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Dispositivo com IA ajuda pessoas cegas a andar com segurança

Pesquisadores da Universidade Jiao Tong de Xangai desenvolveram um sistema vestível que usa inteligência artificial para ajudar pessoas cegas ou com baixa visão a se locomover com mais segurança e autonomia. O estudo foi publicado na revista Nature Machine Intelligence.

O dispositivo utiliza uma câmera integrada para analisar o ambiente em tempo real e, por meio de algoritmos de IA, identifica rotas livres e obstáculos.

Essas informações são então transmitidas ao usuário por comandos de voz e sinais táteis, como vibrações em peles artificiais aplicadas nos pulsos e sons enviados por fones de condução óssea — permitindo uma experiência sensorial integrada entre visão, audição e tato.

Testes foram positivos

  • Descrito por especialistas como um “bastão muito inteligente”, o sistema oferece uma alternativa promissora aos bastões tradicionais e outras tecnologias assistivas.
  • A tecnologia poderia ser útil especialmente em ambientes urbanos, onde o campo de visão das câmeras pode superar as limitações físicas de um bastão, que normalmente detecta apenas obstáculos muito próximos.
  • Em testes realizados com robôs humanoides e voluntários com deficiência visual, em cenários virtuais e reais, os participantes demonstraram melhor desempenho em tarefas como desviar de obstáculos, atravessar labirintos e alcançar objetos.
Visão geral do sistema de assistência visual multimodal vestível – Crédito: Nature Machine Intelligence

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Melhorias no dispositivo ainda são necessárias

Apesar dos avanços, o dispositivo ainda é um protótipo e precisa ser aprimorado para garantir confiabilidade e segurança em uso cotidiano. Um dos pontos mais debatidos nas pesquisas futuras será a aceitação da tecnologia pelos usuários e sua viabilidade prática em larga escala.

Os autores acreditam que a integração de múltiplos sentidos e tecnologias inteligentes poderá transformar a mobilidade assistida e ampliar significativamente a independência de pessoas com deficiência visual.

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Dia do Sono: como os vestíveis monitoram a qualidade do descanso

Março é o mês mundial do sono, especialistas destacam como as novas tecnologias, especialmente os vestíveis, estão ajudando a melhorar a qualidade do descanso.

Esses aparelhos são práticos, fornecendo informações detalhadas sobre os padrões noturnos de cada indivíduo. Além disso, eles ajudam a identificar comportamentos que podem prejudicar o descanso.

O que são os vestíveis?

Entre os dispositivos mais inovadores entre os vestíveis, estão os smartwatches, anéis e outros dispositivos que monitoram sono e metabolismo, oferecendo benefícios para a saúde física e mental. Esses dispositivos utilizam sensores para coletar dados, como saturação de oxigênio, frequência cardíaca, temperatura corporal e movimento.

Um exemplo é a healthtech brasileira Biologix, que criou uma inteligência artificial (IA) para diagnosticar apneia do sono em casa e já realiza mais de 10 mil exames por mês.

Vestíveis se mostram importantes para a saúde (Imagem: Lysenko Andrii/Shutterstock)

Sara Giampá, pesquisadora científica da Biologix, explica que “esses dispositivos analisam os padrões de sono, estimam a qualidade e a duração do descanso e podem identificar distúrbios, como a apneia do sono, caracterizada por pausas respiratórias.” Ela complementa: “Além de alertar o usuário sobre problemas, como a apneia, que, muitas vezes, passa despercebida, também sugerem práticas para melhorar a qualidade do sono.”

É importante lembrar que, como qualquer tecnologia, esses dispositivos podem apresentar alguns desafios. “Os dados coletados nem sempre são totalmente precisos. Além disso, nem todos os dispositivos têm validação clínica, o que pode levar a interpretações equivocadas“, explica Sara. Por isso, ela enfatiza a importância de buscar orientação médica para diagnóstico adequado de possíveis distúrbios do sono.

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Impacto do sono para a saúde

  • A quantidade de sono necessária varia de pessoa para pessoa. Contudo, especialistas recomendam que adultos durmam entre sete a nove horas por noite;
  • Sara ressalta que, além do tempo, a qualidade do sono também é vital. “Mesmo que uma pessoa durma por oito horas, se não passar pelos estágios mais profundos do sono, como o sono REM e o sono profundo, ela pode não se sentir completamente descansada“;
  • Os vestíveis têm se mostrado aliados importantes no monitoramento do sono;
  • No entanto, fatores, como estresse, exposição à luz azul das telas e hábitos diários, podem afetar a qualidade do descanso;
  • Para melhorar o sono, a especialista sugere evitar o uso de aparelhos eletrônicos uma hora antes de dormir e praticar exercícios regularmente.

Com o auxílio de tecnologias inovadoras, como os vestíveis, é possível ter um controle mais detalhado sobre os fatores que impactam o sono. No entanto, é fundamental usar esses dispositivos com consciência e sempre contar com a orientação de profissionais de saúde para garantir o diagnóstico e tratamento adequados de distúrbios do sono.

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Com o auxílio de tecnologias inovadoras, como os vestíveis, é possível ter um controle mais detalhado sobre os fatores que impactam o sono (Imagem: New Africa/Shutterstock)

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