O carregamento de veículos elétricos ainda é um desafio para fazer o setor deslanchar. As fabricantes vêm buscando maneiras de tornar a autonomia média das baterias de íons de lítio cada vez maior. E a resposta pode estar em um experimento conduzido na Universidade Internacional da Flórida (FIU) (EUA).
Pesquisadores da Faculdade de Engenharia e Computação que trabalham há oito anos com químicas de bateria fizeram descoberta inovadora com tecnologia conhecida como além da íon-lítio, a lítio-enxofre.
O método tem grande densidade em energia, o que aumenta a capacidade de transporte de carga — na prática, veículos elétricos vão mais longe e notebooks e smartphones funcionam por duas vezes mais tempo.
Além disso, o lítio-enxofre é muito mais econômico — com média de cerca de US$ 60 (R$ 347,54, na conversão direta) por quilowatt-hora, enquanto o custo médio de uma bateria, hoje, é de cerca de US$ 100 (R$ 579,24) por quilowatt-hora, segundo o estudo.
Mas há grande desvantagem que deixa o produto longe de ser comercialmente viável: a interação lítio-enxofre prejudica a longevidade da bateria, que se torna inútil após cerca de 50 cargas completas.
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Solução para as baterias estava em um metal…
- Os cientistas decidiram testar a inclusão de um metal para prolongar sua vida útil: a platina;
- O elemento evitou o acúmulo de musgo no lado do lítio, o que reduz justamente a eficiência energética e leva à deterioração da bateria;
- “Atingimos uma retenção de 92% após 500 ciclos de carga, o que significa que a bateria está quase tão boa quanto nova”, disse Aqsa Nazir, pesquisador de pós-doutorado da FIU e primeiro autor do estudo;
- “Isso também mostra que minimizamos as reações negativas que prejudicam o desempenho geral para levar esta bateria ao nível comercial”;
- O metal está presente em apenas 0,02% da bateria total — quantidade minúscula que fez enorme diferença. Agora, o produto está passando por testes de terceiros antes de sair do laboratório para licenciamento e comercialização.

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