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Reguladores antitruste da Europa encurralam Google e Apple 

Google e Apple vão responder a novos processos por violação de regras da Lei de Mercados Digitais na Europa, segundo Reuters. A Comissão Europeia não se intimidou com as ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, e deve apertar o cerco às big techs.

Nesta quarta-feira (19), a reguladora antitruste da União Europeia (UE) divulgou conclusões preliminares sobre prática do Google no Google Play. O caso investiga se a gigante estadunidense restringe desenvolvedores de informar usuários sobre ofertas fora de sua loja de aplicativos.

Os reguladores concluíram que há favorecimento de serviços de busca associados, como Google Shopping, Google Hotels e Google Flights, em detrimento de concorrentes. A avaliação é de que a Alphabet (controladora da empresa) impede o direcionamento livre dos consumidores para outros canais em busca de melhores ofertas, segundo a agência de notícias.

Europa quer flexibilizar restrições na loja de aplicativos do Google (Imagem: Mojahid Mottakin/Shtterstock)

Em um blog, o diretor sênior de concorrência do Google, Oliver Bethell, se manifestou sobre o relatório. “As conclusões da Comissão exigem que façamos ainda mais mudanças na forma como mostramos certos tipos de resultados de pesquisa, o que tornaria mais difícil, para as pessoas, encontrarem o que estão procurando e reduziria o tráfego para empresas europeias”, escreveu.

Os reguladores também consideraram “injustificado” o valor cobrado pela gigante das buscas para a aquisição inicial de novo cliente por um desenvolvedor de aplicativo. Mas, segundo Bethell, a taxa é razoável e garante o funcionamento da plataforma aberta.

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O Google tem essas questões a resolver, já a Apple…

A Comissão Europeia determinou que a Apple terá que fornecer acesso para fabricantes rivais de smartphones, fones de ouvido e headsets de realidade virtual à sua tecnologia e sistemas operacionais móveis, o iOS e o iPadOS. O objetivo é garantir que os equipamentos possam se conectar com iPhones e iPads.

O órgão estabeleceu cronograma para que a empresa responda às solicitações dos desenvolvedores, garantindo que os sistemas se tornem interoperáveis futuramente. A Apple criticou a medida.

“As decisões de hoje nos envolvem em burocracia, diminuindo a capacidade da Apple de inovar para usuários na Europa e nos forçando a oferecer nossos novos recursos de graça para empresas que não precisam seguir as mesmas regras“, disse a empresa em e-mail enviado à Reuters.

É ruim para nossos produtos e para nossos usuários europeus. Continuaremos a trabalhar com a Comissão Europeia para ajudá-los a entender nossas preocupações em nome de nossos usuários”, acrescentou.

Silhueta de pessoas usando notebooks e celulares embaixo de logotipo da Apple
Apple diz que medida envolve a empresa em “burocracias” (Imagem: kovop/Shutterstock)

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Europa: Apple precisa facilitar integração do iOS com aparelhos de terceiros

A Comissão Europeia está ordenando que a Apple melhore a compatibilidade do iOS com dispositivos de terceiros, como smartwatches e fones de ouvido.

Em duas decisões vinculativas sob o Digital Markets Act (DMA), uma legislação europeia que regula grandes empresas digitais, a Comissão determinou que a Apple permita mais acesso aos desenvolvedores e fabricantes de dispositivos.

Isso facilitará o pareamento, a transferência de dados e a exibição de notificações em dispositivos de terceiros conectados aos iPhones e iPads.

Além disso, a Apple terá que ser mais transparente sobre a interoperabilidade, fornecendo documentação técnica detalhada sobre como seus dispositivos funcionam com gadgets externos e estabelecendo um cronograma mais previsível para a análise de solicitações de integração.

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Europa busca promover mais transparência e concorrência no mercado de dispositivos conectados. (Reprodução: Lloyd Dirks/Unsplash)

Ordem para a Apple não é uma punição

  • Essas decisões não têm caráter punitivo, mas visam orientar a Apple sobre como cumprir as exigências do DMA, sem penalizá-la por violações.
  • A Apple ainda pode contestar as decisões, que estão sujeitas a revisão judicial.
  • Em resposta, a empresa expressou preocupações de que essas novas exigências possam desacelerar a inovação e forçá-la a ceder recursos sem a compensação adequada, especialmente para empresas que não seguem as mesmas regras.

No entanto, a Comissão Europeia defendeu que essas medidas visam promover maior clareza regulatória e garantir uma interoperabilidade mais eficaz, o que, segundo a vice-presidente executiva Teresa Ribera, trará mais opções para os consumidores no crescente mercado de dispositivos conectados.

A Comissão acredita que essas mudanças ajudarão a abrir o ecossistema da Apple, permitindo mais inovações por parte de terceiros e ampliando a escolha dos usuários.

