Você provavelmente já ouviu falar do La Niña. Este fenômeno climático, o oposto do El Niño, é caracterizado pelo resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, além da intensificação dos ventos alísios e modificação da circulação atmosférica.
Isso pode resultar em aumento de chuvas em certas áreas e estiagem em outras, afetando o clima global. No entanto, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o fenômeno deve ter uma vida bastante curta.
La Niña pode desaparecer ainda no primeiro semestre
As previsões dos Centros Produtores Globais de Previsão Sazonal da OMM indicam que as atuais temperaturas da superfície do mar, mais frias do que a média no Pacífico equatorial, devem voltar ao normal logo. Há uma probabilidade de 60% de que isso aconteça entre março e maio deste ano, e de 70% entre abril e junho.
Por outro lado, as chances de surgimento de um novo El Niño são consideradas extremamente baixas para os próximos meses. No entanto, é difícil prever o que deve acontecer a longo prazo, destacam os pesquisadores da Organização Meteorológica Mundial.
De qualquer forma, o aquecimento do planeta causado pelas mudanças climáticas continua bastante perceptível. É por conta dele, por exemplo, que as temperaturas continuam muito altas em todas as partes do planeta, apesar da incidência do La Niña.
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Efeitos esperados no Brasil
- O último La Niña aconteceu entre 2020 e 2023.
- Durante este fenômeno climático, a temperatura do Oceano Pacífico na região tropical fica abaixo da média.
- Esse resfriamento provoca uma série de efeitos, que incluem chuvas mais intensas na Ásia e condições mais secas em algumas áreas da América do Sul.
- No Brasil, o fenômeno deve trazer mais chuvas para as regiões Norte e Nordeste.
- O tempo deverá ficar mais seco no Centro-Sul, com chuvas irregulares, com possibilidade de geadas tardias e estiagem durante o verão no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
- O fenômeno ainda cria condições mais favoráveis para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.
- Isso pode ser favorável para a agricultura, especialmente para o cultivo da soja no Rio Grande do Sul, um dos principais produtores do país.
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