A primeira máquina de escrever produzida comercialmente no mundo vai a leilão em 22 de março pela Auction Team Breker, em Colônia (Alemanha). O lance inicial é de € 50 mil (R$ 313 mil, na conversão direta), mas o objeto pode ser arrematado por valores entre € 65 mil (R$ 408 mil) e € 100 mil (R$ 627 mil).
A máquina de escrever histórica foi projetado pelo reverendo Rasmus Malling-Hansen, diretor do Royal Institute for the Deaf and Dumb, em Copenhague (Dinamarca), em 1865. O pedido de patente foi realizado em 25 de janeiro de 1870.
De um total de 180 máquinas de escrever produzidas, acredita-se que apenas 35 sobreviveram: 30 em coleções de museus e outra parte em posse de colecionadores, incluindo a peça aqui em questão.
O item leiloado tem como base um hemisfério de 54 barras de tipos alfanuméricos gravadas e carregadas por mola, em “excelente estado geral, fontes em boas condições e nítidas”. A altura é de aproximadamente 21,5 centímetros e, o diâmetro, 13,5 centímetros.
O design da Writing Ball foi pensado por Malling-Hansen para facilitar a “escrita rápida”, com as vogais sendo operadas pelos dedos da mão esquerda e as consoantes pelos dedos da direita. Cada uma das 54 barras de tipos é alinhada em um ângulo diferente, mas todas convergem no papel em um ponto comum.
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Friedrich Nietzsche usou a máquina de escrever histórica
- O usuário mais celebrado da máquina dinamarquesa foi o filósofo alemão Friedrich Nietzsche;
- Em carta enviada à irmã em 11 de fevereiro de 1882, ele celebrou: “Viva! A máquina chegou na minha casa!”;
- Mas, segundo a casa de leilão, Nietzsche desistiu da novidade depois que a máquina foi danificada em viagem à Gênova (Itália);
- “A bola de escrever é uma coisa como eu:/Feita de ferro, mas facilmente torcida em viagens/Paciência e tato são necessários em abundância/Assim como dedos finos para nos usar”, escreveu, em versos.
A Writing Ball já era equipada com ferramentas que seriam introduzidas em máquinas populares dali a 40 anos, incluindo retorno automático de carro e espaçamento entre linhas, uma barra de espaço, um sino para sinalizar o fim da linha, provisão para cópias em papel carbono, um reverso de fita e escrita visível ao levantar o mecanismo de digitação.
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