Logo da Apple
A Apple precisará adaptar sua tecnologia para as normas que visam competição justa na Europa – Imagem: 360b/Shutterstock

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Europa ganha nova loja de aplicativos. E é só de jogos

Usuários do iPhone na União Europeia ganharam mais uma opção para baixar jogos em aplicativos móveis. O Skich já está disponível para download para iOS por meio de seu site oficial. A plataforma diz que vai oferecer uma “experiência mais personalizada” em comparação com outros aplicativos. Uma versão para Android está em desenvolvimento.

Os jogos, no entanto, ainda não estão disponíveis. Ao site The Verge, o CEO do Skich, Sergey Budkovski, disse que a plataforma recebeu solicitações de cerca de 20 desenvolvedores “até agora”, e que o portfólio será atualizado ainda neste mês.

Até então, o Skich funcionava apenas como um serviço de recomendação de jogos para dispositivos móveis, direcionado os usuários para a App Store. Agora, terá uma loja própria.

Loja de aplicativos vai disponibilizar portfólio a partir deste mês (Imagem: Skich/Divulgação)

Na nova empreitada, a loja vai aplicar uma taxa de 15% aos desenvolvedores para cada compra feita na Skich Store, incluindo microtransações realizadas dentro dos jogos. A cobrança é mais baixa do que os 20% exigidos da Apple na União Europeia.

“Desenvolvemos um sistema de recomendação semelhante ao Tinder que combina perfeitamente jogadores com jogos”, disse Budkovski ao The Verge. “O algoritmo por trás dele é alimentado por 240 gêneros, o que é 14 vezes mais do que se pode encontrar na App Store.”

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Mudanças na lei

O lançamento do Skich vai de encontro com as flexibilizações do mercado de aplicativos alternativos com a Lei de Mercados Digitais da União Europeia. O objetivo é tornar o “setor digital mais justo”, com regras claras para operação dos chamados “gatekeepers” (mecanismos de busca online, lojas de aplicativos, serviços de mensagens).

Plataforma quer ser “Tinder” dos jogos (Imagem: Skich/Divulgação)

Os gatekeepers terão as seguintes obrigações:

  • Permitir que terceiros interoperem com os serviços do próprio gatekeeper em determinadas situações específicas;
  • Permitir que seus usuários comerciais acessem os dados que eles geram ao usar a plataforma do gatekeeper;
  • Fornecer às empresas que anunciam em sua plataforma as ferramentas e informações necessárias para que anunciantes e editores realizem sua própria verificação independente de seus anúncios hospedados pelo gatekeeper;
  • Permitir que seus usuários comerciais promovam sua oferta e concluam contratos com seus clientes fora da plataforma do gatekeeper.

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Noruegueses criam bateria sustentável que se autorrepara

O mundo terá cada vez mais bateriasisso é inegável com o avanço dos veículos elétricos. E garantir a sustentabilidade dos dispositivos já é um desafio dentro dos laboratórios. Por isso, a União Europeia (UE) criou um projeto para estudar células de íons de lítio de alta tensão inovadoras e sustentáveis ​​para baterias de próxima geração.

A investida mais recente do IntelLiGent foi coordenada pela Fundação para Pesquisa Industrial e Técnica da Noruega (SINTEF, na sigla em norueguês) e apresentou resultados promissores: uma bateria autorreparável e ecologicamente correta.

O dispositivo tem como base o LNMO: óxido de lítio-níquel-manganês, material livre de cobalto que contém menos lítio e níquel do que as composições usuais. A tecnologia tem alta densidade de energia, o que significa mais atividade em um volume menor.

Pesquisadores vão testar viabilidade comercial da nova bateria (Imagem: Divulgação/SINTEF)

Mas um problema apareceu…

A vida útil dos primeiros protótipos era curta — o que impossibilitaria sua aplicação comercial em um veículo elétrico, por exemplo. Por isso, os pesquisadores criaram nova geração de cátodos LNMO, com silício e grafite.

A combinação dos elementos garantiu mais energia, força e estabilidade para a bateria durar mais. Os compostos são atualmente produzidos pela Vianode na Noruega, que, segundo a SINTEF, pode fabricar materiais com emissões e consumo de recursos mais baixos.

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Molho secreto da nova bateria

  • O projeto também busca aprimorar a maneira de construir os eletrodos para montar a estrutura da bateria em si. Isso faz toda a diferença na densidade de energia e na capacidade de carga;
  • “Um efeito da maior densidade de energia é que a bateria pode ficar muito quente. Então, precisamos garantir que a estrutura não permita que o calor se acumule dentro da bateria”, explicou o pesquisador sênior da SINTEF, Nils Peter Wagner;
  • Por isso, a equipe se debruçou na criação de peças que podem reparar pequenos danos ao longo do caminho;
  • Enquanto os ligantes ajudam a manter a estrutura do eletrodo, os separadores garantem que os eletrodos sejam mantidos fisicamente separados, evitando assim curtos-circuitos.

