Não se sabe o desfecho da viagem do polvo, mas considerando que o tubarão-maori é um dos mais rápidos do mundo, caso ele tenha acelerado o máximo possível, o seu companheiro provavelmente caiu da garupa.

 “Não faz sentido que esses dois animais estivessem no mesmo lugar e ao mesmo tempo”, afirmou a Dra. Constantine. “Não temos ideia de como eles se encontraram.”

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Filhote de tubarão ameaçado de extinção nasce em aquário na Austrália

Uma nova esperança para uma espécie ameaçada de extinção e que é considerada uma peça chave para o equilíbrio de ecossistemas marinhos australianos. Estamos falando do nascimento de um tubarão-lixa cinza.

O SEA LIFE Sydney Aquarium, na Austrália, anunciou a chegada ao mundo de Archie, um filhote macho completamente saudável. O nascimento foi muito comemorado dentro do local e é considerado um episódio inédito.

Nascimento do tubarão foi acompanhado por visitantes do aquário

O nascimento ocorreu durante um procedimento de rotina na exposição Shark Valley. Em função disso, os visitantes do aquário puderam filmar a chegada de Archie ao mundo, bem como os funcionários do local.

Os tubarões-lixa cinzentos (Carcharias taurus) dão à luz filhotes vivos e, desde que começou a existir, Archie avançou aos trancos e barrancos pelo local. Ele tem cerca de 74 centímetros de comprimento, muito longe dos 3,2 metros que pode chegar na fase adulta.

O filhote foi transferido para uma piscina especial e será devolvido à exibição pública quando for grande o suficiente para nadar com segurança entre os tubarões mais velhos, incluindo sua mãe, Mary-Lou. Isso deve acontecer apenas quando ele atingir 1,5 metros.

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Risco de extinção é real

  • A pesca excessiva e a destruição do habitat natural da espécie colocaram os tubarões-lixa cinzentos na lista de animais que correm risco de extinção.
  • Além disso, estas criaturas têm a menor taxa reprodutiva de qualquer espécie de tubarão.
  • As fêmeas dão à luz apenas uma vez a cada dois anos, o que dificulta o aumento da população.
  • Os tubarões-lixa cinzentos são considerados um componente vital para um ecossistema saudável, atuando como predadores-chave.
  • Por isso, o nascimento de Archie é visto como uma grande esperança.

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