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É verdade que só tem mosquito em lugar quente?

De forma geral, os mosquitos costumam ser bastante inconvenientes, seja por suas picadas que causam coceiras, alergias e até doenças graves, ou somente pelo barulho que fazem e pelo incômodo de ficarem em cima de nós e dos alimentos. Para piorar, eles são bastante diversos, a existem em mais de 3.500 espécies distribuídas por todo o mundo.

Porém, será que eles podem ser encontrados em qualquer lugar do mundo mesmo? Devido a sua crescente presença e proliferação nas estações e regiões mais quentes, é possível pensar que eles existem somente sob essas condições.

Contudo, isso não é totalmente verdade, uma vez que foi descoberta uma espécie de mosquito que pode sobreviver até mesmo na Antártida, podendo resistir em temperaturas de até – 15 °C.

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Separamos diversas informações a respeito das condições do qual os mosquitos conseguem viver, quais as regiões propícias e se existe algum país sortudo o bastante para não ter a presença desses insetos. Confira na matéria abaixo!

Não é verdade que somente existem mosquitos em lugares quentes, mesmo sendo mais comuns em climas com calor e umidade, que favorecem a reprodução e o desenvolvimento desses insetos. (Imagem: Pexels)

Mosquito só vive em lugar quente?

Como já adiantamos na introdução, não é verdade que somente existem mosquitos em lugares quentes, mesmo sendo mais comuns em climas com calor e umidade, que favorecem a reprodução e o desenvolvimento desses insetos.

Mesmo em locais que enfrentam frio rigoroso durante o inverno, eles ainda podem sobreviver, já que entram em estado de dormência durante essa estação, e retomam o ciclo de reprodução na primavera.

Durante o inverno, em geral, os mosquitos simplesmente morrem, pois não suportam as baixas temperaturas abaixo dos 15 °C. E as espécies só não entram em extinção porque nem todos eles estão na fase adulta nessa época do ano.

Em entrevista à revista Superinteressante, o bioquímico José Maria Soares Barata, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) explica que “durante o inverno, os ovos e as larvas do pernilongo passam a ter o metabolismo muito lento, que retoma seu desenvolvimento normal quando começa a esquentar de novo. Essas fases aquáticas são mais duradouras e resistem ao inverno”.

Quando há temperaturas elevadas, principalmente no verão, os ovos eclodem mais rápido, aumentando a população desses insetos.

De acordo com a bióloga Sirlei Antunes Morais, especialista em Entomologia e doutora em Saúde Pública pela FSP-USP, ouvida pela Superinteressante, o clima quente em algumas estações do ano nos países tropicais estimula a atividade fisiológica e comportamental dos insetos.

Nessas condições, as fases aladas obtêm energia para o voo e a reprodução por meio da alimentação, que pode incluir tanto o açúcar das plantas quanto o sangue de animais e seres humanos.

mulher olhando para o braço com picada de mosquito
Não existem pesquisas concretas para determinar se os animais possuem preferência de sexo, idade ou tipo sanguíneo na hora de picar os humanos. (Imagem: Freepik)

Segundo a especialista, não existem pesquisas concretas para determinar se os animais possuem preferência de sexo, idade ou tipo sanguíneo na hora de picar os humanos. O grande problema nessas épocas de grande ploriferação dos mosquitos são as espécies como o Aedes aegypti, que transmite doenças como zika, dengue, febre amarela e chikungunya.

A temperatura ideal para o organismo desses insetos varia entre 26 °C e 28 °C. Quando expostos a temperaturas abaixo de 15°C, entram em estado de hibernação, enquanto o calor acima de 40°C pode ser fatal para eles.

Existe apenas um país em todo o mundo que não possui nenhuma espécie de mosquito: a Islândia. Mesmo não sendo o local mais frio do mundo, os pesquisadores dizem que isso acontece pelas particularidades do clima do país, que pode mudar de forma repentina. Em regiões de muito frio, a pupa hiberna sob o gelo durante o inverno, e choca como um mosquito quando o gelo derrete na primavera.