Agora, os pesquisadores querem colocar a produção de eletrodos em funcionamento em larga escala e otimizar os protocolos de fabricação e teste para avaliar as condições de aplicação da bateria no mercado em futuro breve.

“Essas baterias permitirão que você dirija seu carro elétrico por mais tempo sem carregá-lo e você poderá carregá-lo mais rápido. E, como indivíduo, você também estará contribuindo para uma pegada de carbono menor”, ​​conclui Wagner.

Ilustração da bateria com função de auto-reparo (Imagem: Divulgação/SINTEF)

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União Europeia: Apple e Meta serão multadas por abuso de poder

A Apple e a Meta estão na mira da Comissão Europeia desde o ano passado. Agora, as empresas devem ser multadas por supostas violações da Lei dos Mercados Digitais, uma legislação que busca regular o poder das big techs.

O caso aumenta as discussões em torno do assunto. Isso porque as novas punições acontecem após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertar sobre a interferência da UE nas empresas norte-americanas.

Valor das multas foi descrito como moderado

O valor exato das multas ainda não foi divulgado. No entanto, o fato de serem descritas como “moderadas” sugere que elas podem não atingir o limite máximo estabelecido pela Lei dos Mercados Digitais, que é de até 10% das vendas anuais globais das empresas.

Apple entrou na mira da UE (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

A investigação da Comissão Europeia sobre as supostas violações faz parte de um esforço mais amplo do continente europeu para regular as grandes companhias de tecnologia e sua influência nos mercados digitais. Isso inclui garantir a concorrência justa e prevenir o abuso de poder de mercado.

As multas servem como um alerta para que outras empresas do setor de tecnologia cumpram a nova legislação. E é também um recado claro ao presidente Trump, que tem criticado as normas europeias desde que tomou posse. As informações são da Reuters.

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Ao fundo, desfocada, a bandeira da União Europeia; à direita, pessoa segurando um smartphone, no qual é exibida uma página da Meta
Relação do bloco com a Meta não é nada boa (Imagem: rarrarorro/Shutterstock)

UE busca criar um mercado digital justo e competitivo

  • A Lei dos Mercados Digitais da União Europeia visa criar um mercado digital justo e competitivo, estabelecendo regras e restrições para grandes plataformas online, também conhecidas como “gatekeepers”.
  • Devido ao seu tamanho e influência, as maiores empresas do setor têm o potencial de controlar o acesso a grandes segmentos do mercado digital.
  • A Apple e a Meta fazem parte deste cenário e, por isso, acabaram na mira das autoridades europeias.
  • Nenhuma das big techs se manifestou sobre a punição até o momento.

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Europa nega que exista tratamento “injusto” com big techs dos EUA

Um grupo de legisladores da União Europeia escreveu uma carta às autoridades dos EUA, rejeitando as alegações de que as novas regras de concorrência digital da UE discriminam injustamente as empresas americanas. As informações são do Wall Street Journal.

Recentemente, o presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a criticar reguladores europeus, devido a uma suposta rigidez contra as big techs americanas, que já foram punidas algumas vezes na Europa. O político disse que as regras da UE seriam “uma forma disfarçada de tributação”.

Na carta, enviada à procuradora-geral dos EUA, Pamela Bondi, e ao secretário de Comércio, Howard Lutnick, os parlamentares argumentaram que algumas empresas dos EUA apoiam a aplicação dessas leis, que visam combater o poder excessivo das grandes plataformas digitais.

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Legisladores europeus alegam que regras da região evitam práticas anticompetitivas sem visar injustamente as gigantes da tecnologia dos EUA – Imagem: Ascannio/Shutterstock

Empresas dos EUA não são os únicos alvo das regras regulatórias da Europa

  • A carta destaca que a Lei de Mercados Digitais (DMA) da UE não se concentra apenas em empresas dos EUA, como Apple, Google e Meta, mas também investiga empresas europeias, como a Booking.com, e o TikTok, de propriedade chinesa.
  • Os legisladores europeus afirmam que a DMA beneficia empresas menores e startups, criando um ambiente mais competitivo, e mencionam que gigantes como a Epic Games e DuckDuckGo estão buscando alternativas ao domínio das grandes plataformas.
  • A lei estabelece restrições para impedir que empresas favoreçam seus próprios produtos em plataformas dominantes, com penalidades pesadas em caso de violação.

A UE enfrenta pressão crescente dos EUA para justificar essas regulamentações, com autoridades americanas, como o presidente do Judiciário da Câmara dos EUA, Jim Jordan, questionando se elas visam injustamente as empresas do país.

No entanto, os legisladores da UE defendem que a DMA promove um ecossistema competitivo, permitindo inovação sem prejudicar empresas menores.

EUA adia votação de projeto que permite o acesso de agências de notícias às receitas de Big Techs
Autoridades americanas questionaram se legislações da União Europeia não visam prejudicar as empresas de tecnologia dos EUA – Imagem: Koshiro K/Shutterstock

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