O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou claro que a indústria de chips semicondutores é estratégica para segurança nacional. Isso significa que a Casa Branca não medirá esforços para impulsionar a fabricação destas tecnologias dentro do país.
A ideia é depender cada vez menos de outras nações, caso de Taiwan, além de dificultar o crescimento da China, principal rival dos norte-americanos na disputa pela hegemonia global. Mas, para isso, os EUA terão um enorme desafio pela frente.
EUA tentam atrair principais fabricantes
Apesar dos chips terem sido criados nos EUA, é na Ásia que os modelos mais avançados estão sendo produzidos atualmente. Uma das razões para isso são os subsídios significativos que China, Taiwan, Japão e Coréia do Sul deram a empresas privadas do setor. Trump tenta adotar a mesma tática.
O tarifaço busca pressionar as fabricantes de chips a investirem pesado na produção dentro dos Estados Unidos. O problema é que este é um ecossistema profundamente integrado, que evoluiu ao longo das décadas.
Um iPhone, por exemplo, pode conter chips projetados nos EUA, fabricados em Taiwan, Japão ou Coreia do Sul, usando matérias-primas como terras raras, que são extraídas principalmente na China.
Em seguida, eles podem ser enviados para o Vietnã para embalagem, depois para a China para montagem e teste, antes de serem enviados de volta para o território norte-americano.
Isso quer dizer que os Estados Unidos precisam dominar todos estes processos. No entanto, as medidas do próprio governo do país dificultam esta já difícil tarefa, uma vez que a política de imigração busca limitar a chegada de talentos qualificados da China e da Índia, por exemplo. Além disso, muitos investidores temem investir nos EUA em função das incertezas geradas pelas recentes medidas de Trump.
Enquanto isso, novos centros de fabricação de chips estão emergindo. É o caso da Índia, que tem aumentado os investimentos e está geograficamente mais próxima da mão de obra barata necessária para produção em larga escala.
É justamente o contrário dos EUA, que tentam promover uma indústria de chips por meio do protecionismo e do isolamento, quando o avanço do setor se deu com colaboração em uma economia globalizada. As informações são da BBC.
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Disputa pela hegemonia tecnológica mundial
- Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
- O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
- Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
- Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
- Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.
O post Guerra dos chips: EUA querem assumir lugar da Ásia, mas há um grande problema apareceu primeiro em Olhar Digital.
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