Já os invernos islandeses são variáveis, podendo haver um aumento repentino de temperatura, causando um degelo, e logo depois uma queda da temperatura, que congelaria tudo novamente. Com isso, as mudanças no clima da Islândia são tão rápidas que o mosquito não tem tempo suficiente para completar seu ciclo de vida.

Porém, com as mudanças climáticas, pode ser que em algum momento o país comece a ter mosquitos, já que os insetos teriam uma chance maior de se reproduzir sem que o tempo frio atrapalhasse.

Diversas regiões frias contam com populações de mosquitos, como a Noruega, a Dinamarca, o norte da Escandinávia e a Groelândia. (Imagem: Stanislav71/Shutterstock)

Quais lugares frios têm mosquitos?

Diversas regiões frias contam com populações de mosquitos, como a Noruega, a Dinamarca, o norte da Escandinávia e a Groenlândia. Contudo, nesses locais as espécies são reduzidas: existem dois tipos na Groelândia, 28 na Noruega e 28 na Grã-Bretanha, por exemplo.

Há regiões com muito mais tipos, sendo que cerca de 50% das espécies são endêmicas globalmente, de acordo com um artigo publicado no Journal of Medical Entomology, da Oxford Academic.

imagem de uma praia com areia preta na Islândia
O único país do mundo onde não existem mosquitos é na Islândia. (Imagem: Unsplash)

O artigo ainda explica que lugares como o Brasil, a Indonésia, a Malásia e a Tailândia, por exemplo, possuem os maiores números de espécies de mosquitos, sendo que o Brasil também está na lista das nações com os maiores números de tipos endêmicos. Então, quando comparados com essas regiões, os países frios contam com muito menos desses insetos – o que não significa que eles não existem.

Como dissemos acima, o único país do mundo que não tem mosquitos é a Islândia. Porém, o que surpreende mesmo é saber que, até mesmo na Antártida, podemos nos deparar com essas criaturas.

Contudo, o risco lá é muito menor, já que existe apenas uma única espécie que sobrevive nessas condições extremas: o Belgica antarctica. Eles são pouco maiores do que uma pulga, e não voam, porque perder as asas ajuda a evitar a perda de calor. Além disso, vivem na parte oeste da Península Antártica, e seu ciclo de vida dura dois anos.

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Belgica antarctica é o único mosquito da Antártida e tem a particularidade de não voar. Imagem: WoRMS (CC BY-NC-SA 4.0) / Divulgação

Outra característica interessante é que eles desenvolveram mecanismos de sobrevivência para suportar o frio extremo no inverno, e podem sobreviver abaixo de temperaturas de até – 15 °C, além da perda de até 70% da água em suas células.

Em seu sangue estão substâncias químicas que estabilizam proteínas e membranas ao se ligar a elas. A espécie ainda é útil para a ciência, podendo dar pistas científicas sobre os processos de criopreservação.

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Queimadura por limão: como e por que acontece?

Seja para dar um toque especial à caipirinha, realçar o sabor de um prato ou até reforçar a imunidade, o limão é um ingrediente versátil e indispensável. No entanto, seu uso descuidado pode trazer riscos: quando em contato com a pele e exposto ao sol, pode causar queimaduras graves.

Apesar dos inúmeros benefícios – como ser rico em fibras, vitamina C e antioxidantes –, o limão exige atenção. Seu suco, tão valorizado na culinária e nos bares, pode se tornar um vilão se não for manuseado corretamente. A dica é especialmente importante nos dias de verão à beira-mar ou em volta da piscina.

Como e por que o limão pode causar queimaduras? 

É comum que se manuseie o limão com as mãos desprotegidas. E, quando há contato da polpa da fruta com a pele, seguida de exposição solar, pode haver a conhecida queimadura de limão, considerada por dermatologistas como um tipo de dermatite. 

Manchas avermelhadas podem surgir, causando ardência e coceira. Em casos mais graves, gerar bolhas e causar febre. Após tratar a lesão, a mancha tende a ficar mais escura, com um tom amarronzado, no entanto tende a sumir com o tempo. 

