Combater a poluição gerada pelos plásticos é um dos principais desafios da atualidade. Todos os anos, mais de 400 milhões de toneladas do material são produzidas e cerca de cinco por cento disso acaba nos rios, mares e oceanos.
E um dos “vilões” neste cenário são os canudos. Algumas alternativas chegaram a ser desenvolvidas, como os produtos de papel, mas ainda enfrentam algumas limitações. Agora, uma nova solução promete resolver o problema de uma vez por todas.
Composição do material é igual à do papel comum
- Um grupo de pesquisadores desenvolveu o que está sendo chamado de papelão transparente (tPB).
- O material é feito totalmente de celulose e sua composição é igual à do papel comum.
- Mas há diferenças importantes nesse ‘papel diferentão’.
- Os cientistas usaram celulose regenerada de plantas e madeira para criar um hidrogel transparente e que possa ser moldado.
- De acordo com os autores, isso foi possível através da secagem do hidrogel de celulose espesso e uso de uma solução aquosa de brometo de lítio (LiBr) como solvente.
- Assim foi criado um material espesso transparente e tridimensional feito exclusivamente de celulose pura, capaz de assumir várias formas, desde placas com milímetros de espessura até formas de copo ou canudo.
- As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Science Advances.
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Resistentes e recicláveis
Os pesquisadores explicam que o novo produto resolve um problema comum dos canudos de papel. O material não se desfaz ao entrar em contato com líquidos em altas temperaturas. Testes mostraram que ele é capaz de resistir ao longo de três horas. Um fino revestimento de resina ainda impede que haja vazamentos.
Outro destaque do tPB é o fato dele e do solvente usado para produzi-lo serem recicláveis. Ao mesmo tempo, é possível utilizar materiais reciclados para criar o produto, o que diminui os impactos da sua produção para o meio ambiente.

A equipe também analisou o que aconteceria se o canudo fosse lançado no oceano. Em grandes profundidades, por exemplo, ele desapareceria totalmente em menos de um ano, um processo muito mais rápido do que o plástico original, que pode levar séculos.
O post Nem plástico, nem papel! Esse pode ser o canudo do futuro apareceu primeiro em Olhar Digital.
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