A Sikorsky, uma empresa da Lockheed Martin, concluiu com sucesso a primeira rodada de voos de um drone de “asa soprada por rotor” nos modos helicóptero e avião. O protótipo autônomo elétrico de 52 kg demonstrou “estabilidade operacional e manobrabilidade”, com potencial para ser dimensionado para fuselagens maiores.
“Combinar características de voo de helicóptero e avião em uma asa voadora reflete o impulso da Sikorsky para inovar aeronaves VTOL de próxima geração que podem voar mais rápido e mais longe do que helicópteros tradicionais”, disse o vice-presidente e gerente geral da Sikorsky, Rich Benton.
O design da asa soprada por rotor (RBW) reduz o arrasto na asa no modo pairar e na transição do voo para frente, aumentando a eficiência e a resistência do cruzeiro. A tecnologia também permite que os drones decolem de pistas curtas, com maior controle de voo.
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Testes e mais testes…
Em pouco mais de um ano, a empresa progrediu do design preliminar, simulação, voo amarrado e não amarrado até reunir dados aerodinâmicos, de controle de voo e de qualidade.
Os testes com a aeronave de envergadura de três metros foram concluídos em janeiro, após mais de 40 decolagens e pousos. O drone realizou 30 transições entre os modos helicóptero e avião, a manobra mais complexa exigida do projeto, segundo a Sikorsky.

No modo de voo horizontal, a aeronave atingiu uma velocidade máxima de cruzeiro de 159 km/h. Testes simultâneos em túnel de vento foram conduzidos em um modelo em escala 1:1, se aproximando das condições do mundo real.
“Nossa asa soprada por rotor demonstrou o poder de controle e as qualidades únicas de manuseio necessárias para fazer a transição repetidamente e previsivelmente de um voo pairado para um voo de cruzeiro de alta velocidade com asa, e vice-versa”, disse o diretor da Sikorsky Innovations, Igor Cherepinsky. “Os dados indicam que podemos operar em conveses de navios inclinados e em solo despreparado quando dimensionados para tamanhos muito maiores.”
O drone em menor tamanho poderá ser usado em operações de busca e salvamento, monitoramento de combate a incêndio, resposta humanitária e vigilância de oleodutos. Já as grandes variantes permitirão inteligência de longo alcance, vigilância e reconhecimento.

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