Doar sangue faz bem para a nossa saúde, diz pesquisa britânica

Doar sangue é um dos atos mais nobres que existem. Você dá uma parte do seu corpo para ajudar outras pessoas. E isso só é possível por que nosso organismo tem a incrível capacidade de se “regenerar”.

De acordo com o site do Hospital Israelita Albert Einstein, um dos maiores centros médicos da América Latina, a recuperação do volume coletado ocorre aproximadamente 24 horas após a doação. Já a recuperação das hemácias (que contém a hemoglobina) é mais lenta e pode levar de 6 a 8 semanas.

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Quem já doou sangue conhece a sensação positiva e psicológica de ter feito o bem, de ter ajudado alguém que precisa. Agora, essa não é a única recompensa que o nosso corpo recebe. Pelo menos é isso o que indica uma pesquisa britânica que acaba de ser divulgada.

Cientistas do Francis Crick Institute, em Londres, descobriram que doar sangue com frequência pode deixar as suas células sanguíneas mais saudáveis.

Autoridades brasileiras defendem a doação de sangue e explicam que nossos estoques são baixos – Imagem: LuAnn Hunt/Unsplash

Como isso é possível?

  • A resposta está em um gene chamado DNMT3A.
  • Os pesquisadores analisaram dados genéticos extraídos de células sanguíneas doadas por 429 homens de 60 a 72 anos na Alemanha.
  • Desse total, 217 doaram sangue mais de 100 vezes na vida e os outros 212 doaram menos de 10 vezes – ou nenhuma.
  • O estudo concluiu que esse gene DNMT3A sofre mutações benéficas apenas entre os maiores doadores.
  • Em testes de laboratório, eles identificaram que as células com as mutações do doador frequente cresceram 50 por cento mais rápido do que aquelas sem as mutações.
  • Em uma outra experiência, a equipe as misturou essas células com outros que aumentam o risco de leucemia.
  • O resultado é que as “mutantes” cresceram substancialmente mais que as outras.
  • Segundo os autores do artigo, isso sugere que as mutações DNMT3A são benéficas e podem suprimir até mesmo o crescimento de células cancerígenas.
  • Você pode ler o estudo na íntegra na revista científica Blood.
A chave está em um gene chamado DNMT3A – Imagem: angellodeco/Shutterstock

Próximos passos

Os próprios cientistas afirmaram que são necessários agora novos estudos, mais amplos, para confirmar essa hipótese. Explicaram que experimentos de laboratório fornecem uma imagem altamente simplificada do que acontece no nosso corpo.

Além disso, sugerem que são necessários novos testes com diferentes etnias, entre mulheres e outras faixas etárias. Só assim eles terão uma visão mais universal dessa propriedade mutagênica.

Até lá, porém, podemos dizer que estamos diante de uma grande descoberta científica. E que tem potencial de incentivar o importante ato de doar sangue regularmente.

As informações são do New Scientist.

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