A D-Wave, empresa de computação quântica, anunciou ter alcançado a “supremacia quântica”, que é a capacidade de resolver um problema com um computador quântico de forma que seria impossível para um computador tradicional.
Em um artigo publicado na revista Science, a empresa explicou como usou um computador quântico para simular propriedades de materiais magnéticos, uma tarefa que, segundo a D-Wave, levaria quase um milhão de anos em um supercomputador convencional.
A simulação foi concluída em menos de 20 minutos com a tecnologia quântica. Computadores quânticos, ao contrário dos tradicionais, operam com qubits, que podem estar em estados de 0 e 1 simultaneamente, permitindo realizar cálculos de maneira diferente e mais rápida.
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A D-Wave é conhecida por usar uma técnica chamada recozimento quântico, que é eficaz para resolver problemas de otimização em larga escala, como o direcionamento de veículos ou a descoberta de medicamentos.
Conquista é contestada por especialistas
- Apesar da conquista anunciada, a alegação de supremacia quântica da D-Wave tem gerado controvérsias.
- Alguns físicos, incluindo pesquisadores do Flatiron Institute, contestam a afirmação, argumentando que computadores clássicos podem atingir resultados semelhantes nas simulações realizadas pela D-Wave.
- Eles sugerem que métodos clássicos mais recentes podem refutar a vantagem dos computadores quânticos para esse tipo de problema.
- Além disso, a terminologia “supremacia quântica” também é discutida dentro da comunidade científica.
Muitos especialistas, como Heather West, analista da International Data Corp., sugerem o uso de termos como “vantagem quântica” ou “utilidade quântica”, que indicam que sistemas quânticos são mais rápidos, precisos e eficientes do que os tradicionais para resolver problemas práticos, como desafios empresariais ou científicos.
Apesar das críticas, a D-Wave defende que suas descobertas são um marco na computação quântica, pois resolvem problemas que seriam impossíveis para computadores clássicos.
A empresa vê esse avanço como uma prova de que os computadores quânticos têm uma vantagem real sobre os tradicionais em determinadas áreas, como simulação de materiais e otimização.

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