Isto acontece porque o fruto de origem asiática contém compostos fotossensíveis, ou seja, quando em contato com a pele e expostos à radiação solar sofrem uma reação causando lesões na epiderme. 

Outro elemento também é responsável pela queimadura: as furocumarinas. Presente em muitas plantas, sementes e frutos, esses compostos orgânicos funcionam como uma defesa química natural contra predadores. Mas, quando expostos à luz UVA, podem ser tóxicos. 

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O que fazer após a queimadura com limão?

Como em muitos casos, o melhor remédio é a prevenção. Evite manusear o limão em áreas onde há exposição solar. E, caso aconteça, lave as mãos logo em seguida. 

No entanto, caso haja a queimadura, também é recomendado lavar abundantemente o local com água fria e sabão neutro, isso impede que as substâncias continuem a agredir a pele.

Após a higienização, compressas frias e o uso de cremes ou loções calmantes, como as que contenham aloe vera na fórmula, também são indicados. E evite coçar ou esfregar a região, bem como tomar sol nos dias seguintes à lesão. 

É importante frisar que se a dor for muito intensa e persistente, e a lesão apresentar bolhas, procure um médico. 

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Onda de calor: veja quando as temperaturas devem cair no Brasil

A onda de calor que movimentou as festas de Carnaval pelo Brasil deve perdurar mais alguns dias. Inicialmente, a previsão da Climatempo era de que as altas temperaturas dessem uma trégua logo após o feriado, em 5 de março.

A mais recente atualização da empresa, porém, aponta para a manutenção de um bloqueio atmosférico sobre grande parte do país, o que deve manter os termômetros lá em cima por mais 4 dias pelo menos. Ou seja, a tendência é de que essa onda de calor dure pelo menos até o próximo domingo, dia 9 de março.

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Esses bloqueios atmosféricos impedem o avanço de frentes frias, dando essa sensação de sauna que estamos vivendo. Isso aumenta também graças à baixa incidência de chuvas, que costumam refrescar um pouco o ambiente.

As regiões que mais sofrem com esse calor acima da média ficam nas regiões do Centro e do Sul do país. As temperaturas também dispararam no Norte e no Nordeste, mas não estão tão acima da média quanto em outros lugares.

Sim, o brasileiro terá de continuar convivendo com o calor excessivo no pós-Carnaval – Imagem: dabldy/iStock

Recorde de calor

  • A cidade de São Paulo, por exemplo, acaba de bater o recorde de calor para meses de março.
  • Os termômetros marcaram 34,8°C na tarde do último domingo (2) no Mirante de Santana, o ponto das medições oficiais.
  • Trata-se da maior temperatura já registrada desde o início das medições, em 1943.
  • Foi também a maior temperatura do ano na capital paulista.
  • Curitiba foi outra cidade que bateu recorde no último fim de semana.
  • A capital paranaense teve o dia mais quente do ano neste domingo, com 32,6°C.
  • Lembrando que essas são as temperaturas oficiais.
  • A sensação térmica costuma ser bem maior do que esses números e os próprios termômetros de rua costumam marcar temperaturas superiores.
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A recomendação dos especialistas é que você beba bastante água durante essas ondas de calor – Imagem: fizkes/Shutterstock

Quando teremos uma trégua?

De acordo com a Climatempo, essa onda de calor deve durar até a próxima semana. No domingo, dia 9, uma frente fria deve chegar ao Rio Grande do Sul, enfraquecendo o bloqueio atmosférico.

As temperaturas, então, devem cair um pouco, aproximando-se mais das médias históricas, que ficam entre 25°C e 26°C. As chuvas fortes também devem voltar nesse período. Com a seca na primeira quinzena, porém, a tendência é que março tenha chuva abaixo da média.

Lembrando que o atual mês marca também o fim do verão e o início do outono. A nova estação começa no dia 20 e segue até 20 de junho, quando vem o inverno.

As informações são do Climatempo.

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